Nova exposição da Dior em Xangai homenageia clássico Miss Dior

A grife francesa realizará em setembro uma exposição em homenagem à primeira fragrância criada por Christian Dior. Após o sucesso da exposição “L’Or de Dior”, a maison retorna à China para mais uma exibição, desta vez com as atenções voltadas para o perfume Miss Dior. 

História da fragrância 

Lançado em 1947, o perfume Miss Dior nasceu no mesmo dia em que Christian Dior apresentou sua primeira coleção de alta-costura, que ficou conhecida como “New Look”. A fragrância foi criada e desenvolvida para destacar a feminilidade proposta pelo estilista em sua coleção. 

O nome da fragrância foi inspirado em Catherine Dior, irmã de Christian Dior. Admirada por sua bravura, Caro, como era chamada, atuou na resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi capturada pelos nazistas e enviada ao campo de concentração de Ravensbrück, onde sobreviveu até sua libertação em 1945. Desde então, o perfume representa a essência da marca. 

A exposição 

Com o título “Histórias de uma Miss”, a exposição ficará aberta para visitação na Fosun Art Foundation, em Xangai, entre os dias 13 de setembro e 8 de outubro. A exposição se inicia na área externa do museu e se estende pelos primeiro e segundo andares do local. A mostra conta com diversas salas temáticas, que serão guiadas pela emblemática fita da embalagem do perfume. A ideia é que quem for visitá-la tenha uma experiência imersiva. 


Primeiro perfume da grife, Miss Dior segue como um dos grandes símbolos da marca (Foto: reprodução/Divulgação/Dior)

A exposição tem como objetivo homenagear o laço duradouro entre a Dior e a China. A mostra conta também com outras atrações. A francesa Eva Jospin apresenta na Fosun um jardim interno adornado por afrescos bordados com delicadeza, inspirados no refinado universo da alta-costura.

Complementando essa experiência, obras de ilustração e aquarela de renomados artistas como René Gruau e Mats Gustafson dividem espaço com trabalhos de seis talentos chineses, promovendo um diálogo entre diferentes linguagens artísticas e culturas.

Icecream estreia coleção feminina com inspiração nos anos 2000

Conhecida por seu vínculo com a cultura do skate e seu estilo gráfico irreverente, a marca Icecream apresenta, pela primeira vez, uma coleção feminina para a temporada do outono-inverno 2025. A grande estrela da campanha é a rapper espanhola BB Trickz, que dá vida ao novo projeto visual com sua atitude ousada e carisma.

A proposta da coleção é revisitar os clássicos do início dos anos 2000 sob um olhar contemporâneo e feminino, sem abrir mão da identidade visual forte que caracteriza a Icecream desde a sua fundação.

Campanha traduz a essência da marca com toque feminino

Fundada em 2004 como um desdobramento da Billionaire Boys Club, a Icecream foi idealizada pelos artistas Pharrell Williams e Nigo. Desde o início, a marca ganhou notoriedade por suas estampas vibrantes e sua conexão com o universo do hip-hop e do skate. Agora, com a nova coleção voltada ao público feminino, a Icecream expande sua narrativa, mantendo o estilo lúdico e rebelde que a consagrou.


Coleção com BB Trickz trás clássicos dos anos 2000 com inovação (Foto: reprodução/X/@hypebae)

A campanha, fotografada por Lauren Leekley e dirigida por Ross Westland, diretor criativo da marca na Europa, foi ambientada em uma residência de luxo em Los Angeles, onde o contraste entre o cenário sofisticado e os looks urbanos reforça a proposta estética da coleção. Peças com cortes descontraídos, estampas camufladas e paleta de cores vivas marcam presença, evidenciando a nova fase da label.

Peças que misturam nostalgia

A coleção cápsula feminina da Icecream é composta por 46 itens que reimaginam elementos clássicos da marca com uma abordagem moderna. Entre os destaques estão os conjuntos de jersey com grafismos ousados, cardigãs em pied-de-poule repaginado, bonés com bordados, shorts de denim e peças íntimas estampadas com o icônico logo da Icecream.

