Crise no São Paulo: Casares assume erros, antecipa mudanças e projeta reconstrução para 2026

O São Paulo vive um de seus momentos mais turbulentos dos últimos anos após a derrota por 6 a 0 para o Fluminense, no Maracanã, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Abalado pelo resultado e pressionado interna e externamente, o presidente Julio Casares concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira e admitiu falhas no planejamento da temporada, além de anunciar mudanças profundas no departamento de futebol. A goleada precipitou a saída do diretor de futebol, Carlos Belmonte, e dos adjuntos Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi, abrindo espaço para uma reformulação que, segundo ele, já estava desenhada para ocorrer ao fim do ano.

Nos dois primeiros momentos da coletiva, o presidente adotou tom de responsabilidade compartilhada. Para Casares, a crise que tomou conta do clube não é fruto de decisões isoladas, mas sim de um conjunto de escolhas equivocadas. Ele destacou que, apesar da pressão por impeachment vinda de parte da oposição, recebeu apoio da coalizão que o sustenta politicamente e disse confiar na capacidade de entregar um balanço financeiro positivo, que serviria de base para um 2026 mais competitivo. “Me sinto parte integrante deste momento. A responsabilidade é coletiva. Do presidente, da diretoria, da comissão técnica e dos atletas”, afirmou.

Mudanças antecipadas e novo modelo de gestão

A derrota no Rio de Janeiro acelerou um processo de transição que, de acordo com Casares, aconteceria após o término do Brasileirão. A saída de Belmonte e dos demais membros da diretoria de futebol abriu espaço para que Rui Costa, executivo contratado anteriormente, assumisse a liderança do setor ao lado de Muricy Ramalho, que permanecerá como coordenador.

O presidente também explicou a participação crescente de Marcio Carlomagno, superintendente que ele define como “CEO” do clube. Segundo Casares, Carlomagno não assume o papel de diretor de futebol, mas estará presente para auxiliar na consolidação da profissionalização do clube, assim como já faz em outros departamentos. Ele reforçou que, com a nova estrutura, nenhum conselheiro atuará diretamente no futebol, que será comandado exclusivamente por profissionais contratados.

Visivelmente abalado com o momento, o presidente voltou a admitir frustrações. Disse que o clube viveu um “momento desastroso” diante do Fluminense e que não havia alternativa senão antecipar o processo de mudança estrutural. A ideia, segundo ele, é preparar o São Paulo para ter uma temporada mais sólida em 2026, corrigindo as falhas de gestão que se acumularam no ano atual.


Melhores momentos da goleada sofrida do tricolor paulista (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Crespo nos planos e repercussão de críticas internas

Durante a coletiva, Casares tratou da situação do técnico Hernán Crespo, considerado peça central no planejamento traçado para o futuro. O presidente afirmou acreditar na permanência do treinador, que participa das decisões voltadas para o próximo ano. A expectativa da diretoria é que Crespo continue no comando e ajude a implementar o novo ciclo.

Casares também respondeu sobre as declarações recentes de Luiz Gustavo, que expôs frustrações após a goleada. O presidente minimizou a fala do volante, dizendo que interpreta seu desabafo como reflexo do sentimento coletivo. Ele observou que o jogador não culpou indivíduos, mas destacou a necessidade de correções amplas. Em vários momentos, Casares ressaltou que o elenco enfrentou problemas sérios ao longo da temporada, como um número elevado de lesões — 15 ao total, o que, segundo ele, prejudicou substancialmente o nível de competitividade da equipe.

Outro ponto discutido foi a conversa realizada entre Rui Costa e Luiz Gustavo. Para Casares, a situação foi conduzida internamente e serviu para reforçar que o clube precisa encarar seus erros de forma conjunta, sem apontar culpados individuais. O presidente voltou a frisar que, apesar das críticas, mantém confiança na comissão técnica e nos profissionais responsáveis pela preparação física e médica.


Hérnan Crespo sendo anúnciado pelo Julio Cazares (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ricardo Moreira)


Erros, temporada frustrante e papel do “CEO” no futuro

Ao falar sobre os erros cometidos, Casares evitou listar falhas específicas, mas reconheceu que delegou demais e que o planejamento esportivo não foi bem executado. Ele mencionou reforços que sofreram lesões graves e comprometeram a estratégia inicial, além de lamentar o impacto do calendário apertado, que dificultou ajustes ao longo do ano. Segundo o presidente, 2024 já havia sido difícil, e a goleada sofrida apenas acentuou um cenário que já exigia mudanças profundas.

Casares também voltou a comentar o papel de Marcio Carlomagno no processo de reestruturação. Ele afirmou que o superintendente possui sólida experiência em gestão e orçamento, atributos essenciais para o plano de médio prazo do clube. O presidente destacou que, em instituições associativas como o São Paulo, a capacidade de combinar gestão de pessoas com conhecimento técnico é fundamental — algo que, segundo ele, Carlomagno reúne.

