Kremlin responde ameaça de Trump ao BRICS

A recente declaração de Donald Trump, ameaçando retirar os Estados Unidos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial caso o bloco BRICS ganhe influência global excessiva, gerou reações internacionais contundentes. O Kremlin considerou a fala do ex-presidente como um “tiro pela culatra”, sublinhando que ações deste tipo podem fortalecer ainda mais a posição dos países em desenvolvimento no sistema econômico global.


Vídeo sobre a declaração de Trump (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)


Declaração de Donald Trump

Trump argumenta que o BRICS, que é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, representa uma ameaça para a hegemonia econômica dos Estados Unidos. Isto foi dito pelo presidente norte-americano, pois o bloco vem buscando ampliar sua influência por meio de iniciativas como a promoção de sua própria moeda comercial, desafiando o domínio do dólar no comércio internacional. Com a inclusão de novos membros, como a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Egito, o BRICS aumenta seu potencial econômico e político.

Reação do Kremlin

O Kremlin, no entanto, destacou que atitudes protecionistas, como o que foi dito por Trump, podem acelerar a queda da relevância das instituições lideradas pelo Ocidente. A Rússia, por exemplo, vê essa postura como uma oportunidade para os países do BRICS consolidarem uma ordem econômica multipolar, reduzindo a dependência do sistema financeiro norte-americano. Além disso, a política externa dos EUA pode ser interpretada como um reforço da narrativa de que o Ocidente não está disposto a compartilhar poder em fóruns globais.

Especialistas afirmam que, caso os EUA deixem o FMI ou o Banco Mundial, a atitude poderia abrir espaço para que outras organizações, como o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, ganhem mais protagonismo. Por outro lado, a medida também traria desafios internos para os EUA, uma vez que essas instituições têm sido ferramentas importantes para a projeção de poder norte-americano em regiões estratégicas.

O futuro das relações entre o Ocidente e os países emergentes está cada vez mais dividido, com o BRICS atraindo atenção global por sua capacidade de oferecer alternativas ao sistema econômico em vigor, enquanto os EUA buscam manter sua posição dominante. O discurso de Trump reflete não apenas a competição crescente entre potências, mas também o debate interno sobre o papel dos EUA no mundo.

Tensões entre Brasil e Venezuela escalam após ofensivas do governo Maduro contra Lula

A recente onda de tensões entre Brasil e Venezuela cresceu, especialmente após ataques diplomáticos do governo venezuelano contra o Brasil. Em resposta, o Itamaraty divulgou uma nota afirmando que considera uma “surpresa” os ataques da Venezuela, que foram direcionados principalmente ao presidente Lula.


Eleições no país vizinho foram o estopim para as tensões diplomáticas com o Brasil (Foto: reprodução/Getty Images News/Jesus Vargas/Getty Imagens Embed)


No documento emitido pelo órgão, o Brasil classificou as declarações e atitudes da Venezuela como de “tom ofensivo”, principalmente, o discurso do presidente Nicolás Maduro contra o presidente da República, Lula, diplomatas brasileiros e assessores do Palácio do Planalto. Essas falas, somadas a outros fatores, têm gerado tensão com o país vizinho.

“A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo”, se posicionou o governo brasileiro, que ressaltou respeitar “plenamente a soberania de cada país”. Itamaraty em comunicado oficial

Relações complicadas entre as duas nações

As rachaduras na relação entre os dois países já vinham sendo evidenciadas desde a reeleição de Maduro como presidente da Venezuela, eleições cercadas de polêmicas e cujo resultado ainda não foi reconhecido oficialmente pelo Brasil. A situação foi agravada pelo veto brasileiro à entrada da Venezuela no BRICS, com o país se posicionando abertamente contra a adesão venezuelana.

Postagem polêmica e indireta a Lula

Nesta semana, a polícia da Venezuela publicou uma imagem com a bandeira do Brasil e os dizeres “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”. A imagem também exibe a silhueta de um homem que aparenta ser o presidente Lula, o que foi interpretado negativamente pela diplomacia brasileira. No entanto, essa publicação não foi mencionada diretamente no comunicado do Itamaraty.

Maduro pede pronunciamento de Lula quanto a veto da Venezuela no BRICS

Na última segunda-feira (28), o ditador e presidente venezuelano, Nicolás Maduro solicitou que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fale sobre o veto da Venezuela no BRICS. Maduro não culpou o presidente diretamente, optando por falar sobre os representantes da chancelaria brasileira.