Tudo foi pensado para equilibrar o espírito nostálgico dos anos 2000 com cortes mais atuais, refletindo uma estética urbana voltada para mulheres que acompanham tendências, mas buscam autenticidade no estilo.

SPFW transforma vitrines do Ritz em linha do tempo da moda brasileira

Celebrando suas três décadas de história, o São Paulo Fashion Week abre as comemorações com projeto especial, que promete transformar as vitrines em verdadeiras cápsulas do tempo. Intitulado ‘Vitrines SPFW 30’, a iniciativa ganha vida na fachada do restaurante Ritz, na Alameda Franca, e está em exposição desde o último dia 30. 

Contando a história 

Até novembro, serão exibidos modelos emblemáticos da trajetória da moda brasileira, homenageando artistas e marcas que estão na história do evento. Toda quarta-feira, as vitrines serão atualizadas e, a cada semana, um visual marcante de um estilista ou grife histórica do evento será exibido junto a vídeos do desfile original, transmitidos em looping

O pontapé inicial foi dado homenageando dois importantes nomes da moda brasileira contemporânea: Alexandre Herchcovitch e João Pimenta. Confira os destaques das próximas semanas: 

  • 6 de agosto: Aluf e Apartamento 03
  • 13 de agosto:  Meninos Rei e Dario Mittmann

Alexandre Herchcovitch no SPFW 2022 (Foto: reprodução/FOTOSITE/Gamma-Rapho/Getty Images Embed)


Ritz e a moda

Desde os anos 90 inserido nessa narrativa, o Ritz já se tornou personagem da história do SPFW. Durante décadas, diversos nomes ligados à moda utilizaram o restaurante como ponto de encontro, fazendo com que ele se tornasse parte da moda brasileira. Por isso, foi escolhido como o espaço a receber o projeto especial de 30 anos.

Segundo Paulo Borges, idealizador do evento, a proposta é fazer do espaço uma extensão da passarela. Para ele, as vitrines funcionam como um convite à memória afetiva do público, celebrando não apenas as roupas, mas também os sonhos, narrativas e transformações culturais promovidas por cada desfile. Ele afirma ainda que o Ritz foi escolhido por ser parte essencial da história do SPFW, um lugar onde a moda sempre esteve presente.


Desfile SPFW 2024 (Foto: reprodução/Mauricio Santana/Getty Images Embed)


As celebrações pelos 30 anos do São Paulo Fashion Week tem início no Ritz, mas não param por aí. Até outubro, quando acontece a edição comemorativa do evento, as vitrines seguirão atualizadas semanalmente, reforçando o compromisso do SPFW com a memória e a renovação da moda nacional. Mais do que revisitar o passado, o projeto celebra as transformações culturais que ajudaram a consolidar a moda brasileira como expressão artística, social e criativa no cenário global.

Desfile de estreia de Dario Vitale na Versace celebra passado e futuro

A estreia de Dario Vitale na Versace está programada para acontecer no dia 26 de setembro, durante a Semana de Moda de Milão. De acordo com fontes próximas à grife, o desfile promete ser inovador e trazer uma experiência única na nova identidade da marca.

Embora o calendário oficial da temporada ainda não tenha sido divulgado, a organização prevê realizar o evento em Milão entre os dias 23 e 29 de setembro. Segundo a assessoria da Versace, a estreia de Vitale na marca será uma verdadeira homenagem ao passado, ao mesmo tempo, em que projeta uma visão inovadora para o futuro.

Com a chegada do diretor italiano, a grife destaca uma nova fase marcada por inovação e modernidade. Entre as principais mudanças, está o novo formato do desfile de estreia, sendo mais intimista e exclusivo, reforçando a intenção de aproximar a marca de seu público. Essa escolha revela não somente uma renovação estética, mas também uma transformação na maneira como a Versace deseja se comunicar: menos espetáculo e mais conexão.


Desfile da Versace durante a Semana de Moda de Milão 2025 (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images Embed)


Versace em transição: de Donatella para Vitale

Em abril deste ano, Donatella Versace assumiu o cargo de embaixadora da marca após comandar a direção criativa por 28 anos, desde o falecimento de seu irmão Gianni Versace. Ela foi uma das responsáveis por consolidar a grife no mercado de luxo sem deixar a identidade ousada de lado. Seu último desfile, realizado em fevereiro na Semana de Moda de Milão, celebrou as icônicas impressões barrocas que marcaram sua gestão.

