Kim Kardashian culpa inteligência artificial por reprovação em exame de Direito

A empresária e modelo Kim Kardashian,  revelou que a inteligência artificial a prejudicou durante sua trajetória como estudante de direito ao usar o ChatGPT com uma ferramenta de estudo antes de uma prova causou uma reprovação.  Em entrevista à revista Vanity Fair, a estrela de “Tudo é Justo” contou que confiou na ferramenta mais foi suprrendida pela nota baixa. O momento de estresse, segundo ela, transformou o chatbot em uma espécie de “frenemy”, termo que une “friend” (amigo) e “enemy” (inimigo).

Durante a conversa, um detector de mentiras foi utilizado, a atriz Teyana Taylor, colega de elenco de Kim, perguntou se  o ChatGPT era seu consultor para conselhos pessoais. A empresária respondeu que não usa a tecnologia para essa finalidade específica, mas admitiu usar inteligência artificial (IA) em seus estudos, apesar dos erros frequentes. Kim brincou, em meio a risadas, que costuma tirar foto da pergunta para enviar à IA e que já errou diversas respostas por confiar na ferramenta, o que a faz sentir raiva e “começar a gritar com a tela”.

“Amiga tóxica” digital

Kim revelou ainda que o ChatGPT é como uma “amiga tóxica”. Ela revelou ler muitos conselhos na plataforma, dizendo que a ferramenta começa a lhe ensinar a confiar em si mesma, agindo como uma “terapeuta virtual”. A socialite também mencionou que costuma se divertir e compartilhar com as amigas os prints das conversas, devido às respostas inesperadas da IA.


Kim Kardashian (Vídeo: reprodução/Instagram/@kimkardashian)


A atriz revelou ainda que, mesmo com a decepção da reprovação, a IA tem sido uma grande aliada em seu dia a dia e que não pretende deixá-la de lado. Não sou a Kim, mas essa ferramenta tem sido uma companheira para muitas pessoas ao redor do mundo. Pesquisas revelam, inclusive, que em questões de bem-estar mental, a inteligência artificial é uma das mais utilizadas. Em muitos casos, as pessoas recorrem não à terapia com um profissional, mas à ajuda da IA.

Nova fase

Atualmente, a empresária vive uma nova fase profissional como atriz a estreia da série “Tudo é Justo” (All’s Fair), dirigida por Ryan Murphy, que chega ao Disney+ nesta terça-feira (4). A trama acompanha um escritório de advocacia composto apenas por mulheres especializadas em divórcios, trazendo reflexões sobre ética, poder e empatia.

Mesmo entre frustrações e risadas, Kim Kardashian mostrou que a relação entre celebridades e tecnologia é cada vez mais próxima e cheia de desafios. O episódio reforça como até as ferramentas mais avançadas da inteligência artificial ainda podem surpreender e ensinar, de um jeito ou de outro, a confiar mais na intuição humana.

ChatGPT entra no mundo adulto: OpenAI vai permitir conteúdo erótico com verificação de idade

Na segunda-feira (21), uma publicação de Sam Altman no X (antigo Twitter) deixou a internet em alvoroço. Ele revelou que, a partir de dezembro, o assistente da OpenAI poderá gerar conteúdo erótico para adultos com verificação de idade. Apesar da novidade, o material será criado de forma a evitar que menores tenham acesso. Para quem utiliza o recurso no dia a dia — estudando, trabalhando ou pedindo conselhos —, a notícia foi inesperada.

A plataforma, uma das mais populares do mundo, vai se aventurar em um campo até agora pouco explorado. A principal dúvida agora é como isso vai funcionar — e até onde essa liberdade poderá ir.

A expectativa agora é grande entre os usuários. Muitos querem saber quais limites serão estabelecidos e como o conteúdo será moderado. Nos bastidores, equipes da OpenAI já discutem detalhes técnicos e regras para que a experiência seja segura e responsável.

Reações imediatas

Nos grupos de tecnologia e fóruns, o assunto dominou as conversas. Parte do público comemorou a novidade, vendo espaço para mais liberdade criativa. Outros, porém, demonstraram preocupação, falando em dilemas éticos, possíveis riscos legais e até distorções de uso. Logo surgiram comparações com outros assistentes, como o da xAI de Elon Musk, que já flerta com experiências de tom sexual.



