Trump sugere que Elon Musk compre o aplicativo TikTok

Elon Musk, bilionário de 53 anos, disse que não está interessado em comprar o TikTok. Seu comentário veio depois de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sugerir a possibilidade de Musk adquirir o aplicativo, caso ele tivesse algum interesse.

A declaração vem após uma briga sobre o futuro do aplicativo nos Estados Unidos, em que o governo estadunidense afirmou que o aplicativo oferecia riscos de segurança para o país e exigir que a ByteDance, empresa chinesa, venda o aplicativo para empresas americanas.

Governo dos EUA põe pressão no TikTok

O TikTok está sendo ameaçado de banimento nos Estados Unidos, porque o governo afirmou está preocupado que o governo chinês possa roubar dados de usuários pelo aplicativo de vídeos curtos. Trump ordenou o adiamento da proibição do aplicativo e exige que a ByteDance seja vendida para os estadunidenses, caso contrário, o aplicativo vai ser removido das lojas online. Embora o TikTok negue qualquer compartilhamento de dados com o governo chinês, o governo americano continua resistente ao aplicativo.


Declarações de Trump sobre o banimento do Tik Tok (Vídeo: reprodução/Instagram/@dailymail)


Trump diz que está em negociações sobre a compra do TikTok, e que uma decisão sobre o futuro do aplicativo no país será tomada em breve. Por isso, a indicação que Elon Musk, que recentemente comprou o App X (antigo Twitter), também comprasse o Tik Tok.

Musk diz que não costuma comprar empresas

Durante uma cúpula organizada pelo The WELT Group, Musk declarou que não fez nenhuma oferta pelo TikTok e que não tem nenhum interesse em adquirir a empresa de vídeos. O mesmo alega que não tem nenhuma familiaridade com o aplicativo e não sabe como o conduziria, se fosse dono de um aplicativo, o qual não usa.

Normalmente, eu crio empresas, a compra do Twitter foi uma exceção

Elon Musk

O impacto do possível banimento do TikTok

O banimento do TikTok pode afetar profundamente criadores de conteúdo e pequenas empresas que dependem da plataforma para o marketing digital. O aplicativo tinha tornado-se, nos últimos anos, uma das maiores redes sociais da sociedade e com maior uso para vias profissionais. A medida também pode aumentar tensões diplomáticas entre EUA e China. Enquanto isso, o TikTok planeja recorrer ao Supremo Tribunal dos EUA, buscando reverter a decisão e manter suas operações no país.

China anuncia aumento de tarifas para importações estadunidenses

Nesta terça-feira (4), a China respondeu às taxações que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs ao país asiático: a partir de 10 de fevereiro, haverá tarifas adicionais para importações estadunidenses.

A agência de notícias Reuters vêm noticiando sobre a guerra comercial entre as duas maiores economias globais, como a decisão de Trump da última sexta-feira (31), de aumentar em 10% todas as importações chinesas. Segundo o presidente, a China não estaria trabalhando bem o suficiente, para impedir a entrada de drogas ilícitas no território estadunidense.

Em resposta, foi relatado pelo Ministério das Finanças da China que, em seis dias, haverá um aumento de 15% para exportar carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL), e 10% para equipamentos agrícolas, determinados automóveis e petróleo bruto.

Ademais, foi comentado pela Reuters que o país governado por Xi Jinping iniciará também uma investigação contra a dona do Google, a empresa Alphabet Inc., que havia incluído algumas empresas em sua lista de entidades não confiáveis, como a PHV Corp, Calvin Klein, e a companhia que trata sobre biotecnologia estadunidense, Illumina.

Donald Trump e a taxação para diversos países

Donald Trump havia ameaçado impor uma tarifa de 25% sobre o México e o Canadá, todavia, desistiu da taxação na segunda-feira (3). O norte-americano aceitou a proposta de pausa de 30 dias, em troca do direito de controlar fronteiras, bem como a execução de leis contra o crime com os dois países.


Donald Trump adia tarifas para Canadá e México (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

Antes da posse de Trump, o México fechou um acordo com a União Europeia, depois que o presidente, na época ainda apenas eleito, anunciou que as tarifas para ambos os locais aumentaria de forma extrema.

Apesar de ainda não ter especificado uma data, o presidente deseja que as tarifas para a União Europeia ocorra. Em resposta, a União Europeia relatou que responderá “firmemente”, caso a taxação seja implementada.

