Peixe-leão: Entenda os perigos da espécie invasora

Yan Guedes Por Yan Guedes
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O peixe-leão pode encantar pela sua beleza, mas é uma espécie invasora extremamente perigosa. O peixe-leão possui um corpo listrado de branco e tons de vermelho, laranja e marrom, porém, as espécies invasoras são das piores pragas que ameaçam a já ameaçada biodiversidade global.

O tamanho máximo do animal é de 47 centímetros, mas não se engane, apesar de pequena, a espécie é uma grande predadora e segundo o ICMBio, o peixe-leão pode comer 20 animais, como crustáceos e pequenos peixes por volta de meia hora. A fêmea é capaz de produzir até 30 mil ovos.

A espécie é extremamente perigosa, possuindo 18 espinhos venenosos, concentrados em seu dorso. Os espinhos são uma estratégia de defesa do animal e pode afetar também os humanos, já que a sua toxina é bastante dolorosa. De acordo com estudo publicado na revista científica Marine Drugs, o peixe-leão é originalmente nativo do ecossistemas de recifes tropicais e subtropicais do Oceano Índico, Mar Vermelho e Pacífico Sul.

Embora a praga não seja nativa do Brasil, está crescendo o número de relatos da espécie pelo litoral brasileiro. Em 2015 um peixe-leão foi visto pela primeira vez no país em Arraial do Cabo, no litoral do Rio de Janeiro. Fortaleza e Jericoacoara, no Ceará, nas águas do Maranhão, durante expedição científica e Fernando de Noronha, em Pernambuco, também tiveram relatos da espécie sendo vista.


Peixe-leão encontrado em Arraial do Cabo (Foto: Reprodução/G1)


“Com poucos predadores naturais e altas taxas reprodutivas e de crescimento, os peixes-leão estabeleceram rapidamente populações no noroeste do Atlântico e no Caribe após sua introdução nas águas da Flórida na década de 1990”, explicaram os autores do estudo sobre o início da invasão da praga. Agora a espécie começa a descobrir também a América do Sul.

Segundo o ICMBio, o veneno do peixe-leão não é fatal para pessoas saudáveis, mas não significa que ele seja indolor. Acidentes podem acontecer quando pessoas pisam no animal, seja de forma acidental ou quando o próprio peixe ataca, o que é mais difícil de acontecer quando se trata de acidentes com humanos.

A toxina do animal pode causar dor, inchaço, sangramento, vermelhidão, dormência, tontura, náuseas e dor de cabeça. Se a pessoa for alérgica os sintomas iniciais podem evoluir para falta de ar, febre, parada cardíaca, paralisia temporária e óbito. Diante desses riscos, a orientação do ICMBio é que ao ser envenenado por um peixe-leão, a pessoa procure atendimento médico o mais rápido possível para receber o tratamento adequado.

 

Foto destaque: Peixe-leão nadando no mar: Reprodução/marsemfim.com

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