Manifestação em Buenos Aires é reprimida por policiais

Manifestantes e a Polícia Federal da Argentina entraram em conflito durante protesto contra os cortes na área de assistência social, nesta segunda-feira (18), em Buenos Aires. Com o slogan “A fome é o limite”, a manifestação reuniu diferentes integrantes de partidos de esquerda e de movimentos sociais que denunciaram a crise alimentícia no país.

Repressão policial

O protesto foi organizado pela União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP) para demonstrar a insatisfação da população com a política de congelamento de fundos direcionados ao abastecimento e funcionamento de cozinhas comunitárias. Os manifestantes tentaram entrar em Buenos Aires pelas pontes Pueyrredón e Saavedra, onde foram reprimidos pelas forças policiais com spray de pimenta e cassetetes.

A polícia argentina informou que haviam cerca de 4 mil pessoas na Ponte Pueyrredón e cerca de mil pessoas na Ponte Saavedra, segundo o site Infobae. A UTEP convocou os manifestantes pelas redes sociais e propôs bloqueios em 500 regiões da Argentina, o que desafiou o protocolo antibloqueio da ministra de Segurança, Patricia Bullrich.

O prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, fez um post no X (antigo Twitter) em comemoração à ação da Polícia Federal. Na rede social, Macri escreveu que a “ordem não se negocia” e que as ruas precisam estar disponíveis para uma livre circulação de todos. “Evitamos que diversas colunas de manifestantes entrassem na Cidade de Buenos Aires. Para a nossa equipe é uma prioridade a convivência pacífica entre quem precisa circular livremente para trabalhar e estudar e quem quer se manifestar”, declarou o prefeito.



Protocolo antibloqueio

Em dezembro de 2023, o governo de Javier Milei anunciou que seriam aplicadas severas sanções àqueles que não seguirem o protocolo antibloqueio desenvolvido pela ministra de segurança Patricia Bullrich. De acordo com o protocolo, os manifestantes poderão realizar somente os protestos nas calçadas, medida implantada para evitar bloqueios de ruas e avenidas.

A decisão também proíbe a presença de crianças e adolescentes nos protestos e estabelece que os organizadores das manifestações precisam pagar pelas forças de segurança para proteger os participantes dos atos.

Senado argentino rejeita Decreto Nacional de Urgência de Milei

Na última quinta-feira (14), o Senado argentino reprovou o decreto econômico do atual presidente Javier Milei. O Decreto Nacional de Urgência (DNU) agora segue para a votação na Câmara dos Deputados, onde pode ser definitivamente derrubado.

A sessão de votação foi convocada pela vice de Milei, Victoria Villarruel, sem o aval do presidente e durou mais de sete horas. Apesar do resultado, a medida ainda continua vigente – é necessária a rejeição em duas casas para que seja derrubada – e esta é a primeira vez que um DNU de um governante ainda em seu posto é rejeitado.


Senado argentino durante votação do DNU de Milei (Foto: reprodução/Augustin Marcarian/Reuters)

Decreto Nacional de Urgência

Também chamado de “decretaço”, o DNU é semelhante a uma Medida Provisória brasileira e foi assinado por Milei em 20 de dezembro de 2023. O Decreto prevê a desregulamentação de mais de 600 leis do país, como a eliminação de políticas de controle de preços das leis de Abastecimento e de Aluguéis e a privatização de empresas estatais.


Victoria Villarruel, a esquerda, e Javier Milei, a direita (Foto: reprodução/Matias Baglietto/Reuters)

A votação foi convocada por Villarruel sem o conhecimento de Milei; este, por sua vez, não desejava que o processo acontecesse, segundo os jornais argentinos. De acordo com os veículos, a relação entre o presidente e a vice, que também preside o Senado, já não era das melhores desde a formação do gabinete presidencial.

Reação do governante

Após a rejeição do Decreto, o gabinete do governo publicou uma nota na rede social X (antigo Twitter), que relembra um discurso do presidente para os legisladores. O texto diz que foram apresentadas duas alternativas por Milei, sendo elas: o acordo ou o confronto.

