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A Tesla deve anunciar nesta terça-feira (7) uma nova versão mais acessível do Model Y, seu SUV elétrico mais vendido, em meio a um cenário de queda nas vendas e aumento da concorrência global no setor de veículos elétricos. A expectativa é de que o lançamento marque uma tentativa de Elon Musk de recuperar o ritmo de crescimento da empresa e ampliar sua presença no mercado de massa.
Musk prometendo modelo elétrico
De acordo com informações da Reuters, Musk vem há anos prometendo um modelo elétrico de baixo custo, mas acabou cancelando em 2023 o plano de fabricar um carro totalmente novo de US$ 25 mil. A nova aposta seria, portanto, uma versão simplificada do Model Y, aproveitando as plataformas já existentes de produção e design da montadora.
Logo da Tesla (Foto: Reprodução/Nikolas Kokovlis/NurPhoto/Getty Images Embed)
Durante o fim de semana, a Tesla aumentou o suspense ao publicar dois vídeos enigmáticos na plataforma X (antigo Twitter). O primeiro mostra faróis acendendo no escuro, enquanto o segundo traz uma roda em movimento, seguida pela inscrição “10/7” — referência à data de 7 de outubro no formato norte-americano. As postagens incendiaram as redes sociais, com fãs e influenciadores especulando sobre um possível grande anúncio.
Não sabe se o evento vai ser presencial
Diferentemente de outros lançamentos da marca, desta vez não há indícios de que a Tesla realizará um evento presencial. Ainda assim, analistas e investidores estão atentos, já que o movimento pode representar uma guinada estratégica na política de preços da companhia.
Entre as principais dúvidas do mercado estão o valor do novo modelo, sua autonomia e as soluções adotadas pela Tesla para reduzir custos de produção. No fim de 2024, Musk afirmou que um modelo de entrada poderia custar menos de US$ 30 mil, considerando incentivos fiscais do governo dos Estados Unidos. Caso isso se confirme, o veículo poderá reposicionar a Tesla em um segmento cada vez mais competitivo, dominado por marcas chinesas e tradicionais montadoras que aceleram seus investimentos em mobilidade elétrica.
O bilionário Elon Musk nomeou Anthony Armstrong, ex-banqueiro do Morgan Stanley e um de seus principais conselheiros na compra do antigo Twitter, como novo diretor financeiro (CFO) de sua empresa de inteligência artificial, a xAI. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Financial Times.
Armstrong liderança
De acordo com a publicação, Armstrong assumirá a liderança das operações financeiras tanto da xAI quanto da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. O executivo já vinha colaborando com a equipe da xAI há algumas semanas e foi formalmente nomeado para o cargo nos últimos dias.
Elon Musk e o logo da X (Foto: reprodução/Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images Embed)
Armstrong substitui Mike Liberatore, que deixou a empresa após divergências internas sobre a estrutura corporativa e as metas financeiras. Sua chegada ocorre em um momento de forte instabilidade na cúpula das empresas de Musk: nos últimos meses, a presidente-executiva do X, Linda Yaccarino, e o diretor financeiro Mahmoud Reza Banki também renunciaram aos seus cargos. Além disso, o conselheiro-geral Robert Keele deixou a xAI durante o verão do hemisfério norte.
Grande experiência no mercado
Com ampla experiência no mercado financeiro, Armstrong foi chefe global de fusões e aquisições de tecnologia no Morgan Stanley. Ele integrou a equipe que assessorou Musk na aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões, em 2022, operação financiada em parte pelo próprio banco. Desde então, o relacionamento entre os dois se estreitou, segundo o Financial Times.
O novo CFO terá como missão estabilizar o negócio de mídia social, que enfrenta dificuldades desde o êxodo de anunciantes motivado pela flexibilização das políticas de moderação de conteúdo sob o comando de Musk. Além disso, ele será responsável por consolidar a estratégia financeira da xAI, lançada em 2023 com o objetivo de competir com gigantes como OpenAI, Google e Anthropic no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial.
