Caso Jeffrey Epstein: brasileira diz ter sido abusada pelo milionário quando criança

Nesta quarta-feira (3), Marina Lacerda, brasileira de 37 anos, revelou ter sido abusada pelo empresário Jeffrey Epstein durante sua adolescência. Lacerda foi uma das vítimas a comparecer a uma entrevista coletiva para pressionar o Congresso dos EUA a aprovar uma lei que obrigue a ampla divulgação dos documentos anexados na investigação do caso. 

De acordo com o depoimento da brasileira, ela teria conhecido o empresário em 2002, após ser convidada a uma proposta de trabalho quando tinha apenas 14 anos. Segundo ela, na época, uma amiga teria a convidado para fazer mensagem em um “cara velho” e, após a realização do trabalho, Marina receberia cerca de US$300.

Depoimento de Marina Lacerda

Em entrevista à ABC News, Marina Lacerda diz ter participado de um grupo de meninas que eram forçadas a ter casos sexuais com Jeffrey Epstein. De acordo com a brasileira, ela teria acreditado que poderia receber uma proposta de emprego do milionário e que, assim, poderia deixar de ser mais uma imigrante e mudar a situação financeira de sua família. 

Ainda de acordo com o depoimento dado ao veículo de notícia, Marina disse que os abusos duraram três anos e, quando ela completou 17 anos, Epstein teria perdido o interesse na adolescente por ser “velha demais”. 

A brasileira contou também que, em 2008, chegou a ser procurada pelo FBI, mas não teria sido ouvida pela Justiça americana, pois o empresário havia feito um acordo judicial. No entanto, em 2013 foi chamada para depor após a investigação ter sido reaberta. 

Entenda o caso Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein ficou conhecido pelos eventos que organizava entre os anos 1990 e 2000, essas festas contavam com a presença de figuras públicas americanas, como políticos e celebridades. Nesse contexto, em 2005, após uma denúncia, a polícia passou a investigar o milionário e concluíram que ele havia cometido crime sexual com mais de 30 meninas.


Segundo jornal americano, Donald Trump teria sido mencionados em documentos anexados na investigação sobre crimes sexuais cometidos pelo empresário Jeffrey Epstein (Foto: reprodução/Davidoff Studios/Getty Images Embed)


Três anos depois do início da investigação, em 2008, Epstein foi condenado e cumpriu 13 meses de detenção por prostituição. Já em 2019, o milionário foi preso novamente, dessa vez, pelo crime de abusar sexualmente de menores de idade. Ainda durante o cumprimento da pena, o empresário foi encontrado morto. De acordo com a autópsia, ele teria cometido suicídio. 

Nesse sentido, após a saída de Elon Musk do governo de Donald Trump, em que o dono da plataforma X acusou o presidente americano de envolvimento no caso Epstein, membros dos partidos Republicano e Democrata passaram a cobrar a Justiça dos EUA para mais investigações, visando maiores esclarecimentos sobre o possível envolvimento de pessoas públicas no processo. No entanto, em julho deste ano, o FBI em parceria com o Departamento de Justiça do governo Trump informou que não havia evidências da participação de outros suspeitos e, por isso, os documentos anexados no processo contra o empresário não poderiam ser divulgados publicamente.

Dessa forma, o caso passou ser mais ainda comentado após a publicação do Wall Street Journal sobre as supostas menções de Trump nos arquivos do processo, opositores e apoiadores do presidente dos EUA se organizaram no Congresso a fim de aprovar um projeto de lei que obrigue a Justiça dos EUA a divulgar à sociedade americana todos os documentos anexados na investigação. 

Suposta ligação de Trump no caso Epstein

Em julho desse ano, o Wall Street Journal publicou uma reportagem intitulada “Os amigos de Jeffrey Epstein enviaram-lhe cartas obscenas para o álbum do 50° aniversário. Uma delas era de Donald Trump” nela, o jornal afirma que o nome do presidente americano é mencionado diversas vezes nos documentos anexados na investigação.

De acordo a reportagem, em 2003, Trump teria enviado um cartão de aniversário a Epstein o parabenizando pelos seus 50 anos. Nesse cartão, segundo o jornal, havia o desenho de uma mulher nua, além da seguinte mensagem: “que todo dia seja um novo segredo maravilhoso”, ao lado, um desenho de uma mulher nua. 

