O presidente norte-americano, Joe Biden, propôs na última segunda-feira (28), seu plano de tributação das grandes fortunas. Famílias cuja renda seja superior a 100 milhões de dólares por ano (R$ 476,53 milhões), a alíquota mínima de imposto de renda irá ser de 20%. A ação faz parte da sua proposta de orçamento para o ano fiscal de 2023, e segundo a Casa Branca, vai impactar os 0,01% mais ricos do país.
Os investimentos passarão a contar como receita, entre ações e títulos, por mais que não sejam vendidos. As aplicações foram poupadas de impostos por bastante tempo pelo país, até serem vendidos com lucro.
Segundo o Tesouro Estadunidense, impostos não cobrados dos 1% maiores contribuintes no último ano, equivale cerca de US$ 163 bilhões (R$ 776,74 bilhões), com o montante de 28% não pagos. Para o plano, Biden estabeleceu que os bilionários que pagassem mais de 20% da sua renda, não vão pagar mais tributos. Já os que pagassem menos de 20% de taxa e que tivessem ganhos não realizados vão ter que pagar impostos adicionais, como compensação da diferença.
Proposta é plano para acabar com desigualdade social. Reprodução (Getty Images)
O presidente norte-americano ainda disse que o plano atual favorece os milionários e vê sua proposta como solução para isso. “Para finalmente resolver esse problema gritante, o Orçamento inclui um imposto mínimo de 20% sobre multimilionários e bilionários, que muitas vezes pagam taxas de imposto baixas demais”, afirmou Biden.
Para o senador moderado, Joe Manchin, a tributação é forma de punir os bilionários. “Em vez de tentar penalizar [os super-ricos], deveríamos nos orgulhar deste país por ser capaz de produzir riqueza”, disse Manchin.
O plano de tributação aos mais ricos está na campanha de Biden há muito tempo. O Partido Democrata já tentou no passado aumentar os impostos das fortunas grandes, mas não tiveram sucesso no Congresso. Por agora, ainda não é certo que o plano irá ser realizado.
Foto destaque: Reprodução (Drew Angerer/Getty Images)