Furacão Melissa agrava enchentes e cidade na Jamaica fica coberta por animais mortos

O furacão Melissa, classificado como categoria 5, atingiu o oeste da Jamaica e deixou comunidades submersas. Entre destroços e animais mortos levados pelas águas, os moradores agora enfrentam uma extensa operação de limpeza.

Segundo o The New York Times, durante uma coletiva de imprensa, a ministra da Informação, Dana Morris Dixon, afirmou que o governo jamaicano está “com todos os esforços concentrados” para auxiliar na recuperação do país após uma devastação considerada “inimaginável”. Segundo ela, chegaram “relatos confiáveis” apontando a localização de mais quatro corpos em Westmoreland e um em St. Elizabeth.

Furacão Melissa

O furacão Melissa avançou pelo norte do Caribe depois de causar ampla devastação na Jamaica, em Cuba e no Haiti, deixando ao menos 50 mortos. Classificado como o mais intenso a atingir a região em quase nove décadas, o fenômeno provocou ventos violentos, fortes marés e enchentes de grandes proporções. Trata-se do furacão mais severo registrado no país nos últimos anos, marcado por um cenário de destruição generalizada e graves consequências climáticas.

Em Black River, moradores enfrentam cenas de caos, procurando comida e água entre a lama e os escombros deixados pelo colapso da infraestrutura local.


Prédios danificados após a passagem do furacão Melissa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ricardo Makyn)


Calamidade Pública

O primeiro-ministro Andrew Holness anunciou estado de calamidade pública em toda a Jamaica. De acordo com uma fonte do governo ouvida pela CNN, quatro corpos foram encontrados na paróquia de St. Elizabeth, uma das divisões administrativas do país. Além disso, outras três pessoas perderam a vida enquanto se preparavam para a chegada da tempestade provocada pelo furacão.

Na tarde de terça-feira (28/10), a Jamaica foi impactada pelo furacão Melissa, que trouxe ventos de até 295 km/h. De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o fenômeno chegou inicialmente à região sudoeste do país, nas proximidades de New Hope, alcançando a categoria 5, o grau mais alto na escala Saffir-Simpson.


Destruição do furacão Melissa na Jamaica (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ricardo Makyn)


De acordo com o ministro da Informação da Jamaica, o furacão Melissa causou a morte de ao menos 19 pessoas no país. Com isso, o total de vítimas confirmadas pela tempestade subiu para 50.

Enchentes no México deixam mais de 100 mil casas atingidas

Chuvas torrenciais atingiram o México na última semana, deixando ao menos 64 mortos e 65 desaparecidos, além de afetar gravemente mais de 100 mil residências. O desastre foi causado por uma depressão tropical que provocou deslizamentos de terra e alagamentos em várias regiões do país, incluindo partes da costa do Golfo e estados centrais. A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que o governo federal está intensificando os esforços de socorro e reconstrução nas áreas devastadas.

Inundações e deslizamentos de terra afetam grande parte do país

As chuvas começaram a atingir o México com intensidade no início de outubro, provocando o transbordamento de rios já saturados devido à temporada de chuvas. A depressão tropical, que não foi nomeada, causou grandes inundações em estados como Veracruz, Puebla e Hidalgo, deixando as ruas cobertas por lama e detritos. Moradores de várias cidades foram forçados a evacuar suas casas, e muitos ficaram isolados por dias.


Publicação de CNN Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Equipes de emergência foram mobilizadas para as áreas mais afetadas, com o apoio de helicópteros e barcos. Imagens da operação mostraram equipes enfrentando águas profundas para entregar alimentos e remédios a comunidades que se encontravam incomunicáveis. A infraestrutura também sofreu danos severos: pontes foram destruídas e vias principais ficaram obstruídas, dificultando ainda mais o acesso das equipes de resgate.