Dario Vitale, que estava na direção criativa da Miu Miu, trabalhou diretamente com Miuccia Prada e colaborou no crescimento da marca. O italiano deixou a marca de Miuccia em janeiro e ao chegar na Versace, ele é a representação de um novo olhar que mantenha a essência da marca viva enquanto busca inovações audaciosas.

Entre afeto e atitude: as tendências que marcaram a 56ª Casa de Criadores

A moda como ferramenta de memória, resistência e experimentação guiou os desfiles que tomaram o Centro Cultural São Paulo, entre os dias 22 e 27 de julho, na 56ª edição da Casa de Criadores. Com olhares voltados para o futuro, sem abrir mão das raízes e das urgências do presente, estilistas apresentaram coleções autorais que evidenciam as principais tendências de comportamento e estilo que devem reverberar além das passarelas.

Afeto como linguagem estética

Mais do que cortes e tecidos, o afeto foi uma das principais matérias-primas da temporada. Jal Vieira emocionou o público ao transformar a passarela em um espaço íntimo de homenagem à sua tia-mãe. As peças em tons de azul e preto, adornadas com tapeçaria, volumes e camadas, evocaram a memória como estrutura criativa. O mesmo tom poético permeou o desfile de Le Benites, que resgatou imagens da infância em uma coleção com silhuetas suaves e estética acolhedora.


Desfile da marca de Jal Vieira (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Na mesma sintonia, a Jacobina resgatou a história de mulheres negras invisibilizadas pela sociedade em uma coleção que transformou o esquecimento em presença. O uso de materiais como carvão e papel pardo, em colaboração com a artista Lucelia Maciel, deu peso simbólico às criações e reforçou a tendência da moda como manifestação de memória coletiva.


Desfile da marca Jacobina (Foto: reprodução/Instagram/@jacibinaofficial)


Sustentabilidade com identidade

A urgência ambiental também se impôs como pauta transversal nos desfiles. Nalimo apresentou uma reverência contemporânea à trajetória de Chico Mendes, utilizando látex natural e couro de pirarucu em peças utilitárias e orgânicas. Já a marca Beirimbau se inspirou nas quebradeiras de coco babaçu do Maranhão para construir uma coleção que celebra a autonomia feminina e os saberes ancestrais, por meio de tecidos leves e volumes que remetem a trançados manuais.


Desfile da marca Nalimo (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


O reaproveitamento e a circularidade também se destacaram como tendência de estilo e consciência. Referência em upcycling, Le Benites reafirmou seu domínio técnico e criativo ao transformar materiais reaproveitados em peças com forte apelo visual e simbólico, incluindo camisetas com mensagens provocativas.


Desfile da marca Le Benites (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Rebeldia e teatralidade em alta

A temporada também foi marcada por uma explosão de ousadia estética. Fkawallyspunkcouture uniu o punk à opulência árabe e à exuberância dos anos 70 em uma coleção de confronto e liberdade. As peças douradas, bordadas e volumosas reafirmaram a teatralidade como um elemento essencial da moda atual. Filipe Freire seguiu a mesma toada com “FIRE”, sua coleção inspirada no elemento fogo, composta apenas por correntes de metal, sem tecidos, sem suavidade, com muita atitude.


Desfile da marca Fkawallyspunkcouture (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


NotEqual, por sua vez, trouxe a leveza do universo circense, reinterpretando o espetáculo com padronagens inusitadas e uma alfaiataria desconstruída que mescla fantasia e técnica. O streetwear também apareceu revisitado na coleção da UMS 458, com bombers, moletons autorais e modelagens ousadas que aliam conforto e autenticidade.


Desfile da marca NotEqual (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Moda como espaço de cura, discurso e pertencimento

A pluralidade de vozes e narrativas foi, mais uma vez, o grande trunfo da Casa de Criadores. De coleções que celebram religiões de matriz africana, como a “Ode Kaiodè” de Mônica Anjos, até estreias como a de Guilherme Paganini, com silhuetas arquitetônicas e referências ao design japonês, o evento mostrou que as tendências da moda brasileira não se resumem a cortes e cores: elas estão na escolha dos símbolos, dos corpos representados e das histórias que se recusam a ser silenciadas.