Quanto à China, até o momento, Trump não deseja conversar com o presidente Xi Jinping, segundo um porta-voz da Casa Branca.

Guerra Comercial entre China e Estados Unidos

Em 2018, durante seu primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump começou uma guerra comercial contra a China, que durou dois anos. Neste período, como resultado do superávit comercial dos Estados Unidos, foram aplicadas tarifas mútuas em centenas de bilhões de dólares em bens, o que não só abalou a economia mundial, como também desmantelou cadeias globais de suprimento.

Em nota, a Oxford Economics disse ser possível acrescentar novas tarifas, dado que a guerra comercial apenas começou. Foi reduzido também a previsão de crescimento econômico da China.

A expectativa da Oxford condiz com o comportamento de Trump, que notificou, na segunda-feira, que pode elevar ainda mais as tarifas para o país, exceto se Pequim parar com o fluxo de fentanil, um opioide mortal, para os Estados Unidos.

A China disse que o fentanil é um problema dos Estados Unidos, e confirmou desafiar as tarifas impostas pelo país na Organização Mundial do Comércio (OMC), além de tomar outras contramedidas necessárias. Entretanto, deixou aberta a porta para futuras negociações.

Gary Ng, economista sênior do Natixis em Hong Kong, ouvido pela Reuters, disse ser muito mais complicado os Estados Unidos chegarem a um acordo com a China sobre as demandas econômicas de Donald Trump, do que com Canadá e México.

Segundo o economista, ainda que cheguem a uma decisão, a taxação pode ser utilizada como ferramenta recorrente, sendo uma possível fonte de inconstância no mercado este ano.

China investiga Google para retaliar Estados Unidos na guerra comercial

A relação entre China e Estados Unidos está em clima de tensão. Nesta terça-feira (4), a China anunciou medidas contra empresas americanas, e o Google entrou na mira. Isso tudo é uma resposta às novas taxas que o governo de Donald Trump colocou sobre produtos chineses, cerca de 10% em todas as importações.

O que está acontecendo com o Google

O governo chinês começou a investigar o Google por suspeita de práticas ilegais de monopólio. A empresa dona do Google, a Alphabet Inc., foi citada, mas até agora a China não revelou detalhes sobre as acusações.

Mesmo sendo bloqueado na China, o Google ainda faz negócios por lá, principalmente vendendo anúncios para empresas locais.

No passado, tentou investir em inteligência artificial no país, mas desistiu em 2019. Quando perguntado sobre essa investigação, o Google preferiu ficar em silêncio.


Google comemorando o Ano Novo Lunar (Foto: reprodução/Instagram/@google)

Novas punições contra os EUA

Além do Google, a China decidiu aumentar tarifas sobre produtos dos Estados Unidos. A partir de 10 de fevereiro, carvão e gás natural liquefeito (GNL) vão ter uma taxa de 15%, enquanto petróleo, equipamentos agrícolas e carros vão pagar 10% a mais para entrar no país.

Duas empresas americanas também foram colocadas na “lista negra” da China: a PVH Corp., dona da Calvin Klein, e a empresa de biotecnologia Illumina. O governo chinês acusa essas empresas de prejudicar negócios chineses.

Como punição, podem sofrer multas, ter restrições comerciais e até perder permissões de trabalho para funcionários estrangeiros.

O que pode acontecer agora

Essa briga entre China e EUA parece estar longe do fim. Especialistas acreditam que novas medidas de ambos os lados continuam por vir, o que pode afetar empresas e até o comércio global. O mundo agora espera os próximos passos dos governos e os impactos dessa disputa econômica.

Novas tarifas de Trump trará retaliações e pode prejudicar os EUA

As tarifas oficializadas pelos EUA irão atingir o México, Canadá e China, mas irão prejudicar os próprios estadunidenses. Embora as medidas sejam impostas como uma suposta forma de proteger a economia nacional, especialistas alertam que o chamado “efeito máquina de lavar” pode acabar pesando no bolso dos consumidores e das empresas dos EUA.

O presidente Donald Trump determinou a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de uma taxa de 10% para mercadorias chinesas. Segundo o governo, a imposição das tarifas é uma luta contra a ameaça de imigrantes ilegais e drogas.