Medidas emergenciais e esforços de recuperação

O governo mexicano, em parceria com organizações de ajuda, começou a reconstituir os serviços essenciais, como energia elétrica e abastecimento de água, nas regiões afetadas. A Companhia Federal de Eletricidade já conseguiu restabelecer o fornecimento de energia em cinco estados, embora alguns locais ainda enfrentem interrupções temporárias.

Além da reconstrução das infraestruturas, o Ministério da Saúde tem trabalhado para evitar surtos de doenças transmitidas por mosquitos, especialmente em áreas com água acumulada. Autoridades locais estão intensificando ações de limpeza e desinfecção para evitar a propagação de doenças como a dengue e a leptospirose.

Fortes tempestades atingem 42 cidades do Rio Grande do Sul e deixam centenas de moradores desalojados

O número de cidades atingidas pelos temporais no Rio Grande do Sul chegou a 42, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil Estadual neste domingo (24). As chuvas fortes vêm causando estragos desde a última sexta-feira (22). Ao todo, cerca de 640 pessoas tiveram que deixar suas casas, sendo que 39 estão em abrigos públicos. Entre os principais problemas estão quedas de árvores, falta de energia, ruas alagadas, deslizamentos de terra e bloqueios em estradas e pontes.

Estragos se espalham por diferentes cidades gaúchas

A cidade mais prejudicada foi São Lourenço do Sul, onde 500 moradores ficaram desalojados, 23 perderam suas casas e mais de 2 mil residências foram danificadas pelo transbordamento de um arroio. Em Alegrete, o temporal arrancou o telhado da Escola Municipal Princesa Isabel. Em Barra do Ribeiro, 60 moradores precisaram deixar suas casas, enquanto em Encruzilhada do Sul várias residências perderam parte dos telhados e o transbordamento de um córrego alagou ruas e casas. Já em São José do Norte, a BR-101 ficou tomada pela água no km 350, na região de Capão do Meio.

As fortes tempestades atingiram várias cidades do estado, provocando prejuízos. Em Alegrete, o telhado da Escola Municipal Princesa Isabel foi danificado e houve queda de árvores nas ruas. Em Alvorada, algumas áreas ficaram alagadas, enquanto em Amaral Ferrador e Arambaré as pontes e bueiros foram atingidos, além de ruas urbanas e rurais que ficaram cobertas pela água.


Vídeo das ruas alagadas em São Lourenço do Sul (Vídeo: reprodução/X/@OSul_noticias)

Bagé enfrentou ruas alagadas e árvores caídas; já em Barra do Ribeiro o arroio Ribeiro transbordou e forçou 60 pessoas a saírem de casa. Em Barros Cassal, casas tiveram os telhados danificados, já em Caçapava do Sul e Cacequi foram registrados alagamentos e duas residências destelhadas.

Bloqueios em rodovias e casas danificadas em várias regiões

A BR-153 ficou bloqueada em Cachoeira do Sul, e em Cachoeirinha uma árvore desabou, atingindo a via ao lado da calçada. Camaquã precisou abrir um trecho da ERS-350 para escoar a água, e em Canguçu algumas casas perderam parte dos telhados, ruas ficaram alagadas e quatro pessoas ficaram desalojadas.

Canoas também teve quedas de árvores e danos em telhados, enquanto em Canudos do Vale o nível do Arroio Forquetinha subiu, dificultando a passagem em comunidades. Os temporais em Cerro Grande do Sul e Chuvisca danificaram pontes, bueiros e estradas, deixando ruas alagadas e causando queda de energia.


Cidades alagadas no Rio Grande de Sul (Foto: reprodução/X/@metsul)

Cristal registrou retirada de moradores, deixando 12 desabrigados e 8 desalojados, além de estradas e casas atingidas. Em Dom Feliciano, rios transbordaram, alagando estradas e deixando quatro pessoas sem casa. Em Encruzilhada do Sul, as chuvas fortes causaram alagamentos em ruas e residências, danificaram telhados, derrubaram árvores e até bloquearam a BR-471.