Além de Trump, o veículo também acusa a menção de outras figuras públicas no caso. Ainda assim, mesmo que possivelmente o nome do presidente dos EUA tenha sido referido na investigação, não há comprovações de que ele tenha cometido algum delito, apenas comprova sua relação com Epstein. Após a publicação da reportagem, Donald Trump processou judicialmente o jornal americano Wall Street pela acusação.

Juíza decide que arquivos do caso Jeffrey Epstein não serão abertos ao público

Na última quarta-feira (23), a Justiça americana negou o pedido de divulgação dos arquivos secretos sobre o caso do empresário Jeffrey Epstein, condenado por abuso sexual de menores de idade. Epstein era amigo pessoal do presidente estadunidense, Donald Trump. 

Após o jornal ‘Wall Street’ publicar que supostamente Trump teria sido mencionado no processo do empresário, o presidente pressionou para que as autoridades do judiciário autorizassem a divulgação dos arquivos secretos do caso. No entanto, o pedido foi negado pela juíza americana que afirmou que a lei não permite que um tribunal revele depoimentos do júri apenas com a justificativa de interesse público. 

Entenda o caso de Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein ficou conhecido pelas festas que organizava entre os anos 1990 e 2000, os eventos contavam com a presença de pessoas da alta sociedade americana, como políticos e celebridades. Em 2005, após uma denúncia, a polícia passou a investigar o empresário e concluíram que mais de 30 meninas haviam sido abusadas sexualmente por Epstein. 

Em 2008, ele foi condenado e cumpriu 13 meses de detenção por prostituição. Nove anos depois, em 2019, o empresário foi preso novamente, dessa vez, por abuso sexual de menores. Meses após a detenção, Jeffrey Epstein foi encontrado morto em sua cela e, segundo a autópsia, ele teria cometido suicídio. 

Daí em diante, membros dos partidos Republicano e Democrata passaram a cobrar a Justiça americana para mais investigações sobre o caso, visando maiores esclarecimentos sobre o possível envolvimento de pessoas públicas no processo. No entanto, em julho deste ano, o FBI em conjunto com o Departamento de Justiça do governo Trump informou que não haviam evidências da participação de outros suspeitos e não seria aberto ao público nenhum arquivo sobre a condenação de Epstein. 

A partir daí, apoiadores do presidente americano passaram a pressioná-lo para a ampla divulgação do processo. Assim, após a publicação do Wall Street Journal sobre as supostas menções de Trump nos arquivos do caso, o presidente dos EUA solicitou publicamente que todos os documentos ligados à condenação de Epstein fossem abertos ao público. Pedido no qual não foi concedido pela Justiça americana. 

Ligação de Donald Trump no caso

Na última semana, o jornal norte americano Wall Street publicou uma reportagem intitulada “Os amigos de Jeffrey Epstein enviaram-lhe cartas obscenas para o álbum do 50° aniversário. Uma delas era de Donald Trump” nela, o veículo afirma que o nome do presidente dos EUA é citado diversas vezes no caso do empresário, que morreu em 2019. 

De acordo com a reportagem, além de Trump, outras figuras públicas são citadas no processo. No entanto, mesmo que possivelmente o nome do presidente americano tenha sido redigido nos arquivos do caso, não há comprovações de que ele tenha cometido algum crime, apenas comprova sua ligação com Epstein. 


Donald Trump é mencionado no caso do empresário Jeffrey Epstein (Foto: Reprodução/Steven Hirsch/Getty Images embed)


Ainda segundo a reportagem, em 2003, Trump teria enviado um cartão de aniversário ao empresário o parabenizando pelos seus 50 anos. Na mensagem, o presidente americano teria redigido “que todo dia seja um novo segredo maravilhoso”, ao lado, um desenho de uma mulher nua. 

Após a publicação da reportagem, Donald Trump processou judicialmente o Wall Street Journal pelo conteúdo. Além disso, na última semana, a Casa Branca barrou a entrada de um jornalista do veículo em uma coletiva de imprensa que abordava a viagem do presidente americano à Escócia. 