“O erotismo sempre teve papel importante em como usamos novas tecnologias”, observou o economista Mark Valorian. Entre desenvolvedores e curiosos, o assunto seguiu girando em torno de segurança, limites e do impacto que isso pode ter no comportamento das pessoas.

Altman, por sua vez, acalmar os ânimos. Garantiu que o recurso será totalmente opcional, que nada será exibido sem consentimento e que a OpenAI quer equilibrar leveza com responsabilidade.

Entre ética e entretenimento

O formato ainda é um mistério. Textos, imagens e vídeos curtos estão entre as possibilidades. Há também a ideia de incorporar vídeos virais para tornar tudo mais dinâmico e interativo. O anúncio dividiu opiniões. “Mais uma forma de desumanizar mulheres?”, questionou a artista Luna Bean em seu perfil. Já o engenheiro Roubal Sehgal viu com bons olhos: “O assistente da OpenAI andava sério demais. Se voltar a ser leve, mas com segurança, melhor ainda”, comentou.

Essa decisão abre um novo capítulo para o assistente da OpenAI e talvez para o próprio uso da tecnologia no cotidiano. Tecnologia, desejo e ética se cruzam em um território ainda sem mapa definido. E, como toda fronteira nova, promete causar polêmica, curiosidade e muito debate.

A nova era das buscas: Inteligência artificial redesenha o jogo do SEO

As Ferramentas de Inteligência Artificial Generativa como ChatGPT, Gemini, Perplexity e o novo modo de busca do Google não são apenas novidades tecnológicas; elas representam uma profunda mudança no comportamento de busca online, ameaçando a visibilidade de conteúdos que, até então, prosperavam sob as regras do SEO (Search Engine Optimization) tradicional.

Desde que o Google se estabeleceu como o portal de informação dominante no final dos anos 1990, o SEO ditou o manual para quem desejava as primeiras posições. Contudo, a lógica mudou: em vez de clicar em um link, o usuário moderno busca uma resposta direta e completa fornecida pela própria IA. Este novo panorama exige uma adaptação urgente, definindo um novo conceito: o Generative Engine Optimization, ou GEO.

A nova disputa por citações nas respostas das IAs

O GEO, Otimização Generativa de Mecanismos, é a fronteira mais recente da estratégia digital. Ele não se concentra em disputar o ranqueamento tradicional, mas em garantir que marcas e sites se tornem as fontes citadas e referenciadas nas respostas sintetizadas pelas IAs. Conforme aponta Luiz Bernardo, Sócio-Fundador da Prosperidade Conteúdos, a adaptação é crucial. “O futuro das buscas é conversacional. O GEO está apenas começando, mas já redefine o papel do SEO tradicional. Em vez de disputar cliques, as marcas precisarão disputar citações nas respostas das inteligências artificiais. Quem entender essa lógica antes, vai sair na frente na nova era da descoberta digital”, afirma o especialista.


Conteúdo explicando o GEO (Vídeo: reprodução/YouTube/Tropical Hub)

A migração de cliques para citações exige uma recalibragem das táticas de conteúdo. Para garantir presença nas respostas generativas, é fundamental que as empresas produzam conteúdo que seja, acima de tudo, objetivo e solucionador. As IAs priorizam a clareza; textos que respondem a perguntas reais do público-alvo, com parágrafos curtos (entre 60 e 120 palavras) e foco direto no ponto, aumentam drasticamente as chances de serem citados. Ferramentas que mapeiam as dúvidas dos usuários, como o autocomplete do Google ou o AlsoAsked, tornam-se essenciais nesse processo.

Os pilares da relevância no GEO

Além da objetividade, a autoridade e a originalidade são fatores decisivos. Em um mar de informações genéricas, o conteúdo que se destaca é aquele que só a própria marca pode fornecer: estudos de caso, dados exclusivos, números de mercado e materiais visuais próprios, como gráficos e tabelas. Quanto mais embasado e singular o conteúdo, maior a sua “relevância” para os modelos de IA, que são treinados para identificar fontes confiáveis.