Chegou o momento da classe política decidir de qual lado da história quer ficar“.

Javier Milei em declaração publicada no X

O presidente afirmou, ainda, que a votação mostrou “quem são os que estão contra os argentinos“, quando questionado pelos veículos nacionais sobre a derrota.

Inflação da Argentina é a maior do mundo pelo 3º mês seguido

O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), divulgou nessa terça-feira (12), que a inflação ao consumidor da Argentina chegou a 276,2% em fevereiro. Ainda que os preços tenham aumentado em 13,2%, Javier Milei, presidente do país, comemora a baixa comparada aos dados de dezembro (25,5%) e janeiro (20,6%). 

Milei atrela o custo alto de vida aos 20 anos em que Néstor Kirchner, presidente da Argentina de 2003 a 2007, e Cristina Fernández de Kirchner, presidente de 2007 a 2015, governaram o país. Ele cita o movimento chamado de “Kirchnerismo”.

“É verdade que é um número que é uma tragédia, mas deve ser contextualizado” declarou à mídia local.

Algumas medidas tomadas

  • Desvalorização do peso: anteriormente 1 dólar era equivalente a 365 pesos, com as novas medidas, passou a valer 800 pesos.
  • Suspensão de publicidade de governo e contratação de novos servidores.
  • Cortes de impostos nas importações de alguns produtos da cesta básica.
  • Pausa em projetos para novas obras públicas e cancelamento de obras já iniciadas.
  • Redução de ministérios.

Milei é esperançoso e garante que o governo continuará trabalhando para que a queda significativa de dezembro a fevereiro se repita.

Reação ao aumento nas passagens



No início do ano letivo, estudantes de esquerda realizaram um protesto contra o ajuste da tarifa, o movimento chamado de “Molinetazo” ou “Catracaço”, consistiu em pular as catracas das estações para se isentar da passagem. O objetivo era enviar ao presidente a mensagem da dificuldade que os trabalhadores e estudantes passam regularmente para chegar ao seu destino.

Os argentinos seguem com o movimento no dia a dia, inclusive para marcar protestos feministas como ocorreu no dia 8 de março. Apesar da inflação ter despencado, os argentinos esperam ver exemplos práticos do que, por enquanto, parece só números.

Vice presidente da Argentina marca votação no Senado sem se consultar com Milei, que publica indireta nas redes sociais

Nesta quarta-feira (13), o presidente da Argentina, Javier Milei, se mostrou publicamente insatisfeito com sua vice, Victoria Villarruel. Isso porque, Villarruel teria iniciado a tramitação do Decreto de Necessidade de Urgência (DNU) no Senado sem previamente  consultar Milei. 

Popularmente conhecido como “decretaço”, o DNU é uma espécie de medida provisória, na qual prevê reformas na economia Argentina. No entanto, enquanto o “drecretaço” não fosse enviado para votação no Congresso, o presidente ainda teria tempo para conquistar maioria de votos. Dessa forma, a atitude de Villarruel foi vista como premeditada, além de ter causado insatisfação por não ter sido avisada previamente à Milei. 


Com a presença de seus ministros, Javier Milei anuncia Decreto de Necessidade de Urgência (DNU), o “decretaço“, para conter a instabilidade da economia argentina. (Foto: Reprodução/@JefaturaAR/X)

Gabinete da Presidência posta indireta à vice nas redes sociais

Em publicação no X, sem citar o nome de Victoria Villarruel, o gabinete da Presidência divulgou uma nota com diversas indiretas direcionadas à vice-presidente. O comunicado declarava que “alguns setores da classe política pretendem avançar com uma agenda própria e não consultada”, além disso, agradeceu aos congressistas que “que não se prestam ao jogo perverso daqueles que deliberadamente entorpecem o desenvolvimento da nação”.

