Benjamin Netanyahu ordena ataques à Faixa de Gaza rompendo cessar-fogo

Nesta terça-feira (28), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mandou que o Exército israelense voltasse a atacar a Faixa de Gaza. Essa ordem veio por conta de acusações mútuas entre Israel e o Hamas por quebra do cessar-fogo.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) também falaram que, após uma avaliação do ministro da Defesa, Israel Katz, foi aprovado o fim do cessar-fogo. O Exército israelense recebeu ordem para retomar os ataques ao grupo terrorista Hamas nas comunidades próximas à Faixa de Gaza. Segundo Netanyahu, a decisão foi tomada após consultas de segurança.

Decisão de Netanyahu pelo fim do cessar-fogo

O fim do cessar-fogo veio em meio às tensões e acusações mútuas entre Israel e o Hamas, isso porque, após o grupo terrorista entregar restos mortais de um refém israelense já devolvido a Israel anteriormente, a ação foi considerada uma violação do acordo por Netanyahu. Já o Hamas afirma que está comprometido com o cessar-fogo, mas que os ataques de Israel iriam atrasar a busca e recuperação dos corpos de reféns.


Informações sobre a volta do ataque à Faixa de Gaza pela IDF (Foto: reprodução/X/@IDF)

O Hamas havia anunciado que entregaria o corpo de outro refém israelense. Porém, com esse fim do cessar-fogo por parte de Israel, torna-se incerto o andamento das próximas devoluções A entrega de reféns israelenses e prisioneiros palestinos ocorria em um cumprimento à primeira fase do acordo, mas a continuidade da segunda etapa está em dúvida após a retomada dos ataques. Os ataques violam o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, que é o presidente do Conselho.

Acordo de cessar-fogo

O acordo, mediado pelos EUA, tinha como objetivos um cessar-fogo e a troca de reféns entre os dois. Israel concordou em libertar 250 presos condenados por motivos de segurança, além de 1.700 adultos e 22 menores detidos em Gaza durante o conflito. Em contrapartida, o Hamas deveria devolver 20 reféns vivos e 28 corpos.


Imagem do ministro de Defesa de Israel, Israel Katz (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Chip Somodevilla)

O Hamas devolveu os reféns vivos, mas ficaram faltando 13 corpos a serem entregues. Porém, com as tensões altas entre os países, Netanyahu ordenou o fim do cessar-fogo e o Exército israelense voltou a atacar a Faixa de Gaza. Até o momento, os Estados Unidos e outros países ainda não comentaram sobre a quebra do acordo. Agora, um novo entendimento é necessário para garantir a recuperação dos corpos e restabelecer a estabilidade na região.

Grupo Hamas reitera acordo de paz em Gaza, mas primeiro-ministro de Israel mantém exigência rígida

Grupo Palestino Hamas reiterou nesta quarta feita (3) sua disposição para cumprir com o acordo abrangente na Faixa de Gaza, que incluiria a libertação de todos os cidadãos israelenses presos, em troca o Hamas solicita a soltura dos prisioneiros palestinos detidos em Israel. A declaração ocorre em meio a um cenário de impasse diplomático e militar, marcado por pressões de líderes internacionais e exigências conflitantes entre as partes envolvidas no conflito.

Pressão internacional

A decisão do grupo palestino veio logo após o pronunciamento do presidente norte-americano, Donald Trump, em cobrar publicamente a libertação dos cerca de 20 reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza. Em resposta, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desqualificou a proposta, classificando-a como uma repetição de promessas sem avanços concretos. Para o primeiro-ministro israelense, o conflito na região só pode ser considerada encerrada se todos os reféns forem libertos, o Hamas for desarmado, a Faixa de Gaza for desmilitarizada do poder de fogo e uma nova administração civil for estabelecida na região sob rígido controle de segurança de Israel.

As negociações entre os dois lados vêm sendo marcadas por idas e vindas. Em agosto, o Hamas aceitou uma proposta de cessar-fogo mediada por atores regionais, que previa a suspensão de operações militares israelenses por 60 dias e a libertação parcial de reféns e prisioneiros. A proposta do acordo estabelece um esboço para futuras negociações de paz mais amplas entre as nações, visando encerrar o conflito que já se estende por quase dois anos. No entanto, a implementação das medidas encontrou resistência em postos-chaves, especialmente no que diz respeito às condições impostas por Israel para garantir sua segurança.


