Nessa quarta-feira, 14/12/22, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo à comunidade internacional, pedindo ajuda para se livrar das minas não detonadas que os russos deixaram para trás, que, segundo ele, ocupam uma área equivalente ao Uruguai.
Em vídeo dirigido ao parlamento da Nova Zelândia, que tem um exército experiente nesse tipo de situação, Zelensky diz: “Até ao momento, 174.000 quilómetros quadrados de território ucraniano estão infestados de minas ou outros dispositivos não detonados“. “Não há paz verdadeira para nenhuma criança que possa morrer por causa de uma mina antipessoal russa escondida“, insistiu ele, em apelo para que fosse ajudado pelos neozelandeses a se livrarem dos artefatos explosivos e evitar uma possível catástrofe ambiental.
Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky(Foto: Reprodução/Instagram)
O presidente ucraniano ainda teme um “ecocídio” no qual “centenas de milhares de seres vivos, que morreriam como resultado das hostilidades“, ele está alertando que o mar negro, no território da Ucrânia, e o mar de Azov estão “infestados de minas flutuantes“.
Jacinda Arden, primeira-ministra da Nova Zelândia, frizou que registrou os apelos ucranianos “especialmente sobre os impactos a longo prazo da guerra, especialmente no meio ambiente”. “Estamos contigo enquanto procura a paz, mas também estaremos contigo quando for para reconstruir [o país]“, disse ela em palavras de conforto a Zelensky.
A Nova Zelândia doou dois milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de Euros) em ajuda humanitária para os ucranianos passarem o inverno, além de cerca de 100 militares para dar treinamento especializado ao exército da Ucrânia, para que possam enfrentar o problema com uma maior capacitação.
A invasão russa à Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro, já causou a fuga a mais de 14 milhões de cidadãos ucranianos em busca de refúgio, os quais 6,5 milhões fugiram para outras regiões do país, e mais de 7,8 milhões fugiram para outros países da Europa. De acordo com a ONU, essa crise é classificada como a pior crise de refugiados da história desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente russo, Vladimir Putin, tentou justificar a invasão ao território ucraniano como “uma necessidade de ‘desnazificar’ e desmilitarizar a Ucrânia pelo bem da segurança russa“.
A comunidade internacional condenou a “justificativa” russa, e tem respondido enviando armamento e ajudas para a Ucrânia se defender, além de boicotes e sanções políticas e econômicas.
A ONU apresentou dados e, segundo os mesmos, desde o início da guerra, houveram baixas de 6.755 civis e 10.607 feridos. Frizando que estes números estão aquém dos reais.
Foto desstaque: Soldados eem meio a cenário caótico na Ucrânia. Reprodução/www.defesanet.com.br