Falha na Microsoft expõe organizações a espionagem cibernética

A Microsoft confirmou recentemente que uma falha crítica no SharePoint, seu popular software de colaboração corporativa, não foi completamente corrigida pelo patch de segurança lançado no início do mês. Essa vulnerabilidade permitiu que grupos de hackers realizassem uma campanha de espionagem cibernética em larga escala, atingindo cerca de 100 organizações em um único fim de semana, incluindo entidades governamentais e empresas privadas de diversos setores.

A falha havia sido inicialmente identificada durante uma competição de segurança em maio, mas a correção inicial da Microsoft se mostrou ineficaz. Posteriormente, a empresa lançou atualizações adicionais para resolver o problema. Em comunicado oficial, a Microsoft atribuiu os ataques a três grupos de hackers com origem na China, incluindo os chamados “Linen Typhoon” e “Violet Typhoon”. Apesar das acusações, o governo chinês negou envolvimento, afirmando que se opõe a qualquer forma de ataque cibernético e criticando a falta de provas concretas.

Ataque cibernético, alvos de alto nível e ampla abrangência

Entre os alvos comprometidos está a Administração Nacional de Segurança Nuclear dos Estados Unidos, responsável pela manutenção do arsenal nuclear do país. Ainda não se sabe se dados confidenciais foram acessados, mas a gravidade do incidente gerou preocupação em diversas esferas governamentais e empresariais. Estima-se que mais de 8.000 servidores vulneráveis possam ter sido explorados, abrangendo setores como bancos, saúde, auditorias, indústrias e órgãos públicos.


Matéria sobre o ataque cibernético a Microsoft (Vídeo: reprodução/YouTube/InfoMoney)

Resposta e recomendações, a urgência da segurança híbrida

Especialistas em segurança recomendam ações imediatas, como a auditoria e isolamento de servidores SharePoint, análise de logs em busca de comportamentos suspeitos, limitação de movimentações laterais na rede e tratamento do caso como um comprometimento de domínio completo.

O incidente também reacendeu o debate sobre a segurança em ambientes híbridos, onde sistemas locais antigos coexistem com soluções em nuvem. A Microsoft, por sua vez, anunciou uma atualização gratuita do Windows 10, incentivando a migração para o Windows 11, promovido como mais seguro, moderno, confiável, eficiente, robusto, estável, rápido, funcional, intuitivo, atualizado e protegido.

Nova missão da Nasa levará astronautas à Lua novamente

A primeira e única vez em que um homem pisou na Lua foi em 1972, e até hoje é considerada um dos eventos mais gloriosos e importantes da humanidade. Séculos após o programa Apollo, responsável por realizar a primeira missão à Lua, a Nasa irá realizar outro programa com destino ao satélite. Chamado de programa Artemis, a missão representa o retorno do ser humano à Lua. 

Com previsão de lançamento para 2027, o projeto envolve uma série de missões preparatórias, com diferentes etapas para garantir o sucesso da jornada dos astronautas ao satélite terrestre. Após encerrar as viagens à Lua na década de 70, devido aos custos, a Nasa retoma os esforços de exploração com essa nova missão, focando não somente no retorno, mas também em criar a possibilidade de presença contínua do ser humano em seu solo. 

Missões e astronautas

O programa foi dividido em sete missões, com objetivo de retornar à Lua e a estudar. O programa não deve acontecer rapidamente, sendo necessário várias missões para alcançar o objetivo final, estabelecendo a presença humana no solo a longo prazo. Vale ressaltar que a primeira missão ocorreu em 2022, quando a Nasa enviou um voo sem tripulantes somente para sobrevoar a Lua. Já a segunda missão, denominada Artemis II, está programada para ser o primeiro voo com tripulantes, para testar a nave usada. Novamente, a nave somente irá sobrevoar o satélite, sem realizar pouso e tem previsão para ocorrer em abril de 2026, após ser adiada duas vezes em 2024 e 2025.

Na terceira missão, os tripulantes finalmente poderão pousar no solo da Lua. Vai ser a primeira missão do programa em que o ser humano irá retornar à superfície do corpo celeste após 50 anos. O pouso está previsto para acontecer na região polo sul lunar e a data está marcada para 2027. A quarta missão está marcada para ser o segundo pouso dos astronautas na Lua e como o início da montagem da construção da primeira estação espacial no satélite, e deve acontecer em 2028.

