O coração dita o ritmo e quando ele se altera o corpo sente. As doenças do coração comprometem seu bom funcionamento e são a principal causa de morte no Brasil, com 27,65% do total de óbitos, o equivalente a 400 mil ao ano. Entre elas, destacam-se o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), que ocupam o primeiro e segundo lugares desse ranking, respectivamente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que são 18 milhões de vítimas das doenças cardiovasculares por ano. Deste total, 85% são consequentes de infartos do miocárdio e de acidentes vasculares cerebrais (AVC). E também divulgou nesta quarta-feira(21) que as doenças não-transmissíveis se tornaram a principal causa de morte no mundo.
As doenças cardiovasculares são uma espécie de “pandemia permanente” cuja “vacina” atende pelo nome de prevenção e são endêmicas no Brasil, há algumas décadas.
Doenças cardiovasculares são uma espécie de “pandemia permanente”(Foto:Reprodução/uniftc)
Em entrevista à CNN Rádio, o cardiologista do Grupo Angiocardio Marcelo Cantarelli, alertou para os riscos das doenças cardiovasculares.
Cantarelli destaca que a OMS alerta para que governos busquem as políticas públicas que mais se adequem aos seus países, já que existem condições que agravam as doenças que estão diretamente relacionadas ao baixo nível econômico.
Muitas vezes, a população mais pobre não tem acesso a serviços de saúde eficazes e equitativos, com programas integrados para detecção e tratamento precoce dos quadros que favorecem infarto, AVC e outros.
Segundo o cardiologista, 70% das mortes por doenças cardiovasculares estão relacionadas com hábitos como falta de atividade física, dieta inadequada, tabagismo e até mesmo nível social.
Por isso Cantarelli destaca a importância de um trabalho de conscientização da população.
“A junção de prevenção, tratamento adequado e identificação da doença vai ajudar na redução da mortalidade, que depende de educação e conscientização”, afirma o cardiologista.
Foto destaque: Doenças no coração são as principais causas de morte no mundo: Reprodução/Oswaldo Cruz