Atualmente, a xAI estaria em negociações para uma nova rodada de captação que pode elevar sua avaliação de mercado para cerca de US$ 200 bilhões, embora o acordo ainda não tenha sido finalizado. A nomeação de Armstrong é vista como um passo para fortalecer a estrutura financeira da empresa e atrair investidores de peso para os próximos movimentos de Musk no setor de IA.
Ouro atinge recorde histórico ao ultrapassar US$ 4.000 por onça, refletindo fatores econômicos e geopolíticos que aumentam a procura pelo metal como ativo de proteção. A expectativa de cortes na taxa de juros do Federal Reserve (Fed), somada à paralisação parcial do governo americano, intensifica a instabilidade nos mercados e eleva a percepção de risco entre investidores.
Os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro avançaram cerca de 1,3%, atingindo US$ 4.058, enquanto o ouro à vista negociava próximo de US$ 4.036. Especialistas afirmam que a valorização evidencia o papel do metal como proteção frente à volatilidade cambial e às oscilações financeiras, atraindo atenção de investidores institucionais e privados.
Expectativa de cortes de juros impulsiona valorização
Analistas apontam que a perspectiva de redução da taxa básica de juros nos EUA é um dos principais fatores por trás da alta do ouro. Um corte de 25 pontos-base neste mês, seguido por outra possível redução em dezembro, estimula a demanda pelo metal, que historicamente se valoriza em períodos de juros baixos, preservando valor mesmo sem gerar dividendos.
Peter Grant, vice-presidente de metais, afirma que o ouro atua como um refúgio seguro em tempos de incerteza, destacando que a demanda de investidores institucionais fortalece sua importância estratégica.
Paralisação do governo reforça recorde histórico
A paralisação parcial do governo americano, agora no sétimo dia, interrompeu a divulgação de indicadores oficiais, obrigando investidores a recorrer a dados alternativos e projeções independentes para avaliar o ritmo de cortes de juros. Assim, o cenário reforça a atratividade do ouro, que atinge recorde histórico e segue valorizando-se em períodos de instabilidade política.
Ouro alcança valor recorde no mercado internacional (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)
Crises geopolíticas em países como França e Japão pressionam os mercados internacionais, consolidando o metal como principal ativo seguro frente a ações e moedas tradicionais. Enquanto isso, investidores ajustam carteiras para proteger capital e aproveitar oportunidades de valorização.
Compras estratégicas e crescimento do ouro atinge recorde histórico
Valorização do ouro atinge recorde histórico em 2025, acumulando alta superior a 50% no ano, superando os mercados acionários e reforçando sua posição como ativo de destaque. Compras estratégicas de bancos centrais, somadas a aportes em fundos de índice (ETFs), sustentam essa trajetória de valorização.
Ouro alcança valorização de 50% (reprodução/X/@DocRoger)
A prata acompanhou parcialmente o movimento, registrando crescimento de 2,4% e aproximando-se de seu próprio recorde histórico. Outros metais, como platina e paládio, apresentaram variações mais moderadas, mantendo o foco dos investidores no ouro como principal porto seguro.
Cenário futuro e perspectivas do ouro atinge recorde histórico
Segundo analistas, a evolução do ouro atinge recorde histórico nos próximos meses e dependerá de três fatores: decisões do Fed, paralisação governamental e volatilidade global. Um corte mais profundo de juros ou a extensão da instabilidade política poderia impulsionar ainda mais o metal, consolidando seu papel como refúgio seguro.
Além disso, a demanda deve permanecer elevada, impulsionada por investidores individuais e institucionais que buscam diversificação. Mercados monitoram indicadores alternativos, já que a paralisação limita dados oficiais.
Portanto, ajustes estratégicos em carteiras são esperados, aproveitando oportunidades de valorização e mitigando riscos de desvalorização. A expectativa é que o ouro continue desempenhando papel estratégico, oferecendo proteção contra incertezas econômicas e turbulências geopolíticas.
