Promotoria da Argentina solicita 12 anos de prisão para Cristina Kirchner por crimes de corrupção

Natália Maria Por Natália Maria
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A Promotoria da Justiça da Argentina, solicitou nessa segunda (22), ao menos 12 anos de prisão para Cristina Kirchner, atual vice-presidente do país, por crimes de corrupção e delitos durante seu mandato como presidente (2007-2015) e durante o governo de seu marido, Néstor Kirchner (2003-2007). As acusações são referentes à associação ilícita que detinha dinheiro de obras públicas em favorecimento de amigos, chefiada por Cristina.

O promotor Diego Luciani, responsável pelo pedido da pena para a  vice-presidente, acusa Cristina e seus funcionários de fraudar o Estado, através de desvio de dinheiro público entre os anos de 2007 e 2015. O julgamento percorre desde 2019, acumulando mais de 600 horas e 120 audiências, onde a investigação apura mais de 51 obras públicas, supostamente irregulares que tinham benefício pessoal e para Lázaro Baéz, amigo e empresário que foi sócio da família Kirchner.


Lázaro Baéz considerado criminoso por associação à corrupção nos governos de Néstor e Cristina Kirchner. (Foto. Reprodução/Instagram)


A relação de Baéz com os Kirchner é de conhecimento de todos, mas se tornou mais evidente durante a ascensão da família ao poder. Lázaro era apenas funcionário do Banco da província de Santa Cruz (local de berço político de Néstor Kirchner), e se tronou um empresário de sucesso no ramo da construção após a eleição de Néstor, acumulando fortunas.

Os crimes que Cristina é acusada de cometer são previstos no Código Penal argentino como delito e fraude contra o Estado, gerando pena de até 6 anos e proibição de ocupar cargos públicos. Cristina enfrenta além deste julgamento, mais cinco outros sobre crimes que ocorreram em seu governo, como o caso chamado “Cadernos da Corrupção”, onde a vice-presidente foi indiciada e teve prisão preventiva solicitada por ser considerada a chefe de uma associação ilegal criada para desviar dinheiro, mantendo funcionamento entre 2003 e 2015.

Segundo Luciani, as provas apresentadas durante o julgamento garantem a efetiva participação de Cristina no que ele denominou como uma das maiores obras de corrupção do país. “Néstor Kirchner, e posteriormente sua mulher, Cristina Fernández, instalaram e mantiveram no coração da administração pública nacional uma das matrizes de corrupção mais extraordinárias já desenvolvidas no país”. A acusação tem como base, depoimentos de testemunhas, chats, documentos e um testamento.

Foto destaque: Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina. Foto. Reprodução/Instagram

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