Respostas dos outros países 


Retaliações de países atingidos pela decisão de Trump (Foto: reprodução/Instagram/@cnnpolitica)


A decisão de Trump gerou retaliações. Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, anunciou que devolverá as tarifas de 25% sobre os produtos vindos dos EUA. Trudeau afirmou que as tarifas irão afetar o país do mesmo jeito. Itens que vão sofrer com a decisão vão ser, por exemplo, bebidas alcoólicas, frutas, roupas e eletrodomésticos.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, se manifestou em revolta contra as alegações do governo americano. Em um comunicado oficial, ela anunciou que medidas econômicas também estão sendo preparadas como resposta. 

Rejeitamos categoricamente a calúnia que a Casa Branca faz contra o governo do México de ter alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção intervencionista em nosso território.

Claudia Sheinbaum

O governo chinês declarou que pretende recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as tarifas impostas por Trump e afirmou que tomará medidas para defender os interesses e direitos de sua população.

Uma guerra comercial

A imposição dessas tarifas levanta muitas preocupações, pois podem levar a um novo conflito comercial. Essa disputa pode gerar impactos negativos não apenas para os países diretamente envolvidos, mas para uma economia global. Se esse cenário se intensificar, os próprios Estados Unidos poderão enfrentar dificuldades econômicas, especialmente pela retaliação de todos países que serão atingidos.

Donald Trump e Xi Jinping discutem acordo comercial por telefone

Em um telefonema realizado no dia 20 de janeiro, antes da posse de Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos e o líder chinês, Xi Jinping, discutiram a possibilidade de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Durante a conversa, os dois líderes abordaram uma série de questões, incluindo o futuro do aplicativo TikTok, temas relacionados ao comércio e a delicada situação de Taiwan. A relação comercial entre os dois países tem sido um ponto central desde o início do mandato de Trump, com discussões frequentes sobre tarifas e práticas comerciais.

Acordo comercial

Embora Trump tenha prometido, durante sua campanha presidencial, adotar tarifas punitivas sobre produtos chineses para pressionar a China a adotar práticas comerciais mais justas, ele não implementou tais medidas de forma imediata após assumir a presidência.


Donald Trump e Xi Jinping (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


No entanto, as negociações comerciais entre os dois países seguiram de forma tensa, com a imposição de algumas tarifas ao longo dos anos, afetando tanto a economia dos EUA quanto a da China. Essas tarifas foram um reflexo da crescente frustração de Trump com o que ele considerava práticas comerciais desleais por parte da China, como a violação de propriedade intelectual e o déficit comercial significativo entre as duas nações.

Donald Trump e Xi Jinping

Em entrevista à Fox News, Trump destacou a importância do diálogo com Xi Jinping, classificando a conversa como positiva. Ele afirmou que a troca de ideias entre as duas potências é fundamental para o futuro das negociações comerciais, pois é por meio desse tipo de comunicação que se consegue entender as diferentes perspectivas e buscar soluções viáveis.

Trump também enfatizou que sempre buscou manter a comunicação aberta, mesmo quando as negociações pareciam estagnadas ou conturbadas. No entanto, o presidente dos EUA ressaltou que as tarifas ainda são uma ferramenta estratégica crucial no jogo comercial. “Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem”.

Eu preferiria não usá-las, mas é um poder tremendo sobre a China“, afirmou Trump, deixando claro que as tarifas continuam sendo uma opção viável, caso necessário. Ele, no entanto, reconheceu que o objetivo maior é evitar um cenário de confronto direto, o que poderia ter consequências econômicas graves para ambas as economias.

Trump quer o Canal do Panamá de volta, mas plano segue incerto

Logo no seu primeiro dia de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a reforçar alguns dos discursos feitos durante sua campanha presidencial, entre eles a retomada do canal do Panamá. No entanto, mesmo reafirmando essa intenção, ele não forneceu detalhes sobre como essa retomada ocorreria.

“O propósito de nosso acordo e o espírito de nosso tratado foram totalmente violados”

Trump em discurso sobre o canal

Historia do Canal

Durante sua construção, os Estados Unidos tiveram um papel importante na edificação do canal e, logo após sua finalização, apropriaram-se da soberania do local. Apenas após anos de protestos e disputas, o país devolveu ao Panamá o direito de administração dessa que é uma das mais importantes vias aquaviárias do mundo. A devolução ocorreu há quase 30 anos, em 1999.