Consequentemente, especialistas reforçam que a evolução do metal pode impactar ativos correlacionados, como prata, platina e ETFs de metais preciosos, tornando o ouro um termômetro confiável da percepção de risco global. Também, variações no preço do metal influenciam decisões de alocação de capital em mercados internacionais, afetando estratégias de investidores institucionais e privados, fundos de investimento e políticas de reservas de bancos centrais.
A Axsome Therapeutics, uma empresa de produção de medicamentos, agora traça um caminho importante para a evolução da medicina. A companhia, que já domina o mercado com o antidepressivo Auvelity, aposta no momento em um novo medicamento para o tratamento da agitação do Alzheimer, um dos sintomas que acompanham a doença.
Desde seus primeiros dias em uma sala simples e pequena no Rockefeller Center, em Nova York, até se tornar uma das maiores referências no setor de biotecnologia, a Axsome assume uma postura que a diferença das demais empresas da área. Combinando a ciência com a estratégia de mercado, Herriot Tabuteau, CEO da Axsome, uniu décadas de sua experiência em investimentos de startups de biotecnologia com sua carreira na medicina. Outro diferencial que Tabuteau assumiu ao abrir sua companhia foi de não a financiar com capital de risco, somente com os seus próprios recursos e ajudas de parentes e amigos próximos.
Portfólio da gigante
Em termos de produtos, o grande lucro da Axsome é o Auvelity, um medicamento para tratamento do transtorno depressivo. Ele combina dois medicamentos já existentes e promete efeito em apenas uma semana de uso, o que o posiciona de forma diferente no mercado, já que a maioria dos antidepressivos demora entre seis a oito semanas para terem efeitos. Aprovado em agosto de 2022, as ações da empresa subiram 65% em apenas uma semana, o que a fez ser avaliada em US$ 3 bilhões.
Outro movimento estratégico do CEO foi a compra do medicamento Sunosi, usado no tratamento da sonolência excessiva em pacientes com narcolepsia ou apneia do sono. A compra teve valor de US$ 53 milhões mais royalties de um dígito. A Axsome garantiu em apenas um ano US$ 66 milhões, através da venda de direitos do medicamento para a Europa, Oriente Médio e Norte da África.
Além desses dois grandes triunfos, agora a empresa de biotecnologia aposta no tratamento contra o Alzheimer. Um dos sintomas que a doença causa em pacientes é a agitação e o novo medicamento promete tratar esse efeito, além de evitar efeitos colaterais sérios que outros antipsicóticos causam, como a morte. Contudo, os resultados dos testes da medicação foram mistos e a FDA (Food and Drug Administration, agência dos Estados Unidos equivalente à Anvisa) ainda deve aprovar o remédio.
Medicamento deve ajudar cerca de 150 milhões de americanos com Alzheimer (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Brian B. Bettencourt)
Referência no mercado
Nomeada a partir dos termos “axônio” e “soma”, a Axsome foi iniciada em 2012 e passou por diferentes fases, que moldaram o que hoje é uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo, com três medicamentos no mercado e mais cinco em desenvolvimento.
Nos 12 meses anteriores a junho, a Axsome registrou uma receita de US$ 495 milhões, representando um avanço de 70% em relação ao mesmo período de 2024. Entretanto, mesmo com o crescimento de capital, a empresa ainda se encontra no vermelho, com um prejuízo de US$ 247 milhões.
Já na Nasdaq, onde a empresa é negociada, ela está avaliada em US$ 6,1 bilhões, com Tabuteau exercendo uma participação de 15%, o que o posiciona como bilionário. O fundador da gigante avalia que ela pode chegar a US$ 16,5 bilhões em vendas dos seus medicamentos atuais, a posicionando como uma das principais e maiores empresas do setor farmacêutico do mundo.
O sistema tributário brasileiro passa por uma mudança significativa com a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5.000. A medida entra em vigor imediatamente e beneficia milhões de contribuintes em todo o país, buscando estimular o consumo e promover justiça fiscal, mas também desperta preocupações sobre risco fiscal e estabilidade das contas públicas.
