Pobreza na Argentina cai, durante o governo Milei

Após o primeiro ano do governo de Javier Milei, a pobreza na Argentina teve uma queda de 3,6%, passando de 41,7%, deixado pelo governo anterior, para 38,1%, no governo atual. Essa queda na taxa da pobreza se deve a medidas tomadas pelo presidente argentino, como reformas econômicas, queda da inflação e estabilidade dos empregos. Nesse período a indigência também foi reduzida. Esses dados são celebrados pela administração atual, por mostrar um caminho para a redução sustentável da pobreza.

A queda da pobreza

O governo do atual presidente da Argentina, Javier Milei, que é caracterizado pela eliminação de controles, o ajuste do valor do dólar e das tarifas e também pela queda nos gastos, foi responsável por reduzir os índices de pobreza desde o último governo, de Alberto Fernández. Isso ocorreu por conta da queda da inflação, a melhoria da renda e de alguns setores econômicos e a uma maior estabilidade no emprego.

De acordo com a Pesquisa Permanente de Domicílios (EPH) do Indec, a pobreza encerrou o ano de 2024 em 38,1%. Essa porcentagem diz respeito à 17,9 milhões de pessoas pobres. No início do primeiro semestre desse ano o índice estava em 52,9%. No governo anterior, a pobreza estava em 41,7% (19,5 milhões de pessoas pobres), em um contexto de aumento de preços em mais de trinta anos e em que o trabalhador pobre estava se espalhando.


Sede do Indec, em Buenos Aires (Foto: reprodução/JUAN MABROMATA/AFP/Getty Images Embed)


Esses números nos dizem que há quase 1,6 milhão de pessoas que saíram da situação de pobreza, comparado com o final de 2023 e 7 milhões em comparação com o início de 2024.

O número de indigentes também caiu bastante, passando de 13,6% no primeiro semestre de 2024, e de 8,7% no final de 2023, para 6,4%, cerca de 3 milhões de pessoas.

A pobreza no país

Um pouco mais da metade das crianças entre 0 e 14 anos vivem uma situação de pobreza. Esse número é, mais especificamente, 51,9% (por volta de 5,7 milhões). Um ano atrás esse indicador era de 58,4%.

Os distritos em que estão registrados os maiores índices de pessoas pobres são, em ordem, Gran Resistencia, com 60,8%, Concordia, com 57,1%, Santiago del Estero-La Banda, com 48,6%, Formosa, com 46,2% e Grande Buenos Aires, com 42,1%.

Um comunicado do governo, quando os números do Indec foram revelados, comemorou essa grande queda dos índices de pobreza entre julho e dezembro do ano passado, onde destacam as reformas econômicas realizadas pelo presidente, Javier Milei.

A pobreza sem precedentes deixada pelo governo de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa, que chegou a um pico de 52,9% na medição do primeiro semestre de 2024, foi reduzida para 38,1% no segundo semestre, enquanto a indigência diminuiu de 18,1% para 8,2%, como efeito direto da luta contra a inflação liderada pelo presidente Javier Milei, além da estabilidade macroeconômica e da eliminação de restrições que durante anos limitaram o potencial econômico dos argentinos”, afirma o texto da Casa Rosada.


Javier Milei no Congresso Nacional de Buenos Aires (Foto: reprodução/LUIS ROBAYO/AFP/Getty Images Embed)


Eles ainda completaram, dizendo que esses indicadores refletem as políticas fracassadas do passado, que mergulharam os cidadãos argentinos na pobreza e miséria, enquanto propagavam a ideia de que estavam os ajudando. Eles afirmam que a liberdade econômica e a responsabilidade fiscal são o caminho para reduzir a pobreza a longo prazo.

Argentina: manifestantes pedem o fim da legalização do aborto

Neste sábado (29), manifestantes tomaram as ruas para exigir a criminalização do aborto na Argentina. O procedimento foi legalizado no país em 2020, há menos de quatro anos.