O GEO também expande o foco para além do website da empresa. A distribuição de conteúdo em múltiplos canais, como LinkedIn, YouTube, Medium e Reddit, é uma tática poderosa, especialmente quando o material inclui links para o texto completo. Além disso, formatos de dados estruturados e de fácil leitura, como PDFs, planilhas e checklists, são preferidos por diversos modelos de IA.


Conteúdo mostrando os números de pesquisa do GEO (Vídeo: reprodução/YouTube/Joabel Kasper)

 

A reputação digital nunca foi tão importante. Menções em veículos de imprensa, backlinks de sites confiáveis e avaliações positivas em plataformas como Google Meu Negócio e Reclame Aqui constroem a credibilidade que as IAs buscam ao selecionar uma fonte. Por fim, a arquitetura do site deve ser amigável para a leitura por máquinas. O uso de metadados, dados estruturados e a inclusão de seções de FAQ (Perguntas Frequentes) no final dos textos facilitam a compreensão e a extração de informações pelas plataformas generativas, aumentando a probabilidade de um trecho da página ser utilizado como a resposta definitiva. Ignorar o GEO é, em essência, optar pelo desaparecimento na principal via de busca da próxima década.

Chegada da OpenAI ao Brasil mexe com negócios e regulação de IA

A chegada da OpenAI ao Brasil foi marcada pelo anúncio do primeiro escritório da companhia na América Latina, em São Paulo, na quinta-feira (28). O movimento representou uma estratégia importante para negócios e regulação da inteligência artificial. A operação da OpenAI, que já conta com mais de 50 milhões de usuários no mundo, buscou aproximar desenvolvedores, fortalecer parcerias e impulsionar o ecossistema de IA na região.

Segundo Nicolas Andrade, diretor de políticas públicas da empresa para a América Latina, o escritório funcionará como hub para iniciativas locais e internacionais. Além disso, a escolha do Brasil reflete três fatores essenciais para a companhia: escala, inovação e talento.

Impactos econômicos e inovação tecnológica da chegada da OpenAI

Especialistas apontam que a chegada da OpenAI ao Brasil pode trazer benefícios importantes para a economia digital e a inovação tecnológica. Eles também destacam que a presença da companhia deve estimular descobertas e gerar soluções para desafios nacionais.

Aline Sordili, especialista em transformação digital, ressalta que a expansão representa um avanço para startups e empresas de tecnologia. Nesse sentido, ela destaca que a iniciativa amplia a necessidade de investimento em capacitação profissional e atualização contínua da força de trabalho do setor.

Regulação e ética em IA no Brasil

Além dos impactos econômicos, a operação deve acelerar a discussão sobre regulamentação da inteligência artificial. Entre os pontos em destaque estão a proteção de dados, ética no uso das ferramentas, remuneração de produtores de conteúdo e transparência.

O movimento tende a intensificar o debate sobre regulamentação, à medida que novas aplicações surgem e exigem compreensão mais profunda por parte dos órgãos reguladores”, afirma Maciel.

Por outro lado, especialistas alertam que o processo deve ser equilibrado para não inibir a inovação.


OpenAI, responsável pelo ChatGPT, anuncia abertura de escritório no Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Novos recursos do ChatGPT para segurança de adolescentes

No mesmo período da inauguração em São Paulo, a OpenAI anunciou recursos inéditos para o ChatGPT voltados à segurança de adolescentes. Entre as novidades estão controles parentais, vinculação de contas a responsáveis e alertas ao detectar sinais de sofrimento emocional intenso.

As medidas surgem após relatos de crises de saúde mental envolvendo chatbots. Assim, em casos sensíveis, a plataforma passará a utilizar modelos de raciocínio avançados, como o GPT-5-thinking, projetados para lidar com interações complexas e aplicar proteções de forma mais consistente.

Perspectivas estratégicas para o Brasil com a OpenAI

A presença da OpenAI em São Paulo marca um ponto estratégico para o Brasil na corrida global pela inovação em inteligência artificial. A iniciativa amplia as oportunidades econômicas e acadêmicas, ao mesmo tempo em que reforça a importância da capacitação profissional e do avanço tecnológico no país.