Palestinos detidos na fronteira entre Israel e Gaza, após serem detidos por forças israelenses que operavam na faixa de Gaza (Foto: reprodução/David Furst/Getty Images Embed)


Apesar das dificuldades, a diplomacia internacionais de países como o Egito e o Catar, continuam buscando métodos para uma ação diplomáticas que permitam avanço na construção de um acordo definitivo na região. A pressão de líderes da comunidade internacional de segurança e paz também tem aumentado, sobretudo diante do impacto humanitário da guerra sobre a população civil da Faixa de Gaza, que enfrenta escassez de alimentos de recursos de assistência básica, deslocamentos em massa da população e destruição de infraestrutura social.

Negociação diplomática

O desenrolar dos próximos dias será crucial para chegar a um acordo definir se as declarações recentes resultarão em avanços concretos ou se permanecerão apenas como movimentos estratégicos de retórica. Diante da pressão de potências globais e a mediação de países árabes na região, existem a possibilidade de uma trégua no conflito entre as duas nações ou de um acordo abrangente ainda não está descartada, mas depende diretamente da disposição das lideranças em abrir mão de posições rígidas em favor de um consenso que possa oferecer estabilidade à região e esperança às populações afetadas.

A postura do Hamas em reafirmar abertura para um pacto total e a resposta negativa de Israel revelam a complexidade das negociações. Enquanto o grupo palestino tenta manter o foco na troca de prisioneiros, o governo israelense insiste em condições estruturais de segurança e governança como pré-requisito para encerrar a ofensiva militar. Nesse cenário, o futuro das tratativas depende da capacidade de ambas as partes em flexibilizar exigências e encontrar um terreno comum que permita, ao menos, aliviar as tensões e abrir caminho para uma solução duradoura.

Trump planeja reunião para decidir futuro da Faixa de Gaza

Na última quarta-feira (27), o presidente americano, Donald Trump, liderou uma reunião que pautava os planos futuros para a Faixa de Gaza após o hipotético fim da guerra entre Israel e o Hamas. Além do chefe da Casa Branca, estavam presentes o ministro das Relações Exteriores israelense, Gidenon Sa’ar, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio. 

A motivação do encontro teria sido adiada pelo enviado especial americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que prometeu uma finalização da guerra “de um jeito ou de outro”. Witkoff ainda declarou que o planejamento do futuro de Gaza deve ser traçado nesta quinta-feira (28). 

A motivação do encontro teria sido adiada pelo enviado especial americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que prometeu uma finalização da guerra “de um jeito ou de outro”. Witkoff ainda declarou que o planejamento do futuro de Gaza deve ser traçado nesta quinta-feira (28). 

Impasse nas tratativas de resolução da guerra

A reunião da última quarta-feira (27) durou aproximadamente uma hora e foi considerada positiva para ambos os lados. Apesar disso, o ministro das Relações Exteriores israelense, Gidenon Sa’ar, negou o reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Israel, revelando o pensamento da improvável existência de duas nações no território. 


Civis palestinos lutam contra a fome durante a guerra na Faixa de Gaza. (Foto: Reprodução/AFP/Getty Images embed)


Além disso, Egito e Catar redigiram uma proposta de cessar-fogo, na qual foi aceita pelo Hamas no último dia 18 de agosto, no entanto, Israel segue sem dar resposta sobre a tentativa de trégua no conflito. Esse plano, ainda não assinado por Benjamin Netanyahu, prevê uma paralisação da guerra por 60 dias, liberação de reféns,  além da retirada das tropas israelenses do território de Gaza.

Apesar disso, Netanyahu segue ordenando a evacuação dos palestinos na Faixa de Gaza, utilizando-se do uso de bombas e tanques militares que intimidam a população do território. Para o chefe do Estado de Israel, a cidade serve como esconderijo para os membros do Hamas, afirmação negada pelas autoridades palestinas. 

Histórico do conflito

Em 1947 a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação do  Estado de Israel em área na qual pertencia à Palestina, com o intuito de solucionar o antissemitismo. Assim, a partir de 1948, a região foi dividida em dois Estados, um judeu, pertencente à Israel e um árebe, pertencente à Palestina

A configuração proposta pela ONU gerou uma série de conflitos históricos entre os dois povos, com a ocupação de judeus em áreas que, inicialmente, deveriam pertencer aos palestinos.

Até o fechamento desta reportagem, desde o início do conflito entre Israel X Hamas em 2023, mais de 62 mil habitantes da Faixa de Gaza foram mortos. Além dos homens mortos em combate há também situações em que mulheres, crianças e idosos, sofrem pelos desdobramentos da guerra com a falta de suprimentos básicos como água e alimento agravam a situação dos civis que permanecem no território. 