Com cartazes e símbolos, os participantes expressaram sua oposição à prática. Um deles segurava um cartaz com a mensagem “Ilegal, inseguro e caro”, enquanto outro exibia a imagem de médicos acompanhada da frase “Você estudou para curar, não caia na armadilha do aborto”. Além disso, muitos agitavam lenços azul-claro, símbolo do movimento antiaborto na América Latina.

A legalização do aborto na Argentina

A lei que legalizou o aborto foi sancionada em dezembro de 2020 pelo governo anterior, mas entrou em vigor somente no ano seguinte. Com a nova legislação, as mulheres podem interromper a gestação até a 14ª semana sem precisar justificar a decisão. O texto também garante o direito ao aborto em casos de estupro ou quando a gravidez representa risco à vida ou à saúde da gestante.


Rocío Bonacci, deputada argentina que assinou um projeto para revogar a Interrupção Voluntária da Gravidez (Foto: reprodução/CNN Brasil)

Projeto de lei para anular a legalização do aborto

Em 2024, deputados do partido do atual presidente, Javier Milei, encaminharam ao Congresso um projeto de lei visando revogar a legalização do aborto. O conteúdo enviado propunha o fim da interrupção voluntária da gestação e a prisão das mulheres que optassem por abortar. O texto sugeria que a pena para essas mulheres fosse de um a três anos de prisão, mas afirmava que, dependendo das circunstâncias, o Judiciário poderia decidir pela liberação das gestantes, levando em consideração os motivos que as levaram a interromper a gravidez.

Além disso, o documento propunha a prisão de indivíduos que realizassem abortos, mesmo com o consentimento da gestante. Esses profissionais poderiam enfrentar penas de um a quatro anos de prisão, com a possibilidade de aumento para até seis anos caso houvesse a morte da mulher. Médicos, cirurgiões, parteiras ou farmacêuticos que utilizassem seu conhecimento ou habilidades para realizar o aborto ou auxiliassem na prática ficariam proibidos de exercer suas funções, com a pena de prisão dobrada.

O projeto, assinado pela deputada Rocío Bonacci e apoiado por outros legisladores, busca descriminalizar o aborto apenas em casos onde haja ““evitar um perigo iminente para a vida da mãe, desde que o perigo não possa ser evitado por outros meios”.

O partido do atual presidente também retirou o financiamento para educação sexual, contracepção e pílulas abortivas. Segundo ele, as políticas relacionadas aos direitos reprodutivos eram “ridículas”, considerando a queda na taxa de natalidade nos países ocidentais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 5% e 13% das mortes maternas globalmente são causadas por abortos inseguros, e três em cada quatro abortos na América Latina acontecem de maneira insegura.

Confira as seleções que já estão classificadas para a Copa do Mundo de 2026 

A Copa do Mundo de 2026 promete ser histórica por conta de vários fatores. Esta será a primeira edição com 48 seleções, 16 a mais do que o número de participantes em relação a Copa de 2022, e esta será a primeira Copa que será realizada com três países-sede, Canadá, México e Estados Unidos. 

Países que já estão garantidos na Copa 

A Argentina, que venceu o Brasil por 4 a 1, já tinha garantido a vaga para a Copa do Mundo na rodada anterior das Eliminatórias, graças a um empate entre Bolívia e Uruguai. 

A seleção comandada por Lionel Scaloni, se junta a outras seis seleções que já estão classificadas para a próxima Copa do Mundo, que são: Canadá, México e Estados Unidos, que são os países-sede; Irã, Japão e Nova Zelândia. 

Datas da Copa do Mundo 

Em fevereiro de 2024, a Fifa divulgou que o jogo de abertura da competição acontecerá no dia 11 de junho, no estádio Azteca, na Cidade do México, e irá envolver o anfitrião mexicano. A fase de grupos vai até o dia 27 de junho. 