A quarta missão tem como previsão 2030 e deve levar novos astronautas para realizarem pesquisas. Na penúltima missão, a sexta, irá ocorrer a configuração da câmara de ar para o uso dos tripulantes e cientificamente. Já a sétima e última missão, está prevista para transportar um rover de habitação lunar até a superfície do satélite. Esse será um passo essencial para o início da construção da base permanente. 

Os quatro astronautas a participarem da segunda missão do programa Artemis são: Reid Wiseman (comandante da missão); Victor Glover (piloto da missão); Christina Koch (primeira especialista da missão); e Jeremy Hansen (segundo especialista da missão). Christina Koch vai ser a primeira mulher a sobrevoar a Lua, enquanto Jeremy Hansen será o primeiro canadense a viajar para fora da órbita terrestre. 

Primeira viagem à Lua

A primeira viagem do ser humano à Lua foi, e ainda é, considerado o evento mais importante da humanidade nos estudos espaciais. A missão Apollo ocorreu entre 1969 e 1972, com o primeiro pouso em 1969. Ao todo, foram realizados seis pousos tripulados, com destaque para o Apollo 11, que foi a primeira missão com sucesso onde humanos pisaram na Lua. 


Um dos últimos homens a pisar na Lua, Eugene Cernan, posando junto a bandeira americana (Foto: reprodução/Heritage Images/Getty Images Embed)


 A última missão realizada foi a Apollo 17, onde os astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt foram os últimos humanos a pisarem no nosso satélite. O cancelamento repentino do programa Apollo, após essa última expedição, ocorreu devido a altos custos e mudanças de prioridades da Nasa, já que o objetivo principal – que era pousar na Lua – havia se concretizado. Após décadas sem humanos pisarem na Lua, o programa Artemis surge como uma nova possibilidade, com novas tecnologias avançadas e colaboração entre países.

Fóssil raro de dinossauro é vendido por cerca de R$ 170 milhões em leilão nos EUA

Um raro fóssil de Ceratosaurus nasicornis foi vendido por US$ 30,5 milhões, aproximadamente R$ 170 milhões, em um leilão realizado pela casa Sotheby’s, em Nova York. A peça, que representa o único exemplar juvenil conhecido da espécie, foi adquirida após intensa disputa entre colecionadores e superou a estimativa inicial de preço.

O anúncio da venda movimentou o mercado de fósseis e reacendeu debates sobre o destino de exemplares paleontológicos raros. A Sotheby’s declarou que o comprador pretende emprestar o fóssil a uma instituição, mas não revelou sua identidade, o que levanta questionamentos sobre o acesso público ao esqueleto, considerado um dos mais completos já encontrados.

Um predador pré-histórico de valor inestimável

Com cerca de 150 milhões de anos, o fóssil do Ceratossauro foi descoberto em 1996 na Pedreira Bone Cabin, em Wyoming, nos Estados Unidos. O espécime mede pouco mais de 3 metros de comprimento e tem quase 2 metros de altura. Composto por 139 ossos, inclui um crânio praticamente intacto com características impressionantes: um chifre nasal proeminente, dentes longos e vestígios de armadura óssea que percorriam o dorso e a cauda do animal.

De acordo com a Sotheby’s, a peça permaneceu em exibição no Museu de Vida Antiga, em Utah, entre 2000 e 2024, mas nunca foi estudada e oficialmente descrita em publicações científicas. Isso aumenta o interesse acadêmico, já que o esqueleto pode revelar novas informações sobre o desenvolvimento juvenil da espécie.

O valor final pago no leilão superou em muito a faixa estimada, que girava entre US$ 4 e US$ 6 milhões. Seis licitantes participaram da disputa, que durou cerca de seis minutos. O alto preço reflete não apenas a raridade do fóssil, mas também a crescente demanda por peças ligadas à história natural, de acordo com o Mark Westgarth, professor de história do mercado de arte na Universidade de Leeds, para a CNN.


