Justiça do Rio decreta falência da operadora Oi
A operadora fez pedidos de recuperação judicial em 2016 e em 2023; dívida da empresa acumula valores bilionários e ações da Oi caíram mais de 35%
Na última segunda-feira (10), a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decretou a falência da Oi, que foi uma das maiores e mais importantes empresas de telefonia e telecomunicações do Brasil.
A medida foi tomada veio depois do segundo pedido de recuperação judicial feito pela empresa em 2023. A Oi já havia entrado no processo de recuperação judicial em 2016, quando declarou uma dívida de por volta de 60 bilhões de reais. Essa decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro fez com que as ações da empresa caíssem em mais de 35% e chegassem ao valor de R$ 0,18.
A decisão
A 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu que a Oi havia falido após a empresa e o interventor da situação, o administrador judicial Bruno Rezende, declararem que a situação financeira da Oi estava em estado de insolvência dos negócios. Essa situação mostra que as dívidas da empresa são maiores do que os recursos disponíveis para quitar as despesas.
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Oi perde recuperação judicial (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)
A Oi também enfrentava outro problema: a empresa devia R$ 1,7 bilhão além das dívidas que já constavam no processo da recuperação judicial. No primeiro semestre de 2025, a companhia registrou dívida líquida de R$ 10 bilhões, enquanto tinha somente R$ 1,15 bilhão em caixa. Por causa da decisão do TJ-RJ, as ações da Oi caíram 35,71% e o custo delas chegou a 18 centavos.
O primeiro processo
A Oi, empresa de telefonia e telecomunicações brasileira, já havia entrado com um pedido de recuperação judicial em 2016. Na época, a Oi devia cerca de 60 bilhões de reais. O processo acabou em 2022, quando a Oi vendeu suas principais operações para outras empresas de telefonia e telecomunicações, como a Telefônica Brasil, Claro, TIM e V.Tal, que eram suas rivais.
Com a venda das operações, a Oi saiu da recuperação judicial no final de 2022, mas voltou para esse mesmo estado meses depois.