A primeira fase do mata-mata irá acontecer entre os dias 28 de junho e 3 de julho; as oitavas de final acontecerá nos dias 4,5,6 e 7 de julho; as quartas de final entre os dias 9, 10 e 11 de julho; e semifinais entre 14 e 15 de julho. 

A final está prevista para acontecer no dia 19 de julho, no Met Life Stadium, que fica em Nova Jersey, nos Estados Unidos. 


Taça da Copa do Mundo (Foto: Reprodução/X/FifaWorldCup)

Estádios que irão receber jogos 

No México, os estádios que receberão jogos da Copa do Mundo são: estádio Azteca, na Cidade do México e tem capacidade para 104 mil pessoas; estádio Akron, em Jalisco, e comporta 45 mil pessoas; e estádio BBVA, em Monterrey, que tem capacidade para 53.500 mil pessoas. 

Já o Canadá, receberá jogos em dois estádios, sendo eles: BMO Field, em Toronto, com capacidade para 27.980 mil pessoas; BC Place, em Vancouver, que comporta 54.500 mil pessoas. 

Os Estados Unidos receberão jogos em 11 estádios, que são: estádio Mercedez-Benz, em Atlanta, que comporta 71 mil pessoas; estádio Gillete, em Boston, que pode receber 64.628 mil pessoas; estádio AT&T, em Dallas, com capacidade para 80 mil pessoas; Lincoln Financial Field, na Filadélfia, que comporta 67.594 mil pessoas; estádio NGR, em Houston, capacidade para 72.220 mil pessoas; GEHA Field at Arrowhead, em Kansas City, capacidade para 74.616 mil pessoas; estádio SoFi, em Los Angeles, capacidade para 70.240 mil pessoas; estádio Hard Rock, em Miami, que comporta 65.326 mil pessoas; estádio Met Life, em Nova Jersey, que pode receber 82.500 mil pessoas; estádio Levi’s em São Francisco, capacidade para 68.500 mil pessoas; e Lumen Field, em Seattle, que comporta 68 mil pessoas. 

Brasil sofre a pior derrota nas Eliminatórias 

Nesta terça-feira (26), o Brasil perdeu de 4 a 1 para a Argentina, no Estádio Monumental de Nuñez, e esta foi o pior resultado da história da Seleção em eliminatórias para a Copa do Mundo. O resultado superou o 3 a 0 para o Chile, em 2000, que antes era o pior resultado da história. 

Pior derrota 

Esta é a primeira vez na história que o Brasil perde as duas partidas para a Argentina em uma disputa de eliminatórias. Além da goleada Monumental de Nuñez, a seleção foi derrotada por 1 a 0 no Maracanã em 2023. 

Desde 1964 o Brasil não perdia por pelo menos três gols de diferença para a Argentina. O pior resultado para os hermanos é um 6 a 1 em um amistoso que foi disputado em 1940. 

Tabela das eliminatórias para a Copa do Mundo 


Jogadores da Argentina e Brasil (Foto: Reprodução/Reuters/Rodrigo Valle)

Com a derrota, o Brasil perdeu a chance de se aproximar da próxima Copa e viu a Argentina chegar a 31 pontos e abrir dez pontos de vantagem na liderança das eliminatórias. Com isto, o Brasil caiu da segunda para a quarta colocação, sendo ultrapassado pelo Equador e Uruguai, que chegaram a 23 e 21 pontos, com vantagem no desempate. 

Vale relembrar que os seis primeiros colocados na tabela se classificam de forma direta para a Copa do Mundo. O sétimo lugar vai para a repescagem. A diferença do Brasil para a Venezuela, que está no sétimo lugar, é de seis pontos. 

Com mais quatro jogos válidos pelas Eliminatórias, o Brasil está em uma situação confortável e precisa de 50% de aproveitamento para conseguir a classificação e ir para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada no Canadá, México e Estados Unidos. 