Felipe Prior é absolvido em caso de estupro

O arquiteto Felipe Prior, conhecido por sua participação na 20ª edição do Big Brother Brasil (BBB), foi absolvido nesta sexta-feira (27) pela Justiça de São Paulo de uma das acusações de estupro que pesam contra ele. A denúncia tratava de um caso ocorrido durante os jogos universitários InterFAU, em setembro de 2018, na cidade de Itapetininga, interior paulista. A decisão, no entanto, ainda cabe recurso.

Na denúncia, a vítima afirmou que estava alcoolizada no momento do crime e relatou que Prior teria se aproveitado de sua vulnerabilidade para praticar atos libidinosos e, posteriormente, a conjunção carnal, mesmo diante de sua resistência expressa por choro e tentativas de recusa. O caso só veio à tona em 2020, quando a mulher procurou a Justiça.

O caso corre em segredo de justiça

Por estar sob sigilo, o Tribunal de Justiça do Estado informou que os detalhes do processo só estão disponíveis para as partes envolvidas e seus advogados. O advogado de defesa de Prior, Renato Stanziola Vieira, celebrou a absolvição, afirmando que o juiz atuou com isenção e soube diferenciar a seriedade da denúncia de um julgamento técnico. Segundo ele, o magistrado fez um trabalho cuidadoso, respeitando os direitos legais do acusado sem ignorar o necessário combate à misoginia e à violência de gênero.

Prior é acusado em mais dois processos de estupro

Apesar da absolvição neste caso, Prior responde a outros três processos por estupro. Em setembro de 2024, ele foi condenado em segunda instância a oito anos de prisão em regime semiaberto pelo estupro de uma jovem em 2014. O crime teria ocorrido após uma festa, quando ele deu carona à vítima, que também estudava na Universidade Presbiteriana Mackenzie e morava na Zona Norte de São Paulo. Segundo o relato, o abuso aconteceu dentro do carro, quando a vítima estava alcoolizada e não conseguiu resistir.


Logo da Universidade Mackenzie (Foto: reprodução/X/@rob5t)

Outra condenação, de seis anos em primeira instância, refere-se a um caso ocorrido em 2015, na cidade de Votuporanga. Ambos os casos ainda estão sendo contestados pela defesa, que recorreu das decisões.

Além disso, Felipe Prior ainda aguarda julgamento por um quarto processo, envolvendo um episódio ocorrido durante uma festa universitária em Biritiba Mirim, também em 2018.

“Tolerância zero contra abusos sexuais”, um pedido unânime de vítimas ao próximo Papa

Nesta quarta-feira (30), três ativistas que defendem vítimas de abuso sexual clerical cobraram que o próximo papa coloque essa questão no centro de seu pontificado. Em sua declaração, eles expressaram indignação e apontaram falhas na atuação dos últimos três líderes da Igreja Católica.

Peter Isely, um dos fundadores do grupo de sobreviventes de abusos, afirmou que essa questão precisa ser o foco principal do conclave. Segundo ele, a urgência do tema exige uma abordagem centralizada por parte da Igreja.

Entretanto, é bom lembrar que, por mais de três décadas, a Igreja tem enfrentado escândalos globais envolvendo padres acusados de abuso sexual e o acobertamento desses crimes. Esses episódios abalaram sua reputação e resultaram em acordos financeiros que somam centenas de milhões de dólares.

Francisco reforça ‘tolerância zero’ para abusos na Igreja

Bem como todos sabem, Papa Francisco, que morreu no último dia 21 de abril, teve um pontificado histórico na Igreja Católica. Diante das constantes denúncias de abusos, não foi diferente. Assim, ele convocou uma cúpula histórica em 2019, reunindo líderes religiosos de todo o mundo para discutir a proteção de menores.

Além disso, durante seu pontificado, ele aboliu o segredo pontifício para casos de abuso sexual, permitindo maior colaboração com autoridades civis. Também exigiu que todas as dioceses criassem sistemas acessíveis para denúncias.