Em Estância Velha, 27 casas tiveram os telhados danificados, e em Faxinal do Soturno houve deslizamento de terra. Horizontina, Jaguari e Porto Lucena também registraram residências destelhadas, sendo que em Lindolfo Collor cerca de 30 casas foram atingidas pelo granizo.

Enchentes e estragos se espalham da capital ao interior

Pinheiro Machado teve estradas interrompidas e uma ponte submersa, enquanto em Portão várias residências perderam parte dos telhados. Em Porto Alegre houve desabamentos, destelhamentos e queda de árvores. No interior, cidades como Rio Pardo, Santa Cruz do Sul e São Gabriel registraram danos em casas, muros e quedas de árvores. Em São José do Hortêncio também houve estragos em telhados. Já em São José do Norte, famílias ficaram desalojadas e a BR-101 foi tomada pela água, deixando 24 pessoas fora de suas casas.

São Lourenço do Sul foi uma das cidades mais afetadas, com enchentes que destruíram casas, estradas e prédios públicos, deixando 23 pessoas sem abrigo e 500 fora de suas residências. Em Sapucaia do Sul, uma árvore caiu sobre um carro, e em Sinimbu houve atraso no transporte escolar.

Em Tunas, estradas vicinais ficaram danificadas, e em Turuçu o transbordamento de um arroio deixou quatro pessoas fora de casa. Venâncio Aires e Vera Cruz tiveram quedas de árvores e casas destelhadas, enquanto em Vila Nova do Sul o nível do Arroio Vossoroca subiu, forçando a interdição de uma ponte na BR-290.

Enchentes no Texas deixam 27 pessoas mortas em acampamento de verão

Uma enchente súbita atingiu o acampamento de verão Camp Mystic, no Texas, durante o fim de semana de 4 e 5 de julho de 2025, deixando 27 pessoas, entre meninas e monitoras, mortas e dezenas de desaparecidas. O desastre aconteceu quando o rio Guadalupe transbordou em poucos minutos após chuvas intensas, arrastando cabanas e estruturas.

Autoridades e equipes de resgate seguem nas buscas por sobreviventes e investigam falhas nos alerta meteorológicos, enquanto familiares aguardam informações sobre os desaparecidos.

Enchentes no Texas transformam acampamento em cenário de tragédia

As enchentes no Texas 2025 provocaram uma tragédia sem precedentes no acampamento de verão Camp Mystic, localizado às margens do rio Guadalupe.

O local, que recebia centenas de crianças e adolescentes para atividades recreativas, foi surpreendido por uma enxurrada repentina causada pelas fortes chuvas do último fim de semana. Em questão de minutos, o volume de água subiu drasticamente, arrastando barracas, cabanas e equipamentos.


Equipes de resgate buscam 41 desaparecidos em enchente no Texas (Vídeo: Reprodução/Youtube/Jovem Pan News)

De acordo com autoridades locais, pelo menos 27 pessoas morreram no acampamento, sendo a maioria meninas e monitoras que não conseguiram escapar a tempo.

No estado como um todo, o total de mortes já chegou a 91 até o início da tarde desta segunda-feira (7), e outras 41 pessoas seguem desaparecidas. As autoridades temem que o número de vítimas fatais aumente nas próximas horas, enquanto equipes de resgate continuam as buscas em áreas afetadas.

Relatos de sobreviventes apontam que muitos foram pegos de surpresa durante a madrugada, quando o rio transbordou e invadiu o acampamento com força devastadora. O governador do Texas decretou estado de emergência em diversas cidades atingidas pela enchente e pediu apoio federal para reforçar o resgate e assistência às famílias.

Investigação aponta falhas após tragédia das enchentes no Texas

As autoridades do Texas abriram uma investigação para apurar as causas da tragédia e possíveis falhas no sistema de alerta que poderiam ter evitado parte do desastre. Durante o fim de semana, chuvas intensas provocaram o transbordamento do rio Guadalupe, que subiu cerca de 9 metros em menos de duas horas, segundo autoridades locais.

