Câmara dos EUA aprova abertura de arquivos do caso Epstein

Parlamentares autorizam a liberação de documentos secretos para exposição pública, intensificando debates sobre vítimas, teorias conspiratórias e transparência

19 nov, 2025
Câmara aprovou a abertura dos documentos do caso Epstein | Reprodução/Heather Diehl/Getty Images  Embed
Câmara aprovou a abertura dos documentos do caso Epstein | Reprodução/Heather Diehl/Getty Images Embed

A Câmara dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18) uma resolução que exige a divulgação de documentos sigilosos ligados ao caso de Jeffrey Epstein, o financista acusado de tráfico sexual e exploração de menores. A medida, aprovada por ampla maioria, representa um forte momento de pressão política por respostas e esclarecimentos sobre os bastidores do escândalo.

A resolução pede que os arquivos sobre Epstein, inclusive aqueles mantidos sob sigilo por agências federais, sejam liberados para exposição pública. O objetivo é permitir que pesquisadores, vítimas e a sociedade possam acessar detalhes até então escondidos, o que inclui documentos judiciais, relatórios de investigações e informações sobre potenciais cúmplices.

Transparência e investigação pública em primeiro plano

Com a aprovação, há expectativa de um impacto grande. Analistas apontam que novas revelações podem emergir sobre como o esquema de Epstein funcionava, possivelmente ligando figuras poderosas e investigadas por envolvimento. A medida abre caminho para reavaliação judicial e exige que agências como o FBI e autoridades financeiras compartilhem dados confidenciais.


Post no X comenta sátira feita com o caso (Foto: reprodução/X/@nacaomarvell)


Para muitos sobreviventes, a liberação é vista como uma forma de justiça: ter acesso a documentos pode significar confirmar relatos, reconstituir percursos e entender como o sistema falhou em protegê-las no passado.

Questões legais e resistência institucional

Apesar da aprovação na Câmara, a liberação dos documentos ainda depende de outros trâmites legais. Alguns agentes federais já indicaram resistência, alegando riscos à segurança nacional, privacidade ou mesmo que parte dos documentos envolve testemunhas que pediram proteção.

Além disso, criticam-se os limites da resolução: mesmo com a aprovação, nem todos os arquivos poderão ser públicos imediatamente. Parte será mantida sob sigilo restrito por algum tempo, enquanto outras serão analisadas para decidir o que pode ser divulgado. Ainda assim, o sinal enviado pela Câmara é claro: há uma forte demanda por transparência e por uma responsabilização mais ampla no caso Epstein.

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