Os próximos jogos do Brasil são: contra o Equador dia 05/06; o Paraguai dia 10/06; o Chile dia 04/09; e Bolívia dia 09/09. 

Raphinha provoca argentinos e o jornal “Marca” traça paralelo com polêmicas de Viní Jr

Raphinha colocou lenha na fogueira do clássico entre Brasil e Argentina ao prometer “porrada” nos rivais em entrevista a Romário. A declaração do astro do Barcelona antes do duelo das Eliminatórias em Buenos Aires não passou despercebida: o jornal espanhol Marca trouxe o caso em editorial, traçando um polêmico paralelo com as situações vividas por Vinicius Junior no futebol europeu.


Raphinha participa de podcast com Romário (Foto: reprodução/Instagram/@raphinha)

O jornalista Javier Amaro foi incisivo em sua análise: “Quando Lamine Yamal ri de Van der Vaart por criticá-lo, é ‘maturidade precoce’. Quando Raphinha diz que vai dar porrada na Argentina, é ‘ressentimento saudável’. Mas se Vini Jr diz algo parecido, vira ‘provocador’, ‘valentão’ ou ‘mau exemplo'”. A crítica explícita ao tratamento diferenciado dado aos atletas acendeu o debate nas redes sociais às vésperas do confronto no Monumental de Núñez.

Clássico chega com clima de guerra e histórico desfavorável ao Brasil

O duelo desta terça-feira (21h, horário de Brasília) representa mais do que três pontos nas Eliminatórias – é uma chance de o Brasil (3º) se reerguer após campanha irregular. Com sete pontos a menos que a líder Argentina, a Seleção precisa quebrar um jejum preocupante: desde 2019 não vence os rivais, sequência que inclui a derrota na final da Copa América-2021.


Raphinha com Romário (Foto: reprodução/Instagram/@raphinha)

A postura combativa de Raphinha reflete a mudança de perfil da equipe brasileira pós-Copa do Qatar. Enquanto na Argentina o jornal Olé mobilizou a torcida com a manchete “Vocês já sabem o que deve ser feito”, no Brasil cresce a expectativa para ver se o discurso inflamado do atacante se converterá em desempenho em campo.

Duplo padrão? O debate que transcende o futebol

A análise do Marca vai além das quatro linhas, questionando padrões narrativos no tratamento de jogadores. “Espero que não aconteça nada no Monumental, mas rir das piadas de quem inflama um clima já acalorado não é boa ideia”, alertou Amaro, igualando a situação de Raphinha à de Vinicius.

O caso expõe uma contradição do futebol moderno: enquanto alguns jogadores são celebrados por sua “paixão”, outros são crucificados por gestos similares. Raphinha, que assumiu o protagonismo na Seleção na ausência de Neymar, agora vive seu primeiro grande teste como figura central – dentro e fora de campo em um dos clássicos mais acirrados do planeta. Seu desempenho pode silenciar críticos ou alimentar ainda mais a polêmica.

Governo Javier Milei remove sigilo de arquivos da ditadura na Argentina

O governo do presidente Javier Milei anunciou nesta segunda-feira (24) a retirada do sigilo de documentos relacionados à ditadura (1976-1983). A decisão permitirá o acesso a arquivos históricos mantidos sob sigilo por órgãos de inteligência e militares, promovendo um novo capítulo no debate sobre memória e direitos humanos no país.

Segundo o site CNN Brasil, o escritório da Presidência informou que, “esta administração sustentará que o que aconteceu no passado deve ficar nos arquivos da história e não mais na Inteligência do Estado, pondo um fim na intransparência que envolveu os documentos durante décadas e tornando disponíveis à sociedade”.

Mês que é lembrado Golpe das Forças Armadas

Ainda segundo nota da administração federal, reconhecer o passado e a ter a liberdade de discuti-lo, são condições fundamentais para “construir um futuro onde a história seja história e  não somente uma narrativa política e partidária”.

