Flávia Saraiva assume protagonismo do Brasil no Mundial de Ginástica Artística de Jacarta

O Brasil inicia neste domingo (19) mais uma jornada no cenário internacional da ginástica artística, desta vez no Mundial de Jacarta, na Indonésia, com grandes expectativas e uma nova liderança. Após o ciclo vitorioso de Rebeca Andrade — que conquistou quatro medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris e optou por um ano de descanso —, a responsabilidade de comandar a equipe verde-amarela recai sobre Flávia Saraiva, uma das ginastas mais experientes e carismáticas do país.

A competição vai até o dia 25 de outubro e contará com nove representantes brasileiros, entre mulheres e homens, todos de olho no pódio e em um início sólido rumo aos Jogos de Los Angeles 2028. O SporTV 2 transmite ao vivo as finais do torneio, que promete alto nível técnico e duelos emocionantes entre as maiores potências da modalidade.

Flávia Saraiva: a nova referência da equipe

Aos 26 anos, Flávia Saraiva se torna o principal nome da delegação. Medalhista olímpica e figura constante nas competições internacionais, ela chega à Indonésia com foco total na trave, seu aparelho mais consistente. A carioca foi finalista olímpica duas vezes nesse aparelho e, em 2019, conquistou a sexta colocação no Mundial de Stuttgart.

Nas quatro apresentações feitas nesta temporada — duas no Campeonato Brasileiro e duas na Copa do Mundo de Szombathely —, Flávia mostrou estabilidade e confiança, alcançando até 14,250 pontos na classificatória da Hungria. Se repetir a performance em Jacarta, tem boas chances de brigar por uma medalha.

Mesmo assim, a brasileira não entra como favorita. A disputa promete ser intensa, com a chinesa Zhou Yaqin, atual vice-campeã olímpica e mundial, liderando as apostas após alcançar 15,233 pontos nesta temporada. Outras fortes candidatas são Zhang Qingying (China), Kaylia Nemour (Argélia) e Hwang Seo-hyun (Coreia do Sul).

Além da trave, Flávia pode disputar o solo, aparelho em que foi bronze no último Mundial. Após uma cirurgia no ombro realizada em setembro de 2024, a atleta ainda recupera a forma física ideal, o que torna sua participação nas provas do solo e do individual geral incerta. Mesmo assim, caso entre nessas categorias, deve figurar entre as finalistas.


Apresentação de Flávia Saraiva na trave de equílibrio (Vídeo: reprodução/YouTube/Gymnastics Memories)

Juventude e experiência na busca por finais

O Brasil chega ao Mundial com um equilíbrio entre nomes consagrados e novas promessas. Entre as mulheres, Júlia Soares, finalista da trave nas Olimpíadas de Paris, também é uma das apostas. Embora ainda busque consistência em 2025, ela tem boas chances de alcançar a final tanto na trave quanto no solo. A coreografia ao som de “Cheia de Manias”, sucesso do Raça Negra, volta a embalar sua apresentação, que conquistou o público nos Jogos de Paris.

Na equipe masculina, o destaque é Arthur Nory, campeão mundial na barra fixa em 2019 e bronze em 2022. Aos 32 anos, o veterano tenta recuperar a regularidade e voltar ao pódio de seu aparelho preferido. A concorrência, no entanto, é pesada: os japoneses Daiki Hashimoto e Shinnosuke Oka, o americano Brody Malone e o chinês Zhang Boheng figuram entre os principais adversários.

Outro nome importante é Caio Souza, que retorna ao Mundial após ficar fora em 2023 por lesão. Atual campeão brasileiro, ele é o principal representante do país no individual geral, além de competir em diversos aparelhos, como barra fixa, argolas e salto. Caio busca repetir o bom desempenho de 2022, quando terminou entre os dez melhores do mundo.

Diogo Soares, por sua vez, também carrega boas expectativas no individual geral. O ginasta, de 23 anos, coleciona finais em grandes torneios e deve figurar novamente entre os 24 melhores.

Novas promessas e olho no futuro

O time feminino ganha reforços de duas estreantes de 15 anos: Sophia Weisberg e Júlia Coutinho. Sophia chega embalada após vencer o Campeonato Brasileiro e pode alcançar a final do individual geral caso repita os 51,231 pontos que obteve na competição nacional. Já Júlia Coutinho, especialista no solo, encantou o público com uma coreografia ao som de “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, e conquistou duas medalhas em etapas da Copa do Mundo nesta temporada.


Júlia Coutinho com sua medalhe de Bronze na competição da Hungria (Foto: reprodução/Instagram/@juliacoutinhooficial)

Entre os homens, Vitaly Guimarães e Tomás Florêncio fazem suas estreias em Mundiais. Ambos não figuram entre os favoritos, mas podem surpreender e garantir finais em aparelhos específicos. Vitaly, nascido nos Estados Unidos, defende o Brasil pela primeira vez em uma grande competição.

Um novo ciclo sem Rebeca, mas com o mesmo brilho

Mesmo sem a estrela maior da ginástica brasileira, o país chega ao Mundial com um elenco técnico e promissor, disposto a manter o nome do Brasil entre as grandes potências da modalidade. Após seis medalhas no Mundial de 2023 e quatro pódios nas Olimpíadas de Paris, a delegação verde-amarela inicia sua caminhada rumo a 2028 com renovação, talento e esperança. Flávia Saraiva carrega o peso da liderança, mas também o entusiasmo de uma equipe pronta para surpreender. Em Jacarta, a missão é clara: mostrar que o Brasil continua brilhando, mesmo sem Rebeca Andrade em ação.

