A venda da operação do TikTok nos Estados Unidos entrou na fase decisiva. A plataforma aprovou um acordo parcial com investidores americanos e tenta evitar um banimento iminente no país, após meses de negociações marcadas por pressão política e disputas regulatórias.
O negócio precisa ser concluído até 22 de janeiro, véspera da data que pode tirar o aplicativo do ar em território americano. Caso o acordo não avance dentro do prazo, a plataforma corre o risco de ser bloqueada no maior mercado publicitário do mundo, onde concentra parte relevante de sua base de usuários e receitas.
Acordo avançado
Segundo o Axios, a negociação prevê a venda de 45% da operação americana a um grupo formado pela Oracle, pela gestora de private equity Silver Lake e pela empresa de investimentos MGX. O arranjo busca atender às exigências impostas pelo governo dos Estados Unidos, mantendo a plataforma em funcionamento no país.
📲 O acordo deve ser concretizado em 22 de janeiro, de acordo com um memorando interno ao qual a Associated Press teve acesso.
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TikTok: acordo deve ser concretizado até 22 de janeiro (Foto: reprodução/X/@tribunadonorte)
As informações aparecem em um memorando interno enviado pelo CEO do TikTok, Shou Chew, no qual o executivo confirma o avanço das conversas e classifica o acordo como um passo relevante no processo. No mesmo documento, ele ressalta que ainda há pontos a serem ajustados e etapas regulatórias a cumprir antes da formalização definitiva da venda.
Pressão política
A negociação tenta encerrar uma disputa iniciada após o então presidente Joe Biden sancionar uma lei que previa a proibição do TikTok caso a empresa não encontrasse um comprador aprovado pelo governo dos Estados Unidos. Em setembro, o prazo foi prorrogado por Donald Trump, estendendo a data final para 23 de janeiro. A legislação exige a venda de 80% dos ativos do TikTok nos EUA a uma entidade considerada segura pelas autoridades.
A controladora chinesa ByteDance é alvo de críticas de parlamentares e agências de inteligência americanas, que apontam riscos à segurança nacional. No memorando, Chew afirmou que tanto o TikTok quanto a ByteDance concordaram com os termos em negociação. O desfecho, porém, segue condicionado aos ajustes finais e ao cumprimento do cronograma.