O venezuelano espera que Lula esteja bem informado sobre os últimos acontecimentos, observe com cuidado e “diga o que deve ser dito como chefe de estado”. Ainda durante seu programa semanal na TV pública, Nicolás prossegue, comentando que o Itamaraty possui poder dentro do Brasil há muito tempo e sempre conspirou contra a Venezuela, fora sua proximidade com o Departamento do Estado americano desde a época em que João Goulart sofreu um golpe de estado.


Nicolás Maduro acusa o Itamaraty de estar vinculado ao Departamento de Estado americano (Vídeo: Reprodução/X/@folha)

A relação de Lula com a Venezuela

Anteriormente aliado de Maduro e de Hugo Chávez, seu antecessor, Lula distanciou-se do atual presidente venezuelano após sua tão polêmica reeleição, que ocorreu em julho deste ano, com a oposição denunciando o ocorrido como fraudulenta.

A fim de pressionar a entrada da Venezuela no BRICS, Maduro apareceu de última hora na cúpula de chefes de Estado do BRICS, na cidade de Kazan, na Rússia. No entanto, o desejo de Maduro não pôde ocorrer, pois, Lula não estava presente, por ter se machucado em um acidente doméstico alguns dias antes do encontro.

Quem estava presente no encontro era Celso Amorim, assessor especial da Presidência, que foi contra a entrada do país no bloco, devido uma “quebra de confiança”, conforme dito na semana passada em entrevista para o jornal O Globo.

Venezuela sobre o veto

Segundo Amorim, o Brasil agiu “de boa-fé”, mas foi preciso quebrar o veto após a Venezuela quebrar a confiança do país. E, quanto a promessa do Palácio Miraflores de entregar as atas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o assessor relata que isso nunca aconteceu.

Sobre o acidente de Lula, o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, questinou a veracidade do fato, chamando o ocorrido de “álibi” simplesmente para justificar a ausência do presidente na reunião.

Maduro disse querer não se pronunciar sobre o acidente, pois cabe aos médicos e Lula, e que aguardará o resultado dos esforços da Venezuela, sem depender de ninguém, nem mesmo do Brasil.

Saab acusa Lula de manipulação de acidente para “vetar” a Venezuela nos Brics

O procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, acusou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de ter manipulado seu acidente doméstico, com a intenção de evitar a participação do governo de Nicolás Maduro na cúpula dos Brics, que aconteceu recentemente. Saab declarou que Lula usou do incidente como um pretexto para não comparecer ao evento e de ter “vetado” a presença da Venezuela. A declaração do procurador venezuelano gerou grandes repercussões, porém, não há evidências concretas que comprovem a acusação contra o presidente brasileiro.

Repercussão e contexto político

A declaração de Saab gerou rapidamente uma repercussão internacional entre os analistas políticos, mas o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Especialistas destacam que as falas do procurador-geral venezuelano evidenciam tensões nas relações entre Brasil e Venezuela. Contudo, não há evidências concretas que comprovem a acusação contra o presidente brasileiro, levantando questionamentos sobre a veracidade das afirmações expostas por Saab e o possível uso político da situação.

O Contexto da Cúpula dos Brics

A cúpula recente dos Brics incluiu a participação de líderes como Vladimir Putin e outros chefes de Estado. Foi um evento crucial para debater a respeito da cooperação econômica e política entre as nações emergentes. A ausência do presidente Lula foi um notável fato, especialmente em um momento onde a Venezuela busca se reintegrar aos fóruns internacionais e fortalecer suas alianças.


6ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, na Rússia em 2024 (Reprodução/Instagram/@cgtneurope)

A alegação do procurador-geral Saab, acusando Lula de ter “vetado” a entrada da Venezuela no encontro, ecoa em um contexto de relações tensas, onde a diplomacia e a política externa são reavaliadas. Os analistas alertam que acusações infundadas podem gerar prejuízo à imagem e diplomacia entre os países-membros, o que compromete o cenário político e coesão do bloco.

Lula clama por ação imediata contra a crise climática no BRICS

Nesta quarta-feira(23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, por meio de videoconferência, da importante reunião presidencial da Cúpula do Brics, que aconteceu em Kazan, na Rússia. Lula tinha a intenção de comparecer ao evento presencialmente, no entanto, ele foi forçado a cancelar a viagem internacional no último sábado (19), após sofrer uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada. Esse incidente resultou em um ferimento em sua nuca, necessitando de cinco pontos para a sutura.