Essa rápida elevação surpreendeu moradores e visitantes, atingindo em cheio pousadas e acampamentos construídos às margens do rio, como o Camp Mystic, onde dezenas de meninas e monitoras foram arrastadas pela correnteza.


Enchentes no Texas (Foto: Reprodução/X/@jornalnacional)

Familiares das vítimas questionam a falta de evacuação preventiva, mesmo após alertas meteorológicos emitidos no dia anterior. As equipes de resgate seguem trabalhando para localizar os 41 desaparecidos em todo o estado, enquanto o número oficial de mortos já chega a 91, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (7).

Abrigos emergenciais foram montados para acolher desabrigados, e o governador solicitou apoio federal para reforçar as buscas e iniciar a reconstrução das áreas devastadas. Especialistas alertam que a ocupação das margens do rio agravou o impacto das enchentes e expôs ainda mais as comunidades ao risco.

Chuvas fortes voltam ao RS e elevam risco de novas enchentes

O Rio Grande do Sul enfrenta mais uma preocupação devido à previsão de chuvas intensas, agravada pela formação de um ciclone extratropical. As condições climáticas elevaram imediatamente o risco de novas enchentes em diversas regiões do estado gaúcho.

Assim como o Rio Jacuí encontra-se acima da cota de inundação, o Rio Guaíba permanece da mesma forma e está sob alerta de nova alta, fazendo o governo do RS reforçar a atuação preventiva. A Defesa Civil mantém atenção redobrada e pede que moradores de áreas de risco saiam de casa.

Chuvas contínuas e regiões críticas

A Defesa Civil afirmou que mais de 6 mil moradores precisaram abandonar suas residências devido às enchentes e das tempestades, afetando 98 municípios e alocando cerca de 2 mil pessoas em abrigos públicos. 

Anteriormente, na quarta-feira (19), o Rio Guaíba atingiu a cota de alerta de 3,15 metros e continuou até 3,21 metros, afetando bairros da Zona Norte. Enquanto isso, na região dos Vales o nível do Rio Jacuí baixou e permanece 4 metros acima da cota de segurança. 

Apesar de ter recuado nessa semana, o Guaíba tem projeção de uma nova elevação até quinta-feira (3), podendo ultrapassar os 3,60 metros.


Guaíba atinge nível crítico e provoca alerta de enchentes no RS (Vídeo: reprodução/YouTube/@uol)

Como resultado, o governo do RS disponibilizou uma aeronave de resgate e preparou abrigos, bem como ativar gabinetes de crise em cidades estratégicas como Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre. Eduardo Leite, governador do estado, enfatizou a importância da colaboração da população diante do cenário crítico.

Alerta e orientação à população

Até o momento, o estado registra 9,6 mil desabrigados, cinco mortes e uma pessoa desaparecida. A Defesa Civil orienta que moradores procurem abrigos ou casas de parentes fora das áreas de risco.

A recomendação é acionar o 190 (Brigada Militar) ou o 193 (Corpo de Bombeiros) em casos de emergência. O governo destaca que o momento é de total vigilância, e a população deve agir com rapidez e responsabilidade.

Tragédia em Mokwa: enchentes deixam ao menos 115 mortos no centro da Nigéria

Uma tragédia de grandes proporções atingiu o centro da Nigéria após chuvas intensas provocarem enchentes repentinas que já deixaram pelo menos 115 mortos, de acordo com informações atualizadas por autoridades de resgate nesta sexta-feira. O número de vítimas, que anteriormente era de 88, aumentou à medida que mais corpos foram sendo encontrados ao longo do Rio Níger, arrastados pela força da água.

Ibrahim Audu Husseini, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) no estado do Níger, relatou que as equipes continuam realizando buscas. “Até agora, recuperamos 115 corpos, mas acreditamos que esse número ainda pode aumentar. A enchente veio de longe, arrastando tudo em seu caminho — pessoas, casas, animais. Corpos continuam sendo encontrados mais rio abaixo.”