O grupo de sobreviventes SNAP compartilham entrevista cedida ao jornal The Washington Times (reprodução/X/@SNAPNetwork)

Denúncias de abuso desafiaram papas antes de Francisco

Ainda em 2022, um relatório acusou Bento XVI de não ter tomado medidas contra denúncias de abuso sexual durante seu período como arcebispo de Munique, entre 1977 e 1982. O ex-papa, que renunciou ao cargo em 2013, reconheceu erros e pediu perdão antes de falecer no final de dezembro daquele ano.

Além disso, Bento, Francisco e João Paulo II foram criticados pela forma como lidaram com as acusações contra um ex-cardeal dos EUA, acusado de abusar de menores e adultos. McCarrick renunciou ao Colégio dos Cardeais em 2018 e, no ano seguinte, foi expulso do sacerdócio pelo Vaticano.

Denúncias de abusos sexuais é centro do conclave

Ainda na segunda-feira (28), a questão do abuso sexual foi um dos principais temas abordados pelos cardeais durante o preparatório para o conclave. Essas reuniões, que antecedem a escolha do novo líder da Igreja Católica, traçam um plano para enfrentar os escândalos que abalaram a instituição nas últimas décadas.

O conclave, evento secreto em que os cardeais se reúnem para eleger o próximo papa, está programado para começar no dia 7 de maio, no Vaticano.

Danilo Gentili quebra o silêncio sobre acusação de não proteger ex-assistente em acusação contra Otávio Mesquita

O apresentador Danilo Gentili veio em suas redes sociais, nesta quarta-feira (16), para se defender contra a acusação de sua ex-funcionária, de que não a teria defendido quando denunciou Otávio Mesquita de estupro. Gentili informou como deu a ela todo o apoio e tentou resolver a situação, levando o caso para autoridades do SBT e até mesmo da polícia, porém a amiga recusou.

A proteção de Gentili

Danilo Gentili, humorista e apresentador do programa “The Noite”, na emissora SBT, fez um pronunciamento em suas redes sociais, nesta quarta-feira (16), sobre as acusações de sua ex-assistente, Juliana Oliveira, de que ele não a teria ajudado quando ela o procurou sobre a denúncia que fez ao apresentador Otávio Mesquita de abuso sexual. Juliana acusou Mesquita de abuso sexual pela gravação de um programa no ano de 2016, em que ele teria a tocado de maneira inapropriada. Ela veio na terça-feira (15), para criticar Gentili sobre sua falta de manifestação sobre a recente denúncia.

Em seu vídeo, Danilo rebate as críticas sofridas, afirmando que deu todo o apoio possível, oferecendo para levar o caso para autoridades, como a polícia e o próprio SBT. Ele inclusive ofereceu dar o contato de seu advogado, para que Juliana pudesse resolver a situação, porém ela negou toda a ajuda.


Vídeo de defesa de Danilo Gentili (Vídeo: reprodução/Instagram/@danilogentili)


Tudo o que eu tenho para dizer sobre o caso Juliana vs Otávio Mesquita está nesse vídeo. Tentei deixar o vídeo o mais curto possível, mas eu não consegui, pois ele contém áudios completos. O vídeo tem 3 partes: 1) Eu conto a minha versão de como eu enxerguei a história toda estando ali ao lado da cena. 2) Eu traço a linha cronológica dos fatos. Isso é importante para compreenderem tudo. 3) Eu mostro porque a Juliana é injusta quando diz que ninguém ficou do lado dela. Assistam e tirem as próprias conclusões”

Danilo Gentili

Gentili disse como não queria Otávio em seu programa em 2016, o mesmo em que Juliana o denunciou, pois achava ele um “mala” e como já o havia tratado mal em outras ocasiões. Ele disse como no momento acreditou que os toques entre Juliana e Mesquita eram consensuais, visto que a ex-funcionária já havia feito uma matéria com ele no “Clube das Mulheres”, onde ela parecia ter intimidade, já que se “esfregava” nele, porém, de acordo com ela, o momento no programa não foi consensual.

O humorista afirma que se tivesse percebido algo inapropriado no programa, teria terminado na hora e nem o teria publicado e, já que a situação parecia normal, ele não havia feito nada a respeito até agora. Segundo Danilo, foi somente no ano de 2020, quando surgiu o caso de denúncia de assédio contra Marcius Melhem, feito por Dani Calabresa, que Juliana o procurou para falar sobre o seu caso.