A 56ª edição da Casa de Criadores termina com um recado claro: vestir-se é também um ato político, afetivo e imaginativo. E o futuro da moda, mais do que nunca, passa por quem ousa criar com verdade, propósito e liberdade.

Mônica Anjos exalta candomblé em desfile ancestral na Casa de Criadores

Com a coleção “Ode Kaiodè”, a estilista baiana transformou a passarela em um espaço de reverência, espiritualidade e afirmação cultural. Na mais recente edição da Casa de Criadores, a estilista Mônica Anjos apresentou uma coleção que vai além da moda, é um tributo vivo à ancestralidade e à espiritualidade afro-brasileira. Intitulada “Ode Kaiodè”, a coleção homenageia Oxóssi, orixá da caça, das florestas e do conhecimento, e se conecta profundamente às tradições do candomblé baiano. A apresentação destacou elementos associados ao orixá como arcos, flechas, caçadores e simbologias de força em uma passarela marcada por performance, resistência e poesia visual.

Um desfile marcado por história e técnica

A coleção também reverencia nomes fundamentais da cultura afro-brasileira, como a sacerdotisa e escritora Mãe Stella de Oxóssi e o multiartista Agamenon de Abreu. As roupas ganham forma por meio de uma rica variedade de técnicas artesanais do tricô à palha, passando por bordados manuais que reforçam o caráter único e autoral das peças. Vestidos fluem ao lado de alfaiatarias em linho cru, com pregas e shapes balonê que evocam a natureza, as matas e as águas. Tecidos trazem ainda referências às ondas do mar, conectando os elementos naturais aos fundamentos espirituais do candomblé.

Mais do que uma coleção, “Ode Kaiodè” é uma manifestação cultural que reafirma a moda como linguagem política, identitária e sensível. Nas mãos de Mônica Anjos, a passarela se torna território sagrado, um espaço onde o passado ecoa, o presente se afirma e o futuro se reconstrói com raízes profundas.


Desfile de Mônica Anjos na Casa de Criadores (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Estética como ferramenta de resistência

A potência estética do desfile de Mônica Anjos também se refletiu na escolha do casting e na forma como os corpos foram apresentados na passarela. Modelos negros desfilaram com orgulho e presença, reforçando a importância da representatividade no centro da moda brasileira. Os acessórios, como franjas, amarrações e adornos inspirados na natureza, ampliaram o impacto visual das peças e reforçaram a conexão com o sagrado. Cada look parecia carregar uma história não apenas de estilo, mas de memória, identidade e resistência.

Rober Dognani resgata memórias e cria coleção teatral

Rober Dognani chega à 56ª edição da Casa de Criadores trazendo uma narrativa profundamente pessoal: as histórias da sua família, entre mitos e memórias, foram a inspiração central para sua nova coleção. Os eventos traumáticos e emocionais, como a vida da “nonna cega” deixada em solo espanhol e relatos de infância marcantes, servem como combustível criativo. Ele revisita essas memórias com peças que flertam entre o barroco, o renascentista e o vampiresco, recriando silhuetas dramáticas, capas volumosas, jaquetas de ombros marcantes, vestidos semitransparentes e a célebre aplicação de látex com bordados, pedraria e renda.

A estética de inspiração gótica e clássica se mistura com volumes exagerados e elementos de styling impecáveis. A colaboração com Felipe Fanaia trouxe calças jeans oversized e pieces estruturadas que criaram contrastes visuais potentes na passarela.

Silhuetas exageradas, látex e teatralidade

A coleção é um espetáculo visual: volumes amplos, ombreiras marcantes, camadas contrastantes e muito uso de látex, agora enriquecido com texturas e transparências. Vestidos semitransparentes, exibição de partes do corpo estilizadas e cortes arquitetônicos dialogam com uma direção de arte pensada como performance.