Vitória vence o clássico e mantém tabu sobre o Bahia no Barradão

O clima de clássico tomou conta do Barradão na noite desta quinta-feira (16), e o torcedor rubro-negro saiu com mais um motivo para comemorar. O Vitória venceu o Bahia por 2 a 1, em partida válida pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, e manteve vivo um tabu que já dura décadas: o Tricolor ainda não sabe o que é vencer o rival no estádio em jogos pela Série A. Com o resultado, o Leão da Barra respira na briga contra o rebaixamento, enquanto o Esquadrão de Aço segue tentando se aproximar do G4.

O primeiro tempo foi digno da rivalidade baiana, com intensidade, disputas firmes e emoção do início ao fim. Renato Kayzer abriu o placar de pênalti, aos 24 minutos, após toque de mão de Arias dentro da área. O Bahia reagiu e empatou com Tiago, aos 40, aproveitando boa jogada construída pelo meio. No entanto, na etapa final, o Rubro-Negro foi mais eficiente e garantiu a vitória com Cáceres, que aproveitou erro de Rezende e decretou o triunfo rubro-negro.

Domínio rubro-negro e apoio da torcida no Barradão

Empurrado por um Barradão lotado, o Vitória começou o jogo com mais intensidade, buscando pressionar a saída de bola do Bahia. Logo aos 2 minutos, Cáceres quase abriu o placar em chute cruzado que obrigou o goleiro Ronaldo a fazer boa defesa. O time comandado por Thiago Carpini apostava na velocidade dos laterais e nas infiltrações de Kayzer, sempre bem posicionado dentro da área.

Aos 22 minutos, a insistência rubro-negra deu resultado. Ramon levantou a bola na área e ela acabou desviando na mão de Arias. O árbitro Anderson Daronco não hesitou e marcou o pênalti. Na cobrança, Renato Kayzer mostrou categoria e mandou no canto, sem chances para o goleiro. O estádio explodiu em festa com o gol que colocava o Leão na frente.

O Bahia, por sua vez, não se abateu com o revés e passou a controlar mais a posse de bola. Acevedo organizava o meio-campo e dava mais ritmo ao Tricolor, que apostava em triangulações rápidas e jogadas pelos lados. O esforço foi recompensado aos 40 minutos, quando o volante deu um passe preciso para Tiago dentro da área. O atacante dominou, girou sobre a marcação e finalizou com categoria, empatando o confronto e silenciando momentaneamente o Barradão.


Melhores momentos do triunfo do Vitória no Ba-Ví (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)

Cáceres decide e Vitória renasce na luta contra o rebaixamento

O segundo tempo começou equilibrado, com as duas equipes alternando momentos de domínio. O Bahia tentou se impor com passes curtos e movimentação entre as linhas, enquanto o Vitória explorava os contra-ataques com inteligência.

A partida se encaminhava para um empate quando, aos 20 minutos da etapa final, o lateral Cáceres apareceu como herói inesperado. Após um erro de saída de bola do volante Rezende, o paraguaio ficou com a sobra, invadiu a área e bateu firme para colocar o Rubro-Negro novamente na frente. O gol incendiou o Barradão e deu nova vida ao time, que passou a se defender com garra até o apito final.

Nos minutos restantes, o Bahia ainda tentou pressionar, mas esbarrou na forte marcação rubro-negra e na boa atuação do goleiro Lucas Arcanjo, que fez defesas seguras para garantir os três pontos. A vitória foi comemorada como uma conquista importante para o elenco e para a torcida, que voltou a acreditar na permanência na Série A.


Jogadores do Leão comemorando a vitoria importante na tabela (Foto: reprodução/Instagram/@ecvitoria)


Com o resultado, o Vitória chegou a 28 pontos e reduziu a distância para sair da zona de rebaixamento. O próximo desafio será decisivo: o Leão enfrenta o Santos, primeiro time fora do Z4, na segunda-feira (20), às 20h, na Vila Belmiro. Uma vitória fora de casa pode significar um passo fundamental rumo à recuperação.

Do outro lado, o Bahia permanece com 43 pontos, ocupando a sexta colocação. O time de Rogério Ceni segue firme na briga por uma vaga no G4, mas precisa corrigir erros defensivos para se manter na disputa. O próximo compromisso será no domingo (19), às 20h30, contra o Grêmio, na Arena Fonte Nova — confronto direto que promete ser mais um teste de fogo para o Tricolor.

Santos vence o clássico contra o Corinthians e volta a respirar no Brasileirão

O Santos reencontrou o bom futebol e, principalmente, o alívio no Campeonato Brasileiro. Pressionado pela proximidade da zona de rebaixamento, o time comandado por Fábio Carille respondeu em grande estilo diante do maior rival. Na noite desta quarta-feira (15), o Peixe venceu o Corinthians por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela 28ª rodada do Brasileirão, e voltou a somar três pontos preciosos na luta para escapar do Z-4.

Os gols santistas foram marcados por Zé Rafael, Barreal — autor de um golaço — e Rollheiser, que converteu pênalti no início do segundo tempo. O Timão descontou com Raniele, mas não conseguiu reagir diante de um Santos intenso, que contou com o apoio da torcida desde o apito inicial.

Primeiro tempo de manual: domínio total do Peixe

O Santos entrou em campo com postura agressiva e fez um primeiro tempo quase perfeito. Logo aos três minutos, Zé Rafael abriu o placar de cabeça após escanteio cobrado por Barreal, inflamando a Vila Belmiro. A equipe manteve o ritmo, pressionando a saída de bola do Corinthians e empurrando o adversário para o próprio campo de defesa.

O segundo gol veio aos 38 minutos, em um lance de pura qualidade. Barreal, um dos melhores em campo, recebeu na entrada da área e mandou um chute indefensável no ângulo esquerdo de Felipe Longo, marcando um golaço e ampliando a vantagem santista. O Corinthians, por sua vez, pouco produziu e sofreu para conter o ímpeto alvinegro.