Além disso, reforça a urgência de regras claras e regulamentações eficazes para garantir o uso ético e seguro da inteligência artificial. Com isso, o país tem a chance de se consolidar como um polo regional de inovação, atraindo parcerias internacionais e fortalecendo seu ecossistema de startups e tecnologia.

Elon Musk processa a Apple e OpenAI por acusação de monopólio e cobra bilhões de dólares

A xAI, startup de inteligência artificial do bilionário Elon Musk, processou a Apple e a OpenAI (fabricante do ChatGPT) em um tribunal federal dos EUA, no Texas, nesta segunda-feira. A ação acusa as empresas de conspirar para impedir a concorrência no setor de IA. O processo afirma que ambas bloquearam mercados para manter seus monopólios e impedir que inovadores como a xAI e outras empresas do grupo “X” possam competir.

Entenda a situação

No início deste mês, Musk já havia ameaçado processar a Apple, afirmando no X que a empresa “impossibilita” qualquer concorrente da OpenAI de alcançar o primeiro lugar na App Store. O ChatGPT, da OpenAI, tem o apoio da Microsoft e da startup DeepSeek. Alguns especialistas que não estão envolvidos no processo acreditam que a posição dominante da Apple no mercado de smartphones pode ser um fator relevante na questão.

De forma mais abrangente, o processo pode dar aos tribunais dos Estados Unidos a oportunidade de discutir questões relacionadas à IA e ao antitruste, segundo Christine Barholomew, professora da faculdade de direito da Universidade de Buffalo. As práticas da Apple na App Store já são alvo de diversos processos judiciais, incluindo um em andamento com a Epic Games, criadora do jogo “Fortnite”. Nesse caso, um juiz ordenou que a Apple permitisse mais concorrência nas opções de aplicativos.


Elon Musk no dia 30 de maio no ano de 2025 em evento (Foto: reprodução/kevin Dietsch/Getty Images Embed)


Sobre o ChatGPT

Após se tornar o aplicativo de consumo com crescimento mais rápido da história em 2022, o ChatGPT foi adquirido por Elon Musk por US$ 33 bilhões. A intenção era aprimorar o chatbot Grok, usado nos veículos da Tesla. A xAI foi lançada há pouco menos de dois anos e conta com o apoio da Microsoft.

A Apple pode argumentar que a integração da IA em seu sistema operacional é justificada por razões de segurança e operacionais, conforme comentou Herbert Hovenkamp, professor da faculdade de direito da Universidade da Pensilvânia. Em outra ação, Musk está processando a Open Hall e seu CEO, Sam Altman, em tribunal na Califórnia para impedir a conversão de uma organização sem fins lucrativos.

OpenAI lança ChatGPT-5 e promete IA com raciocínio de nível doutorado

A OpenAI revelou o tão aguardado ChatGPT-5 em uma semana histórica para a inteligência artificial, com uma promessa de oferecer raciocínio profundo e precisão quase profissional. O fabricante ainda promete que a precisão das respostas devem ser de nível doutorado, consolidando sua posição no centro das operações corporativas.

Em meio a anúncios de concorrentes como Anthropic e Google, o lançamento do GPT-5 surpreendeu o mercado pelo anúncio inesperado, marcando uma mudança de imagem e estratégica da OpenAI. Ao invés de múltiplos modelos fragmentados, a empresa lança uma solução com sistema unificado. De acordo com Matías Duarte, CTO da Setplix, o GPT-5 conta com uma ferramenta que pode lidar desde bate-papos básicos até raciocínios complexos, que envolvam diversas etapas. 

Sistema unificado com roteamento inteligente

O GPT-5 introduz uma nova arquitetura inovadora que decide automaticamente qual versão do modelo utilizar a depender do tipo de tarefa delegada. Esse roteador interno tem capacidade de avaliar a complexidade da consulta, a necessidade de ferramentas e a intenção explícita do usuário, oferecendo assim uma resposta mais rápida e detalhada para o pedido. Conforme os usuários interagem, através de correções de pedidos ou feedbacks, o mecanismo aprende, otimizando sua performance, eficiência e adequação às necessidades.

