TikTok avança em acordo para vender operação nos EUA

A venda da operação do TikTok nos Estados Unidos entrou na fase decisiva. A plataforma aprovou um acordo parcial com investidores americanos e tenta evitar um banimento iminente no país, após meses de negociações marcadas por pressão política e disputas regulatórias.

O negócio precisa ser concluído até 22 de janeiro, véspera da data que pode tirar o aplicativo do ar em território americano. Caso o acordo não avance dentro do prazo, a plataforma corre o risco de ser bloqueada no maior mercado publicitário do mundo, onde concentra parte relevante de sua base de usuários e receitas.

Acordo avançado

Segundo o Axios, a negociação prevê a venda de 45% da operação americana a um grupo formado pela Oracle, pela gestora de private equity Silver Lake e pela empresa de investimentos MGX. O arranjo busca atender às exigências impostas pelo governo dos Estados Unidos, mantendo a plataforma em funcionamento no país.


TikTok: acordo deve ser concretizado até 22 de janeiro (Foto: reprodução/X/@tribunadonorte)


As informações aparecem em um memorando interno enviado pelo CEO do TikTok, Shou Chew, no qual o executivo confirma o avanço das conversas e classifica o acordo como um passo relevante no processo. No mesmo documento, ele ressalta que ainda há pontos a serem ajustados e etapas regulatórias a cumprir antes da formalização definitiva da venda.

Pressão política

A negociação tenta encerrar uma disputa iniciada após o então presidente Joe Biden sancionar uma lei que previa a proibição do TikTok caso a empresa não encontrasse um comprador aprovado pelo governo dos Estados Unidos. Em setembro, o prazo foi prorrogado por Donald Trump, estendendo a data final para 23 de janeiro. A legislação exige a venda de 80% dos ativos do TikTok nos EUA a uma entidade considerada segura pelas autoridades.

A controladora chinesa ByteDance é alvo de críticas de parlamentares e agências de inteligência americanas, que apontam riscos à segurança nacional. No memorando, Chew afirmou que tanto o TikTok quanto a ByteDance concordaram com os termos em negociação. O desfecho, porém, segue condicionado aos ajustes finais e ao cumprimento do cronograma.

Mariana Lacerda faz criticas ao seu caso de abuso

Neste sábado (20), Mariana Lacerda, uma das peças mais importantes no julgamento do bilionário Jeffrey Epstein, se pronunciou sobre o governo Trump ter controle dos documentos relacionados ao caso. Ela criticou o fato de se ter uma certa censura nas documentações da situação em questão, disse que é um descaso com aquelas vitimizadas por ele. Explicou que havia uma empolgação esta semana quando tiveram acesso aos arquivos, mas quando chegou na hora ficaram em choque por conta da falta de transparência por parte daqueles que os liberaram. Em setembro deste ano, a mesma participou de uma coletiva de imprensa concedida à rede de TV americana ABC.

Epstein e Mariana Lacerda

Em 2002, quando a brasileira havia acabado de se mudar para os EUA, ela conheceu o bilionário Jeffrey Epstein. Na época, trabalhando em três empregos, visando o sustento de sua família, teve a oportunidade de conhecê-lo, com uma proposta de trabalho sendo apresentada. Conforme informou, quando chegou aos 17 anos, o interesse dele por ela passou, pois teria ficado “velha demais”. Disse ainda que o FBI a procurou em 2008, porém, apesar disso, ainda assim não pôde falar com a justiça, pois havia ocorrido um acordo judicial. Quando o caso foi reaberto em 2019, os depoimentos foram feitos e finalmente efetuaram a prisão dele.

No ano de 2008, ele acordou de assumir a culpa pela situação, porém, 11 anos depois, foi considerado que era inválido, então foi determinado que ele fosse preso por tráfico sexual. Conforme divulgado pelas autoridades, ele tirou a própria vida logo após ter tido sua sentença.

