EUA exigem caução no valor US$ 15 mil para alguns vistos em programa piloto

Nesta segunda-feira, o governo americano divulgou, por meio de um anúncio, que irá começar a exigir caução de US$ 15 mil (o equivalente a R$ 82 mil) para alguns vistos de turismo e negócios. O novo programa piloto será lançado em até duas semanas, e vem com o foco de reprimir visitantes que ultrapassam o prazo de validade dos seus vistos.

No site Federal Register (registro federal dos EUA), o departamento esclarece que o teste terá uma duração de 12 meses e que será direcionado a vistos B-1, para atividades de negócios temporários e B-2, para viagens de turismo, lazer ou tratamento médico.

Países afetados pelo programa

A partir do dia 20 de agosto, o departamento irá começar a ter três opções de valor para cobrar, US$ 5 mil, US$ 10 mil, US$ 15 mil. Ainda não foi definido, quais serão os países que entrarão na lista deste programa. Em novembro de 2020, eles tentaram implementar este projeto inserindo 24 países, estando entre eles:

  • Afeganistão
  • Angola
  • Butão
  • Burkina Faso
  • Birmânia
  • Burundi
  • Cabo Verde
  • Chade
  • República Democrática do Congo
  • Djibuti
  • Eritreia
  • Gâmbia
  • Guiné-Bissau
  • Irã
  • Laos
  • Libéria
  • Líbia
  • Mauritânia
  • Papua-Nova Guiné
  • São Tomé e Príncipe
  • Sudão
  • Síria
  • Iêmen

Também foi destacado pelo órgão que o piloto foi feito em parceria com a segurança interna, é uma resposta à ordem executiva 14.159 que foi assinada por Donald Trump, chamada de “protegendo o povo americano contra a invasão”. Em abril deste ano foi anunciado que a Terra do Tio Sam lançara o Gold Card (ou na tradução cartões dourados) o investimento necessário para conseguir obter isso seria de US$5 milhões (o equivalente a R$ 30 milhões), o que abriria o caminho para que os imigrantes com condições financeiras altas possam obter a cidadania americana.


Donald Trump mostrando o Gold card no dia 3 de abril (Foto:reprodução/Mandel Ngan/Getty Images Embed)


Como funciona o Gold Card

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump já informou que o Gold card terá mais privilégios que o Green card, ele informou ainda que todos que tiverem interesse em obter cartão em questão, passarão inicialmente por uma análise das autoridades dos EUA antes de receber o visto, será um caminho para a obtenção da cidadania americana. Ele apresentou um protótipo do cartão.

Conforme informado pelo governo estadunidense, contribuirá para reduzir o deficit financeiro do país, ainda informaram que criara empregos, podendo atrair mão de obra qualificada, empresas americanas também conseguiram efetuar a compra para trabalhadores estrangeiros especializados.

Diddy permanece preso após nova negativa da Justiça americana

Em nova decisão desfavorável, a Justiça dos Estados Unidos voltou a negar liberdade a Sean “Diddy” Combs nesta segunda-feira (4). Para o juiz federal Arun Subramanian, não há garantias de que o rapper não tentaria fugir ou comprometer a segurança de terceiros caso fosse solto.

Preso desde setembro de 2024, Diddy seguirá detido pelo menos até a audiência de sentença, marcada para 3 de outubro. Ele já foi condenado por dois crimes relacionados ao transporte de mulheres com fins de prostituição, mas acabou absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração criminosa.

Juiz mantém decisão rigorosa

Segundo o juiz Subramanian, nem o aumento do valor da fiança, nem a criação de condições adicionais seriam suficientes para justificar a liberação do artista. “Aumentar o valor da fiança ou elaborar condições adicionais não altera o cálculo, dadas as circunstâncias e o pesado ônus da prova que recai sobre Combs”, escreveu o magistrado na decisão desta segunda.

