China congela swap fornecido à Argentina após novo plano econômico

Editoria Imag Por Editoria Imag
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O crédito swap, fornecido à Argentina pela China, foi congelado nesta quarta-feira (20). O crédito tem o valor equivalente a US$ 6,5 bilhões e serve para pagar a dívida do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou apoiar importações. A Argentina possui poucas janelas de crédito abertas no exterior.

Eleição de Milei e mudanças na economia

Desde que o ultraliberal Javier Milei tomou posse como presidente argentino, em 10 de dezembro, o rumo da economia tem mudado. O novo plano econômico do governo federal, chamado de “Plano Motossera”, espera conter gastos para superar a crise que assola o país. Entretanto, as medidas são vistas com ceticismo, já que a população enfrentará a crise com menos subsídios do governo e com o poder de compra menor.

Um dos maiores parceiros comerciais do país, a China, decidiu suspender até segunda ordem a linha de crédito swap destinada aos argentinos. O acordo de crédito foi firmado ainda no governo do ex-presidente Alberto Fernández e tinha entre suas cláusulas relações políticas.


Post de Osvaldo Beto Mendeleiev no X


Diplomacia em jogo

Poucos dias depois de assumir o poder, Milei esteve com a delegação de diplomatas chineses que foram assistir à posse. Em um desses encontros, o presidente teria pedido à China que prorrogasse o swap. A delegação não excluiu a possibilidade, mas espera um relacionamento mais estreito com a Argentina, e precisa de mais segurança para tomar a decisão.

Com isso, o embaixador da China em Buenos Aires, Wang Wei, irá a Pequim apresentar um relatório sobre o cenário econômico projetado para o governo de Javier Milei.

O crédito bloqueado poderá ser reavisto, mas a Argentina precisará se comprometer com as cláusulas. Além da já citada, há outra cláusula que obriga a Argentina de ter um acordo programático com o FMI, o que significa pagar as dívidas externas. Como o governo quer cortar as despesas, essa condição pode dificultar a negociação entre os dois países.

Foto Destaque: presidente Javier Milei e seus ministros durante anúncio de decreto que vai desregular a economia argentina (Reprodução/X/JMilei)

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