Vale lembrar que nesta última segunda-feira (24), foi relembrado na Argentina a data dos 49 anos do golpe das Forças Armadas de 1976, período que também é comemorado o Dia Nacional em Memória da Verdade e da Justiça. E conclui a nota dizendo que: “ em uma data como esta, os argentinos devem valorizar a paz que foi alcançada pela democracia e ainda reafirmar os compromissos com a celebração integral, e sem omitir ou distorcer políticas”.


Vídeo matéria sobre sigilo suspenso na Argentina ( Vídeo: reprodução/ Youtube @uol)

Visão da Casa Rosada

Já segundo informações do jornal Metrópole, a decisão do governo foi recebida com críticas e apoio de diferentes setores. Setores da sociedade civil e alguns grupos de direitos humanos,  como as Mães e Avós da Praça de Maio questionam a administração de promover revisionismo histórico e de buscar equivalência entre a repressão do estado e ações de grupos armados, conhecida como “ teoria dos dois demônios”. Os argumentos na Casa Rosada são de que: “ é preciso ampliar a transparência e garantir uma memória completa” sobre esse período.

Brasil enfrenta Argentina no Monumental de Núñez em clima quente pelas Eliminatórias

Brasil e Argentina voltam a se enfrentar nesta terça-feira (25), às 21h (de Brasília), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O clássico carrega uma rivalidade centenária, mas chega, desta vez, envolto em provocações, desfalques importantes e um cenário que pode definir o futuro das seleções na competição.

A TV Globo transmitirá a partida, com Luis Roberto na narração e comentários de Júnior e Roger Flores. No sportv, Luiz Carlos Júnior comanda a transmissão ao lado de Lédio Carmona e Ricardinho. O duelo será o primeiro em duas décadas sem a presença de Lionel Messi ou Neymar, deixando a responsabilidade ofensiva nas mãos de novos protagonistas.

Com o estádio completamente lotado, os argentinos entram em campo embalados por uma vitória sobre o Uruguai e lideram as Eliminatórias com 28 pontos. Dependendo do resultado do confronto entre Bolívia e Uruguai, que ocorre às 17h, a Albiceleste pode garantir matematicamente a vaga no Mundial antes mesmo do apito inicial contra o Brasil. Um simples empate já confirma a classificação, independentemente dos outros jogos da rodada.

Já a Seleção Brasileira, sob o comando de Dorival Júnior, busca estabilidade e um desempenho mais convincente. Atualmente, ocupa a terceira posição, com 21 pontos, e vem de uma suada vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, conquistada nos acréscimos. Além disso, tenta quebrar um longo jejum de vitórias em solo argentino, que já dura 16 anos.

Provocações esquentam os ânimos antes do clássico

A rivalidade entre Brasil e Argentina ultrapassa as quatro linhas, e as declarações do atacante Raphinha adicionaram ainda mais combustível à tensão. Durante entrevista ao ex-jogador Romário, o camisa 11 da Seleção Brasileira afirmou que está pronto para um duelo físico e prometeu marcar um gol. “Porrada neles. No campo e fora, se tiver que ser!”, declarou o jogador do Barcelona, incendiando ainda mais o clássico.


Raphinha durante entrevista ao ex-jogador Romário (Vídeo: reprodução/Instagram/@romariotv_oficial)


A imprensa argentina repercutiu rapidamente a fala do brasileiro. O jornal “Olé” destacou a declaração como uma “áspera promessa”, enquanto veículos como “TyC Sports” e “El Gráfico” deram grande visibilidade ao tom desafiador de Raphinha.

A provocação chegou até a Federação Argentina de Futebol (AFA), que publicou um vídeo em tom de resposta ao brasileiro, utilizando a trilha sonora do filme “Jogos Vorazes” e exibindo momentos em que os argentinos superaram a Seleção Brasileira em campo. A legenda da publicação alfinetava: “Coisas estranhas aconteceram aqui”.