A defesa tentava reverter a ordem de prisão preventiva imposta desde o fim do julgamento. O argumento era de que Diddy estaria colaborando com as autoridades e não teria histórico de fuga. Ainda assim, o tribunal optou por manter a detenção.


Caso P. Diddy (reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Do que Diddy foi acusado?

Em julho, o júri considerou Diddy culpado em dois dos cinco crimes que constavam no processo. Ambos envolvem transporte de mulheres para fins de prostituição, sendo uma das vítimas a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do rapper. Por esses crimes, ele pode pegar até 20 anos de prisão, 10 por cada caso.

Veja as acusações e os vereditos:

  • Conspiração para extorsão: Inocentado
  • Tráfico sexual por força ou coerção (Cassie): Inocentado
  • Transporte com fins de prostituição (Cassie): Culpado
  • Tráfico sexual por força ou coerção (Jane): Inocentado
  • Transporte com fins de prostituição (Jane): Culpado

Sean Combs, conhecido por sua trajetória na música e no mundo dos negócios, enfrenta agora o momento mais delicado de sua carreira. A sentença final poderá definir os rumos de seu futuro pessoal e profissional.

Brasil recorre à OMC para contestar tarifaço

O Brasil está se preparando para levar à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma crítica formal às recentes medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos, que o governo brasileiro descreve como um “sério risco” para o comércio global. A iniciativa, liderada pelo Itamaraty e em avaliação pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), busca contestar a imposição de novas tarifas americanas que, segundo a diplomacia brasileira, ferem acordos internacionais e carecem de justificativa técnica.

Brasil detalha as principais preocupações

Um documento interno do Ministério das Relações Exteriores, que servirá de base para a argumentação brasileira, detalha as principais preocupações. A principal delas é que as tarifas violam obrigações firmadas pelos Estados Unidos no âmbito da OMC, em especial o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). Para o Brasil, essas medidas não apenas prejudicam as relações bilaterais, mas também comprometem a previsibilidade e a estabilidade essenciais para o fluxo comercial ao nível mundial. A decisão de recorrer à OMC, portanto, é vista como uma forma de o Brasil reafirmar seu compromisso com o sistema multilateral de comércio.


Matéria sobre ida do Brasil a OMC (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Defesa contra argumentos “insustentáveis” dos EUA

Além da questão técnica, o Itamaraty ressalta que a justificativa apresentada pelos Estados Unidos para as tarifas é insustentável. A diplomacia brasileira argumenta que as medidas são discriminatórias e carecem de base factual, especialmente porque a balança comercial entre os dois países favorece historicamente os Estados Unidos. Outro ponto crítico é a menção a questões políticas internas, como uma suposta perseguição a um ex-presidente, que o Brasil considera fora do escopo comercial e uma tentativa de desestabilizar as relações.

O governo brasileiro também acredita que as ações americanas vão além das fronteiras comerciais. As tarifas, ao se desviarem dos compromissos multissetoriais da OMC, desestabilizam o equilíbrio conquistado em décadas de negociações multilaterais. Para o Brasil, a falta de fundamento e o uso de argumentos não comerciais representam um precedente perigoso que pode minar a estrutura do comércio internacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sinalizado a intenção de buscar a OMC, e a aprovação na Camex solidifica essa posição. A decisão de avançar com o contencioso na OMC em Genebra, na Suíça, demonstra a seriedade com que o Brasil encara a defesa de seus interesses econômicos e a estabilidade do sistema comercial global.

Donald Trump fala em distribuir dinheiro proveniente de tarifas aos americanos

Neste domingo (3), o presidente Donald Trump, anunciou que alguns estadunidenses podem receberam algum tipo de valor como resultado das tarifas que serão impostas aos parceiros comerciais dos EUA. Conforme palavras do presidente, os cidadãos com baixa ou média renda poderão receber parte dos valores arrecadados pelo governo americano em decorrência dessa situação. O tarifaço, que entrará em vigor nesta terça-feira (5), ganhou uma novidade nesta última semana, pois ele assinou aumento em países como a Síria com 41% seguida por Laos e Mianmar com 40%.