Especialistas destacam que o impacto real dependerá da forma como o governo e o Congresso irão gerenciar a compensação da renúncia fiscal e manter o equilíbrio das contas públicas.
Estímulo imediato à economia
Ao elevar o limite de isenção, milhões de brasileiros deixam de pagar IR, liberando recursos que antes seriam destinados ao fisco. Para um trabalhador com renda de R$ 5.000 por mês, isso equivale à cerca de R$ 4.000 anuais, um alívio significativo no orçamento familiar que pode ser destinado à alimentação, transporte, educação, saúde, pequenas melhorias domésticas, lazer e investimentos pessoais.
Esses recursos tendem a ser rapidamente injetados na economia, fortalecendo o comércio local e os serviços próximos às famílias beneficiadas. Ao aumentar o consumo, cresce a demanda por produtos e serviços, estimulando a produção e gerando empregos, criando um ciclo positivo de circulação de dinheiro. Em regiões menos desenvolvidas, o impacto pode ser ainda maior, beneficiando micro e pequenas empresas e incentivando o empreendedorismo local.
Sistema tributário brasileiro e justiça fiscal
O sistema tributário brasileiro, historicamente desigual, encontra na elevação da faixa de isenção do IRPF uma oportunidade de corrigir distorções e promover justiça fiscal. Ao reduzir a carga sobre quem tem menor capacidade de pagamento, a medida fortalece o princípio constitucional da capacidade contributiva, tornando a tributação mais proporcional: quem possui menor renda contribui menos, enquanto as camadas mais altas assumem parcela maior.
Ao aliviar a carga tributária sobre a renda média e baixa, a medida tende a gerar maior segurança econômica para essas famílias e incentiva decisões de gasto mais conscientes, incluindo investimentos pessoais estratégicos. Esse movimento contribui para o crescimento econômico de forma equilibrada e sustentável, ao mesmo tempo, em que ajuda a diminuir desigualdades regionais e sociais. O sistema tributário brasileiro mostra, dessa forma, potencial para promover justiça social de maneira efetiva.
Entenda o impacto da isenção do IR na sociedade (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)
Riscos fiscais e pressão inflacionária
Embora a medida seja justa e promova alívio imediato para milhões de contribuintes, seu custo estimado de cerca de R$ 26 bilhões por ano representa um desafio significativo para as contas públicas. Sem uma compensação eficaz, a renúncia fiscal pode gerar déficit, pressionar a dívida pública e comprometer a capacidade do governo de financiar políticas essenciais.
Para viabilizar a isenção, o governo pretende aumentar a tributação sobre lucros, dividendos e altas rendas, mas essa estratégia traz riscos adicionais:
Incerteza na arrecadação: receitas advindas do capital são voláteis e podem levar tempo para se concretizar, deixando lacunas imediatas no caixa federal.
Desestímulo a investimentos: uma tributação excessiva sobre dividendos e lucros pode reduzir a atratividade de investimentos, provocar saída de capitais e impactar negativamente a geração de empregos.
Além disso, caso a isenção do IR não seja acompanhada por um aumento proporcional na oferta de bens e serviços, pode ocorrer pressão inflacionária, reduzindo o efeito real da medida para os consumidores mais vulneráveis. Dessa forma, o impacto positivo da isenção precisa ser balanceado com rigoroso planejamento fiscal para evitar que o alívio imediato se transforme em instabilidade econômica futura.
Sustentabilidade e responsabilidade fiscal
Para que o benefício seja duradouro e impacte positivamente a economia, é essencial transparência na compensação da renúncia fiscal e disciplina rigorosa na gestão dos gastos públicos. Planejamento cuidadoso permitirá equilibrar estímulo ao consumo, controle da inflação e estabilidade das contas públicas, evitando que ganhos imediatos se percam no longo prazo.
Políticas complementares, como incentivo à produtividade, estímulo a investimentos e revisão de subsídios ineficientes, são fundamentais. O acompanhamento constante dos impactos permitirá ajustes rápidos, garantindo que a medida não se torne um peso para a dívida pública.
