Eduardo Bolsonaro encerra licença e pode perder mandato por ausência na Câmara
A licença de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados termina neste domingo (20), após 120 dias fora do Brasil. O parlamentar corre o risco de perder o mandato por descumprir o regimento interno da Casa. O filho do ex-presidente deve apresentar justificativas válidas para suas ausências, já que a Câmara exige presença mínima nas […]
A licença de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados termina neste domingo (20), após 120 dias fora do Brasil. O parlamentar corre o risco de perder o mandato por descumprir o regimento interno da Casa.
O filho do ex-presidente deve apresentar justificativas válidas para suas ausências, já que a Câmara exige presença mínima nas sessões ordinárias.
Desde fevereiro, Eduardo vive nos Estados Unidos e o anúncio da licença veio em março. Anteriormente, o STF tornou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado. Contudo, embora não seja formalmente investigado no mesmo processo, o deputado tem sido alvo das críticas das instituições brasileiras.
Investigação e moradia nos EUA
Eduardo Bolsonaro é alvo de apuração da Procuradoria-Geral da República (PGR) por possível obstrução de justiça, coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A PGR afirma que o parlamentar promoveu ataques às instituições brasileiras enquanto estava nos EUA.
Além disso, o parlamentar ignorou as solicitações da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A omissão compromete o andamento das investigações.
Eduardo Bolsonaro questiona ficar nos EUA ou voltar ao Brasil (Vídeo: reprodução/Instagram/@bolsonarosp)
Ainda assim, Eduardo pensa em promover mudanças no regimento da Câmara. Ele propõe ampliar a possibilidade de licenças consecutivas ou permitir que parlamentares permaneçam no exterior por tempo indeterminado.
Repercussões políticas e impacto nas relações internacionais
A licença do deputado também ganhou visibilidade internacional. Após o presidente Donald Trump anunciar um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, membros do governo atribuíram a medida a articulações de Eduardo e Jair Bolsonaro. A oposição acusou o ex-presidente do Brasil e seu filho de contribuírem para o agravamento das relações comerciais entre Brasil e EUA.
Nesse ínterim, Eduardo reforçou a tensão ao apoiar Trump nas redes sociais e pedir sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. Analistas apontam que a estratégia tenta pressionar o STF e enfraquecer a atuação do ministro, responsável por inquéritos que envolvem aliados do bolsonarismo.
No cenário político, cresce a pressão para que o deputado preste contas à Câmara. Eduardo Bolsonaro foi o terceiro mais votado em São Paulo em 2022 e agora vê seu futuro político ameaçado por sua ausência prolongada.