A trilha sonora, uma versão da clássica “I Will Survive” de Gloria Gaynor, reforça o espírito sobrevivente do desfile, uma declaração de permanência e potência na moda autoral brasileira. A técnica de styling ficou a cargo de Flávia Pommianosky e Davi Ramos, sem definição prévia do que cada estilista faria, resultando em uma colagem dramática, coesa e surpreendente na passarela.


Casa de Criadores: desfile de Rober Dognani (Foto: reprodução/Instagram/@mosomagazine)


Do íntimo ao coletivo: moda como linguagem emocional

Ao transformar suas memórias familiares em peças esculturais, Dognani reforça a potência da moda como meio de expressão emocional e política. A passarela não é apenas um lugar de exibição, mas um espaço de cura, reencontro e afirmação identitária. Através de rendas, volumes e transparências, o estilista constrói uma narrativa que atravessa gerações conectando o passado de sua família à contemporaneidade do design brasileiro. É uma moda que emociona porque carrega verdade: cada look é também um gesto de memória, um corpo que insiste em existir.

Rober Dognani mais uma vez comprova seu papel de criador performático: suas peças transcendem roupa e se tornam narrativa emocional sobre ancestralidade, perda e resistência. A dramática coleção arquitetada para a 56ª Casa de Criadores celebra não apenas o estilo, mas também a memória ousada, teatral e profundamente afetiva.

Casa de criadores: segundo dia do evento traz propostas inéditas na passarela

Na quarta-feira (23) tivemos o segundo dia da Casa de Criadores e algumas coleções chamaram bastante a atenção, como a Shitsurei que trouxe a estética alienígenas para a passarela, já a Marlo ressaltou a diversidade criando a própria visão do Jardim do Éden, enquanto a Guilherme Dutra se inspirou em bonecas antigas. Desfilaram também as marcas Cynthia Mariah, ericovalença e Visén.

Inspiração das coleções 

A estilista Marcella Maiumi, foi a responsável pelo desfile da Shitsurei, que levou um casting de modelos inteiramente formados por pessoas com fenótipos asiáticos, segundo ela a proposta era fazer uma resposta irônica sobre o tratamento que brasileiros com traços asiáticos recebem no país. Com amarelo vibrante, itens metalizados inspirados nos anos 60, a estilista conseguiu transmitir a ideia de alienígenas com louvor através de seus looks

Já o estilista Juh Lopes, foi o responsável pelo desfile da Marlo, em que propôs uma releitura do Jardim do Éden, ressaltando a diversidade e trazendo uma estamparia de personagens sem gênero, o estilista diz que queria reinventar esse espaço trazendo pessoas de todas as classes e cores. Os looks ainda possuem um tecido com uma textura amanteigada que brinca com a ideia de luz e sombra, trazendo uma dualidade mais que certeira para o tema da coleção.


Desfile Marlo na Casa de Criadores (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


O estilista Guilherme Dutra, responsável pela marca de mesmo nome, decidiu se inspirar nas bonecas de sua avó, então é claro que na passarela tivemos muitas volumetrias delicadas, bordados manuais, alfaiataria e vestidos de festa. Guilherme conseguiu transmitir as memórias de infância com uma ótima construção e elegância.  


Desfile Guilherme Dutra na Casa de Criadores (Foto: reprodução/ Instagram/@casadecriadores)


Casa de Criadores

O evento foi criado em 1997, por André Hidalgo e tinha o objetivo de ser um celeiro de novos talentos da moda brasileira. Hoje com mais de 25 anos de história, o evento revelou nomes de peso da moda brasileira como André Lima, As Gêmeas, Cavalera, Fábia Bercsek e Isaac Silva, nomes esses que hoje apresentam suas coleções na São Paulo Fashion Week, mas foram descobertos na Casa dos Criadores.

Este ano o evento ocorre entre os dias 22 e 27 de julho no Centro Cultural São Paulo, o evento que é gratuito terá 34 desfiles e duas sessões por dia. 