Com a temporada chegando ao fim e o São Paulo acumulando decepções, Casares decidiu fazer um “mea culpa” público. Ele reconheceu que a equipe teve momentos de reação, mas ficou aquém das expectativas. Ainda assim, disse acreditar na união interna e garantiu que já conversa com dirigentes e profissionais para consolidar o novo caminho.

O São Paulo agora tenta se reorganizar antes de concluir o Brasileirão, ao mesmo tempo em que inicia, de forma antecipada, sua preparação para 2026. A crise escancarou falhas, mas também forçou decisões que, segundo a diretoria, serão fundamentais para um processo de reconstrução mais sólido. O futuro imediato continua repleto de questionamentos, mas o clube aposta que a reestruturação pode recolocar o time no caminho da competitividade.

Carlos Belmonte deixa direção de futebol do São Paulo após goleada histórica

O São Paulo vive uma das semanas mais turbulentas de sua temporada. A contundente derrota por 6 a 0 para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, desencadeou uma série de movimentos internos que expuseram rupturas políticas, desgaste de gestores e questionamentos profundos sobre a condução do departamento de futebol. Um dia após o revés no Maracanã, Carlos Belmonte decidiu entregar o cargo e não é mais diretor de futebol do clube. Sua saída ocorre em meio a disputas internas, perda de autonomia e crescente pressão de conselheiros e torcedores.

Paralelamente à decisão de Belmonte, um grupo de opositores iniciou nesta sexta-feira a coleta de assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Julio Casares no Conselho Deliberativo. O documento apresentado menciona suposta gestão temerária e solicita o afastamento imediato do mandatário. O movimento amplia o clima de instabilidade e reforça a percepção de que o clube atravessa um momento crítico nos bastidores.

Poucas horas depois da articulação oposicionista, o São Paulo divulgou uma nota oficial confirmando a saída de Belmonte e de outros dois profissionais: Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi. No comunicado, o clube afirmou que o executivo Rui Costa e o coordenador Muricy Ramalho permanecem no comando do futebol e responsáveis pelo planejamento de 2026, reforçando a continuidade da estrutura técnica apesar das mudanças na direção.

Ruptura política e desgaste crescente

A saída de Carlos Belmonte não foi um episódio isolado, mas o desfecho de um processo de desgaste que se intensificou nos últimos meses. A relação com Julio Casares já não era das mais harmoniosas, marcada por divergências políticas e disputas internas. A possibilidade de ambos se enfrentarem na próxima eleição presidencial, prevista para dezembro do ano que vem, fomentou ainda mais a tensão.

Mesmo antes da goleada no Rio de Janeiro, Belmonte já estava fragilizado dentro do clube. Suas decisões passaram a ser questionadas e sua influência no CT da Barra Funda diminuiu gradualmente. Interlocutores próximos apontavam que o diretor se sentia isolado, embora não demonstrasse intenção de deixar o cargo. Ainda assim, a pressão crescente, somada aos maus resultados em campo, corroeu seu espaço de atuação.

A derrota por 6 a 0 para o Fluminense, considerada uma das mais duras da história recente do São Paulo, funcionou como gatilho. A repercussão negativa e o clima de revolta entre torcedores e conselheiros aceleraram a decisão de Belmonte, que optou por antecipar seu desligamento.


São Paulo postou ima nota após saída de seu Diretor Esportivo (Foto: reprodução/Instagram/@saopaulofc)


Interferência e perda de autonomia no CT da Barra Funda

O episódio que mais simbolizou o enfraquecimento de Belmonte ocorreu em outubro, com a chegada do superintendente Marcio Carlomagno ao CT da Barra Funda. Determinada por Casares no dia seguinte à derrota por 3 a 0 para o Mirassol, a nomeação tinha como objetivo formal “contribuir no planejamento estratégico e orçamentário para 2026”. Na prática, porém, Carlomagno passou a exercer funções tradicionalmente atribuídas ao diretor de futebol.

O documento que oficializou sua atuação listava como responsabilidades o acompanhamento do orçamento do departamento, a participação nas metas esportivas e a promoção de alinhamento entre as áreas internas do CT. Tais atribuições interferiam diretamente no cotidiano de Belmonte, diminuindo seu poder decisório. Gradativamente, Carlomagno se tornou peça central na estrutura, enquanto o diretor passou a ser visto como figura secundária.

A nova dinâmica provocou desconforto e alimentou especulações sobre uma transição velada no comando do futebol. Fontes internas relatavam que o ambiente ficou mais tenso, com disputas por protagonismo e indefinições sobre responsabilidades. Mesmo assim, Belmonte tentava manter uma atuação discreta e evitar confrontos diretos com o presidente.

Crise institucional e incertezas para 2026

A conjunção entre a goleada histórica, a renúncia do diretor de futebol e o pedido de impeachment intensifica a sensação de crise no São Paulo. A oposição se movimenta para responsabilizar Casares por decisões administrativas e pelo desempenho irregular da equipe. O pedido de afastamento, ainda em fase inicial de coleta de assinaturas, indica que a disputa pelo comando do clube deve se acirrar nos próximos meses.

