Nesta segunda-feira (10), o Conselho de Segurança da ONU aprovou um documento dos EUA sobre o cessar-fogo em Gaza. Após seis dias de negociação entre os integrantes, os EUA terminaram o projeto no último domingo. Na votação, 14 países votaram a favor e um se absteve, a Rússia.
Sofrimento desnecessário se prolonga a cada dia
Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, fez suas considerações ao conselho antes da votação.
“A resolução acolhe a nova proposta de cessar-fogo, que Israel aceitou, apela ao Hamas para que também a aceite e insta ambas as partes a implementarem integralmente seus termos sem demora e sem condições. Estamos esperando o Hamas concordar com o acordo de cessar-fogo que ele alega querer.”
Linda Thomas-Greenfield
Ela ainda acrescentou que o sofrimento desnecessário continua a cada dia que passa.
Renião do Conselho de Segurança da ONU em fevereiro de 2024 (Foto: reprodução/Angela Weiss/AFP/Getty Images embed)
Biden apresentou, em 31 de maio, um plano de cessar-fogo de três fases. Segundo ele, seria uma iniciativa israelense. Se as negociações levarem mais de seis semanas para a fase um, o cessar-fogo continuará, enquanto as negociações desenrolarem.
A sensibilização vem de todas as partes
Em março deste ano, o Conselho da ONU exigiu um cessar-fogo imediato, e que o Hamas libertasse todos os reféns, incondicionalmente.
Os EUA, Egito e Catar vem tentando, há meses, mediar um cessar-fogo. O Hamas teria dito querer interromper o conflito na Faixa de Gaza, mas que os israelenses deveriam ser retirados do território palestino, o qual abriga 2,3 milhões de pessoas.
O conflito iniciou quando o Hamas teria matado cerca de 1.200 pessoas em Gaza, no dia 7 de outubro do ano passado. De acordo com os israelenses, o Hamas mantém, desde então, mais de 100 pessoas reféns.
Israel teria lançado um contra-ataque aéreo, terrestre e marítimo no território palestino. De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, mais de 36 mil pessoas foram mortas.