Outros avanços no mecanismo da IA incluem melhoria substancial na elaboração de relatórios, e-mails e documentos. O objetivo da OpenAI não é somente criar um mecanismo mais inteligente, mas também um que forneça respostas mais naturais e de forma mais econômica em escala. A criação de uma ferramenta mais econômica, com custo menor,  possibilita o uso dela em ambientes corporativos. 


 Sam Altman, CEO da OpenAI (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Concorrência acirrada entre as empresas

Cada vez mais a inteligência artificial adentra o cotidiano da sociedade e com isso, a corrida das empresas pelo mecanismo de tecnologia aumenta. A OpenAI posiciona o GPT-5 como seu modelo principal, enfrentando modelos como Grok 4 da xAI; Gemini 2.5 do Google; Claude 4 da Anthropic; e o V3 da DeepSeek, empresa chinesa. Elon Musk, por exemplo, afirmou que o Grok 5 será lançado ainda em 2025 e será “incrivelmente bom”. 

Para Sofía Guidotti, da Oracle, o valor real de uma IA está nos novos casos de uso empresarial. O foco, de acordo com ela, não é mais em usar a tecnologia porque se é “interessante” e sim, porque ela pode permitir que façamos coisas que antes não podíamos. Apesar de não sabermos quem irá prevalecer no cenário das inteligências artificiais, está claro que a corrida está cada vez mais acirrada entre as empresas de tecnologia, na busca por produzir o melhor mecanismo e se tornar fonte da inovação corporativa.

Estudo indica que 93% dos brasileiros conectados utilizam IA no dia a dia

Está cada vez mais comum tratar sobre o assunto de inteligência artificial no nosso cotidiano. Com o avanço tecnológico e a praticidade que as IAs oferecem, tem se tornado comum que ela faça parte do cotidiano não só dos brasileiros, mas de todos os usuários da internet. De acordo com um estudo Conversion, em parceria com a ESPM, divulgado com exclusividade pela Forbes Brasil, aponta que 93% dos brasileiros utilizam algum tipo de ferramenta de inteligência artificial em seu dia a dia.

Dados do estudo

Foi realizado um levantamento com cerca de 400 entrevistados que utilizam a internet. A pesquisa foi realizada em maio de 2025, através de questionário online com 25 perguntas, onde aponta que 93% dos entrevistados utilizaram ferramentas mais conhecidas, como o ChatGPT, Gemini e Copilot. Além disso, 98% dos entrevistados conhecem esse tipo de tecnologia.

De acordo com o estudo, a IA ultrapassou o campo da curiosidade e já se faz presente no cotidiano dos usuários. Dados da pesquisa apontam que 49,7% dos entrevistados utilizam ferramentas de IA todos os dias, e 86,4% ao menos uma vez por semana. Quanto às informações geradas por IA,  62% alegam confiar totalmente em informações geradas através de inteligência artificial, número próximo dos 65,2% que responderam o mesmo sobre os buscadores tradicionais, além de 45% que dizem que os dois são igualmente confiáveis.


Cidade do Para utilizou inteligência artificial para a criação de anúncio da festa junina da cidade. (Vídeo: Reprodução/X/@brains9)

Relação entre IA x buscadores

Com o crescimento das IAs, a busca por informação vem mudando de centro. 27,4% dos entrevistados consideram o Google mais confiável para buscar informações contra 25,5% que consideram a IA mais confiável. Esse dado é interessante para mostrar essa descentralização dos meios tradicionais como fonte de informações.

Os brasileiros entrevistados entendem que a IA é um complemento para os buscadores tradicionais, afinal, 71,2% dos usuários apontam que a principal vantagem está relacionada à economia de tempo utilizando as IAs, utilizando-as principalmente na busca de informações específicas, no auxílio em tarefas profissionais e no aprendizado de novos assuntos.