Canal do Panamá é um dos principais canais de transporte marítimo do mundo (Foto:reprodução/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Grande parte da importância da obra vem do fato de ela reduzir a distância entre os oceanos Pacífico e Atlântico, evitando a volta pela América do Sul. Com isso, reduz os custos de exportação de vários países. Atualmente, estima-se que cerca de 5% de todo o comércio marítimo do mundo passe pelo canal.

Presidente do Panamá se pronuncia

Em sua conta no X José Raúl Mulino presidente do país centro-americano disse na última segunda-feira que o canal do panamá “é e continuará a ser panamenho”, isso vem em resposta às falas de Trump que parece estar empenhado em retomar o canal.

Ainda durante suas falas, Trump chegou a dizer que a China é uma das potências que se beneficiam da estrutura e que isso estava longe do que os Estados Unidos queriam quando deram o local “de presente ao Panamá”.

Agora, nos próximos meses, devemos ficar no aguardo dos próximos passos de Trump e de como ele pretende cumprir sua promessa.

Trump assume segundo mandato com agenda de mudanças e controvérsias

O segundo mandato de Trump na Casa Branca começa nesta segunda-feira, 20 de janeiro. A expectativa é que uma série de mudanças ocorram tanto na política externa quanto na política interna. Para compreender melhor o que deve mudar, é necessário analisar o panorama político com base nas promessas do presidente eleito.

Durante seu primeiro mandato na Casa Branca, Trump já adotava uma política externa que priorizava os interesses internos do país. Agora, em seu segundo mandato, o que ele chama de “America First” (tradução “Primeiro, os Estados Unidos”) deve impactar significativamente a condução de seu governo, com os imigrantes sendo um dos grupos particularmente afetados por essa política.

Imigração

Com a promessa de deportações em massa, Trump já vinha implementando uma política externa anti-imigração como uma de suas principais bandeiras desde o seu primeiro mandato. Agora, no início de sua segunda passagem pela Casa Branca, ele promete iniciar a “maior operação de deportação em massa da história americana”, algo que, segundo ele, deve ocorrer logo em seu primeiro dia de mandato.

Trump também declarou que pretende começar pelo que ele chama de “criminosos”. No entanto, não forneceu detalhes sobre outros requisitos ou sobre como essas deportações em massa serão realizadas.

Gerra na Ucrânia

A guerra no país europeu deve ser outro ponto importante no segundo mandato de Trump. Ele, que nunca teve uma relação necessariamente amistosa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, prometeu acabar com o conflito. No entanto, não forneceu detalhes sobre como faria isso.


 Trump, inclusive, sempre foi um crítico dos gastos dos Estados Unidos com a guerra e prometeu cortar a ajuda financeira à Ucrânia, algo que preocupou alguns aliados do país. Eles temem que o corte de financiamento possa levar a uma perda de poder da Ucrânia, que talvez tenha que fazer concessões à Rússia no conflito.

Otan

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sempre foi alvo de fortes críticas por parte de Trump. A aliança militar chegou a ser ameaçada por ele, que afirmou considerar retirar os Estados Unidos da organização caso os outros 35 países que a compõem não cumprissem o objetivo comum de gastar, no mínimo, 2% de seu PIB com defesa.
 No entanto, ainda antes de assumir a Casa Branca, Trump convocou os membros da organização a aumentarem seus gastos para 5% do PIB, mais que o dobro da meta atualmente vigente.

China

A China sempre foi um ponto delicado na política externa de Trump. Durante o seu primeiro mandato, houve uma guerra comercial travada com Pequim, e, em seu segundo mandato, ele sugeriu taxar em até 60% os produtos originários do país.


Politica externa com a China deve ser ponto delicado em segundo mandato de Trump (Foto: reprodução/Getty Images News/Win McNamee/Getty Images Embed)


Ainda no segundo mandato, ele deve manter uma política externa agressiva contra o país asiático. Outro ponto importante em relação à China é Taiwan: a ilha, considerada rebelde pela China, recebe apoio militar dos Estados Unidos. Trump já chegou a declarar que, caso a China invadisse a ilha, ele não precisaria recorrer à força militar. Ele afirmou que, se houvesse uma invasão, imporia tarifas de importação paralisantes sobre os produtos chineses.

