Fantasias quentes, esforço contínuo e muito calor em aglomerações quase sempre é sinônimo de mal-estar e no Carnaval tudo isso é uma característica comum, como foi mostrado pela Secretária municipal de Saúde do Rio ao informar que na madrugada desta terça-feira (13) cerca de 540 pessoas passaram mal e foi necessário o atendimento médico na Sapucaí, até às 4h (horário de Brasília), na noite de desfile do Grupo Especial.
19 pacientes, em estados mais graves, foram encaminhados para a unidades de saúde, onde receberam atendimento especializado.
Quedas e mal-estar
Ainda durante a madrugada desta terça-feira, segundo o boletim, duas mulheres caíram de um carro alegórico já na área de dispersão, ao fim do desfile. As folionas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, ambas com fraturas e suspeita de traumas.
O carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Vila Isabel, passou mal no fim do desfile durante a madrugada, na Marquês de Sapucaí, ainda no Rio de Janeiro. O carnavalesco precisou ser amparado por outras três pessoas que faziam parte do grupo de apoio da escola de samba. O socorro foi rápido, entretanto, Barros precisou deixar o desfile e se recusou a usar cadeira de rodas para fazê-lo.
Conforme dito por testemunhas, Paulo Barros suava muito e chegou a ficar bem pálido. Nenhuma outra informação a respeito da saúde do carnavalesco foi divulgada. Barros passou por uma cirurgia para a retirada de um abscesso no início do ano.
Entre os famosos, Valesca Popozuda passou mal depois do desfile da Porto Pedra, neste domingo (11), e precisou de amparo médico ao ser socorrida. Tinga, puxador da Vila Isabel, também teve sensação de mal-estar e foi socorrido.
Na penúltima escola da noite, Paraíso do Tuiuti, uma baiana passou mal durante o desfile. No Setor 7, a mulher precisou parar e se amparar nas grades do Camarote Quem O Globo, onde recebeu auxílio dos diretores de ala e artistas que estavam presentes no ambiente.
Eles ofereceram água e ajudaram na retirada da fantasia quente e pesada que a baiana usava, que foi armazenada dentro do camarote para não atrapalhar o desfile.
Principais causas
A reincidência no mal-estar durante a época de folia sempre leva ao mesmo ponto quando se trata de buscar um porquê: calor excessivo, desidratação e consumo desenfreado de bebidas alcoólicas. E no Carnaval, ainda há o agravante das fantasias pesadas que potencializam o calor demasiado, junto ao esforço e nervosismo da competição, que pode levar a crises de ansiedade e sensação de mal-estar continua.
A recomendação publicada em um informe do Governo Federal é o comum de sempre: hidratação, descanso quando necessário, controle no consumo de álcool, alimentação e uso do protetor solar, uma vez que estamos durante a estação do ano mais quente: o verão.