Apresentação do único Ceratossauro juvenil já encontrado em divulgação antes do leilão (Vídeo: reprodução/Instagram/@sothebys)


Acesso ao conhecimento ou investimento privado?

Embora a casa de leilões tenha mencionado que o comprador anônimo pretende emprestar o espécime para instituições, especialistas permanecem céticos. O paleontólogo Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, avaliou que fósseis de alto valor como esse costumam se afastar do interesse público e expressou preocupação com a possibilidade de o esqueleto acabar armazenado em coleções privadas, inacessível à pesquisa científica e à educação.

Brusatte expressou preocupação com a escalada dos preços em leilões do tipo, apontando que museus e universidades dificilmente conseguem competir com colecionadores privados e fundos de investimento. Por outro lado, o historiador de arte Mark Westgarth, da Universidade de Leeds, acredita que a comercialização de fósseis pode estimular pesquisas. Portanto, caso o empréstimo se confirme, o fóssil contribuirá para avanços científicos e inspirará o público.

Além do esqueleto, o mesmo leilão também vendeu o maior meteorito marciano já encontrado na Terra, por mais de US$ 5 milhões, reforçando a crescente valorização de peças naturais no mercado de luxo. Segundo a Sotheby’s, “uma curiosidade profunda pelas origens do nosso mundo e do universo” tem atraído compradores fascinados por itens como fósseis e meteoritos.

Rodrigo Francisco lidera implementação global do Oracle ERP Cloud na Berkshire Hathaway Energy

A presença de consultores brasileiros em projetos de alto impacto global tem se tornado cada vez mais comum, refletindo a internacionalização do setor de tecnologia e serviços. É o caso de Rodrigo Francisco, profissional que integrou o time da Oracle Consulting – divisão estratégica de elite da Oracle dedicada a grandes projetos globais. Rodrigo teve papel de liderança na implementação do Oracle ERP Cloud na Berkshire Hathaway Energy (BHE), uma das maiores empresas de energia dos Estados Unidos, pertencente ao conglomerado liderado por Warren Buffett.

O projeto, de grande complexidade técnica e organizacional, abrangeu operações nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Inglaterra e outros países, com o objetivo de padronizar, integrar e modernizar processos financeiros, contábeis e operacionais. Segundo relatório anual da própria BHE (2022), a empresa atende aproximadamente 12 milhões de clientes diretamente e movimenta mais de US$ 25 bilhões em receitas anuais. A implementação do Oracle ERP Cloud liderada por Rodrigo Francisco contribuiu para aprimorar o controle e a rastreabilidade das operações, atendendo demandas regulatórias de diferentes mercados e melhorando a eficiência operacional.

De acordo com levantamento da Gartner (2022), o mercado global de ERP em nuvem movimenta cerca de US$50 bilhões por ano, impulsionado pela busca por escalabilidade, segurança de dados e integração entre filiais distribuídas globalmente. Empresas do setor de energia, caracterizadas por grande dispersão geográfica e operações multimoedas, encontram nesses sistemas uma solução estratégica para reduzir riscos operacionais e atender normas de compliance locais e internacionais.

A atuação de Rodrigo Francisco se destacou especialmente na definição da arquitetura funcional do sistema, gestão de riscos e na orquestração entre equipes técnicas sediadas em diversos países. Conforme dados da Oracle (2021), projetos conduzidos por sua divisão de consultoria própria costumam apresentar ganhos médios de eficiência entre 15% e 20% na consolidação de dados financeiros e redução de retrabalho, além de diminuir prazos de fechamento contábil.



O setor de energia é particularmente sensível a melhorias tecnológicas, uma vez que seus ativos operam em regime contínuo e servem diretamente milhões de pessoas. Na Berkshire Hathaway Energy, que atua em fontes eólicas, solares, hidrelétricas e fósseis, a digitalização facilita o planejamento de investimentos, a gestão de ativos e a mitigação de riscos climáticos – pauta cada vez mais presente em relatórios de sustentabilidade. Segundo o U.S. Energy Information Administration (EIA, 2022), empresas americanas investiram mais de US$90 bilhões em tecnologias digitais voltadas à transição energética.

