Casos de dengue crescem 300% no estado do Rio: registrando 14 óbitos

Yngrid Horrana Por Yngrid Horrana
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Os casos de dengue no estado do Rio de Janeiro tiveram crescimento de 300% e possuem 14 registros de óbitos de janeiro até outubro deste ano. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) assegura os dados divulgados e alerta para o surto da doença.

Em 10 meses, os casos de dengue no estado do Rio já superaram as ocorrências do ano de 2021. O levantamento feito pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) indica que as notificações já ultrapassaram a marca dos 10,4 mil afetados pela doença. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui uma taxa de quase 2 milhões de casos de dengue e cerca de 909 mortes confirmadas pela doença, até o momento. O crescimento em relação ao ano de 2021 é de 184,6%.

Campanha de combate ao Aedes Aegypti

 A fim de combater a dengue, o Ministério criou uma campanha para contra a proliferação do agente transmissor, aedes aegypti. Intitulada como “Todo dia é dia de combater o mosquito”, a mobilização sugere propostas de prevenção da doença e ensina como evitar a reprodução do mosquito. 


Ministério da Saúde anuncia campanha “Todo dia é dia de combater o mosquito”. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


Os enunciados devem ser transmitidos pelos meios de comunicação (televisão, internet, rádio) e alertar a população sobre o agravamento da doença, sobretudo no final de ano.

“Alguns fatores podem ter contribuído para esse aumento de casos em 2022. As condições ambientais favoráveis, o acúmulo de água, altas temperaturas, moradias inadequadas, um grande número de pessoas suscetíveis à doença e a mudança de circulação do sorotipo circulante obviamente também interfere na transmissibilidade das arboviroses como um todo”, disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde. 

A campanha tem o objetivo de continuar durante o ano inteiro. E a vigilância será ainda redobrada nos períodos de maior notificação e suspeita da doença. Em destaque, os três meses de verão, entre festividades e passagem de ano (2022/2023).

“A epidemia da dengue existe há mais de 30 anos. Desde então, nós não conseguimos erradicar esse problema entre nós. Isso significa que não é uma atividade simples. Não temos vacinas para arbovirose, nem tratamentos específicos, então a principal arma que nós temos é combater o mosquito.[…] Se não houver a colaboração da sociedade, todo ano vamos ter casos e casos de todas essas arboviroses”, reforça Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.

Foto Destaque: Casos de dengue têm alta de 300% no estado do Rio; registros de óbitos também crescem. Reprodução/Fiocruz.

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