Em 2024, o governante dos Estados Unidos da América prometeu que iria fazer a divulgação de nomes daqueles que estavam envolvidos no meio desse problema todo, inclusive o nome de Trump apareceu num desses registros como culpado, e já é de conhecimento público que eles estavam próximos nos anos 90, já tendo relações amigáveis naquela ocasião, porém, apesar disso, o presidente não está sendo investigado.


Mariana Lacerda em setembro deste ano concedendo entrevistas em coletiva(foto:reprodução/Andrew Harnick/Getty Images Embed)


Lista de clientes

Pam Bondi, procuradora-geral, informou que existia uma suposta lista de clientes que estariam envolvidos nesses abusos em sua mesa para ser revisada, porém, o departamento de justiça dos Estados Unidos desacreditou essas informações, dizendo que essa dita listagem de pessoas não existe, assim como o próprio Trump falou que tudo isso é uma farsa.

Os republicanos que apoiam atualmente o presidenciável ficaram irritados com a mudança de versão e agora estão possivelmente compartilhando  algumas teorias de conspiração envolvendo o republicano.

Moraes chama retirada de sanções dos EUA de vitória do Judiciário brasileiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que a retirada de sanções dos Estados Unidos representa uma vitória do Judiciário brasileiro. Segundo ele, a decisão reafirma soberania, democracia e independência institucional, após meses de tensão diplomática envolvendo seu nome.

Além disso, Moraes, atualmente ministro e vice-presidente do STF, destacou que o Judiciário não cedeu a pressões externas e manteve atuação firme. O magistrado fez a declaração durante evento de lançamento do canal SBT News, em São Paulo, nesta sexta-feira (12).

Reação de Moraes e atuação do governo brasileiro

Durante o discurso, Moraes agradeceu o empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações com os Estados Unidos. Segundo o ministro, o diálogo conduzido pelo governo brasileiro foi decisivo para reverter as sanções aplicadas.

Além disso, Moraes afirmou acreditar mais no poder da palavra do que em instrumentos de coerção política. Assim, para ele, a diplomacia foi essencial para preservar a imagem das instituições brasileiras no cenário internacional. Ainda assim, o ministro voltou a criticar o uso da Lei Magnitsky contra autoridades de países democráticos. Na avaliação de Moraes, a medida representou tentativa indevida de interferência na soberania nacional.

O que previa a sanção e como ocorreu a retirada

As sanções haviam sido aplicadas em julho deste ano com base na Lei Magnitsky. Por causa disso, os bens de Moraes, de sua esposa Viviane, e de empresas vinculadas ao casal ficaram bloqueados. Além disso, cidadãos americanos estavam proibidos de realizar transações financeiras envolvendo o ministro ou sua família. Como resultado, qualquer descumprimento poderia gerar punições civis ou criminais, mesmo sem intenção comprovada. 


O ministro Alexandre de Moraes com sua esposa, Viviane Barci de Moraes (Foto: reprodução/EVARISTO SA/AFP/Getty Images Embed)


No entanto, o governo americano retirou Moraes e Viviane da lista de sancionados sem detalhar os motivos. Fontes diplomáticas indicam que o gesto ocorreu após conversas diretas entre Lula e Donald Trump. Segundo o Itamaraty, havia sinais de recuo desde o último telefonema entre os dois presidentes. Assim, o governo brasileiro trabalhava com a expectativa de solução antes do fim do ano.

Repercussões políticas e cenário internacional

Apesar disso, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro criticaram a decisão dos Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro afirmou ter recebido a notícia com pesar e reiterou críticas ao ministro do STF. Já nos bastidores, parlamentares governistas avaliam que a retirada fortalece o discurso de defesa institucional.

Além disso, diplomatas veem o gesto como um passo para normalizar relações bilaterais. No entanto, as tensões comerciais permanecem, sobretudo por tarifas sobre produtos manufaturados brasileiros. O governo brasileiro afirma que seguirá negociando para reduzir os impactos econômicos. Recentemente, o Financial Times classificou Moraes como um dos heróis globais de 2025. O jornal destacou sua atuação firme na defesa das instituições democráticas brasileiras.