Melhores Momentos da vitória do peixão (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)

Rollheiser amplia e Raniele diminui

Na volta do intervalo, o Peixe seguiu superior. Aos oito minutos, após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti de Breno Bidon sobre Zé Rafael. Rollheiser foi para a cobrança e converteu com categoria, fazendo o terceiro do Santos. O Corinthians reagiu rapidamente e descontou com Raniele, de cabeça, após cobrança de escanteio.

Mesmo com o gol sofrido, o Santos manteve o controle e administrou o resultado até o apito final. A vitória, além do sabor de um clássico, traz tranquilidade à equipe, que chega aos 31 pontos, apenas dois a menos que o próprio Corinthians, que estaciona nos 33. A distância para a zona de rebaixamento, por enquanto, é de seis pontos.

Presença ilustre e clima de festa na Vila

A noite também contou com um momento especial fora das quatro linhas. Neymar, ainda em recuperação de lesão e com retorno previsto para novembro, marcou presença em um camarote da Vila Belmiro. O craque foi ovacionado pelos torcedores ao entrar em campo antes do início da partida, acompanhado da filha Mavie.

Com a vitória, o Santos ganha fôlego na briga pela permanência na Série A e dá esperanças à torcida de que dias melhores estão por vir. O desempenho diante do maior rival foi a prova de que o Peixe segue vivo — e disposto a lutar até o fim.

Palmeiras atropela o Bragantino e segue firme na liderança do Brasileirão

O torcedor palmeirense teve motivos de sobra para sorrir neste domingo (15). No retorno do Campeonato Brasileiro após a Data FIFA, o Palmeiras mostrou sua força dentro de casa e aplicou uma goleada de 5 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, no Allianz Parque. Com um segundo tempo arrasador, o Verdão manteve a liderança da competição e confirmou o ótimo momento sob o comando de Abel Ferreira.

Primeiro tempo equilibrado e com polêmica no VAR

O Palmeiras começou o jogo com intensidade, pressionando o Bragantino desde os primeiros minutos. Piquerez e Vitor Roque criaram boas chances logo no início, obrigando o goleiro Lucão a fazer grandes defesas. O time de Bragança, no entanto, respondeu bem e passou a incomodar a defesa alviverde, especialmente nas bolas aéreas.

Aos 35 minutos, após uma cabeçada de Thiago Borbas, a bola tocou na mão de Bruno Fuchs dentro da área. O VAR entrou em ação e, após revisão, o árbitro Raphael Claus marcou pênalti para o Bragantino. Jhon Jhon cobrou com categoria e abriu o placar para os visitantes.

Atrás no marcador, o Palmeiras não se abateu. Com apoio da torcida, o time se lançou ao ataque e, nos acréscimos, chegou ao empate. Após cobrança de escanteio, Bruno Fuchs se redimiu e marcou de cabeça, deixando tudo igual antes do intervalo.


Melhores momentos da goleada do Verdão no Brasileirão (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)

Vitor Roque brilha e comanda a virada no Allianz

O segundo tempo começou em ritmo acelerado. Aos 12 minutos, Vitor Roque, sempre bem posicionado, aproveitou rebote dentro da área e virou o placar para o Palmeiras. O gol inflamou o Allianz Parque e abriu caminho para a goleada.

O terceiro veio aos 27 minutos, em grande estilo: Felipe Anderson recebeu passe de Allan e finalizou com categoria no canto de Lucão. O Bragantino tentou reagir, mas viu o Verdão dominar completamente as ações.

Aos 38, Flaco López marcou o quarto após jogada iniciada por Vitor Roque. E o próprio camisa 9 fechou a conta aos 43 minutos, com um golaço: driblou dois marcadores e bateu cruzado para fazer o quinto, coroando uma atuação impecável.


Vitor Roque comemorango seu segundo gol na partida (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexandre Schneider)

Próximos desafios e situação na tabela

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 61 pontos, mantendo a vantagem sobre o Flamengo na liderança do Brasileirão. Mesmo que perca o confronto direto contra o Rubro-Negro, no próximo domingo (19), às 16h, no Maracanã, o Verdão seguirá na ponta por ter mais vitórias.

Já o Red Bull Bragantino, que estacionou nos 36 pontos, caiu para a nona posição e tenta se reabilitar na próxima rodada, quando encara o Juventude, no Estádio Alfredo Jaconi. No Allianz Parque, a festa foi completa. A equipe de Abel Ferreira mostrou repertório, eficiência e manteve viva a confiança do torcedor em mais uma reta final de campeonato promissora.

Crise no Goiás: Mancini e Andrino deixam o clube em meio à queda na Série B

O clima no Goiás Esporte Clube azedou de vez. Depois de um início promissor na Série B, o time goiano mergulhou em uma fase turbulenta que culminou em duas demissões importantes. No intervalo de menos de 24 horas, o Esmeraldino anunciou as saídas do diretor de futebol, Lucas Andrino, e do técnico Vagner Mancini. As decisões, tomadas após mais um tropeço fora de casa, evidenciam o momento delicado de um clube que chegou a liderar a competição, mas agora corre o risco real de sair do G-4.

O primeiro a deixar o cargo foi Andrino, na manhã de domingo (12), um dia depois do empate em 1 a 1 com o Athletic, em Minas Gerais. O dirigente vinha sendo alvo de duras críticas da torcida e estava no clube desde o início de 2024. Na segunda-feira (13), foi a vez de Mancini ser desligado. O treinador resistiu a pressões anteriores, mas o empate diante do Athletic, somado à sequência de cinco jogos sem vitória, tornou insustentável sua permanência.