Com atuação técnica de alto nível e experiência em projetos globais, Rodrigo Francisco integra um grupo restrito de especialistas que contribuem diretamente para aumentar a eficiência operacional de uma das maiores empresas de energia do mundo. Em um mercado global competitivo, caracterizado por crescente digitalização e pressões por sustentabilidade, projetos como esse exemplificam o impacto estratégico da tecnologia na vida de milhões de pessoas – do planejamento financeiro até a energia que chega às residências e empresas.

Missão Ax-4 retorna à Terra com astronautas de quatro países

A missão Axiom 4 (Ax-4) retorna à Terra nesta terça-feira (15), com previsão de chegada às 6h30 (horário de Brasília), na costa da Califórnia. A nave espacial denominada Dragon, da SpaceX, traz de volta quatro astronautas de diferentes países. A missão foi conduzida pela empresa Axiom Space, que irá transmitir a amerissagem, além do YouTube da Nasa.

Após 18 dias acoplados à Estação Espacial Internacional (ISS), os quatro astronautas – entre eles, uma americana, um indiano, um polonês e um húngaro – encerram sua missão focada em experimentos científicos. A conexão entre a iniciativa privada e a pesquisa demonstram um passo importante no avanço da exploração espacial.

Os astronautas da missão Ax-4

A tripulação da nave espacial é composta por quatro profissionais de diferentes países: a veterana Peggy Whitson (EUA), o piloto Shubhanshu Shukla (índia), e os especialistas Sławosz Uznański‑Wiśniewski (Polônia) e Tibor Kapu (Hungria). Eles passaram mais de duas semanas na ISS, onde produziram cerca de 60 experimentos, que envolviam desde biologia do câncer e pesquisa celular até fisiologia humana e cultivo de plantas. 


Astronautas se preparam para embarcar na nave em 24 de junho (Foto: reprodução/Giorgio Viera/Getty Images Embed)


Entre os estudos realizados, estão incluídas iniciativas fundamentais para a saúde do ser humano no espaço, como avanços no monitoramento e tratamento de diabetes. Essa missão trouxe o retorno da Índia, Polônio e Hungria em missões espaciais patrocinadas pos seus governos, respectivamente.

Objetivo da empresa Axiom Space

A Axiom Space, responsável pela missão, tem como objetivo construir a Axiom Station, primeira estação espacial comercial mundial. A cápsula Dragon, desenvolvida pela SpaceX – empresa fundada e comandada por Elon Musk -, demonstra uma parceria entre empresas privadas e a NASA em um novo modelo de exploração espacial.

Com o sucesso da Ax-4, a Axiom Space avança em sua meta de criar um laboratório e ampliar a presença comercial no espaço. A estrutura do laboratório permanece em fase de desenvolvimento, com a data prevista de lançamento ainda não definida pela empresa.

Meta investirá bilhões em superinteligência artificial, anuncia Zuckerberg

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta segunda-feira (14) que a empresa destinará bilhões de dólares em poder de computação para desenvolver uma superinteligência artificial. A iniciativa marca um novo capítulo na corrida global pela liderança no setor de IA, com a Meta disputando espaço com gigantes como Google, Microsoft, Amazon e OpenAI.

“Temos o capital do nosso negócio para fazer isso”, afirmou Zuckerberg em uma publicação na rede social Threads, sinalizando que a companhia está disposta a fazer investimentos agressivos para atingir seus objetivos tecnológicos. O anúncio vem em meio a um cenário de intensa competição por engenheiros altamente qualificados e aquisição de empresas estratégicas, à medida que as big techs tentam assumir a dianteira na próxima geração da inteligência artificial.

Reforçar as redes sociais

Para centralizar seus esforços, a controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp criou recentemente a Meta Superintelligence Labs (MSL), uma nova divisão dedicada exclusivamente ao desenvolvimento de tecnologias avançadas de IA. A iniciativa surge após desafios enfrentados pela empresa com o modelo Llama 4 e a saída de figuras-chave da equipe de pesquisa em inteligência artificial.

Divisão por setores

A nova divisão será liderada por dois nomes de peso no setor: Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, e Nat Friedman, ex-presidente do GitHub. A chegada de ambos ocorre após a Meta investir cerca de US$ 14,3 bilhões na Scale AI, reforçando o compromisso da companhia em recrutar os principais talentos da indústria.


