Evo Morales é mira do Ministério Público da Bolívia
Após o vazamento de um áudio, no qual o ex-Presidente da Bolívia, Evo Morales, ordena o isolamento da capital administrativa La Paz, pedindo o bloqueio de estradas, o governo boliviano resolveu agir, levando ao conhecimento do Ministério Público, defensor da sociedade, a suposta prática de crimes como terrorismo, incitação pública à prática de crimes, atentado […]
Após o vazamento de um áudio, no qual o ex-Presidente da Bolívia, Evo Morales, ordena o isolamento da capital administrativa La Paz, pedindo o bloqueio de estradas, o governo boliviano resolveu agir, levando ao conhecimento do Ministério Público, defensor da sociedade, a suposta prática de crimes como terrorismo, incitação pública à prática de crimes, atentado à segurança, obstrução de processos eleitorais, dentre outros.
Paralização das estradas
Apoiadores de Juan Evo Morales Ayma paralisaram mais de quarenta estradas do país, incluindo aquelas pertencentes ao Departamento de Cochabamba, reduto político de Morales, exigindo a renúncia do atual Presidente do país, Luis Arce, uma vez que creem que ele é o responsável por manipular o sistema eleitoral, fato que culminou na exclusão do ex-presidente das próximas eleições presidenciais da Bolívia, que acontecerão em agosto de 2025.
Isso gerou uma grave crise no abastecimento do país, que também enfrenta problemas econômicos relacionados ao aumento de preços, gerando protestos e a convocação de uma greve nacional, feita pelos trabalhadores do transporte em Sucre, capital constitucional da Bolívia, e sede do Poder Judiciário.
Em meio a uma das estradas bloqueadas por pedras e pelos próprios manifestantes, um se pronuncia em vídeo postado na rede social X:
“Não há combustível, nem comida, nem remédios e, além disso, nos obrigam a eleger um presidente de direita. É por isso que bloqueamos as estradas, até que a democracia se estabeleça”.
Manifestantes em protesto na Bolívia (Vídeo: reprodução/X/@JOTACE7777)
Para acalmar os ânimos, Luis Arce anunciou 11 medidas para melhorar a economia, dentre elas a aprovação de um decreto para abastecer, com recursos externos, o sistema financeiro nacional, aumentando o limite de entrada de moeda estrangeira no país para pessoas físicas, elevando o valor de US$ 10 mil para US$ 50 mil.
Fala de Morales
Em um post na rede social X, Evo Morales afirma que o atual governo, além de persegui-lo, quer silenciá-lo, alegando que esta última denúncia se soma a outros 13 processos abertos por Arce contra ele, e que isso não resolverá a escassez de combustível e nem restaurará a estabilidade cambial.
Post de Evo Morales na rede social X (Foto: reprodução/X/@evoespueblo)
Por fim, o ex-presidente diz que a Bolívia precisa de soluções e não de perseguições, pois pactos com a direita não trarão estabilidade, apenas mais crise.