Quando ela o contou sobre sua situação, Danilo partiu imediatamente em sua defesa, afirmando como tanto ele, quanto a equipe “estão na mesma trincheira”, prestando apoio à ex-assistente. Ele tentou prestar queixa na polícia, o que Juliana recusou. Ele então falou que iria no compliance do SBT e denunciaria ele no RH, algo que ela novamente recusou. Ele tentou ainda colocar seu advogado à disposição dela, chegando até a mandar mensagem para saber o que fazer, porém ela novamente recusou e disse que não queria fazer nenhuma denúncia, só não queria Otávio Mesquita no programa novamente, um pedido que Danilo atendeu.

Durante sua explicação, ele mostrou prints de conversas e áudios em que ele conversa com Juliana e fala sobre como, em sua opinião, ele acredita que o melhor fosse denunciar, prosseguir com o processo e encerrar o assunto.

O fim do desabafo

Gentili finalizou explicando como, quando Otávio foi no programa sem ser convidado, ele foi barrado e proibido por Danilo, que blindou Juliana. Ele desabafou sobre como, mesmo depois de todas as suas tentativas de ajudar, ela veio na Internet para criticá-lo, sobre não ter dado apoio durante seu momento de fragilidade.


Danilo Gentili e Juliana Oliveira (Foto: reprodução/X/@lialinbr)

Ele disse como as falas da ex-assistente, comparado com as evidências que Danilo mostrou no vídeo foram incoerentes e também reclamou sobre como Juliana se fez de vítima, utilizando sua cor de pele para justificar a falta de atitude do humorista, dizendo como o fato de ela ser negra impede ele de querer fazer algo, e como somente ela sendo uma branca rica faria Gentili se manifestar. Ele mostrou como isso é apenas uma vitimização, visto que não só ela possui dinheiro, diferente do que ela deu a entender, como também ele a auxiliou durante todo o processo. Por fim, Danilo Gentili desabafou sobre como, apesar de ajudar essa pessoa e a tornar famosa e rica, quando a pessoa se torna militante “enfia uma faca em suas costas”.

Justiça condena Soulja Boy por abuso sexual e agressão contra ex-assistente nos EUA

O rapper Soulja Boy, nome artístico de DeAndre Cortez Way, foi condenado em abril de 2025 por um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos, a pagar mais de US$ 4,25 milhões (cerca de R$ 25 milhões) em indenizações a uma ex-assistente que o acusou de abuso sexual, agressões físicas e assédio emocional. A decisão foi tomada após a ex-funcionária, identificada apenas como Jane Doe, apresentar provas de episódios violentos e traumáticos ocorridos entre 2018 e 2020. Segundo ela, o artista teria cometido os abusos durante o período em que os dois mantiveram um relacionamento profissional e pessoal.

Durante o processo, foi relatado que a vítima foi mantida trancada em um quarto sem água quente por três dias, além de ter recebido fotos íntimas não solicitadas e ser submetida a agressões constantes. Apesar da negativa do artista, que afirmou nunca ter sido criminalmente acusado, a sentença foi aplicada com base nas evidências apresentadas.

Indenização milionária é determinada por júri

A sentença contra Soulja Boy determinou que a vítima seja compensada em US$ 4 milhões por danos morais e emocionais, além de US$ 250 mil em danos punitivos. Embora as acusações de cárcere privado e ambiente de trabalho hostil tenham sido rejeitadas, o cantor foi responsabilizado por agressão, abuso sexual, assédio moral e não pagamento de salários.


Rapper Soulja Boy (Foto: reprodução/PromoWest Productions)

Ainda durante o julgamento, a defesa alegou que as denúncias teriam sido motivadas por interesses financeiros. No entanto, o júri entendeu que a narrativa da vítima estava amparada por fatos e documentos. A decisão foi vista como um passo importante na responsabilização de figuras públicas por crimes de abuso no ambiente profissional e íntimo.

