Nesta quarta-feira (6), Irfaan Ali, o presidente da Guiana, compartilhou que tem esperanças de que o Brasil seja o país que lidere a responsabilidade de promover a pacificidade na América do Sul, durante uma entrevista de formato exclusivo à GloboNews. A fala do presidente foi consequência da referenda de anexação de 2/3 de toda expansão guianesa feita pela Venezuela.
Irfaan Ali em destaque (Foto: reprodução/ Leigh Vogel/Getty Images)
A relação com o Brasil
Irfaan Ali, ao longo da entrevista, reforçou que o território brasileiro precisa assumir um papel de liderança. “Nós esperamos que o Brasil tenha um papel de liderança, um papel significativo em garantir que essa região se mantenha… O que a Guiana quer, a única ambição da Guiana é que essa região se mantenha uma região de paz e estabilidade, onde todos nós podemos coexistir em harmonia”, disse o político.
Ali também afirmou que as decisões do governo brasileiro podem ser classificadas como maduras após a fala do presidente Lula, que declarou seu desejo de que os dois países possuam “bom senso”. Além disso, Irfaan Ali fez questão de reforçar que a relação estável entre a Venezuela e o Brasil não o preocupa. “O Brasil tem uma boa relação conosco também e nós esperamos que a Venezuela aja com princípio. Nós conversamos com o presidente Lula e com o ministro do exterior (Mauro Vieira) e os dois garantiram que a Venezuela estará do lado certo da lei … Então, nós temos confiança de que o Brasil vai agir de maneira responsável, de maneira que seja condizente de um país que mostra maturidade e liderança”, completou.
A visão da Venezuela
De fato, o presidente afirmou que acredita que o governo venezuelano é marcado por uma grande imprevisibilidade, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma invasão militar. Ali continuou relembrando que houve uma proibição da anexação territorial pela Corte Internacional de Justiça, mas o plebiscito aconteceu normalmente.
Foto Destaque: Irfaan Ali em foco. (Reprodução/Facebook/ @presidentirfaanaligy)