Com a confirmação das saídas, Rui Costa e Muricy Ramalho assumem maior protagonismo na reconstrução do departamento de futebol. Ambos já estavam envolvidos no planejamento para 2026, mas agora terão de lidar também com o desafio de reorganizar o ambiente interno e retomar a confiança dos torcedores.

O clube ainda não anunciou substitutos para as funções vagas, mas a expectativa é de que novas definições ocorram nos próximos dias. Em meio à pressão por resultados, o São Paulo enfrenta a necessidade urgente de reestruturar sua gestão, garantir estabilidade e recuperar a competitividade após semanas marcadas por turbulências e decisões dramáticas.

A saída de Carlos Belmonte simboliza mais do que a mudança de um dirigente: evidencia um São Paulo imerso em conflitos internos, questionamentos políticos e incertezas profundas sobre seu futuro imediato e a condução de seu projeto esportivo.

Palmeiras tem trio liberado após julgamento no STJD por críticas à arbitragem

O Palmeiras respirou aliviado após o julgamento desta segunda-feira na 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O zagueiro Gustavo Gómez, o lateral-esquerdo Joaquín Piquerez e o auxiliar técnico João Martins foram avaliados por críticas feitas à arbitragem durante o duelo contra o Flamengo, realizado no Maracanã, em 19 de outubro. Com a decisão, todos estão aptos para atuar nesta reta final do Campeonato Brasileiro, restando apenas três rodadas para o encerramento da competição.

As denúncias envolvendo o trio estavam relacionadas às manifestações contra a condução de Wilton Pereira Sampaio, árbitro responsável pelo comando do clássico. Piquerez e João Martins foram expulsos ao longo da partida, enquanto Gómez entrou na mira da Procuradoria por declarações contundentes durante a entrevista ainda no gramado. As possíveis punições poderiam variar até seis jogos de suspensão, cenário que deixava o elenco em alerta em um momento crucial da temporada.

Gómez é absolvido e se livra de punição

Durante o julgamento, a Procuradoria do STJD apresentou a denúncia citando trechos das falas de Gustavo Gómez, que questionou de maneira incisiva a postura do árbitro no clássico. Segundo o relatório, o defensor afirmou que Sampaio seria “um dos mais soberbos do futebol mundial”, além de sugerir que ele “tem alguma coisa contra o Palmeiras, com o sucesso do Palmeiras”. O paraguaio também relatou que o juiz teria “fechado o microfone para falar besteira para mim”, o que acentuou o tom crítico de suas declarações.

Apesar do conteúdo considerado grave pela acusação, a defesa do capitão alviverde conseguiu convencer os auditores de que não houve intenção de desrespeito à integridade do árbitro, mas sim um desabafo em meio ao calor do pós-jogo. Com isso, Gómez acabou absolvido, escapando de qualquer tipo de sanção e permanecendo liberado para seguir à disposição do técnico Abel Ferreira nesta reta decisiva do Brasileiro.

A decisão trouxe alívio ao clube, já que o zagueiro é uma das principais referências do elenco e peça essencial para o sistema defensivo. Em um campeonato marcado pelo equilíbrio entre os postulantes ao título, perder seu líder dentro de campo poderia gerar impacto significativo.


Zagueiro Gustavo Gómez (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexandre Schneider)


Piquerez recebe advertência e João Martins tem punição

Enquanto Gómez saiu ileso, o julgamento de Joaquín Piquerez seguiu outra linha. O lateral-esquerdo havia sido enquadrado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de ofensas ou atitudes contrárias ao respeito à arbitragem. De acordo com a denúncia, o uruguaio teria dito a Wilton Pereira Sampaio: “você está de sacanagem, veio aqui só pra roubar a gente”, frase considerada ofensiva pelos procuradores.

A Comissão Disciplinar entendeu que a conduta ultrapassou o limite aceitável, mas decidiu converter a punição de uma partida de suspensão em simples advertência. Na prática, Piquerez não precisará cumprir nenhum jogo fora, mantendo-se apto a entrar em campo já no próximo compromisso do Palmeiras.


Lateral – esquerdo Joaquín Piquerez (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sports Press Photo)


João Martins, auxiliar técnico da comissão de Abel Ferreira, também foi analisado durante a sessão. Ele respondia ao artigo 258 do CBJD, que envolve atitudes contrárias à disciplina ou à ética esportiva. Expulso no clássico por reclamações enérgicas, Martins recebeu punição de uma partida de suspensão. Contudo, como já havia sido retirado do jogo no próprio dia do confronto, a pena foi considerada automaticamente cumprida, sem gerar novas ausências no banco de reservas.

A decisão foi vista como coerente pela defesa palmeirense, que argumentou que as contestações feitas por Piquerez e João Martins ocorreram em um contexto de tensão exacerbada, comum em partidas de grande rivalidade. Ainda assim, a comissão reforçou a orientação interna para evitar falas que possam gerar novos processos disciplinares.