Tel Aviv reúne multidão contra plano de ocupação da Cidade de Gaza

Uma manifestação tomou as ruas de Tel Aviv neste sábado (7) para protestar contra o plano de Benjamin Netanyahu de ocupar a Cidade de Gaza. A princípio, a decisão do gabinete de segurança, anunciada um dia antes, amplia as operações militares no território palestino, apesar dos alertas das Forças Armadas e oposição popular.

De acordo com organizadores, mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação, exigindo o cessar imediato da campanha militar e a libertação de reféns. A maioria dos israelenses apoia o fim da guerra para resgatar cerca de 50 reféns em Gaza. Em contrapartida, as autoridades acreditam que apenas 20 pessoas estejam vivas.

Cenário de guerra versus cessar-fogo

Diante do cenário atual, Israel passa por constantes críticas dentro e fora de seu território, o que ocasionou entrar na mira de aliados europeus após a ampliação do conflito. Ainda assim, negociações diplomáticas possibilitaram a libertação da maioria dos reféns, mas tentativas de cessar-fogo falharam em julho.

Em meio às tensões, manifestantes exibiram bandeiras de Israel, fotos de reféns e cartazes contra Netanyahu. Além disso, alguns cobraram uma ação de Donald Trump, enquanto outros denunciaram inúmeras mortes de civis palestinos.


Manifestação pró-Palestina na Baía de Sydney, Austrália (Vídeo: reprodução/YouTube/Euro News)

Reações internacionais e riscos

Donald Trump acusou o Irã de interferir em negociações de cessar-fogo ao enviar sinais ao Hamas. Além da acusação feita pelo americano, a Alemanha se pronunciou através do ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul. Este reforçou o apelo por trégua imediata, o que acarreta pressão global sobre Israel. Netanyahu afirmou que Israel não pretende governar Gaza permanentemente. Segundo o primeiro-ministro, o objetivo é criar um perímetro de segurança e entregar o controle às forças árabes, excluindo o Hamas e a Autoridade Palestina.

O apoio internacional à causa palestina tem sido crescente, mas o intenso conflito de Israel pode trazer consequências como um isolamento diplomático e travar a comunidade internacional que busca alternativas diplomáticas para conter a contínua violência no Oriente Médio.

Netanyahu obtém aval para controlar a principal região de Gaza

Foi aprovado pelo Gabinete de Segurança de Israel, nesta sexta-feira (8), horário local, o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para tomar o controle da Cidade de Gaza, a maior cidade do enclave palestino, ampliando as operações militares na região. A reunião durou quase 10 horas e teve decisão favorável a Netanyahu. 

A estratégia de intensificar a pressão sobre o grupo Hamas, apontado por Israel como responsável por manter reféns e prolongar o conflito, se concentrará na região urbana mais povoada do território, com as Forças de Defesa de Israel (IDF) comandando a operação.

A proposta

Em entrevista à estadunidense “Fox News”, Benjamin Netanyahu afirmou que a intenção de Israel não é governar Gaza de forma permanente. Segundo o primeiro-ministro, o objetivo é estabelecer um perímetro de segurança e, posteriormente, entregar o controle do território as forças árabes que “governariam adequadamente”. Para Netanyahu, nem o Hamas nem a Autoridade Palestina, administrará a região. 


Detalhamento do plano de Benjamin Netanyahu aprovado pelo Gabinete de Segurança de Israel (Foto: reprodução/X/@IsraeliPM)



O plano de Netanyahu gerou críticas e foi visto por muitos especialistas como uma tentativa indireta de ocupar o território palestino, sinalizando que não haverá retirada das forças de segurança de Israel da região e nem um cessar-fogo no enclave.

Reação internacional

A Comunidade Internacional  recebeu o plano de Benjamin Netanyahu com preocupação. A proposta de entregar o controle de Gaza às forças árabes ainda necessita de respaldo, uma vez que não há clareza sobre quais países participariam desse esforço e sob quais condições. Além disso, tanto os EUA quanto a ONU já haviam rejeitado propostas anteriores semelhantes, indicando a falta de consenso sobre uma solução viável para um pós-conflito.


Críticas e rejeição do escritório de Direitos Humanos da ONU sobre o plano de Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/X/@UNHumanRights)

Conforme especialistas, o plano de Netanyahu ignora a Autoridade Palestina como gestora da Faixa de Gaza, uma vez que a Autoridade é reconhecida internacionalmente como representante legítima dos palestinos. 