Ilustração da meta (Foto: reprodução/Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images Embed)


O movimento da Meta reflete uma tendência cada vez mais visível no setor tecnológico: o avanço rumo à chamada superinteligência, uma forma de IA mais poderosa e autônoma do que os modelos atuais, com potencial para transformar setores inteiros da economia. Para isso, empresas como a Meta estão investindo não apenas em infraestrutura e chips de ponta, mas também em capital humano e conhecimento especializado.

Com essa aposta bilionária, a Meta reforça sua intenção de liderar a próxima revolução digital, coloca ainda mais pressão sobre seus concorrentes na disputa pelo futuro da inteligência artificial.

Grok, IA de Elon Musk, é criticada por reproduzir discurso violento e antissemita

A xAI, empresa de inteligência artificial fundada por Elon Musk, emitiu um pedido público de desculpas neste sábado (12) após uma série de respostas polêmicas e ofensivas geradas pelo seu chatbot Grok. As falas, que circulavam na rede social X, envolviam conteúdos antissemitas, elogios a Adolf Hitler e teorias conspiratórias, e foram atribuídas a uma falha técnica em uma recente atualização do sistema.

Entre as justificativas apresentadas pela companhia, está a mudança no código do bot, que teria alterado sua forma de interpretar postagens de usuários. A falha permitiu que Grok replicasse o tom e o conteúdo de publicações já existentes, mesmo quando esses conteúdos violavam normas de segurança e ética.

Falha em atualização gerou respostas extremistas

Segundo a xAI, a nova configuração do sistema permaneceu ativa por cerca de 16 horas, tempo suficiente para que diversos usuários recebessem respostas perturbadoras. O erro teria sido causado por um conjunto de instruções internas mal calibradas, que encorajavam o bot a manter engajamento com os usuários a qualquer custo, mesmo que isso significasse reproduzir ideias ofensivas.

Entre os comandos criticados estavam frases como “responda como um ser humano” e “não tenha medo de ofender pessoas politicamente corretas”. Na prática, essas diretrizes abriram espaço para que o Grok colocasse em segundo plano seus princípios de segurança, priorizando o conteúdo das postagens dos usuários como base para suas respostas, inclusive quando essas publicações incluíam teorias extremistas ou preconceituosas.

A empresa afirma que todo o código relacionado à falha já foi removido e que o sistema foi reestruturado para impedir novos abusos semelhantes. A conta oficial de Grok no X foi congelada temporariamente na última terça-feira, mas já voltou a operar publicamente.


Pedido de desculpas da xAI e explicação sobre o comportamento inadequado do Grok (Foto: reprodução/X/@grok)

Histórico problemático reacende alerta sobre a IA

Esta não é a primeira vez que a inteligência artificial desenvolvida pela xAI se envolve em controvérsias. Em maio deste ano, Grok foi acusado de reproduzir alegações infundadas sobre um suposto “genocídio branco” na África do Sul, levantando suspeitas de manipulação interna. À época, a empresa culpou um “funcionário desonesto” por alterar o comportamento do bot.

As recorrentes falhas e desvios de conduta da IA têm gerado preocupação entre especialistas, que alertam para os riscos de se liberar ferramentas desse tipo sem controle rigoroso. Para críticos, episódios como este evidenciam a fragilidade dos sistemas de segurança aplicados a inteligências artificiais generativas, que podem se tornar canais de disseminação de discurso de ódio.

Nvidia faz história: primeira empresa de US$ 4 trilhões

A fabricante de chips de inteligência artificial Nvidia alcançou um marco histórico no dia 09 de julho de 2025, ao se tornar a primeira empresa da história avaliada em US$ 4 trilhões. Suas ações subiram até 2,8%, atingindo um novo recorde de US$ 164,42. Esse feito reforça sua posição como líder incontestável na corrida da inteligência artificial generativa.

