A posse presidencial irá ocorrer daqui a seis dias e o desfile de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada dos Ministérios está com uma questão indefinida: se o presidente eleito irá, no próximo domingo (1), trafegar de carro blindado, como defende a equipe de segurança, ou de carro aberto, como Lula prefere.
A bomba encontrada no aeroporto de Brasília, no sábado (24), influencia na escolha do planejamento, que se moldará a partir do cenário para os policiais da equipe de segurança. Eles apresentarão as possibilidades do carro blindado e do aberto, a partir de análises técnicas, ao presidente eleito para que decida.
Lula em carro aberto no Dia da Independência, em 2007 (Reprodução/CNN Brasil)
Caso Lula deseje ainda manter a tradição de desfilar de carro aberto, mesmo com a recomendação da PF, poderia ser mais pelo desejo do presidente eleito, segundo o entorno dele, de estar próximo às pessoas que estarão na Esplanada, seguindo o perfil popular da celebração. O trajeto se iniciará na Catedral de Brasília e irá até o Congresso. De lá, seguirá até o Palácio do Planalto.
Os argumentos que defendem o uso do carro aberto normalmente focam na tradição da posse e na confiança na organização de segurança feita por policiais e monitoramentos de inteligência. Além disso, também é defendido que as ações terroristas seriam amadoras.
Policiais federais que trabalham na segurança de Lula já haviam identificado e, adicionado como possibilidade, o risco do uso de um carro aberto antes do episódio da bomba no aeroporto.
Existe também a dúvida se o Rolls Royce presidencial será utilizado, caso ocorra o uso do carro aberto. É preciso verificar as condições do carro para levar o presidente eleito, já que, de acordo com a primeira-dama Rosângela Silva, também conhecida como Janja, em uma coletiva de imprensa no início de dezembro, o veículo teve o banco danificado no dia da posse de Jair Bolsonaro (PL) em 2018.
Foto destaque: Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Reprodução/UOL.