Com as saídas, o Goiás encerra um ciclo que parecia promissor meses atrás. Mancini foi contratado em abril para substituir Jair Ventura e acumulou 14 vitórias, 11 empates e 8 derrotas em 33 partidas, totalizando 53,5% de aproveitamento. Apesar do vice-campeonato na Copa Verde e do bom início na Série B, o rendimento despencou no returno, deixando o torcedor frustrado e o clube pressionado às vésperas do desfecho da temporada.

Desempenho em queda livre e pressão crescente

O Goiás é o retrato de um time que perdeu o rumo na fase decisiva da competição. O empate diante do Athletic ampliou o jejum para cinco jogos sem vencer — um retrospecto de quatro empates e uma derrota. Antes disso, o time já vinha em declínio: em nove partidas recentes, venceu apenas uma.

Depois de encerrar o primeiro turno na liderança, com 37 pontos em 19 jogos, o Esmeraldino viu a gordura acumulada se dissolver rapidamente. No returno, o rendimento despencou para 38,5% de aproveitamento, com apenas três vitórias em 13 partidas. Foram 12 gols marcados e 14 sofridos nesse período — números que escancaram a perda de eficiência tanto no ataque quanto na defesa.

A derrocada refletiu diretamente na tabela. A seis rodadas do fim da Série B, o Goiás caiu para a quarta colocação, com 52 pontos, e corre sério risco de sair do grupo de acesso. A Chapecoense, quinta colocada com 50, ainda jogaria nesta terça (14) e poderia ultrapassar o time goiano em caso de vitória sobre o Botafogo-SP.

O confronto entre as equipes, no domingo (19), na Serrinha, promete clima de decisão. Mais do que um simples duelo direto, será um teste de nervos para um elenco pressionado e um clube em reconstrução após as demissões.


Lucas Andrino, diretor de futebol (Foto: reprodução/Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

Torcida perde a paciência e protesta na Serrinha

A pressão que derrubou Andrino e Mancini vinha crescendo há semanas. Na última quarta-feira (8), o estádio Hailé Pinheiro, a Serrinha, amanheceu pichado com frases de protesto: “Série A é obrigação”, “Fora Andrino”, “Fora Mancini” e “Mercenários”. As mensagens, endereçadas à diretoria e ao elenco, escancararam a insatisfação da torcida com a queda de rendimento.


Frase de protesto escrito pela torcida do Goiás (Foto: divulgação/X/ge)

O estopim ocorreu após a derrota por 2 a 1 para o CRB, em casa, pela 31ª rodada. Durante a partida, os torcedores já davam sinais de revolta: vaias ecoaram nas arquibancadas, e gritos de “olé” acompanhavam a troca de passes do time adversário. Ao apito final, a impaciência se transformou em cobrança aberta por mudanças.

Funcionários do clube agiram rapidamente para apagar as pichações, mas o gesto simbólico da torcida deixou claro que a paciência havia se esgotado. Mesmo assim, à época, Andrino tentou defender o treinador:

“Desde que cheguei, sempre tomamos decisões com diálogo e posicionamento de todas as partes. Acredito no acesso e no trabalho da comissão técnica”, afirmou o dirigente em coletiva, dias antes de ser demitido.

A confiança, no entanto, não resistiu à sequência de tropeços e ao risco iminente de o clube perder o acesso que parecia garantido no primeiro turno.

Desafio final: reagir ou ver o sonho escapar

A reta final da Série B reserva um caminho árduo para o Goiás. O time enfrentará seis adversários diretos pelo acesso: Chapecoense, Criciúma, Athletico, Cuiabá, Novorizontino e Remo. Cada ponto perdido pode custar o retorno à elite.

Segundo cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Esmeraldino tem 37,7% de chances de subir, o quinto maior índice da competição — mas o número é preocupante para quem esteve no topo há poucas semanas.

Com um novo comando prestes a ser anunciado, o clube precisa de respostas rápidas. A confiança do torcedor está abalada, e o clima interno exige reestruturação imediata. O Goiás, tradicional e acostumado a disputar a Série A, vê o tempo se esgotar. Se quiser transformar a turbulência em reação, precisará resgatar o espírito competitivo que o colocou entre os líderes no início do campeonato.

As próximas rodadas serão mais do que decisivas: serão um teste de caráter para um clube que, entre altos e baixos, ainda luta para provar que a queda de rendimento não é sinônimo de fracasso. O desafio agora é devolver à torcida o orgulho que, por ora, parece ter ficado no primeiro turno.

Futuro incerto: Arsenal planeja negociar Gabriel Jesus na próxima janela

O futuro de Gabriel Jesus no Arsenal parece cada vez mais distante do norte de Londres. Após perder espaço no elenco de Mikel Arteta e conviver com recorrentes problemas físicos, o atacante brasileiro pode ser negociado na próxima janela de transferências, em janeiro de 2026. De acordo com informações dos jornalistas Bruno Andrade e André Hernan, os Gunners já trabalham nos bastidores para encontrar um novo destino para o jogador — e o retorno ao futebol brasileiro é uma das possibilidades em discussão.

Segundo os repórteres, Palmeiras e Flamengo estão atentos à situação e monitoram o atacante, que foi revelado pelo Verdão e mantém boa relação com o clube paulista. No entanto, apesar do interesse brasileiro, o desejo inicial de Gabriel seria continuar no futebol europeu, ao menos por enquanto.

Durante o programa Fala a Fonte, transmitido no canal da ESPN no YouTube nesta segunda-feira (13), os jornalistas destacaram a intenção do atleta de seguir atuando no continente.

Ele está na Europa há um tempo, tem o desejo de ficar por lá. Mas o Andreas queria ficar lá e voltou… Os planos vão mudando conforme o mercado se apresenta — disse André Hernan, fazendo referência ao caso do também brasileiro Andreas Pereira, que retornou ao Brasil após anos no futebol europeu.