Auxiliar técnico, João Martins do Palmeiras (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sports Press Photo)


Julgamento mantém Palmeiras com força máxima na reta final

Com o veredito, o Palmeiras mantém seus principais nomes disponíveis para a sequência final do Campeonato Brasileiro. O time vive um momento de disputa intensa e qualquer desfalque por questões disciplinares poderia representar prejuízo técnico considerável. A absolvição de Gómez, especialmente, é tratada internamente como um reforço moral.

O clube, no entanto, deve intensificar o discurso de equilíbrio e cautela nas relações com a arbitragem. A diretoria alviverde tem participado de debates sobre transparência e modernização das decisões no futebol brasileiro, mas reforça que eventuais críticas públicas precisam respeitar os limites estabelecidos pelo código disciplinar.

O episódio envolvendo o trio demonstra novamente como a temperatura de clássicos decisivos influencia o comportamento de atletas e comissões técnicas. Apesar disso, o STJD optou por respostas graduais, evitando punições que pudessem desproporcionalmente afetar o equilíbrio competitivo do campeonato. Assim, com o trio liberado, o Palmeiras segue seu foco total na busca pela melhor posição possível no Brasileirão, agora sem a sombra de suspensões que poderiam comprometer a reta final do torneio.

Flamengo embala na reta final e derrota o Bragantino no Maracanã

O Flamengo encerrou sua passagem pelo Maracanã na temporada com uma atuação dominante e convincente. Na noite deste sábado, o time comandado por Tite venceu o Bragantino por 3 a 0, em partida válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, resultado que mantém o clube carioca firme na briga pelo título nacional. Com gols de Arrascaeta, Jorginho e Bruno Henrique, o Rubro-Negro deixou para trás a frustração do clássico perdido para o Fluminense e reencontrou o caminho da confiança a poucos dias da final da Libertadores.

A vitória não apenas trouxe ânimo para a decisão continental, mas também recolocou o Flamengo em posição favorável no Brasileirão. Com 74 pontos, o time abriu quatro de vantagem sobre o Palmeiras, que tropeçou na rodada ao empatar, e segue dependendo de uma combinação de resultados para confirmar a conquista. Enquanto os cariocas miram Belo Horizonte para o confronto decisivo contra o Atlético-MG, o Bragantino permanece estacionado nos 45 pontos, em oitavo lugar, encerrando a rodada sem ameaçar os mandantes.

Primeira etapa de pressão rubro-negra esbarra na defesa paulista

O jogo começou com o Flamengo ocupando o campo adversário e ditando o ritmo desde os primeiros minutos. A equipe mostrava organização, boa troca de passes e insistência pelo lado direito, mas encontrou resistência na sólida postura defensiva do Bragantino. Mesmo com maior posse de bola e com jogadas bem construídas, o Rubro-Negro teve dificuldade para transformar o volume ofensivo em finalizações certeiras.

A melhor oportunidade da primeira etapa veio em uma bola aérea. Varela subiu bem e cabeceou firme, exigindo grande defesa de Cleiton, que evitou o gol carioca. Apesar da pressão, o Bragantino também oferecia perigo. Em alguns momentos, a equipe paulista aproveitou os espaços deixados pelo Flamengo para encaixar contra-ataques rápidos. Embora Rossi não tenha sido acionado com frequência, esses avanços serviram de alerta para o time da casa, que ainda buscava ajustar a marcação no meio-campo.

Mesmo com o placar zerado, o Flamengo saiu para o intervalo transmitindo a sensação de que o gol era apenas questão de tempo. A intensidade, a movimentação e a presença constante no ataque mostravam um time determinado a resolver o jogo ainda no segundo tempo — e foi exatamente o que aconteceu.


Melhores momentos da vitória do Flamengo sobre o Bragantino (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Bruno Henrique muda o cenário e Fla decide em 22 minutos

A segunda etapa começou com emoção dos dois lados. Logo aos três minutos, o Bragantino criou sua melhor chance, levando perigo e silenciando por alguns segundos o Maracanã. O lance, porém, pareceu acordar definitivamente o Flamengo. No minuto seguinte, Jorginho recuperou a bola no ataque e acionou Arrascaeta, que mostrou frieza e precisão para abrir o placar, colocando o time carioca na rota da vitória.

Depois do gol, o domínio se transformou em controle absoluto. Bruno Henrique, que entrou no intervalo, deu profundidade e velocidade às jogadas ofensivas. Sua presença mudou o ritmo do time e desmontou a defesa adversária. Aos 18 minutos, Hurtado colocou a mão na bola dentro da área, e o árbitro apontou pênalti. Jorginho assumiu a responsabilidade e ampliou, batendo com segurança e fazendo o segundo do Flamengo.

O terceiro veio aos 26 minutos e coroou a atuação coletiva. Bruno Henrique, sempre decisivo, recebeu na área e finalizou com precisão, selando o placar e inflamando a torcida que lotou o Maracanã em uma espécie de despedida antes da grande final continental. A vantagem construída permitiu ao time administrar o jogo até o apito final, sem abrir brechas para qualquer reação do Bragantino.


