Segundo o Conselho de Segurança do Irã, mais de 200 pessoas perderam a vida durante os protestos no país que iniciaram em setembro, essa foi a primeira carta oficial do governo iraniano sobre os óbitos ocorridos pela repressão às manifestações. O Ministério do Interior, afirma que essas mortes ocorreram em “ataques terroristas” e as vítimas são pessoas que pertubam a nação e são “elementos contrarrevolucionários armados” e integrantes de grupos separatistas.
Além disso, o governo disse que vai atuar de forma mais “decisiva” e as “forças de segurança e da polícia, com toda sua força e determinação, não pertimirão que os pertubadores coloquem em perigo a segurança pública da sociedade”. O governo de Teerã tem atuado com forte repressão e violência contra os manifestantes em todo o país.
Em setembro deste ano, protestos iniciaram em todo o país em defesa da jovem que foi morta pela polícia por estar sem o véu inslâmico. Mahsa Amini, de 22 anos, foi assassinada pela polícia e ficou sob custódia da polícia iraniana por não utilizar um símbolo religioso islâmico, já que ela utilizava o hijab com os fios do cabelo aparecendo. Dessa forma, uma onda de protestos tomaram conta do país.
Manifestação em Teerã contra a morte de jovem (Foto: Reprodução/uolnotícias)
De acordo com a ONG Iran Human Rights, que tem sede em Oslo, na Noruega, o número de mortos é de 448 pessoas e mais de 2 mil foram acusados de diversos crimes, sendo que seis delas foram condenadas a morte.
Na última semana, os manifestaantes estavam combinando de marcar os maiores protestos entre segunda-feira (5) e a quarta-feira (7) após forte repressão policial que ocorreu nos últimos dias. Os protestos inicaram com forte presença das mulheres que se uniram em prol de uma causa única, e assim, elas mobilizaram grande parte do país para se juntarem a elas.
O véu islâmico tornou-se obrigatório após a Revolução Islâmica em 1979, uma Revolução com caráter religioso, que tornou-se obrigatório o hijad para as mulheres, escondendo com fios de cabelo.
Foto destaque: Mulher expõe seu cabelo no Irã em defesa da jovem morta Reprodução:g1