Federação Argentina em resposta a declaração de Raphinha (Vídeo: reprodução/Instagram/@afaseleccionen)


O clima quente entre os jogadores também remete a episódios anteriores. Em 2021, Raphinha foi atingido por uma cotovelada de Otamendi durante um clássico disputado em território argentino. O lance passou despercebido pela arbitragem, e o brasileiro precisou levar cinco pontos na boca. Agora, ele retorna ao país com ainda mais motivação para buscar a vitória.

Provável escalação do Brasil

Para a partida, o técnico Dorival Júnior promoverá mudanças significativas na escalação do Brasil. Sem Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães, suspensos, além de Gerson, lesionado, a equipe contará com Murillo, André e Joelinton como substitutos.

Outra baixa importante é a do goleiro Alisson, que sofreu um choque na cabeça no último jogo e não poderá atuar devido ao protocolo de concussão. Bento assumirá a posição. Além dessas alterações forçadas, Dorival optou por escalar Wesley na lateral-direita e Matheus Cunha no ataque.

  • Provável escalação do Brasil: Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana; André, Joelinton e Raphinha; Vini Jr., Rodrygo e Matheus Cunha.
  • Desfalques: Ederson, Danilo, Neymar e Gerson (lesionados), Alisson (protocolo de concussão), Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães (suspensos).
  • Pendurados: André, Joelinton, Matheus Cunha, Raphinha, Rodrygo e Vini Jr.

Provável escalação do Brasil contra a Argentina (Foto: reprodução/X/@TNTSportsBR)

Provável escalação da Argentina

A Argentina também chega com baixas relevantes. Messi e Lautaro Martínez estão fora por lesão, e Nicolás González cumpre suspensão. No entanto, a equipe comandada por Lionel Scaloni contará com o retorno de Rodrigo De Paul, recuperado de um desconforto muscular. O meio-campista deve substituir Giuliano Simeone, enquanto o restante da equipe será mantido.

  • Provável escalação da Argentina: Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Tagliafico; Rodrigo De Paul, Leandro Paredes, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister; Thiago Almada e Julián Álvarez.
  • Desfalques: Messi, Lautaro Martínez (lesionados) e Nicolás González (suspenso).

Arbitragem

O desempenho da arbitragem será um fator determinante no clássico. Jogos entre Brasil e Argentina costumam ser marcados por intensidade e entradas duras, o que exigirá atenção especial do árbitro Andres Rojas.

A escolha de um trio colombiano para conduzir a partida gerou repercussões entre torcedores e especialistas, que esperam um critério equilibrado diante da forte rivalidade. O árbitro será auxiliado por Alexander Guzman e Richard Ortíz, enquanto Carlos Betancur atuará como quarto árbitro. No comando do VAR, John Perdomo terá a responsabilidade de intervir em lances polêmicos e garantir que o duelo seja decidido dentro das quatro linhas.

Scaloni cita Messi e Neymar ao comentar fala de Raphinha

O clássico entre Brasil e Argentina sempre desperta tensão, tanto dentro quanto fora de campo. Desta vez, a controvérsia começou antes mesmo do início do jogo.

Durante uma entrevista à TV Romário, o atacante Raphinha, jogador do Barcelona e da seleção brasileira, foi questionado pelo ex-jogador sobre as chances de vencer a Argentina. Com um tom descontraído, Romário provocou: “Porrada neles?”. Sem hesitar, o atleta respondeu de forma enfática: “Porrada neles. Sem dúvida. Porrada neles! Dentro de campo e fora, se for necessário!”.

A declaração rapidamente ganhou repercussão, gerando discussões sobre os limites da rivalidade entre as seleções sul-americanas. A fala do camisa 11 dividiu opiniões entre torcedores e comentaristas, que debateram se aquilo representava apenas entusiasmo competitivo ou um exagero fora de lugar.