Para muitos analistas, isso evidencia a tentativa do atual governo israelense de moldar a governança do enclave segundo seus próprios interesses de segurança, sem dialogar com lideranças palestinas responsáveis pela região. Assim sendo, a ocupação da Cidade de Gaza não apenas eleva o risco de novos confrontos, mas também reforça a fragmentação política no território palestino

Resposta do Hamas

O grupo Hamas reagiu duramente ao plano israelense, chamando a proposta de um “golpe” que mina as negociações em curso e coloca em risco a vida dos reféns. Em comunicado oficial, o grupo acusou Benjamin Netanyahu de usar os civis e os reféns como peças políticas para manter-se no poder.

O jogo de narrativas entre Israel e o grupo Hamas alimenta ainda mais o impasse diplomático e aprofunda a desconfiança mútua entre as partes envolvidas, aumentando a escalada do conflito na Faixa de Gaza, iniciado há quase dois anos.

Crise humanitária

Com a crise humanitária no enclave agravando-se sobremaneira, a escassez de alimentos e suprimentos necessários para a sobrevivência aumenta com o passar dos dias, mesmo com a pausa de ajuda humanitária. A disputa por alimentos na região tem deflagrado conflitos entre civis e forças militares.


Crise humanitária na Faixa de Gaza, pessoas em busca de alimentos, em 30 de julho de 2025 (Fotos: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


A aprovação do plano de Benjamin Netanyahu ocorre em meio ao colapso das negociações com o grupo Hamas, o qual, recentemente, divulgou vídeos mostrando reféns israelenses em estado de desnutrição e fragilidade, gerando protestos por parte das famílias e da comunidade internacional. Vale ressaltar que conforme o exército de Israel avança, o deslocamento interno no enclave se intensifica. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 1,9 milhão de pessoas deslocaram-se dentro do território palestino desde o início do conflito em 2023.

Entram em Gaza caminhões de comida em pausa humanitária

Nesta segunda-feira(28), vários caminhões chegaram com ajuda na Faixa de Gaza. Após uma pausa humanitária ser estabelecida por Israel, para resolver o problema da fome em massa que ocorre com os palestinos. Conforme a Cruz egípcia, foram enviados cerca de 135 veículos com 1.500 toneladas de ajuda ao local em questão, além de terem enviado itens de Higiene Pessoal e ajuda para Gaza.

Atividades suspensas conforme situação em Gaza

Segundo informações do Exército israelense, serão suspensas as atividades militares em Gaza diariamente das 10h até as 20h no horário local de 4h até as 14h em Brasília. A espera um novo aviso em Al Mawasi, no Sul, em Deir balah, e ao norte na cidade de Gaza, estarão ativas rotas de apoio seguras para os comboios que levarão a comida para acabar com essa situação na localidade em questão. O secretário da ONU falou que tudo isso é um show de horrores, já o governo de Netanyahu falou nesta segunda que “Não há fome ou política de fome em Gaza”.

A Guerra entre Israel e Palestina, começou em 2023 no dia 7 de outubro, quando um ataque terrorista do Hamas matou 1.200 israelenses em solo do país, além de ter tido 251 pessoas reféns para Gaza, a partir dai houve uma ofensiva do país de Benjamin Netanyahu matando quase 60 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, conforme os dados informados pelas autoridades de saúde locais chancelados pela ONU, reduzindo grande parte do enclave a escombros deslocando quase toda a população.


Soldado verificando ajuda humanitária (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)


Crise humanitária em Gaza

Nas últimas semanas, vários moradores do enclave, faleceram por desnutrição, conforme o ministério da saúde do território informou, eles informaram ainda que desde quando o conflito se iniciou, já morreram 127 pessoas por conta de desnutrição, entre elas 85 crianças. No sábado uma bebê de cinco meses, Zainab Abu Haleeb morreu por falta de alimentação conforme o indicado por profissionais da área, em vídeo divulgado pelo Reuters na quinta-feira crianças da Palestina estariam lidando com essa questão constantemente.

Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, disse na quinta-feira (24) “que as pessoas que vivem na Palestina, estão como cadáveres ambulantes“, conforme ele informou que um colega disse sobre essa questão, comentando sobre essa situação toda. Foi divulgado pelo crescente exercito egípcio, que neste domingo seria enviado 1.200 toneladas de ajuda alimentar para Gaza.