A nota divulgada enfatizou a insatisfação com a tramitação do DNU no Senado argentino, inclusive nomeando a medida provisória no decorrer do comunicado. “Tanto o tratado apresentado no DNU 70/23 como a iniciativa de promover uma forma de reformulação sem consenso violam o espírito de acordo promovido pelo presidente na sua convocatória ao Pacto de Maio”, expressou a nota divulgada pelo perfil oficial do gabinete da Presidência no X, nesta quarta-feira (13). 

Decretaço” será votado nesta quinta-feira (14)

Nesta quinta-feira (14) às 11h no horário de Brasília, o Senado argentino discutirá, pela primeira vez, a tramitação do Decreto de Necessidade de Urgência (DNU), medida provisória que visa a reformulação da economia Argentina proposta por Javier Milei, logo quando assumiu a presidência no final de 2023. 

A vice-presidente, Victoria Villarruel, até tentou prorrogar o início da discussão do “decretaço” para a próxima semana, no entanto, senadores de oposição conseguiram pressionar para que a votação se iniciasse já nesta quinta-feira (14). 

Isso porque, diferentemente do Brasil, na Argentina, o vice-presidente eleito é pleiteado automaticamente com o cargo da presidência do Senado. Dessa forma, é nítida a importância de Villarruel na articulação política das votações do Congresso.

Peru quer decretar estado de emergência devido crise de dengue

O ministro da Saúde do Peru confirmou, nesta segunda-feira (26), que precisará decretar estado de emergência em algumas regiões do país por conta da alta de casos de dengue. A crise sanitária se estende também por regiões do Brasil e da Argentina.

Estado de emergência no Peru

O ministro da Saúde Cesar Vasquez compartilhou com a imprensa que há um risco iminente de um surto da doença viral. Segundo informações do ministro, o número de contaminados nas sete primeiras semanas de 2024 é 95% maior que na mesma época do ano passado. Os números oficiais indicam que, desde o começo do ano, 28 pessoas morreram de dengue.

Vasquez revelou que 20 dos 24 municípios do Peru entraram no estado de emergência sanitária por conta da alta proliferação do Aedes aegypti. O país está com um clima instável de fortes chuvas e ondas de calor, cenário que facilita a reprodução do mosquito. De acordo com dados do governo, cerca de 83% do território estão com taxas elevadas da doença.

Casos na Argentina

O Ministério da Saúde Argentina divulgou, no dia 18 de fevereiro, que 48 mil casos de dengue foram confirmados entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, sendo que nesse mesmo período do ano passado os números de casos não ultrapassaram mil. O número oficial de mortes até o momento é 35.


Funcionário fumiga área residencial para diminuir a proliferação do mosquito da dengue em Buenos Aires (foto: reprodução/Agustin Macarian/ Reuters/ Folha de S.Paulo)

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu um alerta, na sexta-feira (16), destacando o aumento dos casos da dengue na América do Sul. Na região da Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai o relatório apontou um crescimento de 254%  dos casos nas primeiras cinco semanas do ano em relação à média dos últimos cinco anos.

Explosão de casos no Brasil

A alta de casos de dengue no Brasil já contabilizou, segundo o último boletim oficial divulgado em 22 de fevereiro, 740 mil possíveis casos da doença viral. Os números de casos aumentaram cerca de 350% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o site “O Antagonista”.

Argentina tem primeiro superávit mensal em 12 anos

O governo da Argentina informou, na última sexta-feira (16), que, pela primeira vez em 12 anos, o Estado conseguiu um superávit fiscal no mês de janeiro. Isso ocorre devido às fortes políticas de corte de gastos no país instauradas pelo presidente Javier Milei.

Primeiro superávit mensal em 12 anos

Um superávit ocorre em um país quando a receita gerada pelo governo é maior que as despesas. Em janeiro, a Argentina conseguiu um superávit de US$ 589 milhões, aproximadamente R$ 2,93 bilhões, que não era visto há mais de uma década. Segundo o Ministério da Economia do país, é o primeiro superávit mensal desde agosto de 2012 e o primeiro de um mês de janeiro desde 2011.


