Michelle Bolsonaro contrata advogado após pedido de quebra de sigilo

Welyson Lima Por Welyson Lima
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Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil, contratou o advogado Daniel Bialski para representá-la no caso das investigações sobre suposta venda ilegal de presentes oficiais recebidos no governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Daniel Bialski é advogado criminalista e já defendeu a ex-primeira-dama em outras situações judiciais.


Ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. (Foto:Reprodução/Pixabay)


Quebra de sigilo fiscal e bancário

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, após operação da Polícia Federal (PF) que pediu quebra do sigilo fiscal, assim como bancário, contratou o advogado Daniel Bialski para defendê-la perante a justiça. No entanto, a decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá ouvir a Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito do pedido.

Daniel, por meio de nota, divulgada no início desta tarde, disse que “pediu acesso aos autos para conhecer quais as suspeitas existentes e que eventualmente mencionam seu nome”, diz trecho do texto. Também esclarece que “a Sra. Michelle Bolsonaro está absolutamente tranquila porque não participou e desconhece ter ocorrido irregularidade ou ilicitude”, finaliza. Porém, a PF apurou o caso e diz já ver elementos que podem indiciar Michelle Bolsonaro.

Caso das joias

Até este sábado (12), quatro conjuntos de bens, segundo a PF, foram ofertados em leilão ou venda direta nos Estados. A investigação da PF paira sobre o suposto esquema de negociação ilegal, feita no exterior, de presentes recebidos pelo ex-presidente Bolsonaro (PL), ainda no cargo de Presidente da República. Três dos quatro foram colocados à venda. De acordo com a PF, há uma estimativa de que as transações podem ter ultrapassado R$ 1 milhão. No entanto, dos três postos à venda, dois foram recuperados por aliados de Bolsonaro.

O Tribunal de Contas da União (TCU), por sua vez, determinou que ficasse sob custódia da Caixa Econômica Federal os itens, porém sabem saber que tinham sido vendidos a terceiros. Decorre daí ilegalidade, pela qual responde o ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os objetivos de alto valor recebidos pela Presidência da República compõem acervo público, sendo considerados bens do Estado. Michelle Bolsonaro deverá ser convocada a prestar depoimento.

Foto Destaque: ex primeira-dama Michele Bolsonaro. Reprodução/Pixabay

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