Nos bastidores de Hollywood, um fenômeno marcante está ocorrendo: o aumento das vagas de emprego focadas em inteligência artificial, mesmo em meio aos protestos contínuos de roteiristas e atores. De acordo com o site Gizmodo, grandes empresas, como Disney, Netflix e Sony estão liderando essa transformação que varia de US$ 200 mil a mais de US$ 1 milhão para os candidatos ideais.
Netflix desbrava o futuro com IA
A Netflix, pioneira do streaming, está recrutando um gerente de engenharia para liderar iniciativas de Machine Learning (aprendizado de máquina) e inteligência artificial.
Surpreendentemente, eles pedem apenas três anos de experiência, com salários que oscilam entre US$ 180.000 e US$ 900.000, dependendo da experiência do candidato. Tudo isso com o objetivo de levar as capacidades de ML/IA da Netflix ao próximo patamar.
Posições em destaque na Netflix
Outras posições cobiçadas na plataforma incluem Diretor Técnico de InteligÊncia Artificial, com uma faixa salarial impressionante de US$ 240.000 a US$ 1 milhão, e um Diretor de Engenharia, oferecendo uma escala salarial de US$ 330.000 a fascinantes US$ 1,8 milhão anualmente. A Netflix, no entanto, preferiu não comentar sobre essas ofertas de emprego.
Sony e o compromisso com a ética da IA
A Sony está desempenhando um papel importante na moldagem ética da inteligência artificial. Eles têm listado diversas posições relacionadas à “ética da IA”, incluindo cientistas pesquisadores e gerentes de programa técnico de ética em IA. Além disso, eles buscam um cientista pesquisador especializado na interação humano-computador.
NBCUniversal: personalização e pesquisa
A NBCUniversal está construindo seu serviço de streaming, Peacock, e busca um Vice-Presidente de Produto, Personalização e Pesquisa. Um título sofisticado para um papel que envolve a criação de produtos de aprendizado de máquina. A compensação anual oferecida varia de US$ 220.000 a US$ 290.000.
Conflitos nos bastidores
Enquanto esse tsunami de oportunidades se desdobra, os roteiristas de Hollywood enfrentam uma batalha não apenas pela valorização de seus trabalhos, mas também contra o avanço implacável da inteligência artificial. Essa luta já se estende por mais de três meses, à medida que a tecnologia ameaça cada vez mais empregos na indústria do entretenimento.
Presidente do Sindicato de Atores, Fran Drescher, com outros membros da organização que anunciaram a greve (Foto: reprodução/Mike Blake/Reuters)
O futuro dos estúdios de cinema e televisão está intrinsecamente ligado à inteligência artificial. Embora as oportunidades sejam abundantes, os debates sobre ética e emprego continuam a dividir Hollywood. O equilíbrio entre a inovação tecnológica e a proteção dos criativos permanece como uma questão essencial nesta nova era do entretenimento.
Foto Destaque: letreiro de Hollywood. Reprodução/Divulgação