Gucci revela nova campanha com influência de Demna

Na última terça-feira (21/7), a Gucci revelou sua mais nova campanha: The Gucci Portrait Series (A Série de Retratos da Gucci). A proposta traz uma estética minimalista, mas carregada de significado, destacando o estilo vibrante da marca italiana em um momento de transição importante. Fotografado por Catherine Opie, o editorial serve como o último material oficial da Gucci antes da aguardada estreia de Demna Gvasalia como diretor criativo da casa.

Campanha comunica o novo

Apesar da simplicidade visual, a campanha de outono/inverno 2025 é marcada por elementos fortes. Modelos posam diante de fundos monocromáticos como o icônico Rosso Ancora, um tom de vermelho tradicional da marca usando peças ricas em textura, cor e acabamento. “As imagens capturam mais do que moda: elas sugerem atitude, postura e presença”, descrevem críticos da indústria.


Gucci apresenta primeiras mudanças com a contratação do Demna (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)

O ensaio também chama atenção pelo casting diversificado e expressivo. “A escolha dos modelos, aliada à linguagem corporal e ao olhar intenso, ajuda a contar uma história sem precisar de palavras”, observam especialistas. A intenção, segundo fontes ligadas à produção, foi dar protagonismo à relação entre a peça e quem a veste algo que vai além do tecido e da costura, tocando o campo da identidade.

Sinais da nova fase

O estilo apresentado na campanha remete diretamente a editoriais feitos para a Balenciaga no período em que Demna Gvasalia atuava como diretor criativo. A própria fotógrafa, Catherine Opie, já havia assinado uma campanha com estética semelhante para a Balenciaga em 2018. Essa repetição visual sugere que a Gucci começa, aos poucos, a incorporar a estética do novo diretor, mesmo antes de sua estreia oficial.

Demna foi anunciado como diretor criativo da Gucci em março deste ano e já provoca grande expectativa. “Fashionistas esperam que ele traga uma renovação estética profunda, sem perder a essência da marca”, apontam especialistas. Sua estreia está marcada para setembro, durante a Paris Fashion Week, e a campanha atual parece funcionar como um prenúncio sutil da direção que a grife seguirá.

Dolce & Gabbana encerra semana de Alta-Moda em Roma com desfile marcante

A semana de Alta-Moda da Dolce & Gabbana chegou ao fim nesta terça-feira (16), com um desfile masculino que marcou o encerramento da programação exclusiva da maison em Roma. O evento reuniu convidados de diversas partes do mundo.

Participaram de uma imersão no universo da moda italiana em meio ao patrimônio histórico e cultural da capital. A cidade serviu de cenário não apenas para os desfiles, mas também para encontros, celebrações e momentos marcantes que exaltaram a tradição e a sofisticação da grife.

Celebridades se destacam nas ruas de Roma

Entre os nomes que mais se destacaram na última noite do evento estavam as brasileiras Silvia Braz e Maria Braz. Silvia atraiu os olhares ao circular pelas ruas romanas com um look sofisticado e elegante da Dolce & Gabbana. Ela escolheu um vestido nude com estrutura de corset, modelagem justa ao corpo, recortes estratégicos com amarrações laterais e detalhes que remetem à alfaiataria couture, o luxo da alta costura.


Silvia Braz apostou na transparência em alfaiataria couture com Dolce & Gabbana (Foto:reprodução/Instagram/@silviabraz)


O visual foi finalizado com sandálias de cetim no mesmo tom e um mix de colares dourados, resultando em uma leitura poderosa e sensual da identidade estética da marca. A produção representou perfeitamente a fusão entre tradição e modernidade que define a proposta da grife.

Estampa floral marca o visual de Maria Braz

Já Maria Braz optou por um visual que remete à feminilidade clássica e ao romantismo da maison italiana. Ela apareceu com um vestido midi floral tomara que caia, com decote estruturado que valorizava a silhueta. Para complementar, escolheu sandálias de tiras com estampa coordenada e uma minibag branca, conferindo leveza e harmonia ao conjunto.


Maria Braz usa estampa floral que transmite DNA Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Instagram/@mariabraz)


A escolha de Maria reforçou o DNA da marca, conhecida por suas estampas marcantes e pelo equilíbrio entre sensualidade e elegância. Ambas representaram com estilo o espírito da Dolce & Gabbana em uma das semanas mais prestigiadas do calendário da moda.