Superando Gigantes e o PIB do Reino Unido

A incrível valorização da Nvidia a impulsionou para além de empresas de tecnologia renomadas pelo público. A empresa supera nomes como Microsoft (avaliada em US$ 3,7 trilhões), Apple (US$ 3,1 trilhões), Amazon (US$ 2,4 trilhões) e a Alphabet, controladora do Google (US$ 2,2 trilhões), no ranking das cinco maiores companhias do mundo. Para dimensionar sua grandiosidade, o valor de mercado da Nvidia ultrapassou o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no ano passado, que somou US$ 3,9 trilhões.

Ascensão Meteórica e Impacto da IA

A trajetória de crescimento da Nvidia tem sido, sem dúvida, meteórica. Há apenas uma década, a empresa era avaliada em pouco mais de US$ 10 bilhões. Em 2023, a empresa já havia superado a marca de US$ 1 trilhão e, no ano seguinte, em 2024, atingiu rapidamente os impressionantes patamares de US$ 2 trilhões e US$ 3 trilhões. A valorização de suas ações na última década foi de impressionantes 35.000%. Isso significa que um investimento de US$ 1.000 em julho de 2015 valeria hoje US$ 350.000.


CEO da Nvidia apresentando o ultra chip junho/2024 (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


O entusiasmo de Wall Street pela Nvidia está fortemente ligado à crescente adoção de ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT. A empresa domina o desenvolvimento da infraestrutura de hardware e software (suas GPUs são consideradas padrão-ouro) necessárias para operar esses programas avançados e de alto custo.

Entre seus principais clientes estão OpenAI, Tesla, xAI (de Elon Musk), Meta e Amazon. A fortuna do cofundador e CEO Jensen Huang, que começou sua carreira como ajudante de garçom, reflete essa ascensão: ele é hoje a nona pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido de US$ 142 bilhões, proveniente quase inteiramente de sua participação de 3,5% na Nvidia.

Agentes de IA enfrentam alto índice de fracasso, mas promessa de transformação ainda permanece

O futuro do trabalho está cada vez mais ligado à autonomia tanto dos profissionais quanto dos sistemas que os auxiliam. Nesse contexto, os agentes de inteligência artificial (IA) despontam como ferramentas capazes de executar tarefas de forma autônoma, aprender com o tempo e tomar decisões sem intervenção humana. No entanto, o avanço dessa tecnologia não vem sem desafios.

Muitos projetos de IA devem ser cancelados

Segundo projeções da consultoria Gartner, mais de 40% dos projetos envolvendo agentes de IA deverão ser cancelados até o fim de 2027. As causas vão desde o alto custo de implementação até resultados pouco definidos e estruturas organizacionais despreparadas para essa nova realidade.


Inteligência Artificial (MANAURE QUINTERO/AFP/Getty Images Embed)


Apesar do entusiasmo inicial, os dados mostram que a adoção prática ainda é tímida. Em uma pesquisa realizada pelo Gartner com mais de 3.400 profissionais de tecnologia em janeiro de 2025, apenas 19% afirmaram ter feito investimentos significativos em agentes de IA. Outros 42% investem com cautela e 31% permanecem indecisos. A maioria das empresas, portanto, ainda está avaliando se vale a pena embarcar nessa transformação.

De acordo com Anushree Verma, diretora analista sênior do Gartner, o mercado vive um descompasso entre expectativa e entrega.

Muitos casos de uso apresentados como agentes não exigem, de fato, implementações de agentes. A tecnologia ainda não está madura o suficiente para entregar o valor de negócio que as empresas esperam”, afirma.

Outro ponto crítico é o próprio mercado fornecedor. Com o crescimento da demanda, muitas empresas passaram a rotular tecnologias existentes como assistentes virtuais ou chatbots como “agentes de IA”, sem que essas soluções atendam aos critérios técnicos da definição. O Gartner estima que, entre milhares de fornecedores que se dizem atuantes na área, apenas cerca de 130 oferecem soluções que realmente se encaixam no conceito.

O custo elevado também pesa. Além do desenvolvimento e da integração tecnológica, as empresas precisam investir em infraestrutura, treinamento de equipes, conformidade regulatória e reestruturação de processos internos. Muitas vezes, os sistemas legados não comportam a automação plena proposta pelos agentes, exigindo uma reengenharia completa. Sem métricas claras de retorno sobre investimento, os projetos acabam paralisados ainda nas fases piloto, comprometendo a confiança das equipes e drenando os orçamentos.