Papa alerta para fome em Gaza após trégua de Israel

O Papa Leão XIV alertou neste domingo (27) para a grave crise humanitária em Gaza, onde a população enfrenta fome extrema devido à guerra e à falta de ajuda. Durante a oração do Angelus, o pontífice pediu um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns e o respeito às leis que protegem civis em conflitos armados.

Israel anuncia pausa militar e mais ajuda a Gaza

Israel anunciou neste domingo que vai interromper as operações militares por 10 horas diárias em partes de Gaza para facilitar a entrada de ajuda humanitária. A decisão ocorre em meio a uma crise severa. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 127 pessoas já morreram de desnutrição desde o começo da guerra, incluindo 85 crianças. Nas últimas semanas, dezenas de moradores perderam a vida por falta de comida.

Apesar da situação, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse em um evento em Jerusalém que não há uma política de fome em Gaza.

Na semana passada, grupos de ajuda humanitária alertaram que os 2,2 milhões de moradores de Gaza enfrentam fome generalizada. O cenário aumenta a preocupação internacional com a grave crise humanitária na região.


Papa Leão XIV comenta sobre a fome em Gaza e pede um cessar-fogo (Foto: reprodução/X/@Pontifex_pt)

Netanyahu nega fome enquanto crise se agrava

A ONU afirmou na semana passada que pausas nas ações militares poderiam ajudar a ampliar o envio de ajuda humanitária. Segundo a organização, Israel não tem oferecido rotas alternativas suficientes para os comboios, o que dificulta o acesso às áreas mais afetadas.

Israel, que reduziu drasticamente o envio de ajuda para Gaza em março e reabriu com novas restrições em maio, diz estar comprometido em permitir a entrada de suprimentos, mas Israel insiste que precisa controlar a ajuda para evitar que os suprimentos sejam desviados pelo Hamas. O governo afirma que já enviou comida suficiente durante o conflito e culpa o grupo palestino pelo sofrimento da população. Na última sexta-feira (24), Israel e os Estados Unidos deixaram as negociações de cessar-fogo com o Hamas, alegando que o grupo demonstrou não estar disposto a fechar um acordo.

Interrupção do conflito em Gaza pode ocorrer até o fim de semana, diz enviado especial dos EUA

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, indicou nessa terça-feira (8) que o acordo temporário de paz em Gaza (de 60 dias) pode sair até o final da semana. A declaração se deu após o encontro do presidente americano Donald Trump com o líder isralense Benjamin Netanyahu na Casa Branca, em Washington.

Segundo a CNN, Witkoff disse que houve progresso substancial nas negociações que começaram domingo. Como parte do acordo em discussão, 10 reféns vivos e mais 9 já mortos seriam liberados pelo Hamas a suas famílias – garantiu o funcionário estadunidense.

Netanyahu e Trump aceleram discussões

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está nos Estados Unidos em uma visita à Casa Branca desde segunda-feira. O encontro realizado terça-feira foi o segundo da semana, já que Trump e Netanyahu já haviam conversado pessoalmente no dia anterior.

Vamos falar, eu diria, quase exclusivamente de Gaza. Precisamos resolver isso”, afirmou Trump a jornalistas logo antes da segunda reunião.


Trump e Netanyahu se reúnem na Casa Branca (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


Uma das medidas polêmicas discutidas nessa terça-feira foi o incentivo à retirada de palestinos da Faixa de Gaza e envio para outros países da região. 

Essa é a terceira viagem de Netanyahu à capital dos Estados Unidos desde que Trump assumiu seu segundo mandato. 

Mediadores do Catar são mais cautelosos

Apesar do clima esperançoso entre Washington e Jerusalém, negociadores do Catar, país árabe que, junto com o Egito e o próprio EUA, está oficialmente envolvido na busca por uma solução para o conflito, não se mostraram tão otimistas.

Não acho que posso dar qualquer prazo no momento, mas posso dizer agora que precisaremos de tempo para isso”, anunciou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, em Doha.

A declaração se deu no contexto da realização de conversas indiretas entre Israel e Hamas em território catariano, simultâneas ao encontro de Netanyahu e Trump nos Estados Unidos.

Trump e Netanyahu planejam retirar palestinos de Gaza

Nesta segunda-feira (7), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se juntou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma reunião na Casa Branca, para discutir sobre a guerra entre Israel e Palestina, relacionado aos conflitos realizados na Faixa de Gaza. Durante o encontro, os líderes mundiais discutiram sobre possíveis métodos para a resolução dos combates.

