Ao fim da terceira semana em exibição nos cinemas, o longa-metragem logrou US$ 119,1 milhões, sendo US$ 52,3 milhões somente nos Estados Unidos e US$ 66,8 milhões nas bilheterias internacionais. Entretanto, embora esteja distante de exceder os US$ 200 milhões investidos na execução, a Apple Studios mantém-se otimista quanto aos resultados, cuja repercussão está refletindo em seu serviço de streaming, intencionalmente.
Estrelado por Leonardo DiCaprio (O Lobo de Wall Street) e Robert De Niro (Cassino) sob a direção de Martin Scorsese, o título auferiu uma aprovação declarada em 93% no Rotten Tomatoes pela crítica especializada, prontamente, proporcional aos seus demais clássicos, colocando-se dentre “Os Bons Companheiros” com 94%, seguidos pelos 91% para “Os Infiltrados”.
Um presente para o pretérito
O cinema de faroeste é uma característica crucial à cultura do século pregresso, tendo princípio nos anos trintas e popularização plena no cenário sessentista, perante a fama da Trilogia dos Dólares (“Por um Punhado de Dólares”, “Por uns Dólares a Mais” e “Três Homens em Conflito”), assinada por Sergio Leone, consagrado na categoria que catapultou as carreiras de Henry Fonda, Clint Eastwood e Lee Van Cleef.
Para Scorsese, a disseminação dos filmes de super-heróis, destinou as narrativas do Velho Oeste e da cinematografia culta ao declínio no mercado contemporâneo, assim, a nova ficção do diretor, adveio mediante um notório resgate destes sucessos, desde que o mais recente manifesto aos segmentos nas mídias convencionais, promoveu-se pelas inúmeras indicações à Jane Campion com “Ataque dos Cães” na premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em 2022.
“O perigo é o que isso está causando na nossa cultura, porque agora haverá gerações que pensarão que os filmes são apenas assim”, desabafou em entrevista à GQ.
Insatisfeito ante as intenções da indústria, o autor de “O Irlandês” intenta preservar os conceitos cinematográficos do passado com produções reforçadas em roteiros duráveis, sobretudo, súperos às três horas, para contrapor o aspecto imediatista e comercial do audiovisual atual.
Lily Gladstone em “Assassinos da Lua das Flores” (Foto: reprodução/ELLE)
Seja bem-vindo à comunidade cinéfila, Martin!
No último dia 26, em uma ação promocional para “Assassinos da Lua das Flores”, o Letterboxd notificou os seus usuários acerca da presença do cineasta na maior rede social dedicada à sétima arte e sucessivamente, notabilizou-se a personalidade mais popular no aplicativo, ultrapassando 280 mil seguidores.
“Adoro a ideia de reunir filmes diferentes em um único programa. Cresci assistindo filmes duplos, programas em casas de repertório e noites de filmes de vanguarda em salas de lojas. Você sempre aprende algo, vê algo sob uma nova luz, porque cada filme conversa com todos os outros filmes. Quanto maior a diferença entre as imagens, melhor”, declarou.
Nesta vinda, o veterano compartilhou um repertório de referências em “Filmes Companheiros”, contando com François Truffaut, Howard Hawks, William Wyler e Carl Theodor Dreyer como as suas companhias. Diante disto, divulgou, também, uma lista da The Film Foundation, levantando todos os títulos efetivos na sua fundação de fomento à exibição e conservação do cinema clássico.
Foto Destaque: Lily Gladstone e Martin Scorsese em “Assassinos da Lua das Flores” (Reprodução/The Guardian)