Alopecia: Conheça a doença que foi motivo de agressão no Oscar 2022

Carolina Loureiro Por Carolina Loureiro
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A cerimônia do Oscar 2022 foi realizada na noite do último domingo (27) e deu o que falar. Desta vez, a repercussão não foi somente graças aos looks deslumbrantes exibidos no tapete vermelho ou as celebridades que ganharam o grande prêmio, como de costume. Esse ano, o espetáculo foi muito comentado entre os internautas devido a briga que rolou entre o ator Will Smith e o humorista Chris Rock, após o humorista fazer uma piada com a doença de Jada Smith, esposa do ator. Para quem não sabe, Jada sofre com alopecia androgenética feminina, uma condição que afeta 5% das mulheres e causa o afinamento dos fios ao longo do tempo.

Após o fato, surgiram muitas dúvidas em relação a doença e trouxemos informações de uma especialista para explicar.



Jada Smith, esposa de Will Smith (Foto: Reprodução/Instagram).


O que é alopecia?

Esta condição, também conhecida como calvície, é uma doença inflamatória e autoimune que ocasiona a formação de placas sem cabelo no couro cabeludo, resultando na perda permanente de cabelos. “A alopecia androgenética é causada por uma hipersensibilidade de receptores hormonais no couro cabeludo, levando ao afinamento progressivo do fio de cabelo até completa obstrução do folículo piloso (local onde nascem os fios)”, explica a dermatologista Dra. Roberta Bibas.

Como identificar a doença?

Os primeiros sinais estão relacionados com a saúde do seu cabelo, por isso devemos ficar atentas. Há uma queda e afinamento dos fios na região do topo da cabeça, deixando o couro cada vez mais visível. Porém, nem toda perda de cabelo é resultado da alopecia, portanto vale procurar um médico apenas caso perceba perdas consideráveis e excessivas, deixando partes do couro cabelo completamente descobertas de fio.

O que ocasiona esta condição?

A queda e fraqueza dos fios pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo os hormonais. “Histórico familiar do caso, afinamento gradual dos cabelos e mulheres com quadro de síndrome do ovário policístico têm maior predisposição a desenvolver a doença. Algumas mulheres só apresentam sintomas de alopecia depois da menopausa, quando ocorre uma diminuição da produção de hormônios”, informa a doutora.

Tem tratamento?

Existem diversas maneiras de tratar uma alopecia, como suplementos orais, cremes e loções à base de corticoides, lasers e até transplante capilar. “Os principais tratamentos são por via oral, usando drogas que bloqueiam a ação hormonal nos receptores do couro cabeludo, e a aplicação de medicamentos tópicos para estimular o aporte de nutrientes, estimulando o crescimento e espessamento dos fios de cabelo”, completa Mônica.

Apesar de não ter cura, o tratamento contínuo traz resultados significativos, o importante é ter um acompanhamento médico e não se desanimar com o progresso. “A maior dificuldade é colocar esta condição como prioridade na sua vida para resgatar a autoestima. Se ela permanecer firme com o tratamento, vai haver uma melhora”, finaliza.

Foto Destaque: Reprodução/Pexels.

 

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