Soulja Boy acumula outras acusações judiciais

Esta não é a primeira vez que o rapper Soulja Boy se envolve em problemas judiciais. Em 2023, ele foi condenado a pagar US$ 472 mil a outra ex-namorada, em um caso de sequestro. Além disso, ele ainda responde por outro processo semelhante, movido por uma terceira mulher.


Soulja Boy ostentando (Foto: reprodução/Instagram/@souljaboy)


A repercussão da nova condenação tem gerado debates nas redes sociais e na mídia internacional sobre o tratamento de casos de abuso cometidos por celebridades. A expectativa é de que o caso sirva de alerta para a importância de se ouvir e proteger vítimas em contextos de abuso de poder e violência doméstica.

Thaila Ayala abre o coração e fala sobre abusos na infância

A atriz Thaila Ayala, de 38 anos, em entrevista ao “WOW Podcast”, contou como os abusos sexuais que vizinhos e familiares cometeram contra ela quando tinha três anos de idade deixaram marcas traumáticas e como essas experiências impactaram a sua vida. 

Thaila lembra que a gestação de seu primeiro filho serviu de gatilho para desbloquear lembranças dos abusos sofridos que estavam bem escondidos em sua memória.

Ayala entrou em profunda depressão durante a primeira gravidez e só compreendeu a conexão da experiência de ser mãe com seu passado mais tarde. “A gestação é um mergulho na infância. Para mim, foi quando lembrei de alguns abusos que não lembrava. Lembrava de alguns, mas de outros, não. Lembrei de um abuso quando eu tinha 3, 4 anos. Eu lembrava da cena, mas não lembrava do abuso”, narra a modelo.


Redes sociais repercutem entrevista no WOW Podcast (Reprodução/X/@oliberal)

Infância de privação e sofrimento

Sua família morava em um conjunto habitacional e vivia uma situação de muita escassez. Após o abandono do pai, que foi viver com outra família, a mãe de Thaila precisou lutar arduamente para criar as três filhas. Por isso, a atriz começou a trabalhar como babá aos 13 anos. Diante da realidade pobre e difícil, Thaila resolveu fugir de casa, em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, quando tinha 15 anos, com apenas 300 reais no bolso.

O ambiente familiar sem afeto e violento, a ausência do pai posteriormente, o trabalho duro da mãe para sustentar a família e a falta de uma perspectiva no futuro foram a motivação necessária para que a jovem fosse para a capital paulistana buscar uma vida melhor como modelo. Tudo que Thaila não queria era um dia ter que voltar para casa. E nunca voltou. 

Falei para a minha mãe que ia para São Paulo, mas para ela era uma realidade distante, algo impossível.

Thaila Ayala

A atriz reconhece que sair de casa trouxe ganhos para a sua vida. Toda a ausência de pai e mãe, de afeto e de coisas básicas na infância foram a mola propulsora para algo novo em sua existência. 

Desta forma, ela pôde construir tudo o que tem hoje. Ela segue a reflexão e afirma que, se tivesse tido um ambiente familiar acolhedor e afetuoso quando criança, talvez não tivesse ido à luta e não sabe se teria conquistado tudo o que conseguiu até agora. A questão será sempre um mistério. 

Fazer terapia é essencial

Relembrar dos abusos é uma tarefa dolorosa, mas totalmente necessária, em um constante processo de cura. A terapia foi uma ferramenta fundamental para que Thaila acessasse seus traumas e dores, como o medo do abandono. 

A artista é adepta da microfisioterapia, um tipo específico de prática terapêutica que identifica pontos de somatização dos traumas no corpo do indivíduo. Por meio dessa técnica, foi possível identificar traumas desde a época da concepção no ventre da sua mãe. A atriz declara que continua em um processo de perdão e construção contínua no relacionamento com a mãe. 

A microfisioterapia é uma terapia manual desenvolvida na França, na década de 1980, pelos fisioterapeutas e osteopatas Daniel Grosjean e Patrice Benini. A técnica estimula a autocura do organismo da pessoa ao tratar a causa de uma doença ou sintoma. Micropalpações na pele buscam identificar essas causas e fortalecer o sistema imunológico, tratando tanto dores crônicas como traumas emocionais.