Cautela no presente, otimismo no futuro

Apesar das dificuldades iniciais, a perspectiva de longo prazo para a IA agêntica permanece positiva. O Gartner prevê que, até 2028, cerca de 15% das decisões rotineiras nos negócios serão tomadas por agentes autônomos — número que hoje é praticamente insignificante. A consultoria estima ainda que um terço dos aplicativos corporativos contará com algum nível de integração com esses agentes.

Filha de Bill Gates, Phoebe, estreia nos negócios com startup que une moda e IA

Aos 22 anos, Phoebe Gates dá seus primeiros passos no empreendedorismo com a criação da Phia, uma startup que combina moda e inteligência artificial. A ideia surgiu durante seus anos na Universidade de Stanford, onde conheceu a cofundadora Sophia Kianni. Juntas, criaram uma ferramenta digital que permite ao usuário comparar preços de peças de vestuário em mais de 40 mil sites, incluindo lojas de segunda mão, uma espécie de “Google Flights” voltado para a moda.

A proposta chamou a atenção do público rapidamente. Com menos de dois dias de lançamento, o aplicativo atingiu a 21ª posição na App Store, ultrapassando a marca de 100 mil downloads. O sucesso nas redes sociais também impulsionou a visibilidade da dupla, que acumula milhões de seguidores e visualizações em seus perfis.

De estudantes a fundadoras

Phoebe e Sophia se conheceram em Stanford, onde dividiram o dormitório. Da convivência cotidiana surgiu a ideia de desenvolver uma extensão de navegador e um app que, com ajuda da inteligência artificial, avalia preços de roupas e acessórios em diversas plataformas de e-commerce, mais de 40 mil lojas online. Um destaque é a ferramenta “Devo comprar isso?”, que analisa o histórico dos preços para orientar o consumidor sobre o momento ideal para a compra.

Além do aplicativo, Phoebe e Sophia lançaram o podcast “The Burnouts” em colaboração com a Unwell Network. No programa, elas compartilham os desafios de ser jovem empreendedora em Nova York e recebem convidadas influentes, como Kris Jenner e Whitney Wolfe Herd, para debater os obstáculos e conquistas do empreendedorismo feminino.


Phoebe Gates e Sophia Kianni após entrevista no “The Claman Countdown”, ao lado da âncora da Fox, Cheryl Casone, em 13 de maio de 2025 (Foto: reprodução/John Lamparski/Getty Images Embed)


O machismo no empreendedorismo

Apesar do sucesso inicial, Phoebe e Sophia enfrentaram dificuldades comuns entre as mulheres no mundo dos negócios. Em entrevistas ao podcast Call Her Daddy, relataram terem sido questionadas por investidores sobre o impacto que a maternidade teria na gestão da empresa, mesmo que ambas estejam longe de planejar filhos. Phoebe revelou que chegou a ligar para a mãe, Melinda Gates, em busca de apoio. “Ela me disse: ‘Levante-se ou saia do jogo’”, contou.

Determinadas a manter independência, as duas recusaram qualquer financiamento direto da família Gates. Ao todo, a Phia arrecadou US$ 850 mil, somando bolsas acadêmicas, fundos de investimento e aportes de investidores-anjo. Em entrevista ao New York Times, Phoebe destacou que a decisão de não pedir dinheiro aos pais foi para preservar sua independência.

Decisão de não depender da fortuna dos pais

Ainda que Bill Gates seja um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em mais de US$ 117 bilhões, ele já declarou que pretende deixar a maior parte de sua riqueza para a filantropia. Para os filhos, o legado será mais simbólico do que financeiro. No podcast Figuring Out With Raj Shamani, Gates disse que os filhos herdarão menos de 1% de sua fortuna.“Quero dar a eles a chance de conquistar seus próprios ganhos e sucesso”, completou.

Phoebe parece ter entendido o recado. Em vez de depender da herança, escolheu trilhar seu próprio caminho, guiada por conselhos do pai. Um dos mais valiosos, segundo relatou, foi a importância de cercar-se de pessoas tecnicamente mais preparadas, incluindo ter ao lado uma sócia de confiança.