Casa Rosada, sede da presidência da Argentina, em Buenos Aires (foto: reprodução/ Poder 360)

O presidente Javier Milei tem como uma das principais metas reduzir até zero o déficit público e, para conseguir chegar na meta, o governo tem revisado subsídios e freado investimentos públicos. A ideia de Milei é reestruturar as reservas internacionais para poder diminuir a crise de desconfiança de investidores estrangeiros e poder reequilibrar o valor da moeda Argentina.

A Argentina está com uma inflação que ultrapassou 250% nos últimos 12 meses, de acordo com o instituto oficial de estatísticas (Indec). O reflexo do desequilíbrio da moeda é observado com os altos índices de pobreza no país:  atualmente 45% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza. Segundo um estudo realizado pelo jornal “Ámbito Financiero”, a projeção a curto prazo é ainda pior: 57,4% da população terá que lidar com a pobreza, mais de 26 milhões de argentinos.

Milei recusa estabelecer um salário mínimo

Ainda na sexta-feira (16), Javier Milei negou a chance de desenvolver um novo salário mínimo que compense a alta inflação anual. A principal central sindical Argentina, CGT, pediu um aumento de 85% no Conselho do Salário Mínimo. O presidente declarou que não acredita que políticos possam escolher o valor do salário mínimo. “Não acredito que um político possa definir um preço à mão. Nem passa pela minha cabeça. Eu vou emitir um decreto fixando um preço?”, afirmou Milei.

O presidente disse que o salário mínimo deve ser algo discutido entre os trabalhadores e empregadores, sem intervenção do governo. O Conselho tentou estabelecer o valor do salário mínimo em 156 mil pesos, cerca de R$928,00, mas não foi aceito.

Coalizão liderada por Milei propõe revogação da lei do aborto na Argentina

Nesta segunda-feira (5), deputados da coalizão de partidos liderada pelo presidente argentino Javier Milei, La Libertad Avanza, protocolaram um projeto de lei para revogar a lei do aborto na Argentina. O documento foi divulgado nesta quarta-feira (7), propondo medidas polêmicas que têm gerado intensos debates na sociedade.

O projeto de lei busca a revogação da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (IVE), aprovada em 30 de dezembro de 2020 e promulgada em 14 de janeiro de 2021, propondo que o aborto seja considerado crime tanto para a mulher quanto para os envolvidos no procedimento. Uma das características mais controversas do projeto é a ausência de exceções em casos de estupro.

Penalidades previstas no projeto

De acordo com o texto apresentado na Câmara dos Deputados, as penalidades para o aborto proposto pelo projeto são rigorosas. A mulher que realizar o aborto seria punida com prisão de um a três anos. Para aqueles que provocarem o aborto de uma mulher sem seu consentimento, as penas variariam de três a dez anos, podendo chegar a 15 anos em caso de morte da mãe. Caso haja consentimento, as penas seriam de um a quatro anos, podendo chegar a seis anos em caso de morte da mulher.

Contextualização

O projeto apresentado na Câmara dos Deputados é acompanhado pelo slogan declarado recentemente pelo governo Milei, que proclama 2024 como o “Ano da defesa da vida, da liberdade e da propriedade”. O presidente argentino, em seu discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em janeiro, criticou as agendas feministas e ambientais, afirmando que o “libertarianismo já estabeleceu a igualdade entre os sexos” e questionando as ideias de proteção ambiental que advogam pelo controle populacional e o aborto.

Resposta do governo


O texto proposto estabelece penalidades de prisão tanto para mulheres quanto para profissionais de saúde que realizarem o procedimento de aborto (Foto: reprodução/PODER360)

Após as declarações de Milei, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, afirmou que revogar a lei do aborto não está na pauta atual do governo, destacando que o foco é “endireitar a Argentina“. Entretanto, ele deixou aberta a possibilidade de debate futuro sobre o assunto.