Detalhes sobre a tragédia

A tragédia teve início na noite de quarta-feira, quando uma tempestade violenta atingiu a cidade de Mokwa, arrastando casas inteiras em poucos minutos. Moradores foram pegos de surpresa. Umar Jamil, comerciante da região, relatou com tristeza a rapidez com que tudo aconteceu. “Tentamos avisar os vizinhos, batendo de porta em porta, mas antes que eles pudessem sair, a água já havia tomado tudo. Vimos muitos corpos boiando, mas era impossível ajudar. Foi um pesadelo”, contou ele por telefone.


Cidade de Mokwa submersa (foto: reprodução/x/@g1)

A estação chuvosa na Nigéria, que vai de abril a outubro, costuma causar transtornos, mas os efeitos das mudanças climáticas têm tornado os eventos climáticos mais intensos e imprevisíveis. Em 2022, uma enchente histórica deixou mais de 600 mortos e mais de um milhão de desabrigados no país.

Segundo as autoridades

Apesar de as autoridades de Mokwa esperarem enchentes este ano, elas acreditavam que seriam restritas às regiões próximas aos rios. Mokwa, por não estar localizada às margens do rio, não estava no radar de risco elevado. No entanto, a realidade mostrou-se muito mais grave do que o previsto.

Moradores agora cobram respostas e medidas efetivas. “Há muito tempo havia sinais de que isso poderia acontecer aqui”, lamentou Jamil. “A dor que essa enchente causou ao nosso povo é imensurável. Estamos de luto, mas também exigimos que algo mude para que tragédias como essa não se repitam.”

Sete desaparecidos após enchentes na Espanha interromperem viagens aéreas e ferroviárias

Sete pessoas estão desaparecidas após chuvas intensas provocarem enchentes no sul e leste da Espanha, nesta terça-feira. As tempestades geraram interrupções nos transportes aéreos e ferroviários, além de suspensões de aulas e eventos em diversas regiões, informaram autoridades locais.

Enchentes arrastam carros e interrompem buscas

Em Letur, cidade da província de Albacete, fortes enchentes varreram as ruas, arrastando veículos em meio à correnteza, conforme imagens divulgadas pela televisão espanhola. Equipes de emergência, com apoio de drones, estão procurando seis pessoas desaparecidas na área, segundo Milagros Tolon, representante do governo em Castilla-La Mancha. “A prioridade é encontrar essas pessoas”, afirmou Tolon à emissora pública TVE.

No leste, em L’Alcudia, região de Valência, a polícia busca um motorista de caminhão desaparecido desde a tarde de terça-feira, quando as chuvas intensificaram-se, provocando o transbordamento de rios e bloqueio de várias estradas.

Suspensões de voos e trens em Valência

Em Valência, as condições climáticas extremas desviaram 12 voos que pousariam no aeroporto da cidade, direcionados para outras regiões da Espanha, enquanto outros 10 voos foram cancelados, segundo a operadora aeroportuária Aena. Para a segurança dos passageiros, a operadora nacional de infraestrutura ferroviária, ADIF, suspendeu todos os serviços de trem na região até que “a situação volte ao normal”, com trens de alta velocidade entre Madrid e Valência também interrompidos até pelo menos 10h da manhã de quarta-feira.

A prefeitura de Valência anunciou a suspensão de todas as aulas e eventos esportivos na quarta-feira, além do fechamento de parques, enquanto equipes de resgate em Alora, Andaluzia, utilizaram helicópteros para retirar moradores após o transbordamento de um rio local. Um trem de alta velocidade com 276 passageiros descarrilou na região, mas sem feridos, segundo o governo regional.


Homens ao lado de um carro coberto de lama (Foto: reprodução/Jorge Guerreiro/AFP)

Estado de alerta e impactos climáticos

A agência meteorológica estatal AEMET declarou alerta vermelho em Valência e um nível elevado de alerta em partes da Andaluzia, mantendo bloqueadas várias estradas. Cientistas apontam que eventos climáticos extremos como esse tendem a se intensificar devido às mudanças climáticas, embora sem detalhes específicos sobre o impacto direto das alterações climáticas neste episódio.