Mudanças no ataque e sinal de despedida

A situação de Gabriel Jesus no Arsenal se agravou com a chegada de Viktor Gyokeres, atacante sueco contratado para reforçar o setor ofensivo. A movimentação, segundo Bruno Andrade, foi interpretada internamente como um “recado” direto ao brasileiro e à sua equipe: o clube pretende abrir espaço para novos nomes no elenco principal.

A contratação do Gyokeres foi uma mensagem clara ao Gabriel Jesus e ao seu staff. A ideia é negociar o jogador em janeiro — afirmou o jornalista.

Com essa movimentação, o Arsenal já começa a se planejar para o futuro sem o atacante brasileiro, que chegou ao clube em 2022 após deixar o Manchester City. Embora tenha sido uma das principais contratações da era Arteta, sua sequência foi prejudicada por lesões e pela oscilação de desempenho.

Atualmente, Gabriel Jesus se recupera de uma lesão ligamentar no joelho e só deve retornar aos gramados em dezembro. O período afastado pode influenciar diretamente na decisão do clube de vendê-lo, já que o atacante deve precisar de tempo para retomar ritmo e confiança até a abertura da janela.


Gabriel Jesus atuando pelo Arsenal (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Warren Little)

Lesões e queda de rendimento pesam contra

Desde que deixou o Manchester City em busca de mais protagonismo, Gabriel Jesus não conseguiu sustentar uma sequência consistente no Arsenal. Embora tenha começado bem, sendo peça importante na temporada 2022/23, seus números caíram expressivamente nos últimos meses.


Gabriel durante sua passagem no Manchester City (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Michael Regan)

Na atual temporada (2024/25), o brasileiro disputou 27 partidas — sendo apenas 13 como titular — e marcou sete gols, além de registrar duas assistências. O desempenho é bem inferior ao da temporada anterior, quando participou de 38 jogos, balançou as redes oito vezes e deu oito passes para gol.

Os números ajudam a explicar a decisão do clube londrino de buscar um novo nome para a função de centroavante. Para um time que briga constantemente pelo topo da Premier League e sonha com conquistas europeias, a expectativa de um camisa 9 é naturalmente alta.

Além do aspecto técnico, o histórico recente de lesões também preocupa. Gabriel tem sofrido com problemas físicos desde a Copa do Mundo de 2022, quando lesionou o joelho com a seleção brasileira. Desde então, passou por diferentes tratamentos e longos períodos fora de combate, o que acabou interferindo diretamente em seu rendimento e no planejamento de Arteta.

Destino em aberto e reencontro possível

Enquanto o Arsenal se organiza para negociar o jogador, clubes brasileiros observam a situação com atenção. O Palmeiras, onde Gabriel foi revelado e conquistou o Campeonato Brasileiro de 2016, aparece como um dos potenciais destinos. A diretoria alviverde mantém boa relação com o estafe do atacante e já sondou a possibilidade de repatriá-lo em outras ocasiões.

O Flamengo também surge como interessado, especialmente pela capacidade financeira de bancar salários e uma eventual negociação com os ingleses. O rubro-negro tem buscado reforços de peso e vê em Gabriel Jesus um nome de impacto internacional.

Apesar disso, pessoas próximas ao jogador garantem que sua prioridade, no momento, é permanecer na Europa. O atacante ainda acredita que pode recuperar seu espaço no futebol de elite e tem confiança em voltar a atuar em alto nível após a recuperação completa. Com o contrato válido até meados de 2027, Gabriel Jesus tem seu futuro indefinido — mas a tendência é que a próxima janela de transferências seja decisiva para o próximo capítulo de sua carreira.

Ponte Preta vence o dérbi e conquista o acesso à final da Série C e deixa o Guarani pelo caminho

O dérbi campineiro de número 212 teve cores, emoção e um desfecho digno de um capítulo marcante na história da Ponte Preta. Em um Estádio Moisés Lucarelli pulsante, a Macaca venceu o Guarani por 2 a 0, neste sábado (11), pela última rodada do quadrangular final da Série C do Campeonato Brasileiro. Os gols de Bruno Lopes e Luiz Felipe selaram uma campanha sólida e confirmaram a equipe alvinegra na grande decisão da competição — além de frustrarem o rival, que viu o sonho do acesso escapar.

Com o resultado, a Ponte assegurou o primeiro lugar no grupo e vai enfrentar o Londrina, líder da outra chave, na final. O Guarani, por sua vez, terminou em terceiro, com sete pontos, atrás do Náutico, e se despediu da temporada sem o tão esperado retorno à Série B.

Dérbi quente e domínio alvinegro desde o início

O confronto começou como se esperava: intenso, brigado e com clima de final. Logo aos dois minutos, Elvis assustou a meta bugrina em cobrança de falta que passou raspando a trave. O Guarani respondeu rapidamente, aos seis, em jogada de bola parada. Raphael Rodrigues desviou cobrança de falta de Diego Torres e carimbou o poste, levantando a torcida visitante.

Mas o equilíbrio inicial não durou muito. A Ponte Preta soube aproveitar os erros defensivos do rival e abriu o placar aos nove minutos. Após uma saída de bola equivocada de Kelvi, Jonas Toró recuperou e arrancou em velocidade pela direita. O atacante cruzou para Elvis, que ajeitou na área. A bola ficou viva, e Bruno Lopes apareceu com oportunismo para encher o pé e colocar a Macaca em vantagem.

O gol desestabilizou o Guarani, que passou a encontrar dificuldades para se reorganizar. A Ponte, empurrada pela torcida e mais confiante, manteve o domínio das ações. Aos 28 minutos, Toró quase ampliou após bela jogada individual, mas Dalberson fez boa defesa. O Bugre tentou responder nos minutos finais da primeira etapa, e a melhor oportunidade veio com Mirandinha, que recebeu rebote na entrada da área e isolou, desperdiçando a chance do empate. O primeiro tempo terminou com a Ponte em vantagem e mais próxima de um segundo gol do que o Guarani da igualdade.