EUA retêm petroleiro e levantam dúvida sobre ato de guerra

O governo dos Estados Unidos (EUA) apreendeu nesta quinta-feira (11) um navio petroleiro venezuelano perto da costa da Venezuela, em uma operação considerada inédita pelas autoridades norte-americanas, que alegam que a embarcação estaria envolvida em uma rede internacional de comércio ilegal de petróleo.
A operação foi confirmada na última quarta-feira (10), durante um evento na Casa Branca no qual Donald Trump anunciou a apreensão. Navios venezuelanos vinham sendo monitorados pelas autoridades americanas diante da acusação de que o presidente Nicolás Maduro comandaria um cartel de tráfico de drogas. O episódio amplia a tensão entre Washington e Caracas, já que o governo venezuelano classificou a medida como uma violação de sua soberania e acusou os Estados Unidos de agir de maneira arbitrária em águas próximas ao país.

Motivo da apreensão do navio

De acordo com autoridades americanas, o petroleiro foi apreendido por já constar em listas de embarcações sancionadas pelos Estados Unidos. O governo alega que o navio operava em rotas usadas para transportar petróleo venezuelano sob sanções e que poderia ter carregamentos ligados ao Irã, embora não tenham sido divulgados detalhes sobre as evidências que sustentam essas acusações.
As autoridades dos EUA afirmam ainda que a operação foi autorizada por um mandado judicial federal destinado a interromper o envio de petróleo considerado irregular. Washington também relaciona o caso a suspeitas de que redes ligadas ao governo de Nicolás Maduro participariam de atividades ilícitas, o que Caracas nega. Até agora, a Casa Branca não apresentou explicações públicas mais amplas sobre os motivos da apreensão.

Vídeo divulgado pela Casa Branca mostra a operação de apreensão do petroleiro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Venezuela responde à apreensão

O governo da Venezuela condenou a apreensão do petroleiro e classificou a ação como um ato de pirataria internacional. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que os Estados Unidos violaram a soberania do país ao interceptar uma embarcação que, segundo Caracas, navegava legitimamente em águas próximas ao território venezuelano. O governo também acusou Washington de promover uma escalada deliberada de tensão na região.

Caracas negou as acusações americanas de envolvimento em comércio ilegal de petróleo e afirmou que a operação tem motivação política. O governo de Nicolás Maduro sustentou que os Estados Unidos buscam justificar medidas punitivas contra a Venezuela e acusou a administração Trump de utilizar pretextos para atacar economicamente o país. A chancelaria venezuelana pediu apoio internacional e declarou que tomará medidas diplomáticas para contestar a apreensão.

A Casa Branca afirmou que pretende levar o navio para território americano e apreender a carga de petróleo, medida que reforça a tensão diplomática entre os dois países. A decisão indica que Washington deve manter a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, enquanto Caracas promete recorrer a instâncias internacionais para contestar a operação.

Lula diz a Trump que não aceita conflito na América Latina

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira (11) que expressou a Donald Trump sua preocupação com a escalada militar na América Latina. A princípio, Lula afirmou que a conversa ocorreu por telefone na semana passada e tratou diretamente da tensão envolvendo a Venezuela.

Ainda mais, Lula relatou que reforçou ao presidente dos Estados Unidos que a região defende estabilidade. “Nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz”, disse o presidente durante discurso em Belo Horizonte.

A tensão crescente na Venezuela

Ainda durante o relato, Lula afirmou que Trump reagiu com menção ao poderio militar norte-americano. Assim, para o presidente brasileiro, porém, o diálogo deve prevalecer. Ele disse que prefere “o poder da palavra” a qualquer demonstração bélica. Pouco antes, a fala ocorreu na abertura da Caravana Federativa, em Minas Gerais. Mais tarde, a Secretaria de Comunicação ajustou a data da ligação e informou que a conversa citada ocorreu na semana anterior.