O primeiro-ministro Pedro Sanchez usou a rede social X para comentar sobre os desaparecidos e os danos provocados pela tempestade, ressaltando a importância de que a população siga as orientações das autoridades para sua segurança e evite deslocamentos que não sejam essenciais.

Governo Federal investiga irregularidades em metade dos pedidos de Auxílio Reconstrução

Nesta sexta (12), o Jornal Nacional revelou informações sobre o relatório do governo federal sobre os pedidos de Auxílio Reconstrução depois das enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul. Cerca de 300 mil pedidos estão em processo de investigação por suspeita de irregularidade. 

Relatório do Governo

Das mais de 600 mil solicitações do benefício, praticamente metade caiu na malha fina, ou seja, com o valor retido. O mesmo relatório menciona que 150 mil pessoas não vivem em áreas afetadas pelas enchentes; 2,7 solicitaram o auxílio em mais de uma localidade e 152 mil não confirmaram seu endereço. 

De acordo com o ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, uma pessoa não pode cadastrar mais de uma família no mesmo endereço. O governo tem acesso aos dados do Censo e de contas de luz e d’agua para confirmar a veracidade das informações divulgadas, Pimenta também confirmou que os casos suspeitos estão em análise e ainda não tiveram os valores liberados. 


Paulo Pimenta junto ao presidente Lula (Foto: reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil)

“Se a pessoa não comprovar, através de um documento público, que aquele endereço é o endereço onde ela efetivamente reside, ela não recebe”. Explicou o ministro. 

Auxilio Reconstrução

Instituído em maio desde ano, o Auxílio Reconstrução foi criado para ajudar os habitantes do estado do Rio Grande Sul que foram afetados pelas enchentes, municípios como Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande foram transbordados. 

Com o valor de R$ 5,1 mil, o Auxílio busca dar assistência as famílias afetadas pela tragédia que ocorreu na região. Porém, golpistas utilizaram nomes de mais de 1,2 mil moradores mortos para obter o benefício. 


Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Carlos Fabal/AFP)

“É lamentável que, em uma situação como essa, a gente tenha que enfrentar essa tentativa de fraude, que é tirar o dinheiro das pessoas que mais precisam na hora que elas mais precisam’’. Continuou Pimenta. 

Um dos casos de fraude foi feito por Junior Cechinel, ele teria alegado morar em uma casa que possui outro dono, e, conforme a Polícia Penal do Rio Grande, até o dia 28 de maio (período das enchentes), ele estava em um presidio em Osorio, localizado no litoral norte do estado, após ser preso por furto. 

Aeroporto Salgado Filho: mudanças no embarque e desembarque a partir de 15 julho

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, retomará as operações de embarque e desembarque de passageiros no dia 15 de julho. Atualmente, os serviços estão sendo realizados no Terminal ParkShopping Canoas, na Região Metropolitana. A Fraport, empresa responsável pela gestão do aeroporto da capital, fez o anúncio nesta segunda-feira (8).


Saguão do aeroporto Salgado filho, antes e após as enchentes (Foto/Divulgação: Fraport)

O terminal de Porto Alegre está sem receber voos desde 3 de maio, quando fortes temporais atingiram a cidade, resultando na inundação da pista e do térreo do prédio do aeroporto, que permaneceram alagados por cerca de um mês. A Fraport segue trabalhando para deixar tudo pronto no terminal e receber os passageiros dois meses e meio depois.

Situação atual e como ficarão as operações? 

Os voos continuarão sendo realizados na Base Aérea de Canoas até que a pista de pousos e decolagens do Aeroporto Salgado Filho estejam totalmente liberadas. Em uma entrevista à GloboNews na última quarta-feira (3), o governador Eduardo Leite mencionou a possibilidade de reabertura completa do aeroporto em outubro, dependendo do relatório de avaliação da pista.

