Cobasi é proibida pela Justiça de comercializar animais em shoppings

Laura Galdino Por Laura Galdino
3 min de leitura
Foto destaque: Justiça proíbe Cobasi de comercializar animais em unidades dentro de shoppings (Reprodução/Cobasi/Divulgação)

Nesta quarta-feira (10), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul proibiu a Cobasi de venderem animais em lojas de shopping por todo o território nacional.

Consequências da enchente

A proibição provavelmente é decorrente do episódio em que 175 bichos faleceram por estarem presos em uma loja da unidade que inundou durante as enchentes do Rio Grande do Sul. A decisão é de Patrícia Antunes de Laydner, juíza de direito, que fixou também uma multa de R$ 1 mil.

A decisão não inclui unidades fora de shoppings, ou seja, para as lojas físicas que não estão em um shopping ainda poderão comercializar animais. Aqueles que ainda estiverem em shoppings deverão ser transferidos em, no máximo, cinco dias, conforme o Tribunal.


Animais falecem durante enchente presos em unidade da Cobasi
(Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)

“A Cobasi por si só declarou que durante a inundação estava impossibilitada de resgatar os animais do Shopping Praia de Belas, uma vez que havia uma proibição administrativa a respeito de ingressar nas dependências do shopping” explica a juíza a respeito da evacuação em prédios comerciais durante emergências.

Animais presos

Aves, roedores e peixes estavam dentro da loja quando o shopping inundou em maio de 2024. A unidade ficava no subsolo do Shopping Praia de Bela em Porto Alegre. 

Segundo os funcionários presentes na enchente, a evacuação dos trabalhadores foi feita em segurança e, a intenção era de que eles voltassem para resgatar os animais, porém devido ao aumento repentino do volume da água, isso não foi possível. 
“Foi identificado que todos os computadores da unidade foram retirados e colocados no mezanino.” segundo a delegada Samieh Saleh em uma entrevista para o UOL. Isto é, os funcionários tiveram o cuidado de retirar os eletrônicos, mas deixaram os animais embaixo.

A defesa da Cobasi afirmou que os animais estavam seguros, mas que se tratava de uma tragédia sem precedentes. Já a Associação Instituto Amepatas, responsável por abrir a ação civil pública, defende que a ocorrência se trata de uma omissão de socorro.

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Redatora do site In Magazine (Ig);
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