Barricada antitanque em Caracas após tensões regionais (Foto: reprodução/Juan Barreto/AFP/Getty Images Embed)


Ao passo que a crise venezuelana domina o cenário geopolítico sul-americano, desde agosto os Estados Unidos mantêm forte presença militar no Caribe sob o argumento de combater o narcotráfico. A movimentação, no entanto, tem sido interpretada por governos da região como pressão direta sobre o regime de Nicolás Maduro. Na semana passada, Lula conversou com o presidente venezuelano e discutiu a necessidade de preservar a paz no continente.

Atuação diplomática do Brasil

Nesse ínterim, Trump declarou em novembro que os EUA podem iniciar operações terrestres para enfrentar grupos ligados ao tráfico na Venezuela. Segundo o republicano, ações navais dificultaram rotas criminosas e abriram espaço para uma nova fase militar.

Enquanto isso, o Brasil busca mediar o impasse, visto que Lula já se ofereceu para aproximar EUA e Venezuela em diferentes ocasiões. Ele defende que o respeito à soberania regional precisa orientar qualquer decisão. Pouco depois, em outubro, o presidente alertou que invasões unilaterais criariam um ambiente sem regras claras. A conversa entre Lula e Trump também abordou caminhos para cooperação envolvendo polícias e ministérios da Justiça dos países. Para o governo brasileiro, a construção de soluções conjuntas reduz riscos e fortalece a estabilidade regional.

A disputa ganhou novos contornos após Trump afirmar que Maduro ignorou um ultimato para deixar o cargo. Além disso, fontes internacionais relataram que Washington teria oferecido passagem segura à família do líder venezuelano para acelerar uma transição política. A iniciativa buscava diminuir tensões no Caribe em meio ao avanço de operações militares norte-americanas.

EUA pressionam, mas Maduro rejeita saída imediata proposta por Trump

A crise entre Estados Unidos e Venezuela ganhou novos contornos depois que Nicolás Maduro descumpriu o ultimato do presidente norte-americano Donald Trump para deixar o poder. Segundo fontes consultadas pela CNN Brasil, o republicano havia oferecido ao líder venezuelano e à sua família passagem segura para fora do país, numa tentativa de mediar uma transição rápida e controlada.

O telefonema, ocorrido em 21 de novembro, foi tratado como uma das últimas tentativas diplomáticas de Washington para reduzir tensões no Caribe, onde os EUA intensificaram operações navais em resposta a denúncias de narcotráfico e instabilidade regional.

Maduro, no entanto, recusou a proposta e impôs condições consideradas inviáveis pelos norte-americanos: anistia total a ele e a altos membros do regime, suspensão imediata das sanções e arquivamento das acusações que enfrenta no Tribunal Penal Internacional (TPI). A Casa Branca avaliou as exigências como incompatíveis com qualquer cenário de responsabilização futura.

As condições e o colapso das negociações

Além da renúncia imediata, a sugestão dos EUA incluía a possibilidade de um governo interino comandado pela vice-presidente Delcy Rodríguez, até que novas eleições fossem convocadas. Fontes afirmam que a opção foi rapidamente descartada por Caracas, que teme perder controle interno sobre Forças Armadas e setores estratégicos do Estado.

Com o fracasso das tratativas, o prazo dado por Trump expirou sem qualquer sinalização de saída por parte do líder venezuelano. Como resposta, Washington anunciou novas medidas de pressão, incluindo a restrição ao espaço aéreo venezuelano e o fortalecimento de alianças regionais para monitoramento militar.


Força militar americana pressiona a Venezuela (Vídeo: reprodução/X/@g1) 


No governo norte-americano, a percepção é de que Maduro continua apostando no desgaste externo para reforçar alianças internas, especialmente junto ao alto comando militar, pilar decisivo de sua permanência no poder.