Durante a cúpula, o presidente brasileiro fez um discurso breve, com uma duração de pouco mais de sete minutos, dirigindo-se aos líderes dos países membros do Brics. Seu discurso foi precedido pela fala do presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, e seguido pelo presidente da Etiópia, Taye Atske Seto. A reunião foi coordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco.


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Hugo Barreto/metrópoles)

Discurso

Lula enfatizou que o Brics é um “ator incontornável” na realização das metas globais estabelecidas pelo Acordo de Paris, que visam limitar o aumento da temperatura média global a, no máximo, 1,5 ºC em comparação com os níveis pré-industriais.

O presidente ressaltou que a maior responsabilidade recai sobre os países desenvolvidos, cujas emissões históricas desencadearam a crise climática que enfrentamos atualmente. Ele destacou a necessidade de ir além dos 100 bilhões de dólares anuais que foram prometidos e não cumpridos, além de reforçar as medidas de monitoramento dos compromissos assumidos nessa área.

Lula também declarou que, durante a presidência do Brasil no Brics, buscará reforçar o papel do bloco na promoção de um mundo multipolar e na redução das assimetrias nas relações entre os países. Ele defendeu a ampliação do acesso a tecnologias, como vacinas e inteligência artificial, para nações mais pobres.

Ele também elogiou o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), atualmente liderado por Dilma Rousseff, e enfatizou a importância de discutir, com seriedade e solidez técnica, a criação de métodos alternativos de pagamento para transações entre os países do bloco.

Negociação de paz

O presidente brasileiro reiterou suas críticas à resposta militar de Israel nos confrontos contra o Hamas e o Hezbollah, enfatizando que é “crucial” o início de negociações de paz. Em sua intervenção diante do presidente russo Vladimir Putin, Lula também mencionou o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, mas não condenou a invasão de maneira tão enfática quanto o fez ao descrever a Faixa de Gaza como o “maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”.

Exames médicos indicam que Lula pode voltar a exercer suas atividades

Após sofrer uma queda no último sábado (19), o presidente Lula voltou a ser submetido a exames e os resultados foram divulgados hoje (22). Segundo nota dos médicos do hospital Sírio-Libanês, o atual presidente está apto para voltar a exercer suas responsabilidades. 

“O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje, 22/10/2024, no Hospital Sírio Libanês, unidade Brasília, para reavaliação. O exame de imagem está estável em comparação ao anterior, com a programação de realizar novo exame de controle em 72 horas. Encontra-se apto a exercer sua rotina de trabalho”, disse boletim médico

Na segunda-feira (21), Lula chegou a realizar algumas de suas atividades, mas nada fora do Palácio do Planalto.

Queda no banheiro

O presidente Lula sofreu um acidente doméstico no último sábado (19) ao cair no banheiro de sua casa, no Palácio do Planalto. O governante teve um corte na nuca, necessitando ser submetido a uma bateria de exames, além de tomar cinco pontos no local do ferimento.

Apesar de não ter sido um acidente grave, Lula precisou voltar ao Hospital Sírio-Libanês para realizar novos exames e cancelar sua viagem à Rússia, onde está sendo realizada a conferência do BRICS.


Presidente Lula (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Andressa Anholete)


Participação por videoconferência

Depois da confirmação de que o presidente Lula não iria estar presencialmente na conferência do BRICS, que está ocorrendo em Kazan, na Rússia, foram buscadas maneiras de manter a participação do presidente nas reuniões do grupo. Então, a Presidência da República divulgou que existe a possibilidade de Lula participar das reuniões por videoconferência.

Para o Brasil ter um representante no evento, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi escolhido para substituir o presidente na cúpula do BRICS.

Hoje o presidente Lula confirmou, em ligação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que irar participar das reuniões por videoconferência. O governante russo, segundo o Itamaraty, lamentou a falta de Lula no evento.

BRICS deixa a Venezuela de fora da lista de países parceiros

Em agosto de 2023, a Venezuela entrou com um pedido para fazer parte do grupo dos países em desenvolvimento, o BRICS. A proposta havia sido encaminhada pelo presidente Nicolás Maduro. Nesta terça-feira (22) a Venezuela ficou de fora da lista de países que podem vir a fazer parte da organização. A decisão foi tomada pela cúpula do grupo, da qual o presidente Lula participa remotamente após acidente doméstico.

O envolvimento do Brasil

Desde que Maduro foi reeleito em uma eleição polêmica, a Venezuela tem passado por uma instabilidade em sua relação com o Brasil. O presidente Lula foi uma das autoridades mundiais que pediram à autoridade eleitoral da Venezuela para divulgar os boletins das urnas.