Melhores momentos da vitória da Ponte Preta sobre seu rival (Vídeo: reprodução/YouTube/Tuffa fut)


Pressão da Ponte e golpe final

O cenário do segundo tempo reforçou o que já se desenhava antes do intervalo: a Ponte Preta mais organizada e com mais intensidade. Mesmo precisando do resultado, o Guarani não conseguiu impor ritmo, enquanto a Macaca seguiu pressionando.

Logo aos dois minutos, Bruno Lopes tentou de fora da área e obrigou Dalberson a se esticar. Pouco depois, Toró exigiu nova defesa do goleiro bugrino após cobrança de escanteio. Aos 18 minutos, Elvis quase marcou em cobrança de falta venenosa. A Macaca não dava espaço e parecia muito próxima de ampliar.

Aos 25, Toró chegou a balançar a rede pelo lado de fora, arrancando gritos de “gol” da torcida pontepretana. O grito, no entanto, só foi confirmado quatro minutos depois. Aos 29, Elvis cobrou escanteio com precisão, e Luiz Felipe subiu mais alto que a defesa bugrina para testar firme e fazer 2 a 0. O Majestoso explodiu.

A vantagem confortou a Ponte, que passou a controlar o jogo e administrar o resultado. O Guarani, desesperado, tentou uma pressão final, mas esbarrou na boa atuação de Diogo Silva. Nos acréscimos, o goleiro ainda operou um verdadeiro milagre ao defender uma finalização de Bruno Santos à queima-roupa, evitando o gol de honra do rival.

Festa alvinegra e frustração bugrina

O apito final transformou o Majestoso em um mar preto e branco. A Ponte Preta celebrou não apenas a vitória no dérbi, mas a conquista de uma vaga na final da Série C — um feito que coroa uma campanha consistente e marcada pela superação. Foram quatro clássicos na temporada, com três vitórias da Macaca, reafirmando a superioridade sobre o rival em 2025.

Do outro lado, o Guarani viveu a decepção de ver o acesso escapar pelas mãos. A equipe bugrina até mostrou competitividade em alguns momentos do quadrangular, mas faltou consistência para alcançar o principal objetivo do ano.

Agora, a Ponte volta suas atenções para a decisão da Série C, onde enfrentará o Londrina em busca do título e de um desfecho ainda mais glorioso para uma temporada inesquecível. O dérbi 212 entra para a história — não apenas pela rivalidade, mas como o jogo que colocou a Macaca de volta ao topo e deixou o Guarani mais uma vez pelo caminho.

Brasil brilha sob comando de Ancelotti e goleia a Coreia do Sul em amistoso preparatório

Na manhã desta sexta-feira (10), o Brasil apresentou, talvez, sua atuação mais convincente sob o comando de Carlo Ancelotti. Com personalidade, intensidade e alto nível técnico, a Seleção Brasileira atropelou a Coreia do Sul por 5 a 0, no Estádio da Copa do Mundo, em Seul, em amistoso que abre a série de seis jogos antes da convocação definitiva para a Copa do Mundo de 2026. Os gols foram marcados por Estêvão e Rodrygo, duas vezes cada, além de Vini Jr., que fechou o placar.

Mesmo com forte chuva e diante de aproximadamente 65 mil torcedores que apoiavam fervorosamente os donos da casa, o Brasil não se intimidou. A equipe dominou do início ao fim, mostrando repertório ofensivo e disciplina tática, aspectos que Ancelotti vem tentando consolidar desde que assumiu o cargo.

Quarteto ofensivo comanda início arrasador

A escolha de Carlo Ancelotti por escalar um quarteto ofensivo foi determinante para a atuação avassaladora. Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha formaram a linha de frente, enquanto Casemiro e Bruno Guimarães garantiam o equilíbrio no meio-campo, mas com liberdade para se aproximar da área. Essa movimentação resultou nos dois primeiros gols ainda no primeiro tempo.

Aos 12 minutos, Bruno Guimarães encontrou espaço entre os zagueiros e deu passe preciso para Estêvão, que finalizou com categoria para abrir o marcador. O gol precoce deu tranquilidade à Seleção, que manteve a posse de bola e pressionou constantemente a saída adversária.

Pouco antes do intervalo, Casemiro brilhou ao recuperar a bola e acionar Rodrygo. O atacante do Real Madrid não desperdiçou e ampliou a vantagem, marcando seu oitavo gol em 34 jogos pela equipe nacional.

Do outro lado, a Coreia do Sul, 23ª colocada no ranking da Fifa, apostava em um esquema fechado, mas não encontrou formas de conter a pressão alta brasileira. Mesmo com a torcida empurrando, o time asiático sofreu para criar qualquer chance de perigo.


Melhores mmentos da vitória brasileira sobre os coreanos (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Erros coreanos selam goleada brasileira

Na volta do intervalo, os donos da casa tentaram modificar a postura com uma alteração no meio-campo, mas logo sofreram dois golpes fatais. Com apenas dois minutos jogados, Estêvão aproveitou falha de Kim Min-Jae na saída de bola, roubou no limite da área e bateu firme para fazer o terceiro do Brasil.

Sem tempo de respirar, a Coreia voltou a errar. Casemiro pressionou no setor ofensivo, recuperou a posse e rapidamente acionou Vini Jr., que, com inteligência, deixou Rodrygo em condições de marcar o quarto gol. Em menos de cinco minutos, a partida já estava definida.

Com o placar elástico, Ancelotti utilizou a etapa final para rodar o elenco. Foram seis substituições, entre elas a estreia de Paulo Henrique, lateral do Vasco, que entrou em campo pela primeira vez com a camisa da Seleção. Carlos Augusto, André, Lucas Paquetá, Richarlison e Igor Jesus também tiveram minutos.

