Diante da suspeita de lavagem de dinheiro, o Ministério Público e a Polícia Federal, vão investigar a origem do valor arrecadado via pix, para custear os processos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A intenção da operação é identificar possíveis fraudes no valor arrecadado e o recebimento de presentes oficiais vindos do exterior. As quebras do sigilo bancário e fiscal de Jair e Michele Bolsonaro, tanto no Brasil como no exterior, já foram autorizadas pelo Ministro Alexandre de Moraes na última quinta, 17/08.
Jair Bolsonaro e Michelle (Foto/Reprodução: Estevan Costa PR)
Como serão as investigações?
Os CPFs dos doadores serão analisados individualmente, e assim cada transação terá sua veracidade comprovada, justificando assim a origem do dinheiro, o processo será feito por meio do sistema SIMBA – Sistema de Investigação de Movimentações Interbancárias que pertence ao Ministério Público Federal. A defesa de Jair Bolsonaro nega as acusações de fraude e desvio de dinheiro.
Relembre o caso
A divulgação da campanha de arrecadação ocorreu em 23 de junho. Políticos e ex-membros do governo compartilharam amplamente a chave Pix do ex-presidente nos dias que antecederam as postagens solicitando doações em prol dele. O Tribunal de Justiça de São Paulo havia bloqueado mais de R$ 370 mil de Bolsonaro devido ao não pagamento de multas relacionadas ao não uso de máscaras em várias ocasiões durante a pandemia.
De acordo com o relatório do COAF, entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano, o ex-presidente da República recebeu aproximadamente 770 mil transações via Pix, totalizando um montante de R$17,2 milhões. O conselho constatou que R$17 milhões foram alocados em investimentos de renda fixa.
A COAF também mencionou que os registros estão possivelmente associados a uma arrecadação colaborativa feita por apoiadores do ex-presidente com o objetivo de quitar multas junto à Justiça. No final de junho, Bolsonaro declarou que já havia obtido recursos suficientes para cobrir todas as multas provenientes de processos judiciais, bem como possíveis sanções futuras.
Foto Destaque: ex-presidente Jair Bolsonaro – reprodução/instagram/@jairmessiasbolsonaro