O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), divulgou nessa terça-feira (12), que a inflação ao consumidor da Argentina chegou a 276,2% em fevereiro. Ainda que os preços tenham aumentado em 13,2%, Javier Milei, presidente do país, comemora a baixa comparada aos dados de dezembro (25,5%) e janeiro (20,6%).
Milei atrela o custo alto de vida aos 20 anos em que Néstor Kirchner, presidente da Argentina de 2003 a 2007, e Cristina Fernández de Kirchner, presidente de 2007 a 2015, governaram o país. Ele cita o movimento chamado de “Kirchnerismo”.
“É verdade que é um número que é uma tragédia, mas deve ser contextualizado” declarou à mídia local.
Algumas medidas tomadas
- Desvalorização do peso: anteriormente 1 dólar era equivalente a 365 pesos, com as novas medidas, passou a valer 800 pesos.
- Suspensão de publicidade de governo e contratação de novos servidores.
- Cortes de impostos nas importações de alguns produtos da cesta básica.
- Pausa em projetos para novas obras públicas e cancelamento de obras já iniciadas.
- Redução de ministérios.
Milei é esperançoso e garante que o governo continuará trabalhando para que a queda significativa de dezembro a fevereiro se repita.
Reação ao aumento nas passagens
No início do ano letivo, estudantes de esquerda realizaram um protesto contra o ajuste da tarifa, o movimento chamado de “Molinetazo” ou “Catracaço”, consistiu em pular as catracas das estações para se isentar da passagem. O objetivo era enviar ao presidente a mensagem da dificuldade que os trabalhadores e estudantes passam regularmente para chegar ao seu destino.
Os argentinos seguem com o movimento no dia a dia, inclusive para marcar protestos feministas como ocorreu no dia 8 de março. Apesar da inflação ter despencado, os argentinos esperam ver exemplos práticos do que, por enquanto, parece só números.