O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve ser transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, nesta segunda-feira (02). Ele estava preso na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói. No local, a fiscalização do presídio encontrou indícios de irregularidades na cela em que ele e outros detentos estavam. Os outros presos da mesma ala do batalhão também serão transferidos.
As denúncias das regalias de Cabral foram reveladas pelo Fantástico, da TV Globo. Uma série de vídeos mostram irregularidades no presídio onde está o ex-governador. Celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos e listas de encomendas a restaurantes foram encontrados durante vistoria no presídio. Após o ocorrido, o juiz Marcelo Rubioli determinou que ele e outros detentos voltem para um presídio de segurança máxima.
Sérgio Cabral foi condenado em 22 processos, e as penas somam 407 anos de prisão. (Reprodução/O Tempo)
Uma das imagens mostram a equipe da Vara de Execuções Penais entrando no presídio. O juiz Marcelo Rubioli, responsável por transferir o ex-governador para Bangu, disse que a inspeção foi determinada depois que observou o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, que também está preso na Unidade Prisional da PM, condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patricia Acioli, assassinada em 2011, recebendo uma sacola verde. No momento, ele estava na área externa ao lado de Cabral.
“Nesse momento que os fiscais entraram na galeria, eu vi que havia uma porta ao lado e, antes de eu entrar, eu vi esse policial que é preso recebendo uma sacola verde. Quando ele me viu, ele ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou e não jogou com tanta força. Ela caiu dentro da unidade. E ao lado dessa área onde se encontrava esse policial, nós vimos, nas filmagens, que só se encontravam o senhor Sergio Cabral e o coronel Claudio. Então há um indício de que esse material fosse deles”, afirma o juiz Marcelo Rubioli.
Dentro da sacola os agentes encontraram um caderno com registros de pagamento em dinheiro, crédito, débito e até compras referentes a um aplicativo de comida. Um dos pedidos identificados somava mais de R$1500.
Foto destaque: Regalias incluiam drogas e até banquete de mais de R$ 1.500,00. Reprodução/Wikipédia.