Bruno Henrique marca na reta final do jogo (Foto: reprodução/Getty images Embed/Sports Press Photo)


Reta final eletrizante e combinação necessária pelo título

Com a vitória, o Flamengo chega à reta final embalado e mantendo viva a esperança de conquistar o Campeonato Brasileiro de 2025. A conta é simples, ainda que delicada: para garantir o troféu na próxima rodada, precisa vencer o Atlético-MG na Arena MRV e torcer por um triunfo do Grêmio sobre o Palmeiras em Porto Alegre. Qualquer outro cenário prolonga a disputa até os últimos compromissos do calendário.

A equipe volta a campo na terça-feira, às 21h30, em Belo Horizonte, para a última partida antes da decisão da Libertadores, marcada para o dia 29, em Lima. Já o Bragantino joga na quarta-feira, às 19h, quando recebe o Fortaleza em Bragança Paulista, tentando encerrar o campeonato com um resultado positivo. O Maracanã se despediu do Flamengo em 2025 com festa, gols e confiança renovada. Agora, resta ao time transformar a boa atuação em combustível para os desafios que podem definir a temporada.

São Paulo ajusta elenco e define perfil de reforços de olho na Libertadores de 2026

Faltando apenas quatro rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o São Paulo ainda corre atrás de uma vaga no G7 e mantém o objetivo de voltar a disputar a Libertadores em 2026. A reta final chegou com clima de pressão e pouco espaço para erros, especialmente depois da derrota por 3 a 1 para o Corinthians, na última quinta-feira (20), que esfriou a reação da equipe e manteve o Tricolor na nona colocação, com 45 pontos.

O clássico mostrou um São Paulo inconsistente diante de um Corinthians mais agressivo no setor ofensivo. Os gols alvinegros foram marcados por Yuri Alberto e Memphis Depay, que comandaram a vitória na Neo Química Arena. Pelo lado tricolor, o chileno Gonzalo Tapia balançou a rede e tentou recolocar o time na partida, mas sem força suficiente para evitar o resultado negativo.

Reformulação do elenco

Desde outubro, a diretoria já discute o planejamento para reforços visando a próxima temporada. Segundo a ESPN, ainda não há nomes em negociação, mas o clube definiu que buscará atletas mais jovens, com menor histórico de lesões e recuperação física mais rápida.


São Paulo x Corinthians pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro (Foto: reprodução/Rubens Chiri/Sãopaulofc.net)


O calendário de 2026 pesa na decisão: o Brasileirão começa em janeiro e será interrompido pela Copa do Mundo no meio do ano. Mesmo com a logística apertada, a cúpula são-paulina mantém a montagem do elenco alinhada à expectativa de disputar a Libertadores.

Situação financeira e disputa na tabela

Com orçamento limitado, o São Paulo pretende contratar dentro do que consegue manter, e a vaga na Libertadores se torna estratégica para reforçar o caixa e ampliar possibilidades de investimento. Apenas na fase de grupos, o clube receberia cerca de 3 milhões de dólares em premiação, além de 330 mil por vitória.

A quatro rodadas do fim, o time segue na nona posição, com 45 pontos, empatado com o Bragantino — oitavo colocado — e próximo do Corinthians, em décimo. O próximo desafio será contra o Juventude, neste domingo (23), na Vila Belmiro, em duelo que pode manter o time vivo na disputa pelo G7.

Análise do VAR sobre pênalti para o Corinthians é divulgado pela CBF

Na última quinta-feira (21), o clássico entre Corinthians e São Paulo terminou em 3 a 1 para o Alvinegro, mas mesmo com a vitória, um lance polêmico envolvendo um pênalti não marcado para o Corinthians, com interferência do VAR, movimentou ambas as torcidas. O pênalti não foi marcado inicialmente pelo árbitro Anderson Daronco, mas logo houve análise do VAR e a penalidade foi confirmada.

Análise divulgada pela CBF

No campo, Anderson Daronco não identificou a irregularidade no empurrão dado por Ferreira em Breno Bidon. “Corpo com corpo, não existe prolongamento de braço”, disse Daronco durante comunicação com o árbitro de vídeo.

Daronco foi à cabine do VAR após análise do árbitro Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira, que identificou o tranco do jogador do São Paulo e recomendou a revisão. “Daronco, recomendo revisão do lance para possível penal. Jogador dá um tranco nas costas. Olha o atacante e dá um tranco nas costas”, afirma.

Depois da análise na cabine do VAR, Daronco alterou a decisão e confirmou a penalidade para o Corinthians, que resultou no primeiro gol da vitória do Corinthians, na partida válida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Confirmação do pênalti para o Corinthians (Foto: reprodução/X/@Corinthians)


Resumo da partida

O Corinthians voltou a vencer após jejum de duas partidas. O clássico contra o São Paulo terminou em 3 a 1, com dois gols de Yuri Alberto e um golaço de Memphis Depay. Para o São Paulo, Gonzalo Tápia marcou o único gol.

