Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve duas falas bastante polêmicas e preconceituosas, na terça-feira (18) ele associou os jogos de vídeo game aos recentes casos de violência nas escolas, o que revoltou o mundo “gamer”. Já a outra fala foi em cima de transtornos mentais onde ele chamou isso de “desequilíbrio de parafuso”. O que também fez com que várias causas voltadas a isso se manifestassem contra esse discurso.
Entretanto, neste sábado (22), Lula buscou se retratar, assumiu o erro e pediu desculpas às pessoas com deficiência por fala durante encontro com os chefes dos Três Poderes, além de governadores e prefeitos, visando tratar de ações de prevenção à violência nas escolas.
“Gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz, durante reunião sobre violência nas escolas. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir. É por isso que quero me retratar. Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo”, escreveu Lula no Twitter após assinar, e usar como pretexto para se desculpar, 13 acordos cooperativos com o governo português, incluindo um que pretende criar mecanismos de intercâmbio de boas práticas na defesa e promoção dos direitos das pessoas com deficiência.
Lula, Marcelo Rebelo de Sousa (Presidente de Portugal) e Janja em terras Lusitanas. (Foto: reprodução/ Ricardo Stuckert/ Terra)
“Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade”, finalizou Lula.
Lembrando que em levantamento feito em 2019 pela Organização Mundial da Saúde, uma em cada oito pessoas do mundo tem algum transtorno mental, ou seja, 12,5%. Esses transtornos são definidos como distúrbios comportamentais, intelectuais ou emocionais. E através do Relatório Mundial sobre a Saúde Mental, aproximadamente um bilhão de pessoas do planeta tem algum tipo de transtorno mental. 14% desse número são adolescentes. A OMS afirmou que quem convive com doenças mentais possui expectativa de vida menor do que a população geral, entre 10 e 20 anos. Já durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, depressão e ansiedade tiveram um aumento 25% mundialmente.
Foto destaque: Lula durante discurso sobre a violência nas escolas. (Foto: reprodução/ TV Brasil)