Legislação vigente

A Lei 27.610 sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVE), em vigor desde janeiro de 2021, permite o aborto até 14 semanas de gestação de forma segura, legal e gratuita, respeitando o prazo máximo de dez dias a partir da solicitação. Além disso, o aborto é permitido nos casos em que a vida da mulher está em perigo ou se a gravidez é resultado de estupro, conforme estabelecido desde a adoção do Código Penal em 1921.

FMI e Argentina adiam revisão final de empréstimo bilionário

Em decisão que permitirá que o governo argentino tenha mais tempo para aplicar as reformas fiscais necessárias e até mesmo potencialmente negociar um novo programa com o Fundo Monetário Internacional, conhecido pela sigla FMI, será permitido que a Argentina adie por dois meses a última revisão de seu empréstimo no valor de 44 bilhões de dólares. A informação foi fornecida por fontes com conhecimento direto do assunto.

País atualmente passa por crise

Recentemente, tanto o governo do país, que atualmente enfrenta uma crise inflacionária, quanto o FMI, com o adiamento da última revisão do pacote atual, que inicialmente estava prevista para setembro e agora será adiada para novembro, as fontes que passaram a informação pediram para não serem identificadas porque a informação não é de conhecimento público.


Sede do Banco Central Argentino (Reprodução/Facebook/@BancoCentralAR)

Um fator que ajuda a entender essas datas é que tanto os países quanto o fundo em si estão sujeitos a um cronograma de revisões sobre o progresso, que, uma vez assinadas pelo conselho executivo do FMI, desencadeiam o desembolso de parcelas de financiamento.

Conselho do FMI deve se reunir na quarta-feira

Existe uma expectativa de que o conselho executivo do FMI se reúna na quarta-feira, quando deve ser assinada a prorrogação, assim como o financiamento do valor de 4,7 bilhões de dólares. O tempo adicional, de acordo com uma das fontes, vem para garantir que o país sul-americano cumpra seus objetivos, embora a quantidade de revisões não tenha sido alterada, e essa prorrogação não deve representar um novo financiamento.

Duas fontes chegaram a afirmar que o último relatório deve expressar novamente que o programa com a segunda maior economia da América do Sul saiu significativamente dos trilhos, principalmente depois de o país não atingir as metas de acumulação de reservas internacionais e a redução do déficit fiscal primário.

O FMI agora aguarda algumas das promessas de Milei, como a revisão fiscal, assim como a conclusão de audiências públicas sobre os preços da energia e a compra de volta da dívida do governo, que atualmente é mantida pelo banco central, bem como a resolução da dívida externa.

Terror argentino “O mal que nos habita” estreia em fevereiro

O filme de terror argentino que está ganhando destaque internacional já tem data de lançamento definida no Brasil. O filme, dirigido por Demián Rugna, estreia no dia primeiro (01) de fevereiro nos cinemas. Até o momento, o filme conta com uma alta aprovação nos sites de avaliação na internet, sendo eles: 97% de aprovação dos críticos e 80% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, e nota 7/10 no IMDB. 

Historia autentica e original

Dois irmãos fazendeiros percebem uma movimentação suspeita nas suas terras e, ao investigar, descobrem que existe um ser possuído nas redondezas, que está afetando negativamente a vida rural ao redor, e assim buscam maneiras de resolver a situação e sobreviver mediante a chegada do mal em suas vidas.


Trailer do filme ( Reprodução / @Youtube / Fãs de Cinema )

Uma surpresa cinematográfica latino-americana

O filme argentino está sendo altamente elogiado nas redes sociais e sendo considerado por muitos internautas como o melhor filme de terror de 2023, o que não é nenhum absurdo visto que a película se destaca em meio aos diversos filmes de terror com a temática de possessão demoníaca. 