Caso essas condições não sejam atendidas, o alívio imediato para os trabalhadores, que hoje representa um ganho importante no bolso das famílias, pode se transformar em instabilidade econômica futura, prejudicando a confiança de investidores e o poder de compra da população. A sustentabilidade depende, portanto, de planejamento fiscal, controle de despesas e políticas públicas eficazes que ampliem benefícios sem comprometer a saúde econômica do país.
A paralisação do governo dos Estados Unidos, chamada de shutdown, entrou em vigor na madrugada de 1º de outubro após o Congresso não conseguir chegar a um acordo de financiamento. Embora historicamente essas paralisações tenham poucos efeitos, esse episódio reacende problemas sobre os ajustes fiscais dos EUA, podendo refletir nos mercados de países emergentes.
No cenário atual, o impacto real cai sobre os serviços federais, que foram interrompidos, e nos serviços públicos, onde milhares de funcionários foram dispensados. No transporte e no turismo o prejuízo deve chegar por volta de US$ 1 bilhão (R$ 5,32 bilhões). Entretanto, no Brasil, os impactos não são de imediato e significativos.
Mercado brasileiro
De acordo com analistas brasileiros, o principal impacto pode ocorrer no atraso dos dados econômicos dos EUA, como, por exemplo, o payroll. As consequências desse atraso seriam a falta de informações das decisões do Fed, que é o banco central americano, sobre taxas de juros.
Já no mercado doméstico, não se espera grande impacto, principalmente pela duração de shutdowns americanos anteriores, que não duraram muito. Caso o impasse no Congresso continue por mais tempo do que o esperado, é possível que os acionistas estrangeiros decidam retirar seus investimentos de mercados emergentes, por conta da falta de dados para medir os riscos.
Governo dos EUA entrou em shutdown nesta quarta-feira (1) (Foto: reprodução/X/@Metropoles)
Polarização nos EUA
O que preocupa os economistas no cenário, na verdade, é a polarização presente no Congresso americano, entre republicanos e democratas. Historicamente, as paralisações duraram em média 8 dias, acabando através de negociações. Contudo, negociações não estão ocorrendo positivamente atualmente.
Por mais que de baixo custo e impacto nos mercados ao redor do mundo, a falta de negociação positiva e a polarização entre os partidos representam um problema fiscal na estrutura governamental dos Estados Unidos. Caso as diferenças continuem na política norte-americana, episódios como esse de paralisação podem se tornar recorrentes nos anos seguintes, se tornando um risco e uma preocupação.
Elon Musk acaba de se tornar a pessoa mais rica do mundo, de acordo com levantamento feito pela Forbes nesta quarta-feira (1º). O bilionário acumula um patrimônio líquido de US$ 500 bilhões (R$ 2,66 trilhões), alcançando um recorde mundial.
Agora, com Musk na liderança, o segundo lugar na lista ficou para Larry Ellison, que tem um patrimônio líquido de US$ 276 bilhões (R$ 1,49 trilhão). Musk já havia se tornado a primeira pessoa a atingir os US$ 400 bilhões (R$ 2,128 trilhões) em dezembro do ano passado e atualmente está no caminho de se tornar o primeiro trilionário do mundo, como CEO da Tesla e da SpaceX – fundada por ele em 2002.
Fontes da fortuna de Elon Musk
A fortuna de Musk é composta especialmente por ações em empresas. A Tesla, onde detém 12% de ações, teve uma alta de 10% em dezembro, fazendo a parcela de Musk atingir US$ 191 bilhões (R$ 1,016 trilhão). Além das ações, ele também ocupa a posição de CEO da empresa automobilística, mas seu pacote de remuneração foi anulado por decisão judicial de Delaware no início deste ano.
Além disso, a SpaceX, fundada por Elon Musk no início dos anos 2000, está avaliada em cerca de US$ 400 bilhões (R$ 2,128 trilhões). Musk atualmente tem em posse uma participação estimada de 42% na gigante, ou seja, aproximadamente US$ 168 bilhões (R$ 893,8 bilhões).