A situação entre os rivais é semelhante. O Corinthians somou 45 pontos após a vitória contra o Tricolor e terminou a noite em 10ª. A pontuação é a mesma que o São Paulo, que está em nono lugar na tabela. O que determinou a posição do Tricolor foi a quantidade de cartões vermelhos, já que enquanto o São Paulo tem seis, o Corinthians soma oito expulsões.

O Corinthians volta ao campo e joga fora de casa contra o Cruzeiro, no domingo (23). No mesmo dia, o São Paulo enfrenta o Juventude na Vila Belmiro, ambos pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os rivais ainda tentam uma vaga na Libertadores, mesmo que a pontuação ainda os mantenha distantes.

Dupla colombiana do Internacional é convocada e vira dúvida para duelo com o Ceará

O Internacional pode ter desfalques importantes na reta final do Campeonato Brasileiro. Os atacantes colombianos Rafael Borré e Johan Carbonero foram convocados pela seleção da Colômbia para os dois últimos amistosos de 2025, que acontecerão nos Estados Unidos, nos dias 15 e 18 de novembro. Como o Colorado volta a campo no dia 20, diante do Ceará, na Arena Castelão, a dupla se tornou dúvida para o confronto válido pela 34ª rodada da competição.

Antes da viagem, porém, os dois ainda estarão à disposição do técnico Ramón Díaz e de seu auxiliar Emiliano Díaz para o duelo contra o Bahia, neste sábado (8), às 18h30 (de Brasília), no Beira-Rio. O confronto é considerado crucial para as pretensões do Inter na tabela, que ainda busca uma posição mais confortável na classificação e sonha com vaga em competições internacionais.

Convocação complica planos do Inter

A confirmação da chamada dos camisas 7 e 19 para a seleção colombiana gerou apreensão nos bastidores do clube. O primeiro amistoso da Colômbia será diante da Nova Zelândia, no dia 15, em Fort Lauderdale. Três dias depois, a equipe enfrentará a Austrália, em Nova Iorque. O curto intervalo entre o segundo amistoso e o jogo do Inter contra o Ceará, no dia 20, torna praticamente inviável o retorno imediato dos atletas, que terão de cruzar o continente após os compromissos internacionais.

A diretoria colorada ainda avalia como lidar com a situação. Até o momento, não há definição se o clube fará um pedido formal para que os jogadores sejam liberados antes do segundo amistoso ou se montará uma logística especial para trazê-los rapidamente de volta ao Brasil. Caso não consigam contar com os dois atacantes, o Inter pode ter de reformular o setor ofensivo em um momento decisivo da temporada.


Convocação da Seleção Colobiana (Foto: reprodução/X/Selección Colombia)


Carbonero vive fase especial na seleção

Entre os convocados, Carbonero vive um momento particularmente marcante. Essa será a terceira vez que o ponta recebe oportunidade com a seleção principal da Colômbia. Na Data Fifa anterior, em outubro, ele finalmente fez sua estreia e balançou as redes pela primeira vez com a camisa amarela. O gol aconteceu na vitória sobre o México, quando entrou no segundo tempo e marcou após belo passe de Juan Quintero.

A comemoração foi emocionante: o atacante ajoelhou-se no gramado e chorou copiosamente. O motivo era pessoal — em 2023, ele havia sido chamado pela primeira vez, mas uma grave lesão o afastou dos gramados por toda a temporada, adiando seu sonho de defender a Colômbia. Agora recuperado e em boa fase pelo Inter, Carbonero tenta consolidar seu espaço tanto na seleção quanto no time gaúcho.

Ponte Preta faz história e conquista o primeiro título nacional em 125 anos

A Ponte Preta viveu um sábado (25) histórico e inesquecível. Diante de um Moisés Lucarelli lotado, a equipe campineira derrotou o Londrina por 2 a 0 e encerrou um jejum centenário ao conquistar seu primeiro título de expressão nacional: o Campeonato Brasileiro da Série C de 2025. O feito marca um novo capítulo na trajetória de 125 anos da Macaca, que finalmente pôde celebrar uma conquista nacional em meio à festa de sua torcida.

O primeiro tempo foi uma repetição do confronto de ida, em Londrina, que havia terminado sem gols. As duas equipes mostraram equilíbrio, intensidade e certa tensão típica de uma decisão, mas pararam nas boas defesas dos goleiros e nas falhas nas finalizações. Já na segunda etapa, Jonas Toró abriu o placar logo aos três minutos, enquanto Elvis, de pênalti, ampliou e decretou o triunfo que entrou para a história do futebol campineiro.

Primeira etapa de equilíbrio e tensão

A final começou com clima de decisão e um toque de nervosismo em campo. Logo aos dois minutos, o volante Luiz Felipe foi advertido com cartão amarelo por reclamação, mostrando que o jogo prometia ser quente. O Londrina chegou primeiro com Bruno Lopes, que finalizou fraco nas mãos de Luiz Daniel, enquanto Diego Tavares tentou duas vezes, mas sem sucesso.