Raphinha causa polêmica após conversa com Romário em seu podcast (Vídeo: Reprodução/YouTube/UOL Sports)

Scaloni prega paz e relembra Messi e Neymar

Diante da recente polêmica, Lionel Scaloni, técnico da seleção argentina, foi questionado acerca das declarações de Raphinha. Em vez de intensificar a rivalidade com comentários provocativos, o treinador preferiu adotar um tom conciliador. Para ele, o clássico entre as equipes deve ser marcado por intensidade, mas sempre respeitando os limites da esportividade.

Ele ressaltou que o futebol deve ser tratado com sensatez: “É um jogo, e não podemos perder essa perspectiva. A imagem de Messi e Neymar abraçados após uma final é algo que guardo na memória. Isso é o verdadeiro espírito do futebol. Rivalidade é válida, mas sempre com respeito”, destacou Scaloni.

O técnico se referia à final da Copa América de 2021, quando Messi e Neymar se encontraram ainda no gramado, após o título argentino, compartilhando um momento de amizade e respeito mútuo. Para Scaloni, essa cena deve servir como exemplo para jogadores e torcedores, reafirmando que é possível cultivar a rivalidade sem alimentar qualquer forma de violência.

Argentina se prepara sem Messi

Além das controvérsias recentes, Scaloni também abordou a ausência de Lionel Messi, que é desfalque da seleção argentina nesta data Fifa. O técnico enfatizou que a equipe já aprendeu a se adaptar sem seu maior craque e ressaltou que o elenco conta com jogadores de alto nível capazes de manter o desempenho competitivo.

Quando Messi não está disponível, é necessário encontrar formas de jogar sem ele. Felizmente, temos atletas de grande qualidade que sabem cumprir esse papel perfeitamente na sua ausência, analisou o treinador.

Scaloni ainda projetou um confronto equilibrado contra o Brasil, semelhante ao duelo travado com o Uruguai na última partida. Com relação à escalação, ele adiantou que a base da equipe seguirá praticamente a mesma, com o retorno de Rodrigo De Paul sendo uma das poucas alterações previstas.

Em meio aos bastidores carregados de tensão, Brasil e Argentina entram em campo para mais um capítulo dessa histórica rivalidade. Resta aguardar se o clima de harmonia pregado por Scaloni será mantido durante a partida.


Seleção Brasileira terá mudanças na escalação para jogo contra a Argentina

O técnico Dorival Júnior anunciou que fará seis alterações na equipe titular da Seleção Brasileira para o confronto contra a Argentina, nesta terça-feira (25), em Buenos Aires, às 21h (horário de Brasília). Além das mudanças necessárias no gol, na defesa e no meio-campo, ele também optará por alterações na lateral-direita e no ataque. Wesley e Matheus Cunha começarão a partida como titulares.

Mudanças confirmadas

Dorival confirmou pessoalmente as modificações, escolhendo Wesley para substituir Vanderson na lateral-direita e Matheus Cunha no ataque, no lugar de João Pedro. Cunha também disputava a posição com Savinho, que chegou a ser testado entre os titulares durante o treino de domingo.

“Matheus tem liberdade para se movimentar, ora como atacante, ora como meia-atacante, junto com Vini Jr. A forma como ele atuará dependerá muito da postura da Argentina em campo.”, explicou Dorival, justificando a escolha do atacante para iniciar a partida.

Sobre a mudança na lateral, o treinador destacou a evolução de Wesley e elogiou a atuação de Vanderson na última partida, contra a Colômbia.

“O Wesley está em um processo de crescimento. O Vanderson fez um ótimo jogo, enfrentou um dos jogadores mais perigosos do futebol mundial e teve uma atuação importante. Mas quando o Wesley entrou, conseguimos um pouco mais de intensidade, até porque Vanderson já estava desgastado. Espero que Wesley mantenha o bom nível que vem apresentando no Flamengo.”, afirmou o técnico.


