O ministro do Trabalho do Governo Lula, Luiz Marinho, deu detalhes sobre a ação conjunta entre Brasil e Estados Unidos que terá sua divulgação na próxima quarta-feira (20), quando o presidente Lula participará de uma reunião com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, onde discutirão assuntos relacionados à precarização do trabalho, como as políticas dos colaboradores de aplicativos, condições trabalhistas e direito a representação sindical.
Entrevista em Nova York
Luiz Marinho conversou com jornalistas no Lotte Palace Hotel, onde está hospedado juntamente com a comitiva brasileira, e ressaltou o caráter inédito do posicionamento americano em relação ao trabalho. “É a primeira vez, que eu saiba, que a Casa Branca tem um assessor para o tema trabalho“, disse Marinho.
Dirigentes brasileiros e norte-americanos estarão presentes no encontro que teve seus preparativos iniciados em julho. Para o Brasil, “é um reconhecimento importante e um reposicionamento do país como liderança global“.
Em fevereiro deste ano, Lula já havia se reunido com Joe Biden. Logo após o encontro, os EUA anunciou apoio ao Fundo Amazônia.
Lula e o presidente dos EUA Joe Biden em encontro realizado em fevereiro deste ano. (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)
Greve sindical
Luiz Marinho também deu sua opinião acerca da recente greve do sindicato United Auto Workes (UAW), instituição que representa os trabalhadores da indústria automotiva dos EUA: “Não é só a greve, mas o fato dela ser simultânea nas três grandes montadoras do país. Era sempre em uma ou outra, tentando expandir para as outras“.
Como consequência da greve que atingiu as principais fábricas automotivas americanas, a Ford suspendeu temporariamente 600 funcionários, a General Motors anunciou o encerramento das atividades em uma fábrica no Kansas que emprega cerca de 2 mil funcionários, já o grupo automotivo Stellantis propôs um reajuste salarial.
Foto destaque: Presidente Lula e ministro do Trabalho Luiz Marinho. Reprodução/Ricardo Stuckert/PR