Enfraquecimento diplomático e risco de escalada regional

A deterioração das relações entre os países ocorre num momento de aumento das acusações de Washington contra o chamado Cartel de los Soles, apontado pelos EUA como uma rede criminosa ligada ao tráfico de drogas e supostamente associada ao regime venezuelano. A classificação do grupo como organização terrorista estrangeira marcou um dos momentos mais críticos do governo Trump em relação à Venezuela.

Caracas reage acusando os EUA de tentativa de interferência externa e “operação de mudança de regime”, discurso que Maduro tem reforçado em pronunciamentos recentes. Ele também afirmou que continuará “defendendo a soberania” e denunciou pressões internacionais que, segundo ele, visam fragilizar o país e seus recursos petrolíferos.

Especialistas ouvidos por veículos internacionais alertam que a convergência entre crise interna, instabilidade econômica e ameaças externas cria um ambiente de risco elevado para toda a América Latina. A preocupação envolve desde fluxos migratórios até possíveis choques militares indiretos em regiões estratégicas do Caribe.

Impactos para a América Latina

Com o fim das conversas diretas, não está claro qual será a estratégia dos EUA. Embora ações militares diretas não tenham sido anunciadas, fontes em Washington não descartam novas sanções econômicas e um cerco diplomático mais rígido à cúpula do governo venezuelano.

Maduro continuará apostando na resistência interna e no apoio das Forças Armadas, enquanto tenta ampliar alianças internacionais para contrabalancear o peso norte-americano, especialmente com países como Rússia, China e Irã.

Enquanto isso, a população venezuelana segue inserida em um contexto de incerteza política, inflação persistente e acesso limitado a serviços básicos, cenário que pode pressionar ainda mais países vizinhos com novos fluxos migratórios. 

Injeção inovadora contra o vírus HIV começa a ser aplicada

Nesta segunda-feira (1), alguns países africanos começaram, pela primeira vez, a administração de um medicamento inovador para a prevenção do HIV: o injetável Lenacapavir. Para o continente africano, que enfrenta o vírus em nível epidêmico, a iniciativa se tornou um marco histórico.

Medicamento e distribuição

Países como a África do Sul, Essuatíni e Zâmbia iniciaram a aplicação do medicamento em larga escala. O Lenacapavir é um medicamento injetável que necessita apenas de duas aplicações por ano — semestralmente — e já se mostrou capaz de reduzir o risco de transmissão do HIV em mais de 99,9%. Para países como a África do Sul, que possui um dos maiores números de pessoas convivendo com o vírus, o lançamento do Lenacapavir representa um grande potencial para o controle da epidemia no país.


Seringa para aplicar medicação (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


A distribuição do remédio está sendo feita com o apoio de organizações internacionais. Em algumas regiões, a chegada do Lenacapavir é recebida com mobilizações comunitárias e cerimônias que destacam a importância da iniciativa. Além disso, a aprovação por órgãos reguladores ocorreu poucos meses antes do lançamento, um tempo recorde para tratamentos complexos, especialmente em países considerados de baixa e média renda.

Custos e vantagens

O fato do medicamento ser injetável oferece grandes vantagens, já que elimina a necessidade do uso de comprimidos diários. Dessa forma, o Lenacapavir pode superar barreiras tradicionais de adesão à prevenção.
A medicação também oferece benefícios significativos para populações mais vulneráveis ao HIV, como jovens, mulheres e grupos marginalizados.

A Unitaid, agência de saúde das Nações Unidas que supervisionou o lançamento do Lenacapavir na África do Sul, não informou quantas pessoas receberam a primeira dose. Nos Estados Unidos, o medicamento custa cerca de US$ 28.000, valor que pode chegar a aproximadamente R$ 150.000.

Um programa estadunidense do fornecedor Gilead Sciences concordou em abastecer, durante três anos, os países com maiores taxas de contaminação pelo HIV, exceto a África do Sul, devido a divergências entre as partes. O início da aplicação do Lenacapavir representa um sinal de esperança para milhões de pessoas, oferecendo proteção eficaz e duradoura contra o HIV e marcando um passo importante na luta por saúde e justiça social.

