Rússia afirma ter prendido responsáveis pela destruição da ponte da Crimeia

Lucas Siqueira Por Lucas Siqueira
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Nesta quarta-feira (12), a agência estatal Interfax informou que o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) comunicou a prisão de cinco russos e três cidadãos da Ucrânia e da Armênia pela explosão ocorrida na ponte da Crimeia, que destruiu parcialmente a construção, no último sábado (8). Ainda de acordo com as autoridades, a ação foi organizada por uma equipe de inteligência ligada ao Ministério da Defesa ucraniano.

A ponte, atacada por um veículo bomba, servia como única ligação entre a Rússia e a península ucraniana da Crimeia, anexada pelo país ex-soviético em 2014. Além de ser usada como conexão dos dois locais, no conflito contra a Ucrânia, a estrutura, inaugurada em 2018, era estratégica para os russos, devido à transportação de equipamentos militares.

Após investigações iniciais, as autoridades de Moscou apontam que o ataque ocorreu depois de um caminhão, com explosivos dentro, ser detonado. A explosão acabou atingindo sete tanques de um trem que transportava combustível, resultando em danos maiores e na morte de três pessoas presentes na ponte.


Ponte da Crimeia. Reprodução/Pixabay.com


Apesar da crença do ataque ter sido organizado pela Ucrânia, até o momento, o país não confirmou oficialmente o seu envolvimento, entretanto, algumas autoridades ucranianas manifestaram a sua comemoração aos danos causados.

Como forma de represália, as forças russas lançaram ataques de mísseis contra diversas cidades da Ucrânia. Putin, em seguida, afirmou ter organizado os lançamentos para responder à explosão sofrida da ponte da Crimeia.

Uma segunda onda de ataques

Ainda nesta quarta-feira (12), o Kremlin disse não haver uma “nova onda” de homens sendo convocados para o exército. O pronunciamento surge após algumas autoridades locais relatarem a intensificação dos esforços de mobilização nesta semana.

Em Rostov, na Rússia, o governador da região contou ter recebido uma “nova missão de mobilização”, enquanto o vice-chefe da região de Kursk foi citado dizendo que recebeu um “segundo” alvo de mobilização. Diante das afirmações, temores surgiram de que uma segunda onda de homens possa ser convocada para servir no conflito contra os ucranianos.

Até agora, o Ministério da Defesa Russa divulgou que mais de 200.000 foram convocados nas primeiras semanas após o presidente Vladimir Putin anunciar uma mobilização parcial de reservistas para lutar na Ucrânia.

Foto Destaque: Ponte da Crimeia destruída. (Foto: Reprodução/Instagram)

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