Mesmo com tantas trocas, o nível de intensidade permaneceu alto. Aos 32 minutos, Vini Jr. aproveitou jogada bem trabalhada e anotou o quinto gol, coroando uma atuação coletiva de alto padrão.

Preparação para novos desafios

O resultado expressivo em Seul reforça a confiança da Seleção Brasileira neste início de trajetória rumo ao Mundial de 2026. Além de demonstrar solidez defensiva e criatividade no ataque, o time mostrou que pode se adaptar a diferentes cenários de jogo, um ponto destacado por Carlo Ancelotti após o apito final.

A vitória também evidencia a ascensão de jovens talentos, como Estêvão, que, mesmo em início de carreira, teve papel de protagonista com dois gols e muita personalidade. A integração entre jogadores experientes e novos nomes parece ser uma das chaves do trabalho do treinador italiano.

Agora, o Brasil se prepara para o segundo amistoso da excursão pela Ásia. Na próxima terça-feira (14), a Seleção enfrenta o Japão em Tóquio, às 7h30 (horário de Brasília). Será mais uma oportunidade para Ancelotti observar o elenco e testar variações antes da reta final de preparação para a Copa do Mundo. Se a atuação contra a Coreia do Sul servir de parâmetro, o torcedor brasileiro pode começar a sonhar com uma equipe mais madura, criativa e competitiva, capaz de recuperar o protagonismo perdido nos últimos anos.

Atlético-MG vence o Sport, respira na tabela e amplia crise do lanterna

O Atlético-MG reencontrou o caminho das vitórias e conseguiu um importante respiro na luta contra a parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro. Em jogo adiado da 14ª rodada, disputado na noite desta terça-feira (8), na Arena MRV, o time mineiro venceu o Sport por 3 a 1 e alcançou os 32 pontos, abrindo sete de vantagem para a zona de rebaixamento. O resultado deu novo fôlego ao elenco comandado por Milito e aumentou a pressão sobre o Leão, que amarga a lanterna do torneio com apenas 16 pontos e já acumula 14 derrotas na competição.

Primeira etapa com domínio alvinegro

O Atlético-MG entrou em campo disposto a mostrar reação após a dura derrota por 3 a 0 para o Fluminense na rodada anterior. Desde os primeiros minutos, a equipe tomou as rédeas da partida e não demorou a abrir o placar. Logo aos 9 minutos, após cobrança de escanteio, Vitor Hugo se antecipou à defesa e desviou de cabeça para balançar as redes: 1 a 0.

O gol deu confiança ao Galo, que seguiu pressionando. Na sequência, Arana apareceu dentro da área e finalizou de perto, mas a zaga travou o chute. No rebote, Rony arriscou, exigindo grande defesa de Gabriel. O Sport, por sua vez, respondeu aos 12 minutos em cabeçada de Rafael Thyere, que passou muito perto do gol defendido por Everson.

Com dificuldades para manter a posse e encaixar jogadas ofensivas, o time pernambucano só voltou a assustar aos 32 minutos. Atencio cobrou escanteio fechado e quase marcou um gol olímpico, mas Everson mostrou reflexo e desviou. O castigo veio pouco depois: aos 37 minutos, Guilherme Arana aproveitou um bate-rebate na área e empurrou para o fundo da rede, ampliando a vantagem mineira.

Ainda antes do intervalo, Scarpa quase fez o terceiro ao receber cruzamento e finalizar de primeira. A bola passou rente à trave, mantendo o placar em 2 a 0 ao fim do primeiro tempo.


Melhores momentos da vitória do Galo sobre o Leão na Arena MRV (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Sport reage, mas Galo confirma vitória

Na etapa final, o Atlético-MG manteve a intensidade e não demorou a construir uma vantagem ainda maior. Aos 6 minutos, Rony aproveitou boa jogada pela direita e finalizou com força, marcando o terceiro gol alvinegro. A torcida presente na Arena MRV comemorava não apenas o triunfo parcial, mas também a recuperação do time após dias conturbados.


Rony comemorando vitória do galo em casa (Foto: reprodução/ Pedro Souza/Atlético-MG)

O Sport tentou reagir e conseguiu diminuir a diferença. Aos 20 minutos, Derik Lacerda recebeu na área e finalizou com precisão para superar Everson e marcar o gol de honra do Leão. Apesar da tentativa de pressão, o time pernambucano não teve forças para buscar uma reação maior.

Com a vantagem construída, o Atlético passou a administrar o resultado e seguiu firme defensivamente. O apito final confirmou a vitória por 3 a 1, que tirou parte do peso das últimas semanas para o clube mineiro e deixou o Sport ainda mais afundado na lanterna.

Situação na tabela e próximos desafios

Com os três pontos conquistados, o Atlético-MG chegou a 32 na classificação, abrindo sete de vantagem sobre o Vitória, que atualmente ocupa a 17ª posição e é o primeiro dentro da zona do rebaixamento. O resultado também representou a 8ª vitória do Galo no campeonato e trouxe mais confiança antes do clássico contra o Cruzeiro, que será disputado na próxima quarta-feira (15), às 21h30, novamente na Arena MRV.

Já o Sport vive um cenário delicado. O time acumula apenas 16 pontos em 28 jogos, ostenta o pior ataque e a segunda pior defesa da competição, e parece cada vez mais distante de uma reação. Na próxima rodada, os pernambucanos recebem o Ceará, na Ilha do Retiro, em confronto direto por sobrevivência, às 20h da quarta-feira.

Alívio e pressão

O triunfo alvinegro serviu como resposta imediata às críticas recebidas após a derrota para o Fluminense. Além de afastar momentaneamente o fantasma do rebaixamento, a equipe mostrou evolução ofensiva e eficiência nas bolas paradas, fatores que podem ser decisivos na reta final do campeonato.

