Acordo entre Universidade da Pensilvânia e governo Trump proibe atletas transgênero em times femininos

Ao findar do caso federal que concluiu que direitos de atletas mulheres foram infringidos, a Universidade da Pensilvânia concordou em impedir que mulheres transgênero façam parte de suas equipes esportivas femininas. O Departamento de Educação dos EUA anunciou o acordo, que envolve o caso da nadadora trans Lia Thomas, vencedora de um título da Divisão I no ano de 2022.

Segundo a Associated Press, ficou acordado que a Universidade restaure os títulos das esportistas que perderam para Thomas. A Instituição também deve enviar uma carta com um pedido de desculpas personalizado para cada uma.

O acordo

Segundo o Departamento de Educação, a Instituição ainda deve anunciar que não permitirá a participação de “homens” em programas esportivos femininos. A Universidade também precisará adotar conceitos de masculino e feminino “baseados na biologia”

A Universidade da Pensilvânia atualizou seu recorde, que antes era de Lia Thomas (Foto: Reprodução/Kathryn Riley/Getty Images Embed)

Em nota, a secretária de Educação, Linda McMahon, elogiou a Universidade da Pensilvânia em nome do Departamento de Educação por corrigir “danos passados contra mulheres e meninas”. No comunicado, McMahon ainda afirma que o Departamento continuará na luta para a aplicação correta do “Título IX”, que proíbe em programas de educação recebedores de financiamento federal a discriminação com base no sexo. Segundo a AP, o governo federal concluiu que a Universidade violou a lei federal.

Ainda segundo a reportagem, a Universidade da Pensilvânia escolheu um acordo voluntário para escapar de uma provável ação do Departamento de Justiça ou da perda de subsídio federal.

Ordem de Trump

A decisão da faculdade em aceitar o acordo faz parte de uma tentativa do governo do presidente americano, Donald Trump, de tirar o espaço de atletas trans dos esportes femininos. Trump assinou em fevereiro uma ordem que determinou a proibição de mulheres trans em categorias femininas no esporte. A ordem exige que as agências federais recusem financiamento a grupos que desconsiderem o sexo designado aos atletas quando nascem para definir seu gênero.

O presidente Trump também proibiu pessoas trans de servirem às forças armadas em janeiro de 2025 (Foto: Reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)

Em março, a Casa Branca anunciou que mais de US$ 175 milhões em fundos federais que seriam distribuídos para a Universidade da Pensilvânia seriam congelados. A medida de Trump teria sido tomada por conta de Lia Thomas.