O time paranaense respondeu rapidamente, aos sete minutos, quando Cristiano arriscou de fora da área e assustou o goleiro Diogo Silva. Pouco depois, o técnico Marcelo Fernandes foi obrigado a fazer uma alteração: o atacante Bruno Lopes sentiu um trauma no pé e deu lugar ao meia Serginho, mudando a dinâmica ofensiva da equipe.

Com o passar dos minutos, as oportunidades apareceram dos dois lados. O Londrina quase marcou em cabeçada de Manzoli, que passou por cima do gol, enquanto a Ponte Preta respondeu em cobrança de escanteio de Elvis, que encontrou Luiz Felipe, mas o volante desviou para fora. Apesar da intensidade, o placar não saiu do zero, deixando o clima ainda mais tenso para o segundo tempo.


Memores momentos do Título da Ponte Preta (Vídeo: reprodução/YouTube/iFutLegends)

Gol de Jonas Toró abre caminho para o título

O técnico Roger Silva tentou dar novo fôlego ao Londrina, trocando Vitinho por Robson Duarte. No entanto, quem voltou mais ligado foi a Ponte Preta. Logo aos dois minutos da etapa final, o Tubarão teve uma grande chance em cabeceio de Quirino, mas Diogo Silva fez defesa espetacular. Na sequência, veio o castigo.

Aos três minutos, Serginho avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para Jonas Toró, que dominou, ajeitou e bateu com categoria. A bola ainda tocou na mão de Luiz Daniel antes de morrer no fundo das redes. O gol inflamou o estádio e fez a torcida acreditar que o sonho finalmente estava ao alcance.

O Londrina tentou reagir, mas encontrou dificuldades para furar a defesa campineira. Aos 14 minutos, Cristiano chutou forte e novamente parou em Diogo Silva, o herói da meta pontepretana. A pressão paranaense durou pouco. Aos 23, Jonas Toró caiu na área após dividida com Wallace, e o árbitro Felipe Fernandes de Lima mandou seguir. Porém, após revisão no VAR, o pênalti foi confirmado.

O capitão Elvis assumiu a responsabilidade, cobrou com firmeza no meio do gol e ampliou a vantagem, aos 27 minutos. O 2 a 0 praticamente sacramentou o título da Ponte Preta, que só precisou administrar o jogo até o apito final.


Após 125 anos a Ponte Preta é Campeã da Série C (Foto: reprodução/X/Ponte Preta)

Confusão, expulsões e festa campineira

A emoção da conquista acabou sendo acompanhada por momentos de tensão fora da bola. Após o segundo gol, houve uma confusão entre reservas da Ponte Preta e o técnico Roger Silva, do Londrina, que acabou expulso junto do lateral Kevyn, da Macaca. A arbitragem ainda consultou o VAR e expulsou Vanderley, do time paranaense, por agressão a Bruno Lopes.

Com o controle retomado, a Ponte apenas esperou o tempo passar. Mesmo com dez minutos de acréscimos, o Londrina não conseguiu reagir. Quando o árbitro apitou o fim do jogo, o Moisés Lucarelli explodiu em comemoração. Jogadores, comissão técnica e torcedores vibraram juntos, conscientes de que viviam um momento único.

Com o título da Série C, a Ponte Preta encerra um jejum de 125 anos sem conquistas nacionais e adiciona mais um capítulo glorioso à sua história. O troféu se junta às taças do Paulistão A2 de 1969 e 2023 e aos quatro títulos do Troféu do Interior, consolidando a Macaca como um dos clubes mais tradicionais e resistentes do futebol brasileiro.

Everton Ribeiro retoma treino no Bahia antes de duelo decisivo

O Bahia finalizou nesta terça-feira seu único treino antes de enfrentar o Internacional, e teve como destaque o retorno de Everton Ribeiro. O meia, em recuperação após tratamento de saúde, voltou aos trabalhos no CT Evaristo de Macedo, iniciando retomada gradual em busca de condição para atuar. A presença dele animou torcedores e elenco nesta fase decisiva da temporada.

Apesar de volta à atividade, Everton ainda não treinou com o grupo. Ele realizou exercícios na academia sob supervisão médica, em meio a cautela com o ritmo e a adaptação ao esforço físico. O clube monitora sua evolução para saber se será opção no confronto contra o Inter.

Preparação e escalação do Bahia

No único treino aberto para a imprensa, o Bahia fez um trabalho leve de campo após assistir vídeos dos erros e acertos do jogo anterior contra o Grêmio. O elenco foi dividido em grupos para atividades táticas em campo reduzido. Os titulares foram liberados mais cedo, enquanto o restante fez mini partida de oito contra oito, com presença de “coringa”.

Do elenco, o volante Caio Alexandre segue em tratamento de lesão e também ficou na academia. O atacante Erick Pulga está em fase de transição. Uma boa notícia para o Bahia é o retorno de Luciano Juba, que pode compor o elenco titular ou ser opção de banco no confronto com o Colorado.