Ironia do destino ou não, no mesmo ano de “O mal que nos habita”, foi lançado também o filme com temática de possessão demoníaca “O exorcista, o devoto” dirigido por David Gordon Green, uma continuação direta de “O exorcista” de 1973, considerado por muitos como o melhor filme de terror de todos os tempos. Mas o filme de David Gordon Green não teve o mesmo prestígio que o clássico, acumulando diversas críticas negativas no meio de criadores de conteúdo e acumula uma aprovação de 22% dos críticos no rotten tomatoes e uma nota de 4,8/10 no IMDB.

“O mal que nos habita” se distancia bastante dos filmes hollywoodianos convencionais do gênero, usufruindo de sua própria mitologia de como lidar com possessões e seus respectivos procedimentos para se destacar na originalidade, tomando rumos interessantes e utilizando de cenas que verdadeiramente chocam o público com a quebra de expectativa em comparação aos clichês da indústria.

O ponto mais alto do filme, com certeza, é a construção de tensão que o diretor Demián Rugna consegue trazer. Deixando os espectadores na ponta da cadeira, ele explora suas próprias ideias estabelecidas no filme para construir o climax de forma natural, com elementos mais comuns em filmes de terror, como a presença de crianças e a utilização de animais. 

Vale ressaltar também que o filme possui um roteiro razoavelmente amarrado que deixa o fio condutor da trama bem coeso, o público sempre sabe muito bem o que está acontecendo, de toda forma, ele abre mão de um mistério e uma reviravolta para ser uma história objetiva e direta ao ponto, onde o espectador acompanha o andamento da trama junto com os personagens. E isso, alinhado com uma trilha sonora que dá o tom ideal de cada cena, a uma fotografia e direção de câmera excelentes, faz o filme merecer os elogios que está recebendo.

Após oposição, Milei retira reformas ficais da chamada ‘Lei Ônibus’

Depois de uma rejeição generalizada, o governo de Javier Milei retirou um capítulo do decreto de mais de 600 capítulos que instalou após assumir o governo do país, conhecido como “Lei Ônibus”, onde incluía uma série de reformas ficais.

Segundo o Ministro da Economia, Luis Caputo, o capítulo fiscal do projeto de lei será removido. Esse capítulo incluía aumento de impostos sobre as principais exportações, como derivados de soja, grãos e milho, que são alguns dos principais produtos do país. O governo também decidiu abdicar de algumas reformulações planejadas sobre as pensões e de um possível aumento no imposto de renda.

Milei vem enfrentando obstáculos

Desde que assumiu a presidência da Argentina, Milei vem tentando passar o projeto de lei, e o capítulo removido representava um dos maiores obstáculos para a sua aprovação, que vem enfrentando uma caminhada complicada e polêmica.


Presidente da Argentina Javier Milei (Foto: reprodução/Instagram/@javiermilei)

De acordo com o Ministro da economia, com o capítulo fiscal fora do caminho, o projeto deve passar por uma linha de chegada no congresso argentino, onde o executivo chegou a um “consenso claro” sobre alguns dos pontos mais importantes do projeto de lei, que incluem medidas polêmicas, como a privatização de algumas empresas estatais.

Projeto deve ser votado na próxima terça-feira

Existe uma expectativa de que o projeto de lei seja votado já na próxima terça-feira (30) na Câmara dos Deputados, onde, depois de receber um primeiro parecer positivo, a oposição rejeitaria quase 200 reformas caso o governo não aceite as modificações.

Inicialmente chamada de “Lei Ônibus”, ela foi apresentada como uma solução para revolucionar o sistema econômico argentino, alterando centenas de leis e regulamentos vigentes. Foi complementada por um decreto de mais de 300 artigos com uma série de desregulamentações, a maioria das quais já foi parcialmente suspensa pelos tribunais e também deve receber uma consideração do congresso.

Desde que assumiu o cargo em dezembro do ano passado, Javier Milei tem tentado implementar medidas para conter a inflação do país, que chegou a 211% em 2023. No entanto, ele é dificultado pelo fato de seu partido não ter maioria na câmara de deputados.