Oriente Médio

Trump toma posse após o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, negociado com apoio de Biden, Catar e Egito, no momento ambos reivindicam crédito pelo pacto, que busca o “fim permanente da guerra”.

Durante seu primeiro mandato, Trump adotou políticas pró Israel, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital, retirada do acordo nuclear com o Irã e os Acordos de Abraão, que normalizaram relações entre Israel e países árabes, mas sem avanço na criação de um Estado palestino. Críticos acusam suas ações de desestabilizar a região. Trump promete ampliar os Acordos, incluindo um possível pacto com a Arábia Saudita, que já vinha sendo negociado antes do início da guerra.

Clima

Conhecido por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas, espera-se um retrocesso nas políticas ambientais sob a gestão de Trump, algo já observado durante seu primeiro mandato e que pode se repetir em sua segunda passagem pela Casa Branca.

Groenlândia e Canal do Panamá

O presidente eleito dos EUA causou controvérsia ao sugerir a compra da Groenlândia e o controle do Canal do Panamá, com ele não descartando o uso de força militar ou econômica para esses objetivos.

A Groenlândia, rica em minerais estratégicos, foi declarada “não à venda” pela Dinamarca e por seu primeiro-ministro, já em relação ao Canal do Panamá, Trump criticou as altas taxas de uso e acusou a China de influência na região. O Panamá reafirmou sua soberania, rejeitando negociações. Embora improvável, essas ações refletem a política de Trump de expandir a influência dos EUA com base em sua já citada visão de “América em Primeiro Lugar”.

Wang Xing pode ter sido vítima de tráfico humano em Myanmar

O jovem ator chinês de 22 anos, Wang Xingyue, conhecido por trabalhos cinematográficos, foi encontrado, na terça-feira passada (7), a informação do resgate só foi divulgada nesta semana. O astro de doramas, foi localizado pouco mais de um mês de desaparecimento no norte de Tak, província da Tailândia, que faz fronteira com Myanmar.

Wang relatou que estava no país para participar de supostas audições, e afirma que foi atraído para um golpe que visa enganar cidadãos chineses. O ator declarou que não sofreu abusos ou agressões.


Wang se pronunciando para a imprensa após ter sido encontrado (Vídeo: Reprodução/YouTube/South China Morning Post)


Na ocasião do desaparecimento, a namorada de Wang decidiu pedir ajuda na internet, por meio de suas redes sociais, dois dias após o sumiço do ator que ocorreu no final de 2024.

“Não tínhamos outra escolha a não ser usar o poder da internet para amplificar nossas vozes“, escreveu a namorada de Wang Xing na plataforma de mídia social chinesa Weibo.

O apelo se tornou viral após ser compartilhado por algumas das maiores celebridades da China, incluindo o cantor Lay Zhang e o ator Qin Lan.

Tráfico Humano

A província próxima a Myanmar é uma área conhecida por atividades criminosas de larga escala, incluindo tráfico humano por gangues organizadas.


“Com base na investigação inicial, acreditamos que ele foi vítima de tráfico humano
“, afirmou o inspetor-geral da polícia, Thatchai Pitaneelaboot, ao veículo Reuters.


Guarda tailandês na fronteira com Myanmar (reprodução: Manan Vatsyayana/AFP/Getty Images embed)


O desaparecimento criou um alerta sobre os impactos no setor de turismo da Tailândia, o país é responsável em impulsionar a segunda maior economia do Sudeste Asiático, com a China como seu principal mercado emissor.

O caso expôs a realidade em que o tráfico humano se tornou uma ameaça crescente. Outros profissionais da indústria cinematográfica chinesa declararam que também foram vítimas de golpes com falsos anúncios de empregos na Tailândia.

A polícia tailandesa investiga o desaparecimento de um modelo chinês na fronteira entre Tailândia e Myanmar, após ter recebido oferta de trabalho no país.

Em comunicado à BBC, a Federação Chinesa de Rádio e Televisão informou que muitos atores viajaram para o exterior com falsas promessas de oportunidades de emprego, resultando em sérios danos à sua segurança pessoal e financeira.

Caso brasileiro

Em outubro do ano passado, o brasileiro Luckas Viana Santos também foi atraído por falsa oferta de trabalho em Myanmar. Durante a viagem, ele percebeu que havia se tornado mais uma vítima de tráfico humano na Ásia.

