Carla Zambelli tem 3 armas apreendidas em operação da PF

Juliana Gomes Por Juliana Gomes
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A Policia Federal (PF) encontrou, nesta terça-feira (3), três armas de fogo com a deputada Carla Zambelli (PL), além da pistola que ela já havia entregue à Justiça por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi feita no apartamento funcional em Brasília e na casa em São Paulo da deputada, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e autorizada por Gilmar Mendes, do STF.

Das três armas, duas eram pistolas 9 milímetros e um era um revólver calibre 38. O objetivo era encontrar eventuais armas de fogo que não tenham sido entregues às autoridades depois do episódio em que a deputada ameaçou um homem preto com uma pistola na rua, dias após o segundo turno das eleições presidenciais. 


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>URGENTE! Carla Zambelli saca arma e aponta no meio da rua para pessoa na rua. Incidente ocorreu agora na travessa da Joaquim Eugênio Lima com a Lorena. Divulguem <a href=”https://t.co/NC1FQUnaE8″>pic.twitter.com/NC1FQUnaE8</a></p>&mdash; Antonio Neto (@antonionetopdt) <a href=”https://twitter.com/antonionetopdt/status/1586446220297396224?ref_src=twsrc%5Etfw”>October 29, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Carla Zambelli aponta arma para homem preto após discussão sobre política. Reprodução/Twitter.


A PF identificou que Carla tinha outras armas após a apreensão da pistola Taurus G3C. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu, no dia 30 de dezembro, a apreensão do armamento. A decisão foi autorizada por Gilmar Mendes no mesmo dia.

A primeira pistola foi apreendida depois da deputada apontar para um rapaz a arma na rua. O ato aconteceu após os dois discutirem sobre política.  Em vídeo, mostra que Carla tropeçou e caiu, mas ela afirma ter sido xingada e empurrada pelo homem.

Carla entrou em um estabelecimento com a arma apontada para o homem, segundo testemunhas, enquanto dizia que apenas o liberaria se pedisse desculpas  e o mandou deitar no chão. Quando o rapaz pediu desculpa com as mãos levantadas e saiu do local, a deputada teria dito que apenas não o prendeu porque hoje não é permitido, fazendo referência à lei eleitoral em vigência.

A PGR tinha determinado, em 19 de dezembro, a apreensão da pistola Taurus G3C, que foi  acatada pelo ministro Gilmar Mendes, no dia 20. Carla apenas entregou no dia 27, na casa da irmã, quando voltou ao Brasil após viagem para fora do país.

A deputada emitiu uma nota sobre a operação, afirmando que tomou conhecimento da decisão de busca e apreensão, mas que a decisão do STF foi “mais invasiva em seus endereços” do que a decisão anterior. “Chama a atenção que mesmo a Dep. Zambelli tendo cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária, o STF tenha determinado uma medida ainda mais invasiva em seus endereços. 

É preciso informar que o recurso apresentado pela defesa da Deputada não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR. Por fim, Zambelli informa que cooperou, como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão. Caso qualquer atentado à vida da Deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”, diz, a nota.

 

Foto destaque: Deputada Carla Zambelli. Reprodução/O Tempo.

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