Aliança entre Jony Ive e OpenAI reforça pressão sobre a Apple em meio à crise com inteligência artificial

O designer britânico Jony Ive, conhecido por contribuir com a criação de produtos icônicos da Apple, firmou uma parceria com a OpenAI, de Sam Altman, criadora do ChatGPT, para desenvolver uma nova geração de dispositivos baseados em inteligência artificial. O acordo, anunciado no dia 21 de maio, destaca a ambição da empresa em reinventar o hardware da IA e surge em um momento delicado para a Apple, que enfrenta críticas e atrasos em seus próprios projetos no setor.

Um novo tipo de computador pessoal

A startup de hardware de Ive, io Products, foi adquirida pela OpenAI por cerca de US$ 6,5 bilhões, marcando sua entrada no desenvolvimento de dispositivos físicos voltados para inteligência artificial. Embora siga operando de forma independente, a LoveFrom, estúdio de design de Ive, será responsável por todo o design dos produtos da OpenAI, incluindo software.

De acordo com o Wall Street Journal, o projeto liderado por Ive e Altman busca desenvolver “companheiros de IA”, dispositivos compactos e conectados à inteligência artificial de forma intuitiva. A proposta é que o aparelho funcione como um assistente integrado ao cotidiano do usuário, capaz de compreender seu ambiente e suas rotinas.

Portanto, o novo produto, ainda em fase de desenvolvimento, seria uma categoria totalmente nova de hardware, algo que não substituirá o smartphone, mas que poderá complementá-lo de maneira inovadora. Em sua conta no X, Altman elogiou Ive como “o maior designer do mundo” e disse estar animado com a parceria. O primeiro aparelho resultado da parceria deve ser lançado em 2026.


Anúncio do acordo entre as empresas (Foto: reprodução/Instagram/@openai)


Apple perde fôlego na corrida da IA

Enquanto isso, a Apple vive um período de incertezas no campo da inteligência artificial, com as ações caindo mais de 17% em 2025. Investidores veem a movimentação da OpenAI como uma ameaça à liderança da Apple no mercado de dispositivos inteligentes.

Além disso, os esforços mais recentes da Apple na área, como o sistema “Apple Intelligence”, enfrentaram atrasos e críticas. O recurso, anunciado com destaque no lançamento do iPhone 16, teve sua implementação adiada para 2026 após polêmicas envolvendo informações imprecisas geradas por resumos automáticos.

O cenário ficou ainda mais conturbado com um processo movido por consumidores estadunidenses, acusando a Apple de publicidade enganosa ao prometer recursos de IA que não estavam prontos. Em paralelo, a empresa se prepara para o Worldwide Developers Conference, evento anual em que apresenta seus novos softwares e tecnologias.


Jony Ive, à esquerda, mostrando o dispositivo para Tim Cook, CEO da Apple (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Jony Ive

Em contraste, Jony Ive parece determinado a retomar seu papel de protagonista na tecnologia. Ele entrou na Apple em 1992 e, como chefe de design, contribuiu para a criação de alguns dos produtos mais revolucionários da empresa, entre eles, o iMac (1998), o iPod (2001), o iPhone (2007), o iPad (2010) e o Apple Watch.

Após deixar a Apple em 2019 para fundar sua própria empresa de design, a LoveFrom, Ive demonstrou interesse crescente por inteligência artificial, chegando a criticar produtos recentes do setor, como o Human AI Pin, por sua má execução.

A fundação da empresa io já sinalizava sua intenção de construir algo novo. Inicialmente, sua intenção era desenvolver e comercializar um dispositivo de IA com tecnologia da OpenAI, até que Sam Altman sugeriu a fusão entre as duas empresas.

Executivo fala sobre desejo da OpenAI em adquirir o Chrome do Google

Empresa OpenAI tem interesse na compra do Chrome do Google, caso as autoridades tenham sucesso em persuadir a Alphabet a negociar o navegador como tentativa de restaurar as concorrências nas pesquisas. Detalhes foram dados por um executivo da OpenAI em julgamento anti monopólio do Google realizado nesta terça-feira (22), em Washington, EUA.