Há um relatório que deve ser consolidado para sabermos qual tipo de intervenção na pista será necessário. Não tive acesso a esse relatório, mas algumas informações que recebemos nos dão expectativa de que, ainda que parcialmente, o aeroporto possa ser reaberto em outubro“, disse Leite.

A Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul estimou que um possível fechamento do Aeroporto até o fim do ano poderia resultar em um prejuízo estimado de até R$ 1,4 bilhão no setor, considerando que o terminal ficasse fechado até o Natal.

Como vai funcionar o Aeroporto Salgado Filho?

A partir de 15 de julho, o acesso ao terminal de passageiros será feito pela rampa externa, que leva ao piso 2, com ingresso somente pelas portas 5 e 6. O processo de check-in e o despacho de bagagem serão realizados na área internacional, inspeção de segurança será feita na própria área de embarque. De lá, os passageiros se dirigirão aos ônibus que os levarão direto à Base Aérea de Canoas.


Portão de desembarque do Aeroporto Salgado Filho (Foto/Divulgação: Fraport)

Os passageiros que desembarcam na Base Aérea serão transportados até o Aeroporto de Porto Alegre, onde descerão na Estação de ônibus para retirar suas bagagens. Não será possível se deslocar diretamente até a Base Aérea e sair de lá sem o acompanhamento das concessionárias das companhias aéreas.

O Terminal funcionará das 6h às 21h. Os passageiros deverão se apresentar no aeroporto 3 horas antes do voo, e o processo de embarque se encerrará 1 hora e 30 minutos antes do voo. Após esse período, não será possível ingressar na sala de embarque.

Ipea mostra que 92% dos empregos nos municípios mais atingidos pela enchente foram abalados 

Dois meses após o período conturbado das grandes enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, os aspectos diferentes e a volta ao dia-a-dia costumeiro encontram-se na realidade. Entretanto, os prejuízos causados pela força da natureza ainda faz parte da preocupação dos habitantes da região.  

Abalo nos empregos

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os municípios mais afetados pelas enchentes de dois meses atrás tiveram cerca de 92% dos postos de trabalho abalados. A estimativa divulgada nesta quarta-feira (3) levou em consideração os municípios de Eldorado do Sul, Roca Sales e Muçum.  

Os estabelecimentos privados também foram impactados, provocando um prejuízo em cerca de 82% deles. Em Porto Alegre, capital do estado, 27% das casas comerciais e 38% dos postos de trabalho foram comprometidos diretamente.  

Nos 418 municípios em estado de calamidade ou emergência, 334,6 mil postos foram prejudicados e já somam um valor equivalente a 13,7% dos empregos das cidades. Ainda dentro deste cenário, o número de estabelecimentos afetados chegou a 23,2 mil, praticamente 9,5% do geral.  

“O impacto de eventos climáticos extremos como o ocorrido no RS é mais amplo do que o reportado neste estudo. Isso porque mesmo estabelecimentos indiretamente atingidos também devem ter sofrido consequências — já que seus fornecedores, consumidores, ou infraestrutura de escoamento podem ter sido afetados“, disse o Ipea em comunicado.

Como está o Rio Grande do Sul

Apesar da destruição e das dores causadas pela perda, o povo gaúcho está mais unido do que nunca, movidos pela esperança na busca de uma reconstrução para o estado. A cada dia, suavemente, algo volta para seu lugar de origem ou é reconstruído e se torna mais um símbolo da nova fase. A entrega de Centros Humanitários de Acolhimento está a todo vapor, com projetos de Cidades Provisórias prontas para ser entregues.


Cidade provisória em Canoas, Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/ TV Globo/ Governo do Rio Grande do Sul)

O Rio Grande do Sul ainda está em processo de recuperação e estima-se que leve mais alguns meses para que exista um erguimento total. Até lá, o estado retorna aos poucos para o que um dia foi.