Os bancos brasileiros revisaram suas previsões de crescimento para a carteira de crédito, ajustando a expectativa para um aumento de 10% em 2024. Este ajuste foi revelado pela Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban, realizada com 20 instituições financeiras entre 25 de junho e 1 de julho, que mostrou uma melhora em relação ao prognóstico anterior de maio, que previa um crescimento de 9,3%.
Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, atribuiu a revisão positiva a uma combinação de fatores: “Os números do primeiro semestre foram encorajadores, refletindo o ciclo de redução da taxa Selic e a melhora nos índices de inadimplência. Além disso, o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial devem continuar a impulsionar as linhas de crédito voltadas ao consumo das famílias”, disse o diretor.
A pesquisa da Febraban
Realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a pesquisa oferece uma visão abrangente das expectativas dos bancos sobre a economia para os próximos anos.
A análise também revelou que a expectativa de crescimento para a carteira de crédito livre subiu para 9,2%, acima dos 8,6% previstos anteriormente. O destaque foi a carteira de Pessoas Físicas, cuja projeção passou de 9,5% para 10,6%, beneficiada pela maior segurança no emprego e aumentos salariais.
A carteira de crédito livre para pessoas jurídicas apresentou pouca variação, mantendo-se em 7,4%. Ajustando as expectativas de crescimento de crédito para 2024, os bancos brasileiros mostram um otimismo renovado, refletindo os sinais positivos da economia. Já a inadimplência, se manteve estável e ligeiramente abaixo dos 4,6% registrados em maio pelo Banco Central.
Com a economia apresentando sinais positivos, as projeções otimistas para o crescimento do crédito em 2024 refletem uma confiança renovada no setor financeiro brasileiro, para 2025, as expectativas são de estabilidade, com a carteira total projetada para crescer 8,9% e a inadimplência prevista em 4,2%.