Permanece a guerra em Israel após quatro dias de conflito, iniciado no fim de semana. A região da Faixa de Gaza está sendo atacada nesta terça-feira (10) pelas forças militares israelenses. Foram registradas imagens de bombas lançadas ao mar alvejando barcos.
Retaliação
No último sábado (7) homens armados do Hamas abriram buracos na cerca que separava Israel de Gaza, em seguida ocuparam terras israelitas e agrediram pessoas que se encontravam na localidade.
Para conter o avanço dos ataques inimigos, o porta-voz das Forças Armadas de Israel comunicou que minas estão sendo colocadas na área onde o bloqueio foi destruído.
De acordo com informações do Ministério da Defesa, Israel bombardeou duas galerias subterrâneas, abertas pelos Hamas para terem acesso ao país. Além disso, estão com intenso ataque contra alvos do Hamas no território da Faixa de Gaza.
A recomendação do tenente-coronel e porta voz de Richard Hecht é para que palestinos que pretendem sair da Faixa de Gaza, devem seguir para o Egito.
“Qualquer pessoa que puder sair, eu os aconselharia a sair“, recomendou o oficial militar.
Contra-ataque
Do ponto estratégico da Faixa de Gaza, o Hamas fez lançamentos de cinco mil foguetes, utilizando todas as formas de recurso: por terra, céu e mar, com auxílio de motos e parapentes. A invasão aconteceu pelo sul de Israel.
Vídeos mostram pessoas sendo sequestradas, além de informações sobre invasores atirando nas pessoas. Há relatos de que dezenas de israelenses, incluindo nessa lista, crianças e mulheres, foram capturadas e levadas como reféns para Gaza.
Em resposta, logo após ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se posicionou de forma ostensiva declarando: “Estamos em guerra e vamos ganhar”. E disse, ainda, que o inimigo (Hamas), pagará um preço que nunca conheceu.
Disputa
Segundo André́ Lajst, especialista em Israel e Oriente Médio e presidente-executivo da StandWithUs Brasil, uma imagem está circulando pela internet, o que ele qualifica como sendo uma falsa e uma que mostra a realidade. Em uma das figuras sugere que Israel teria “roubado” territórios palestinos.
Ilustração explicativa sobre ocupações de Israel (Foto: reprodução/Instagram/@andrelajst)
O cientista político explica em suas redes sociais, que nunca existiu um Estado Palestino. Comentou que a área era habitada por diversos povos, entre eles, judeus e árabes. Acrescentou, ainda, que esse território fazia parte do Império Otomano e depois do Mandato Britânico.
O especialista discorre sobre a guerra e finaliza com considerações relevantes:
“Depois em 1993, com os Acordos de Oslo, reconheceu a Autoridade Palestina e permitiu que os palestinos se autogovernassem em vários territórios da Cisjordânia. Em 2000, nos acordos de Camp David, Israel fez várias concessões que poderiam ter levado à criação de um Estado palestino, mas Yasser Arafat recusou. Ainda assim, em 2005, retirou-se completamente da Faixa de Gaza, abrindo caminho para que o Hamas assumisse e hoje essa situação trágica acontecesse.”, escreveu.
André acredita que o conflito persistirá até que o Hamas reconheça a legitimidade de Israel, do contrário, não haverá paz.
Foto Destaque: Bombardeios na Faixa de Gaza. Reprodução/Instagram/Mahmud Hams/AFP