O presidente brasileiro é alvo de diversas críticas por conta de sua proximidade histórica em relação ao governo venezuelano, porém o episódio das eleições presidenciais venezuelanas forçou um desequilíbrio nas relações entre os líderes.

Segundo uma apuração da TV Globo, a decisão de não incluir a Venezuela como um membro do BRICS foi tomada após uma pressão do governo do Brasil. Não houve a manifestação de um veto oficial, porém a rachadura nas relações entre Lula e Maduro já é de conhecimento dos russos, que são os anfitriões da cúpula do Brics de 2024.

A cúpula

O BRICS atualmente conta com seus países principais, que são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, porém o Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos começaram a fazer parte no início deste ano.


Cúpula do BRICS ocorre na Rússia; presidente Lula, após acidente doméstico, participa online (Reprodução/ X/ @BRICSInfo)

Na cúpula que acontece na Rússia nesta semana, os líderes dos países membros irão decidir sobre a adesão de alguns países que se aplicaram para serem absorvidos pela organização. A lista de países inclui Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

A organização serve como um grupo de colaboração e desenvolvimento para países considerados “em desenvolvimento”. São países que, apesar de apresentarem problemas socioeconômicos, apresentam evolução nos indicadores em comparação com países subdesenvolvidos. Dentre os objetivos do BRICS, destaca-se a ideia da criação de um modelo econômico sem a dependência do dólar como parâmetro de mercado entre as nações do mundo.

Rússia conta com apoio de países do BRICS para mediar negociações com Ucrânia

Durante um discurso no Fórum Econômico Oriental em Vladivostok, na Rússia, o presidente russo, Vladimir Putin, comentou  que países como Brasil, China e Índia podem atuar na mediação de paz com a Ucrânia, em contraste com os Estados Unidos e potências europeias, ao qual ele acusa de prolongar o confronto. 

Putin ainda expressou a relação de confiança dos países e respeito na disposição para resolução de conflitos e se mostrou disponível a negociar com a Ucrânia:

“Se a Ucrânia tiver interesse em continuar com as negociações, eu posso fazer isso”, afirmou.


Valdimir Putin discursando em uma das conferências do BRICS em 2023 (Foto: Reprodução/Per-Anders Petterson/Getty Images News)


Ele também sugeriu que conversas iniciais com a Turquia poderiam fundamentar negociações, mesmo sendo interrompidas sem acordo prévio.

Além disso, Vladimir Putin criticou a pressão ocidental sobre Kiev considerando um grande empecilho para as negociações. O porta-voz presidencial Dmitri Peskov reiterou: “Hoje não vemos condições para realizar negociações de paz”.

O presidente solicitou a retirada das tropas ucranianas da região de Kursk e afirmou que o ataque na cidade russa, enfraqueceu as defesas ucranianas, ajudando a Rússia a avançar em regiões como Donbass.

Sem acordo

No mês de maio deste ano, Brasil e China apresentaram propostas de negociações para cessar o conflito entre Ucrânia e Rússia com participações iguais das partes, mas foi rejeitado pelo país Ucraniano que não aceitou assumir a responsabilidade dos confrontos por entender que assim, a Rússia teria motivação pelas invasões realizadas.

Kiev chegou a convidar os países do BRICS propondo uma Cúpula da Paz, mas nenhum dos países assinou o documento. Putin acusou o Kiev e o Ocidente pelo abandono ao tratado em Istambul, afirmando que não passou de estratégias para derrotar a Rússia: 

“É verdade que ainda havia alguns detalhes a serem finalizados, mas no geral a aprovação ainda é válida. É um documento. Mas então o Sr. Johnson (ex-primeiro-ministro britânico) chegou, como é sabido, e instruiu os ucranianos a lutar até o último ucraniano. O que está acontecendo hoje na tentativa de alcançar a derrota estratégica da Rússia”, declarou.

Rússia segue disposta

O presidente russo declarou que está à disposição em negociações baseadas nos acordos anteriores e que não se dispõe a tratados com novos pontos:

“Se surgir uma vontade de negociar, não a rejeitaremos”, conclui.

Putin alegou ainda que a trégua já estaria findada se a Ucrânia tivesse assinado os documentos.

A próxima reunião de cúpula acontece em outubro e os líderes dos países do BRICS (China, Brasil e Índia), participarão para definição de uma possível resolução. Os líderes da China e Índia têm uma relação bilateral com Rússia e Ucrânia, já o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prefere defender o cessar-fogo e as negociações de paz.