Em programa exibido no último domingo (01), o “Fantástico” fez um levantamento exclusivo e inédito acerca de 20 empresas que estão sendo investigadas como pirâmides financeiras brasileiras. Os golpistas foram capazes de enganar cerca de 2,7 milhões de pessoas, movimentando quase R$100 bilhões em apenas seis anos.
Milhões de investidores foram seduzidos pelo golpe da pirâmide, um dos mais antigos que existem. Como isca, os golpistas usavam as criptomoedas, moedas virtuais negociadas virtualmente, pouco conhecidas pela grande massa. Mesmo com operações policiais, apreensões e prisões, os casos têm se multiplicado nos últimos anos.
Braiscompany e o prejuízo milionário
O ex-campeão de boxe Acelino Popó foi um dos quase três milhões de brasileiros enganados: “A forma que o cara olhava, as lives que ele fazia todo dia, o poder de convencimento que esse cara tinha, que a coisa era real“, disse ele.
Antônio Neto enganava pessoas na internet para investirem em pirâmide financeira. (Foto: reprodução/Globo/Fantástico)
Dona Maria José, que investiu R$97 mil na empresa Brainscompany, foi outra pessoa enganada pelos golpistas: “Meu filho, eu entrei em depressão. Ajuntei com a minha família, pra botar tudo lá pra gente realizar o sonho“, diz ela. Com o número de vítimas aumentando a cada dia, Antônio Neto, dono da empresa Braiscompany e a esposa, Fábrica Campos, sumiram.
Ranking criminoso
No ranking dos crimes, realizado com informações oficiais, a Trust Investing foi a empresa que mais fez vítimas, 1 milhão e 300 mil pessoas, não só no Brasil, mas em 80 países. O prejuízo, somente desta pirâmide, supera os R$4,1 bilhões.
Patrick Abrahão nega ser o dono, mesmo tendo se apresentado como líder da empresa. “Eles alegam que eu sou sócio da Trust. Todo mundo que me acompanha sabe que eu nunca fui sócio, eu sempre fui um investidor“, disse. Patrick foi preso em outubro de 2022 e solto no início de agosto deste ano. Os investidores enganados da Trust ainda não receberam nenhum centavo de volta.
Foto destaque: Golpe da pirâmide financeira enganava investidores com criptomoedas. Reprodução/Globo/Fantástico