Ainda em recuperação de tumor na tireoide, meia está próximo de retornar (Foto: reprodução/Letícia Martins/EC Bahia)


Expectativas, cautela e torcida

A volta de Everton Ribeiro é simbólica: ele é um líder dentro e fora de campo, e sua recuperação gera esperança para o torcedor. No entanto, há cautela: após a cirurgia para retirada da tireoide, seu retorno precisa ser gradual para evitar recaídas ou desgaste físico. Mesmo sem realizar treinamentos coletivos, a presença nos trabalhos mostra que sua evolução está no caminho certo. O Bahia, por sua vez, precisa definir se contará com seu capitão em um duelo importante. A partida contra o Inter, válida por rodada atrasada do Brasileirão, terá peso grande para os rumos do Campeonato.

A expectativa é que, se tudo ocorrer bem nas próximas horas, Everton possa ser opção na partida. Caso contrário, será mantido como reserva ou opção futura. O clube continuará acompanhando cada passo de recuperação, para que seu retorno seja seguro e efetivo.

Santos perde para o Vitória na Vila Belmiro e segue em alerta no Brasileirão

O Santos voltou a campo nesta segunda-feira (20) para encerrar a 29ª rodada do Campeonato Brasileiro Betano Série A. No entanto, o desempenho foi muito diferente daquele mostrado na vitória sobre o Corinthians. Jogando na Vila Belmiro, o time comandado por Juan Pablo Vojvoda foi superado pelo Vitória por 1 a 0, resultado que manteve o clube paulista em situação delicada na tabela.

A partida foi marcada por lances polêmicos, erros individuais e vaias da torcida. O Peixe, que vinha embalado após vencer o rival alvinegro, apresentou pouca criatividade e esbarrou em falhas defensivas e ofensivas que custaram caro.

Primeiro tempo movimentado e pênalti polêmico

Os primeiros 45 minutos foram cheios de acontecimentos, especialmente para dois personagens do Santos: Lautaro Díaz e Gabriel Brazão. Logo no início, o atacante argentino teve uma boa oportunidade para abrir o placar. Ao tentar finalizar, caiu na área, e o árbitro Rafael Rodrigo Klein assinalou pênalti.

No entanto, o lance gerou dúvidas. Chamado pelo VAR, o juiz reviu as imagens e percebeu que Lautaro havia chutado o chão antes de cair, o que levou à anulação da penalidade. A torcida protestou, mas a decisão foi mantida.

Pouco depois, o próprio Santos foi punido com uma penalidade, desta vez a favor do Vitória. Em uma jogada despretensiosa, o goleiro Gabriel Brazão tentou afastar a bola e acabou atingindo Renzo López dentro da área. A infração foi confirmada após checagem no vídeo, e o atacante Matheuzinho converteu com tranquilidade, deslocando o goleiro santista.


Melhores momentos da vitória rubro-negra na baixada santista (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)

O gol foi comemorado intensamente pelos visitantes e gerou reações até fora de campo. Neymar, presente na Vila Belmiro para acompanhar o duelo, publicou nas redes sociais: “Tem que profissionalizar a arbitragem no Brasil pra ontem”, manifestando sua insatisfação com as decisões da partida.

Santos sente o golpe e não reage

No segundo tempo, o time de Vojvoda tentou reagir, mas encontrou dificuldades para furar a marcação do Vitória, que se fechou bem após abrir o placar. Faltaram criatividade no meio-campo e eficiência nas finalizações.

Guilherme, um dos jogadores mais criticados pela torcida, desperdiçou a melhor chance santista na etapa final. Em um cruzamento rasteiro, o atacante tentou cabecear em vez de finalizar com o pé e mandou para fora, desperdiçando a oportunidade de empatar.


Santos encarou o Vitória por jogo direto na briga do rebaixamento (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ricardo Moreira)

As vaias tomaram conta da Vila Belmiro ao fim da partida, refletindo a frustração do torcedor com mais uma atuação irregular da equipe. Apesar de ter maior posse de bola, o Santos não conseguiu transformar o domínio em perigo real ao adversário.

Situação preocupante na tabela e próximos desafios

Com o revés, o Santos permanece na 16ª colocação do Brasileirão, somando 31 pontos — a mesma pontuação do Vitória, que aparece em 17º, abrindo a zona de rebaixamento. O saldo de gols mantém o Peixe momentaneamente fora do Z-4, mas o alerta segue ligado nos bastidores.

O técnico Vojvoda terá uma semana para ajustar o time antes do próximo compromisso. No domingo (26), o Santos encara o Botafogo, comandado por Davide Ancelotti, no Estádio Nilton Santos, às 16h (horário de Brasília).

A partida no Rio de Janeiro é vista como crucial para a sequência do campeonato. Uma vitória pode devolver confiança ao elenco e aliviar a pressão sobre o treinador, mas novo tropeço pode colocar o clube novamente no grupo dos quatro últimos colocados. Com um desempenho que oscilou entre bons momentos e falhas decisivas, o Santos sabe que precisará reencontrar o equilíbrio e o espírito competitivo se quiser evitar mais uma luta dramática contra o rebaixamento nesta reta final de temporada.