Sucesso na carreira e na vida pessoal

Os obstáculos iniciais não foram impedimento para que a artista, casada atualmente com o ator Renato Góes, construísse uma carreira de sucesso, no Brasil e no exterior. Ela estreou na TV Globo em 2007 na 14ª temporada de Malhação e participou de outras novelas, como “Caminho das Índias” (2009), “Ti Ti Ti” (2010), “Sangue Bom” (2013) e “Família é Tudo” (2024). O casal tem dois filhos, Francisco, de três anos, e Tereza, de um ano. 


A atriz encontrou a felicidade com seu marido e ator, Renato Góes, e seus filhos, Francisco e Tereza (Foto: Reprodução/Instagram/@thailaayala)

A entrevista ao WOW Podcast foi publicada na íntegra no dia 27 de março, no Youtube, e nela Ayala fala sobre autoconhecimento, terapia, a carreira de modelo, as mudanças para o Rio e, depois, para Hollywood, sua carreira internacional, a formação da sua família com Renato Góes, o despertar para a maternidade e sobre sua fé e a Igreja. 

Denuncie

Se tiver conhecimento sobre algum caso de abuso sexual, estupro e/ou agressão, você pode fazer uma denúncia no Disque 100, todos os dias, das 8h às 22h. O serviço é um número do Governo Federal que orienta as vítimas e registra os casos de violação de Direitos Humanos.

Mulheres que estejam sofrendo violência física, psicológica ou sexual, podem procurar a Central de Atendimento à Mulher, no Disque 180, 24 horas por dia. As vítimas ou denunciantes também podem fazer o registro via formulário disponível por aqui.

Cinebiografia de Michael Jackson passa por regravação para remover cenas de abuso sexual

Prevista para estrear em outubro, a cinebiografia “Michael”, que contará a história de Michael Jackson, enfrenta ajustes no roteiro e refilmagens devido a restrições legais relacionadas a um acordo judicial envolvendo acusações de abuso sexual contra o cantor. Estrelado por Jaafar Jackson, sobrinho do astro, o filme abordará a trajetória do Rei do Pop desde a infância até sua morte, prometendo revelar os altos e baixos de sua carreira e legado.

Alterações no roteiro e refilmagens agendadas

A aguardada cinebiografia de Michael Jackson está passando por modificações consideráveis antes de sua estreia. O filme, que contará a história do Rei do Pop, abrangerá desde o começo de sua carreira com os irmãos no Jackson 5 até seu falecimento em 2009, aos 50 anos, devido a uma overdose de medicamentos.


Foto: Michael Jackson (Foto: reprodução/Instagram/@michaeljackson)

Segundo a revista People e o portal independente Puck, o roteiro está em revisão, com refilmagens programadas para março. A exigência de transformações estaria relacionada a um termo de um acordo legal assinado em 1993, quando Jackson foi acusado de abuso sexual contra Jordan Chandler, na época com 13 anos. Naquele tempo, o artista alcançou um acordo extrajudicial no valor de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 147 milhões) com a família do jovem, garantindo que os Chandler nunca fossem mencionados ou dramatizados em filmes.

Espólio do cantor nega alegações

Os encarregados do patrimônio de Michael Jackson refutam as alegações de abuso sexual infantil, destacando que ele foi inocentado em 2005. O assunto ressurgiu após a estreia do documentário Leaving Neverland (2019), que apresentou novas alegações e originou processos judiciais ainda em andamento.


Foto: Michael Jackson (Foto: reprodução/Instagram/@michaeljackson)

Mesmo diante dos desafios, uma pessoa próxima à produção negou qualquer desordem nos bastidores e reafirmou que o projeto está prosseguindo conforme o previsto. Com Jaafar Jackson, sobrinho do artista, como protagonista, o elenco também inclui Colman Domingo, Nia Long e Miles Teller. Michael se compromete a revisitar a trajetória de um dos mais proeminentes artistas da história da música, ressaltando seu legado e complexidade.

P. Diddy Combs é acusado de pendurar e ameaçar estilista no 17º andar

O rapper americano Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, enfrenta uma série de acusações nos últimos meses, incluindo tráfico sexual, desta vez envolvido em outro escândalo, o empresário é acusado de manter a estilista Bryana “Bana” Bongolan em carcere privado, agressão sexual e inflição de sofrimento emocional. As acusações foram feitas pela própria Bryana que entrou com um processo contra o rapper.