Ainda no ramo tecnológico, Musk foi responsável por fundar a xAI Holdings (avaliada em US$ 113 bilhões) em março, através da fusão da xAI, sua empresa de inteligência artificial, com o X (antigo Twitter). O bilionário controla cerca de 53% da xAI Holdings, com um valor de US$ 60 bilhões (R$ 318,6 bilhões).
Tesla é uma das principais fontes da fortuna de Musk (Foto: reprodução/Jeremy Moeller/Getty Images Embed)
Conquista de Musk
Somando esses valores, Musk efetivamente se tornou a primeira pessoa do mundo a atingir a marca histórica de US$ 500 bilhões. Segundo a Forbes, esse aumento em seu patrimônio líquido deriva principalmente da alta das ações da Tesla.
Em setembro, Musk fez uma postagem em seu perfil na rede X, afirmando que a conquista não tem ligação com o dinheiro e sim com ter influência na Tesla para garantir a segurança de construção de robôs. Em sua postagem, o bilionário ainda complementou sua fala dizendo que não se sente confortável com um futuro onde ele possa ser expulso por empresas de consultoria ativistas da Tesla.
O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que entrou com um pedido oficial junto ao Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency – OCC), agência vinculada ao Tesouro dos Estados Unidos, para obter uma licença que permitirá à fintech operar como banco nacional no país. Caso seja aprovado, o movimento representará um passo estratégico para a consolidação de sua expansão internacional e a meta de se tornar uma instituição financeira global.
EUA incluirá a oferta de contas de depósito
De acordo com o comunicado, a atuação nos EUA incluirá a oferta de contas de depósito, concessão de empréstimos e serviços de custódia de ativos digitais. Essa solicitação acontece quase quatro anos após a abertura de capital da companhia na Bolsa de Nova York (NYSE), em um dos maiores IPOs de empresas latino-americanas na época.
A fintech, fundada em 2013 em São Paulo, já conta com operações reguladas no Brasil e na Colômbia, além de ter conquistado, em abril de 2025, a autorização da Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) para se tornar banco no México, onde aguarda apenas a aprovação operacional final. No total, a instituição reúne quase 123 milhões de clientes nos três países da América Latina em que atua.
A empresa segue focada em crescer
O fundador e CEO da Nu Holdings, David Vélez, destacou que o foco da empresa continua sendo o crescimento nos mercados em que já está presente. No entanto, ele afirmou que a licença nos EUA permitirá atender melhor clientes locais e abrirá caminho para alcançar novos públicos com necessidades financeiras semelhantes.
David Vélez CEO do Nubank (Foto: Reprodução/Tuane Fernandes/Bloomberg/Getty Images Embed)
A liderança da operação americana ficará a cargo de Cristina Junqueira, cofundadora e atual Chief Growth Officer da Nu Holdings, que já havia se mudado para os EUA justamente para estruturar essa expansão.
O Conselho de Administração da nova subsidiária reunirá nomes de grande peso no setor financeiro. Entre eles estão Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que assumirá a presidência do conselho; Brian Brooks, ex-Controlador interino da Moeda nos EUA; Kelley Morrell, ex-executiva do Tesouro norte-americano e sócia da Highline Capital Management; e Youssef Lahrech, ex-presidente e COO do Nubank.
Com o avanço dessa iniciativa, o Nubank reforça sua estratégia de internacionalização, consolidando-se não apenas como uma das maiores fintechs da América Latina, mas também como um player relevante no sistema financeiro global.
Na última quinta-feira (25), a Starbucks anunciou uma reestruturação de US$ 1 bilhão com impacto direto nos Estados Unidos e no Canadá. O plano inclui o fechamento de cerca de 500 cafeterias e a demissão de aproximadamente 900 funcionários corporativos. A medida visa reverter a queda nas vendas, que já dura seis trimestres consecutivos, e reforçar a presença da marca em seu principal mercado.
