Paulo Cunha Bueno rejeita acusação de tentar influenciar defesa de Cid
O advogado Paulo Cunha Bueno, integrante da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou não ter, em nenhum momento, tentado interferir na equipe de advogados do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A negativa foi feita após Agnes Cid, mãe de Mauro, declarar que houve pressão para trocar a defesa do filho. Ética profissional […]
O advogado Paulo Cunha Bueno, integrante da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou não ter, em nenhum momento, tentado interferir na equipe de advogados do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A negativa foi feita após Agnes Cid, mãe de Mauro, declarar que houve pressão para trocar a defesa do filho.
Ética profissional e impedimentos legais impedem atuação
Cunha Bueno destacou dois pontos centrais para justificar sua conduta: primeiro, ele já representa Bolsonaro em outro caso, o que caracterizaria conflito de interesse se tentasse representar também Cid. Em segundo lugar, afirmou que segue os princípios éticos da advocacia, que proíbem diretamente a captação de clientes que já possuem advogado constituído.
Segundo o defensor, a troca de advogados jamais esteve em seu radar: “Jamais sugeri mudar a equipe jurídica de Cid, isso seria ilegal e antiético”, disse, enfatizando que não houve qualquer tentativa de assumir o caso do militar.
Advogado de Bolsonaro negou ter tentado obter informações sobre delação de Cid (Foto: reprodução/Instagram/@sbtnews)
“Distorções” com objetivo de manter delação
Cunha Bueno rebateu as afirmações de Agnes Cid, classificando-as como “falsas” e “propositalmente distorcidas”. Ele alegou que o conteúdo divulgado, tanto na petição quanto no depoimento por escrito da mãe, tem como único propósito resguardar os termos do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid.
Na visão do advogado, o episódio não passa de uma estratégia para manter intactos os benefícios já obtidos: “Os fatos foram interpretados de forma errônea, com o intuito claro de preservar a delação premiada dele”, acusou.
A acusação de Agnes consta em documento protocolado na Justiça, que menciona suposto contato de integrantes da defesa de Bolsonaro com familiares de Cid, pressionando por mudanças na representação jurídica do militar. A postura de Paulo Cunha Bueno, porém, busca demonstrar que tais ações são infundadas e não têm respaldo legal ou ético.
O advogado Paulo Cunha Bueno negou ao STF ter buscado informações sobre a delação de Mauro Cid.
Disse que nunca tentou assumir a defesa do militar.