Ainda de acordo com as informações da justiça, Diddy durante um momento de raiva, teria pendurado a estilista na sacada de um prédio. Bongolan alega que a situação lhe causou sequelas emocionais e que, por esse motivo, busca por justiça, pelos traumas sofridos. Vale lembrar que esse fato aconteceu há oito anos e que somente agora a vítima sente segurança em fazer as afirmações.

Novas acusações

Após entrar na justiça, Bogolan pede uma reparação indenizatória no valor de US$ 10 milhões de dólares, o que equivale a aproximadamente R$ 59,7 milhões de reais, pelos danos emocionais e morais sofridos. Bryana trabalhou com o rapper até o ano de 2018, participando de vários projetos em suas empresas, entre elas criação exclusiva para a Bad Boy Entertainment.


Diddy durante evento de premiação (Foto: reprodução/X/@misifu72)

Segundo os documentos do processo, os quais mostram a intenção do rapper em realizar tal prática, deixa claro o objetivo das agressões:

“O único propósito de pendurar alguém em uma sacada é realmente matá-la ou intencionalmente aterrorizá-la e roubar-lhe qualquer conceito de domínio sobre sua própria autonomia corporal e segurança”, afirma o documento da justiça, divulgado pela Rolling Stone.

Entenda o caso

O rapper foi preso em 16 de setembro e, desde então, várias tentativas de fiança foram realizadas, todas negadas. A justiça entende que a liberdade do empresário poderia comprometer o andamento das investigações e colocar as vítimas em risco, considerando a possibilidade de coerção devido à influência do artista.

Vale lembrar que o rapper já teve seu quarto pedido de fiança negado, após ter contestado as novas acusações. Segundo os advogados do artista, todas as alegações são falsas, e eles ainda afirmam que o rapper nunca agrediu ninguém sexualmente.

Armie Hammer faz seu retorno ao cinema após acusações de canibalismo

William H. Macy, se une a Armie Hammer no longa independente “Frontier Crucible”. Hammer retorna após um período de afastamento devido a polêmicas envolvendo acusações de abuso sexual, psicológico e canibalismo. Recentemente anunciado como parte do elenco de Frontier, um faroeste dirigido por David Schuurman, o ator tenta achar novamente espaço na indústria cinematográfica.

O retorno com Frontier

Armie Hammer tenta reconstruir sua vida profissional com o filme Frontier. Neste faroeste, Hammer interpreta John, um personagem que busca redenção em um cenário brutal e caótico. Na década de 1870, no Território do Arizona, um ex-soldado forma aliança com três fora da lei, uma mulher sedutora e seu marido, enquanto vivem aventuras na fronteira oeste. O longa terá financiamento independente. 

As acusações e a queda de Hammer

Conhecido por papéis marcantes, como em, “Me Chame Pelo Seu Nome”, Armie Hammer enfrentou uma das quedas mais abruptas da indústria do cinema. Em 2021, Armie foi alvo de denúncias graves, acusações envolvendo abuso sexual e até alegações de práticas “canibais” sujaram sua imagem. 

Suas ex-namoradas, Courtney Vucekovich, Effie Angelova e Paige Lorenze, relataram uma experiência de abuso psicológico no relacionamento e fantasias sexuais criminosas que o ator teria tentado induzir elas. Outras mulheres também denunciaram Hammer. Mensagens supostamente enviadas por ele, indicavam práticas como canibalismo. Ele negou todas as acusações, mas a polêmica resultou no fim de contratos do ator em Hollywood.

Após uma investigação feita pela polícia de LA, as acusações foram descartadas por falta de provas.


Armie Hammer compartilhando seu retorno pelo Instagram; “De volta a sela” (Foto: reprodução/Instagram/@armiehammer)


De ascensão a um dos escândalos mais polêmicos de Hollywood, as acusações de Armie Hammer continuam a dividir opiniões. Enquanto Frontier estreia, os olhos estarão voltados para o ator, não pelo que ele entrega em tela, mas pelo que sua presença significará com seu retorno polêmico.