Nick Turley, chefe de produto do ChatGPT, fez uma declaração ao presenciar um julgamento importante que está acontecendo em Washington, onde o departamento de justiça dos Estados Unidos exige que o Google tome medidas de longo alcance para restaurar a concorrência nas pesquisas online.

O julgamento

Juiz responsável por supervisionar o julgamento, alegou no ano passado que o Google é detentor do monopólio das pesquisas online e da publicidade relacionada. O Google, por sua vez, não colocou o Chrome à venda; por isso, busca recorrer da decisão de que detém o monopólio.

O início do julgamento de alto risco escancarou uma disputa no mercado de inteligência artificial (IA) generativa, em que grandes empresas de tecnologia e startups estão competindo para desenvolver seus aplicativos e ganhar usuários.

Os promotores do caso levantaram algumas preocupações em declarações iniciais na última segunda-feira (21) de que o monopólio de buscas do Google poderia lhe dar vantagens em IA e que seus produtos na área são outra maneira de levar os usuários ao seu mecanismo de busca.


OpenAI tem interesse em comprar navegador do Google (Fotos: Reprodução/X/@republiqueBRA)

O contato da OpenAI com o Google

Em um email enviado ao Google pela OpenAI, a empresa de Turley fez contato visando uma parceria após enfrentar problemas com seu provedor de buscas

Acreditamos que ter vários parceiros, e em particular a API do Google, nos permitiria fornecer um produto melhor aos usuários.

A OpenAI entrou em contato pela primeira vez em julho, e o Google recusou o pedido em agosto, dizendo que envolveria muitos concorrentes, conforme o e-mail.

No ano passado, Turley afirmou que o ChatGPT era líder no mercado de chatbots para consumidores e não via o Google como seu maior concorrente, de acordo com um documento interno da OpenAI apresentado pelo advogado do Google no julgamento.

Elon Musk faz oferta bilionária pela OpenAI e reacende rivalidade com Sam Altman

A batalha entre os gigantes da tecnologia, Elon Musk e Sam Altman, ganhou um novo capítulo nesta ultima segunda-feira. O bilionário Musk fez uma oferta surpreendente de US$ 97,4 bilhões para adquirir a divisão sem fins lucrativos da OpenAI, conforme reportado pelo The Wall Street Journal, no caso de a proposta ser aceita, ela poderá resultar na fusão da OpenAI com a xAI, startup de inteligência artificial fundada por Musk.

O empresário afirmou que deseja ver a OpenAI “retomar seu compromisso com a segurança e o código aberto”, características que, segundo ele, foram abandonadas. Musk, que já foi cofundador da OpenAI em 2015, deixou a organização em 2018 após tentativas frustradas de controlar a maior parte das ações e assumir a liderança da empresa.

Altman responde as provocações públicas

Sam Altman, atual CEO da OpenAI, não deixou a provocação sem resposta, e em um tom sarcástico, comentou nas redes sociais:

“Não, obrigado, mas podemos comprar o Twitter por US$ 9,74 bilhões , se você quiser.”

A declaração fez alusão à queda de valor do Twitter desde que Musk adquiriu a plataforma em 2022 por US$ 44 bilhões.


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Bilionários já chegaram a ser parceiros no passado (foto:reproduçao/Getty Images Entertainment/Michael Kovac/Getty Images Embed)


A rivalidade entre os dois bilionários tem se intensificado nos últimos meses. Em janeiro, Musk criticou publicamente o projeto Stargate, uma iniciativa de US$ 500 bilhões para construir centros de dados focados em inteligência artificial, liderada pela OpenAI em parceria com Donald Trump, que e bastante próximo de Musk.

Musk ainda questionou a viabilidade financeira do projeto e chegou a chamar Altman de “trapaceiro” e “mentiroso” nas redes sociais.

O que deve vim a seguir?

Ainda não está claro no entanto se a OpenAI aceitará a oferta de Musk, o embate entre os dois empresários promete continuar, moldando o futuro da inteligência artificial. Com interesses divergentes sobre a ética e o desenvolvimento da tecnologia, Musk e Altman representam dois caminhos distintos para o futuro da IA: um focado na abertura e segurança, e outro na inovação acelerada e parcerias estratégicas.