Durante ligação telefônica com a mãe, no dia 8 de dezembro, o ator informou que os criminosos exigiam R$ 120 mil de resgate. O Ministério Público Federal não divulgou maiores detalhes, mas confirmou que um procedimento está em andamento.

Segundo governo de Donald Trump terá foco no crescimento da economia americana

O segundo governo de Trump na presidência dos EUA pode fazer com que a economia do país se torne imprevisível e volátil. De acordo com Solange Srour, diretora de macroeconomia para o Brasil no UBS Global Wealth Management, o retorno de Trump é marcado por suas conexões com o mercado financeiro e com grandes empresários, o que faz com que Trump queira impulsionar a economia de forma que ela cresça bem. 

Solange Srour, em entrevista para o programa WW Especial, do apresentador William Waack, entende que a nova política econômica de Trump irá se sustentar na imposição de tarifas e na desregulamentação da economia. A economista analisa que estes serão os dois pilares da economia de Trump para o próximo governo.

Como isso afeta a economia americana

Com a maioria de republicanos no Congresso dos EUA, Donald Trump consolidou sua força política para a implementação de sua estratégia econômica. A imposição de tarifas pode gerar alguma inflação, o que impacta diretamente o consumo do país.


O republicano Mike Johnson, presidente eleito da Câmara dos EUA (Foto: reprodução/Poder360)

Em contrapartida, a desregulamentação da economia americana é observada como um choque de produtividade no país para além da inteligência artificial. De acordo com Solange, a desregulamentação, juntamente à apreciação do dólar, pode ser um fator que pode contrabalançar os efeitos negativos da inflação gerada pelas tarifas.

EUA x China

Durante sua campanha para a presidência dos EUA, Trump prometeu introduzir tarifas de até 10% sobre as importações globais e 60% sobre os produtos chineses. As novas taxas tarifárias são muito mais altas do que as implementadas em 2016, primeiro governo de Trump, que variavam entre 7,5% a 25% para a China. Em reação ao anúncio das novas tarifas, o governo chinês declarou que pode se iniciar uma “Guerra Tarifária” entre os países. 

Terremoto entre Tibete e Nepal causa destruição e deixa mais de 100 mortos

Um terremoto de grandes proporções atingiu a região autônoma da China, no Tibete, nesta terça-feira (07) e deixou, ao menos, 126 pessoas mortas e 188 feridas. Segundo a rede de comunicação chinesa, CCTVV, mais de mil casas foram destruídas e, aproximadamente, 50 tremores secundários foram sentidos nas três horas que sucederam ao terremoto.

Conforme o Serviço Geológicos dos Estados Unidos (USGS), a magnitude do fenômeno foi de 7,1. Já a China registrou 6,8 de magnitude. Os dois países atingidos afirmaram que o epicentro do desastre ocorreu em Tingri, no planalto tibetano, próximo à fronteira do Himalaia com o Nepal.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que todos os esforços seriam realizados para socorrer as vítimas e diminuir os estragos. Além da Força Aérea Chinesa, mais de 1.500 bombeiros foram enviados para as regiões mais vulneráveis.

Dalai Lama falou sobre o desastre

O líder espiritual da região do Tibete, Dalai Lama, expressou a sua tristeza com o terremoto ocorrido na região.

“Estou profundamente triste ao saber do terremoto. Ofereço minhas orações por aqueles que perderam suas vidas e estendo meus desejos de uma rápida recuperação a todos os feridos”, disse o líder religioso.

Tenzin Gyatso é considerado a 14ª reencarnação de Dalai Lama pelos budistas, e, atualmente, vive na Índia, após a China anexar o Tibete em 1959.


Carro destruído após terremoto na região de Tibete (Reprodução/X/@sputnik_brasil)

Terremotos frequentes

A região do Monte Everest, localizada entre o Nepal e o Tibete, é um local conhecido pelos frequentes terremotos. Situado na área de convergência de placas tectônicas, os tremores já se tornaram comuns na região.

Em 2015, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a região do Nepal, o que acarretou o deslocamento do Monte Everest. Mais de 8 mil pessoas morreram na ocasião do desastre.

Um dos piores terremotos registrados na Índia ocorreu no Nepal em 1934. O tremor de magnitude 8,0 deixou 18 mil pessoas mortas.