No outro lado, o Sport amarga mais uma decepção. A 14ª derrota em 28 partidas liga o sinal de alerta e reforça a urgência por mudanças no desempenho dentro de campo. Sem reação imediata, o risco de queda para a Série B se torna cada vez mais inevitável.

Espanha perde Rodri para a Data FIFA após nova lesão

A seleção espanhola ganhou mais uma preocupação às vésperas dos jogos decisivos das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo. Após o corte do jovem atacante Lamine Yamal, a equipe comandada por Luis de la Fuente confirmou nesta segunda-feira (06) que também não contará com Rodri. O meio-campista do Manchester City voltou a sentir problemas musculares e foi retirado da lista de convocados, conforme comunicado oficial da Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

A notícia chega em um momento delicado para a “La Roja”, que busca garantir a classificação com autoridade e vinha apostando no equilíbrio do seu setor de meio-campo para manter a consistência apresentada nas últimas competições. A ausência de um dos pilares da equipe obriga o técnico a repensar alternativas.

Lesão durante partida da Premier League

Rodri deixou os gramados mais cedo no último domingo (05), durante a vitória do Manchester City sobre o Brentford pela Premier League. O volante permaneceu apenas 20 minutos em campo e, após sentir um incômodo na coxa direita, pediu substituição. A cena preocupou torcedores tanto do clube inglês quanto da seleção: sentado no círculo central, o jogador segurou a perna com expressão de dor e precisou deixar o campo mancando.

O escolhido para entrar em seu lugar foi o compatriota Nico González, que aproveitou a oportunidade para ganhar ritmo, mas a saída precoce de Rodri deixou clara a gravidade do quadro. Mais tarde, exames médicos confirmaram um estiramento no tendão da coxa, lesão que afasta o espanhol da Data FIFA.

Em entrevista à Sky Sports logo após a partida, Rodri tentou tranquilizar:

“Foi apenas um pequeno puxão. Nada grave. Senti algo parecido com o que ocorreu na final da Eurocopa em 2024. Acredito que seja apenas uma questão de alguns dias de descanso”, afirmou o jogador.

Apesar do tom otimista, o departamento médico da Espanha optou por não correr riscos, decretando seu corte oficial da convocação.


Momento que Rodri deixa a partida sentindo contra o Fulham (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)

Histórico recente de problemas físicos

A preocupação com Rodri não é recente. No início da temporada passada, o meio-campista sofreu uma lesão grave no joelho direito durante confronto com o Arsenal, em setembro de 2024. O diagnóstico apontou ruptura do ligamento cruzado anterior e danos ao menisco, lesão que exigiu longo processo de reabilitação e gerou temor sobre seu retorno aos gramados em alto nível.

Foram meses de fisioterapia e trabalho intensivo de fortalecimento muscular. Quando finalmente voltou a atuar pelo City, o jogador precisou de tempo para recuperar ritmo de jogo. Pep Guardiola, técnico da equipe inglesa, adotou cautela em sua utilização, alternando sua presença como titular e poupando em determinados compromissos.

Mesmo assim, Rodri foi peça essencial na conquista da Eurocopa de 2024 pela Espanha, tornando-se um dos símbolos da solidez defensiva e da construção de jogo no meio-campo. Sua liderança e capacidade de controlar o ritmo da partida são consideradas insubstituíveis para a seleção.

Impacto na Espanha e alternativas para De la Fuente

Com a baixa confirmada, Luis de la Fuente precisa encontrar soluções rápidas para reorganizar sua equipe. Rodri não é apenas um volante de contenção, mas também um articulador, capaz de iniciar jogadas ofensivas e proteger a defesa com inteligência tática.

Entre os nomes disponíveis, Zubimendi, da Real Sociedad, surge como favorito para assumir a função. Outra alternativa é recuar Dani Olmo para atuar em uma posição mais centralizada, embora isso implique abrir mão de seu papel criativo no ataque. González, que substituiu Rodri no jogo do City, também pode ganhar minutos.

A Espanha já vinha lidando com a ausência de Lamine Yamal, cortado por lesão, e agora terá de encarar partidas importantes sem duas peças fundamentais. A expectativa é que De la Fuente aposte em um sistema mais equilibrado, privilegiando a posse de bola e o controle territorial, características tradicionais da seleção.

Situação no Manchester City

No clube inglês, a ausência de Rodri também preocupa. Guardiola reconhece que o meio-campista é uma das peças mais importantes da engrenagem do time. Desde sua chegada, o espanhol se tornou referência na proteção da defesa e na saída de bola, atuando como verdadeiro motor do esquema tático.

Caso o problema muscular seja realmente leve, o City espera contar novamente com o jogador em breve. No entanto, com a temporada entrando em uma fase de calendário intenso, qualquer afastamento pode representar riscos para os objetivos do time em competições nacionais e internacionais.


Rodri após sentir lesão durante a partida do Manchester City na Premier League (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Robbie Jay Barratt - AMA)

Caminho da recuperação

Rodri deve iniciar imediatamente o processo de fisioterapia e acompanhamento médico. Embora o próprio atleta tenha minimizado a gravidade, a seleção espanhola e o Manchester City vão tratar o caso com cautela, visando preservar sua condição física para os próximos desafios.

O corte, ainda que preventivo, é um duro golpe para a Espanha. O time perderá não apenas um jogador de qualidade técnica, mas também um líder em campo, alguém que dita o ritmo e traz segurança ao grupo.

Luis de la Fuente, por sua vez, precisará provar mais uma vez sua capacidade de adaptação, reorganizando o meio-campo para seguir firme nas Eliminatórias. O desafio é grande, mas faz parte da realidade de seleções que sonham com o protagonismo em Copas do Mundo.