Wesley, lateral direito do Clube de Regatas do Flamengo (Foto: reprodução/X/@FabrizioRomano)

Time provável

Com essas alterações, a provável escalação do Brasil para enfrentar a Argentina será: Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana; André, Joelinton e Rodrygo; Raphinha, Matheus Cunha e Vini Jr.

Dorival concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (24), pouco antes de comandar o último treino preparatório no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Durante a preparação na capital federal, a Seleção realizou seis treinamentos, embora apenas cinco tenham contado com o elenco completo.

No primeiro dia de concentração, apenas metade dos jogadores participou das atividades. Além disso, ao longo da preparação, a equipe teve mudanças no elenco devido a cortes e suspensões. Com as ausências de Alisson e Gerson, além das suspensões de Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães, Dorival convocou Weverton, Beraldo, João Gomes e Éderson para repor as baixas. Os quatro novos convocados se integraram ao grupo apenas no sábado.

Brasil e Argentina não terá presença de Neymar e Messi após 20 anos

Já faz muito tempo que Brasil e Argentina se enfrentaram sem as presenças de Messi e Neymar em campo. O dia 29 de junho de 2005 foi a última vez que os torcedores não puderam ver ao menos um dos craques em campo. Isso irá acontecer novamente. No próximo jogo das seleções nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na próxima terça-feira (25), nem Messi, nem Neymar estarão em campo.

Desde 2005

De 2005 até agora, foram 20 embates entre as seleções. No entanto, desses 20, somente cinco contaram com a presença de Neymar e Messi em campo. Apesar disso, nas outras ocasiões, pelo menos um dos craques esteve disponível para o jogo. Quase 20 anos depois, essa escrita será quebrada. Ambos estão fora devido a lesões na coxa esquerda.

A última partida que não contou com ao menos um dos jogadores em campo foi memorável para o Brasil: foi a final da Copa das Confederações de 2005, quando a seleção brasileira goleou o adversário pelo placar de 4 a 1 para sagrar-se campeã do torneio. Na época, o Brasil contava com o chamado “quadrado mágico”, quarteto composto por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Adriano.


Messi comemora gol com Suárez pelo Inter Miami( Foto: Reprodução/Instagram/@leomessi)

Brasil x Argentina – confrontos desde 2005:

  • Jogos com Messi e Neymar: 5 partidas — 2 vitórias brasileiras, 3 argentinas, 8 gols para o Brasil e 6 para a Argentina.
  • Jogos com apenas Messi: 9 partidas — 4 vitórias do Brasil, 3 da Argentina e 2 empates (11 gols brasileiros e 4 argentinos).
  • Jogos com apenas Neymar: 6 partidas — 4 vitórias do Brasil, 1 da Argentina e 1 empate (9 gols a 4 a favor do Brasil).

O número poderia ser ainda maior. Em setembro de 2021, Messi e Neymar chegaram a entrar em campo na Neo Química Arena durante a pandemia de Covid-19, mas o jogo ficou famoso pelo incidente envolvendo a Anvisa. A partida foi interrompida ainda aos quatro minutos e posteriormente anulada pela Fifa.

A última partida com Messi e Neymar

Se a última vez que Brasil e Argentina se enfrentaram sem os dois jogadores foi memorável para o Brasil, a última partida na qual os dois estiveram disponíveis foi boa para os argentinos. O confronto foi na final da Copa América de 2021, no Maracanã, no qual o time comandado por Messi superou Neymar e companhia para conquistar o primeiro título do craque argentino por sua seleção.


Neymar Jr. em campo pelo Santos (Foto: Reprodução/Instagram/@neymarjr)

Agora, com Neymar fora, Rodrygo assume a responsabilidade de vestir a camisa 10 mais uma vez. Do lado argentino, Ángel Correa, que costuma ser reserva, herdará o número simbólico do craque argentino.