Menos lojas, mais foco: reconexão com o consumidor
A decisão foi oficializada em documento regulatório e já começa a ser colocada em prática. A previsão é que a rede encerre o ano fiscal com aproximadamente 18.300 unidades na América do Norte, entre próprias e licenciadas. A maior parte dos fechamentos ocorrerá em locais onde, segundo a empresa, não é possível oferecer a experiência desejada para clientes e parceiros.
Publicação de Starbucks Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@starbucksbrasil)
Além dos fechamentos, a Starbucks vai investir em melhorias nas lojas existentes. A companhia pretende modernizar os espaços físicos e reforçar o atendimento ao cliente com a contratação de mais horas de trabalho para os baristas. Cerca de US$ 850 milhões serão destinados a essa reformulação estrutural, enquanto US$ 150 milhões vão cobrir custos com desligamentos.
Sindicato reage e empresa prepara nova fase de expansão
O CEO Brian Niccol, no cargo desde 2024, descreveu a iniciativa como parte do movimento “Back to Starbucks”. Segundo ele, a marca precisa recuperar sua essência como ponto de conexão entre casa e trabalho. “Essas mudanças são duras, mas necessárias para criar uma Starbucks mais forte e centrada no cliente”, afirmou Niccol em carta aos funcionários.
O Starbucks Workers United, sindicato que representa mais de 12 mil baristas nos EUA, informou que buscará diálogo formal sobre os impactos dos cortes. A empresa, por sua vez, garante que está comprometida com seus parceiros e promete retomar a expansão a partir de 2026. Enquanto isso, a companhia tenta reverter a queda acumulada de mais de 8% nas ações em 2025. O investimento faz parte de uma visão de longo prazo para transformar a Starbucks na maior empresa global centrada na experiência do cliente.
O mercado financeiro global assiste a um fenômeno incomum: o ouro e o índice acionário S&P 500 dos EUA atingem picos históricos simultaneamente. Na segunda-feira (22), ambos renovaram suas máximas, um feito que se repetiu seis vezes só neste ano e dez vezes no ano passado. Este alinhamento é notavelmente raro, tendo ocorrido antes, de 1970 a 2023, apenas em duas ocasiões, em 1972, logo após o fim da conversibilidade do dólar em ouro.
Historicamente, esses ativos caminham em direções opostas. O ouro, um tradicional “porto seguro“, prospera em tempos de incerteza e pessimismo econômico. Já as ações costumam subir em cenários de crescimento ou quando a expectativa de estímulo monetário é alta. A convivência atual sugere uma encruzilhada, onde medo e confiança se sobrepõem, ou que uma dinâmica mais profunda está em jogo.
Desvalorização do dólar impulsiona ouro e ações americanas
A principal tese para explicar o inusitado recorde duplo é a forte desvalorização do dólar americano. Analistas como Marko Papic, da BCA Research, e Peter Corey, da Pave Finance, apontam para o enfraquecimento da moeda como o catalisador. O Índice Dólar já recuou 10% neste ano, o que favorece o ouro, cotado em dólares, e torna as ações americanas mais atraentes para investidores estrangeiros.
Este declínio é atribuído, em parte, ao esgotamento do impulso fiscal gerado pelos trilhões de dólares injetados na economia dos EUA durante a pandemia. Segundo Papic, o fim da “dominância fiscal americana” é um ponto de virada.
Ouro e ações dos EUA estão em alta simultaneamente (Foto: reprodução/X/@bahiaeconomica)
Risco de repetição histórica, inflação pode ameaçar os recordes de mercado
O paralelo com o início da década de 1970, o último momento de convergência, é um alerta. Na época, a queda da inflação entre 1970 e 1972 impulsionou as ações. Contudo, a aceleração inflacionária em 1973 levou a um aumento brusco nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), resultando na perda de metade do valor do S&P 500.
Especialistas alertam que a sustentação dos recordes atuais dependerá do rumo da economia: se o crescimento for consistente, as ações podem se decolar e manter a alta; se a inflação ressurgir e o Fed agir drasticamente, o mercado pode enfrentar um desfecho semelhante ao de 1973.