EUA tentam impedir colapso na rede elétrica após grande demanda da IA

No começo de 2025, equipes de energia em vários estados começaram a notar um movimento que, à primeira vista, parecia só uma coincidência. Um pedido urgente aqui, outro ali, sempre vindo de novos datacenters que surgiam em terrenos antes vazios. Quando as requisições passaram a chegar quase toda semana, ficou claro que a rede elétrica já não dava conta. A sensação de pressa tomou conta das salas de operação, onde técnicos passaram a debater, quase diariamente, como evitar que a demanda crescente empurrasse o sistema para o limite.

A pressão não surgiu do nada. Ainda em 2024, gigantes como OpenAI, Google e Amazon anteciparam um salto na potência computacional até 2030. Desde então, muitas concessionárias admitem que estão correndo atrás. Projetos chegam antes das obras, que começam antes das licenças. É assim que se formam disputas por energia, ajustes provisórios e filas de espera espalhadas por todo o país.

Redes em alerta

No Oregon, a situação ficou evidente quando a Amazon voltou às reuniões com autoridades depois de ver parte de um investimento bilionário praticamente congelado por falta de energia disponível. A Pacificorp explicou que não poderia atender ao pedido de imediato, e o assunto acabou nas mesas regulatórias. Em Santa Clara, dois centros de 50 megawatts, erguidos pela Digital Realty e pela Stack Infrastructure, seguem sem operar desde 2024. A concessionária local prevê liberar energia só depois de 2028, quando concluir uma atualização cara e demorada.


IA acelera o consumo de energia nos EUA e pode gerar gargalos antes de 2030 (Foto: reprodução/X/@hectorchamizo)


Consultores que acompanham o setor dizem que esse tipo de impasse deixou de ser exceção. Ohio vive exemplo parecido: uma mudança na regra de contratação enxugou a fila de projetos de 30 para 13 gigawatts. Ainda assim, especialistas lembram que o país tem histórico de acelerar grandes obras quando há interesse econômico forte. Institutos de energia enxergam até um lado positivo nessa corrida, que pode destravar investimentos que ficaram engavetados por anos.

Datacenters viram usinas próprias

Com a rede pública pressionada, várias empresas passaram a montar suas próprias fontes de energia. No Texas, não é raro ver turbinas novas sendo instaladas a poucos metros dos prédios que abrigam servidores. O projeto Stargate, em Abilene, montado por OpenAI, SoftBank, Oracle e MGX, já funciona com dez turbinas só para garantir que nada desligue de surpresa. Esse movimento começou a atrair até grupos do setor de petróleo: a Chevron, por exemplo, planeja instalar 5 gigawatts em geração a gás até 2027, aproveitando o excedente da Bacia Permiana.

Startups e fornecedores menores oferecem células a combustível e turbinas compactas, uma solução rápida para novos datacenters. A xAI, de Elon Musk, já aplicou a estratégia em mais de um local. Especialistas estimam que o gás natural atenderá boa parte da demanda, enquanto o governo aposta em reatores nucleares antigos e novos modelos AP1000. Modernizar a rede e programas de resposta ao consumo poderiam liberar potência extra. Pesquisadores da Duke University calculam que reduzir apenas 1% do uso dos datacenters criaria uma folga de 125 gigawatts.

Governo Trump sinaliza operação terrestre para bloquear tráfico vindo da Venezuela

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (27) que o país deve iniciar, “muito em breve”, operações terrestres para conter grupos envolvidos no tráfico de drogas a partir da Venezuela. A declaração foi feita durante uma conversa virtual com militares, em homenagem ao Dia de Ação de Graças, quando Trump reforçou a intenção de Washington de ampliar o escopo das ações já em curso no Caribe.

