Recentemente um felino muito raro foi visto nas redondezas do norte do Rio de Janeiro, fato que surpreendeu alguns pesquisadores e ambientalistas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O felino em questão se trata de um Leopardus wiedii, comumente chamado de gato-maracajá.
O fato ocorreu no Norte Fluminense, no Rio de Janeiro, onde o animal foi visto e fotografado por pesquisadoras na Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba. Mesmo o animal já tendo caído em algumas armadilhas fotográficas, somente na quarta-feira (05), que os guarda-parques conseguiram tirar fotos do felino.
Uma curiosidade triste é que o Leopardus wiedii é uma espécie ameaçada de extinção, além de ser, nos últimos tempos, altamente raro de se ver na Mata Atlântica. Por tanto, encontrar um animal como esse é um sinal muito bom se levarmos em conta todos esses fatores.
Atualmente, o felino é classificado pela União Mundial para Conservação da Natureza (IUCN) como “quase ameaçado”, fator que preocupa bastante os ambientalistas. Esse é um bicho que é bastante comum em alguns biomas brasileiros, mas que com o desmatamento e todos os problemas que são gerados por ele, a espécie vem perdendo seu espaço na natureza. Por isso que agora existe um grande esforço em preservar a espécie para que o resultado melhore o crescimento da mesma.
Gato-maracajá é fotografado por pesquisadores (Foto: Reprodução/Inea)
Em declaração ao O Globo, o presidente do Inea, Philipe Campello falou um pouco sobre essa aparição, além de falar que estão trabalhando bastante para a manutenção do bem-estar dos animais que residem no Rio de Janeiro. “O Inea trabalha diariamente na promoção e manutenção do bem-estar dos animais silvestres do estado do Rio de Janeiro. Ficamos muito felizes com aparições como essa, porque a preservação das espécies, um dos pilares do instituto, é essencial para a sustentabilidade de ecossistemas como a Mata Atlântica”.
Ainda para o Jornal O Globo, Marcelo Cupello, biólogo do Inea, deu uma declaração sobre o fato. “Apesar de não ser um animal tão raro, o avistamento dele é difícil pelos hábitos que tem. É um bicho solitário, de hábitos noturnos, que só é possível avistamento por meio de câmeras. É um animal muito sensível, que qualquer movimento na área, foge”.
Apesar de ser um animal de hábitos noturnos e que vem sofrendo bastante nos últimos tempos, como foi explicado por Marcelo em entrevista, os biólogos ainda assim conseguiram capturar imagens do felino. Vale ressaltar que a aparição de um animal como esse é um ótimo sinal para a conservação daquele bioma, como explicaram os pesquisadores.
Foto destaque: Gato-maracajá é fotografado por pesquisadores. Reprodução/Inea.