Uma das possíveis medidas encontradas foi a de realocar os palestinos da região de Gaza, para outros países que se pusessem como opção para recebê-los.

O polêmico plano

O plano de enviar as pessoas de Gaza para outros países não foi uma medida muito aceita pela comunidade internacional. O Escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou que transferências forçadas de povos, de seus territórios, é proibida.


Encontro de Donald Trump e Benjamin Netanyahu na Casa Branca (Foto: reprodução/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images Embed)


Apesar disso, ambos Trump e Netanyahu destacam como é uma ação que promove a proteção da população palestina e a contenção de danos, além de ser de livre escolha para as pessoas escolherem ou não se querem ser realocadas.

Estamos trabalhando com os EUA para encontrar países dispostos a concretizar o que sempre dizem: que querem dar aos palestinos um futuro melhor. Isso se chama livre escolha. Sabe, se as pessoas querem ficar, elas podem ficar, mas se querem ir embora, elas devem poder ir embora.”, declarou Netanyahu.

Trump ainda afirmou que houve uma boa cooperação dos países vizinhos à região de Gaza, que estariam dispostos a receber os refugiados da guerra.

Uma nova tentativa de cessar-fogo

No encontro entre Donald Trump e Benjamin Netanyahu, foi discutido principalmente um novo acordo de possível cessar-fogo de 60 dias, quando seriam feitos esforços para chegar a um fim definitivo ao conflito. No acordo, estava declarado que haveria trégua na Faixa de Gaza, a troca de prisioneiros e reféns de ambos Israel e o Hamas, organização terrorista da Palestina, e também a retirada parcial das forças armadas israelenses do território.

Essa proposta foi emitida na semana passada e foi aceita pelo governo israelense, que acreditava que as propostas eram justas. Alguns dias depois, o Hamas também confirmou que concordava com o plano.

Netanyahu recomenda Trump para receber o prêmio Nobel da Paz

Nesta segunda-feira (7), Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou, em um encontro com Donald Trump, na Casa Branca, ter enviado uma recomendação aos organizadores do prêmio Nobel da Paz, indicando o presidente dos EUA ao troféu. Ele diz ter indicado o americano por suas tentativas em resolver os conflitos mundiais que estão ocorrendo atualmente, como Israel e Palestina, e também Rússia e Ucrânia.

Nessa reunião eles ainda discutiram sobre uma tentativa de cessar-fogo na região da Faixa de Gaza, que, de acordo com fontes do governo israelense, está sendo vista de maneira positiva, por todas as partes envolvidas do conflito.

A indicação ao Prêmio Nobel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve em uma reunião na Casa Branca, junto com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir temas da geopolítica do mundo atual, principalmente os assuntos ligados às tensões envolvendo os países em guerra, como Israel e Palestina, Rússia e Ucrânia e o Irã, que também travou conflito com Israel.

Um dos tópicos que Netanyahu abordou, porém, tem haver com Trump e seus esforços em tentar mediar e resolver os conflitos mundiais. O primeiro-ministro emtregou uma carta ao presidente dos EUA e disse tê-lo indicado ao prêmio Nobel da Paz. Ele afirma que também enviou esta carta à organização da premiação.


Benjamin Netanyahu entregando a carta de recomendação ao prêmio Nobel da Paz, para Donald Trump (Foto: reprodução/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images Embed)


O prêmio Nobel da Paz é entregue a figuras relevantes do nosso mundo, que realizam projetos que tem como objetivo o avanço da nossa população e do mundo, como um todo, além de, como diz o nome, promover a paz mundial. Ainda não há informações se os organizadores da premiação receberam a carta de recomendação.

Um novo cessar-fogo

Ainda na reunião na Casa Branca, Donald Trump e Benjamin Netanyahu discutiram sobre os conflitos da Faixa de Gaza. Os dois líderes buscam países que possam receber os palestinos que habitam a região, para protegê-los do conflito e minimizar as fatalidades. Trump afirmou que já tem boas respostas e ótima cooperação por parte de países do Oriente Médio.

Na semana passada, o presidente dos EUA afirmou que Israel aceitou uma proposta de cessar-fogo que tinha como ações uma trégua no território de Gaza, a troca entre os reféns de ambos os lados e também a retirada parcial das forças armadas israelenses da região. Alguns dias depois, o Hamas, organização terrorista da Palestina, afirmou ter aceitado esse acordo.