Segundo o presidente, redes criminosas que atuam pela rota marítima estariam enfrentando mais dificuldades por causa das operações navais americanas, o que abriria espaço para uma nova fase por terra. “Vocês provavelmente notaram que as pessoas não querem mais arriscar entregas pelo mar. Vamos começar a impedi-las também por terra. Essa etapa será mais simples e terá início muito em breve”, afirmou.

Trump acrescentou ainda que o governo já havia “avisado” os grupos envolvidos para que deixassem de enviar drogas aos Estados Unidos.

Operações no Caribe ganham nova dimensão

A fala ocorre em meio à intensificação da presença militar dos EUA próximo ao território venezuelano. Nos últimos meses, Washington reforçou patrulhas navais e aéreas no Caribe e no Pacífico, alegando foco no combate ao narcotráfico.

Entre os recursos mobilizados está o grupo de ataque do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, acompanhado de navios de guerra, caças F-35 e um submarino nuclear.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Steven Hirsch-Pool)


Tensão cresce enquanto negociações são ventiladas

A Venezuela ainda não respondeu diretamente aos novos comentários. O governo Nicolás Maduro, porém, tem reiterado que está preparado para reagir a qualquer tentativa de incursão e acusa Washington de usar o combate ao narcotráfico como pretexto para buscar uma mudança de regime.

Apesar da escalada recente, tanto Trump quanto Maduro sinalizaram, nos últimos dias, abertura para uma possível negociação. As declarações, no entanto, contrastam com o aumento da mobilização militar dos Estados Unidos, que mantém um cenário de incerteza sobre os próximos passos na relação entre os dois países.

Procuradora-geral afirma que governo pedirá pena de morte para atirador de Washington

Nesta quinta-feira (27), a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que ambos os soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos, baleados na quarta-feira (26) em Washington, continuam em estado crítico. Ela pediu orações pela vida deles e também afirmou que o mínimo de pena que o governo Trump propõe é prisão perpétua. Caso os soldados venham a falecer, será solicitada a pena de morte para o suspeito.

As autoridades conseguiram atirar e prender o suspeito, que foi levado ao hospital. Além disso, identificaram-no: o nome do suspeito é Rahmanullah Lakanwal, um cidadão afegão que chegou aos EUA em 2021. Esse atentado ocorreu na véspera do feriado de Ação de Graças, contra dois membros da Guarda Nacional na Praça Farragut — uma área turística de Washington.

Atentado em Washigton capital dos EUA

Os policiais atingidos pelo atirador faziam parte da tropa da Guarda Nacional que está na capital federal desde agosto deste ano, como parte de uma ação de repressão ao crime promovida pelo presidente americano, Donald Trump. Logo após os soldados serem atingidos pelo tiroteio, Trump pediu o envio de 500 agentes federais adicionais à capital, Washington.


Vídeo do momento que o atirador foi preso (Vídeo: reprodução/X/@ZuritaCarpio)


O suspeito chegou aos EUA em 2021, solicitou asilo em 2024, e a ele foi concedido no início deste ano. Com o ocorrido, o presidente Donald Trump pediu que seu governo reexamine os imigrantes afegãos que entraram no país durante o governo do ex-presidente Joe Biden e também atacou o ex-presidente pelo tipo de política de imigração que permitiu que Lakanwal permanecesse no país.

Guarda Nacional em Washington

A Guarda Nacional foi mobilizada para Washington em agosto, em uma operação dita de “emergência”, para apoiar no combate à criminalidade, na proteção de prédios federais e no auxílio às autoridades locais e federais. Isso levantou um grande debate sobre a utilização de tropas em território nacional, ainda mais quando usadas para questões de controle migratório.


Diretor do FBI Kash Patel com militares ao lado (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Brendan Smialowski)


Para concluir, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que a ação fortalece a determinação do governo em manter a Guarda Nacional para garantir que Washington seja um lugar seguro. Portanto, o governo de Donald Trump ganha mais força em relação às questões que eram questionadas sobre imigrantes no país.