Respostas ao governo brasileiro

Conforme informações da Casa Branca, a taxação de 50% contra o Brasil foi adotada devido às ações do governo do Brasil, pois eles estariam representando uma ameaça um tanto quanto incomum e extraordinária à segurança nacional na política externa, além de serem direcionados à economia da Terra do Tio Sam. A informação oficializa o percentual citado na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, afirmando que a ordem executiva foi emitida por conta de ações que prejudicaram empresas americanas, a liberdade e a expressão.

O Brasil criou a lei de reciprocidade econômica para responder às taxas impostas pelo governo americano. Além de defender a soberania do país, Lula ainda falou que era falsa a fala de Donald Trump, que relata um déficit na balança comercial com o Brasil. Mediante a esta nova regra, o poder executivo estaria autorizado a trabalhar em conjunto com o setor privado para adotar contramedidas na forma de restrição nas importações de bens e serviços com medidas de suspensão de concessões comerciais.


Donald Trump em reunião com o presidente das Filipinas (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Países afetados

Além do Brasil, alguns países também tiveram aumento de tarifas por decisões de Donald Trump. Por exemplo, o Canadá que teve uma subida de 10%,(era 25% e agora está 35%), neste caso foi porque houve uma inação e retaliação do país em questão, o presidente achou melhor aumentar as tarifas. O governante dos EUA, disse ainda que ira aumentar as taxas sobre a Índia, por conta de eventuais compras de petróleo Russo, afirmando que os indianos não estão se importando com as pessoas que estão morrendo na Ucrânia.

Na última quinta-feira (31), Donald Trump listou taxas de 10% a 41%, para 69 parceiros comerciais, começando a valer em sete dias, alguns países fizeram acordo com ele, mais outros não conseguiram, como o Brasil. A decisão transmite a informação que os produtos dos países não listados no anexo, o aumento será de 10%.

China dá aval para 183 empresas do Brasil exportarem café

A embaixada da China no Brasil anunciou no sábado (2), por meio das redes sociais, que 183 empresas brasileiras receberam autorização para exportar café ao mercado chinês.

A decisão entrou em vigor em 30 de julho e representa um alívio para os exportadores do Brasil, que recentemente foram impactados por uma tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos, conforme determinação do presidente Donald Trump na última semana. Segundo a embaixada, as autorizações concedidas terão validade de cinco anos.

Dificuldades da tarifa

A imposição da nova tarifa traz obstáculos aos exportadores brasileiros, que enviam aproximadamente 8 milhões de sacas de café anualmente aos Estados Unidos. Diante disso, eles agora procuram novos mercados para seus produtos.

A China, principal parceiro comercial do Brasil, surge como uma alternativa promissora e mais viável para estabelecer o comércio. Já os Estados Unidos continuam sendo grandes compradores de diversos itens brasileiros, como carne bovina, suco de laranja e, naturalmente, café.


China aprova 183 empresas do Brasil para exportar café (Vídeo: Reprodução/Youtube/Jornal da Record)

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em junho o país embarcou 440 mil sacas de café com destino aos Estados Unidos, um volume quase oito vezes superior ao das 56 mil sacas enviadas à China no mesmo período.

Relação do Brasil com os EUA

O Brasil é responsável por cerca de um terço do mercado de café nos Estados Unidos, cujo valor chegou a US$ 4,4 bilhões no período de 12 meses encerrado em junho. A recente medida é positiva para os exportadores brasileiros, que sentiram os impactos da tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump.

Os EUA, que são o maior comprador de café brasileiro no mundo, respondem por 16% das exportações do produto, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em contrapartida, o Brasil ocupa a posição de principal fornecedor de café para o mercado americano.

Lula pede paciência para diálogo com Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu, neste domingo (3), que as tratativas com os Estados Unidos sobre o aumento de tarifas decretado por Donald Trump precisam ser conduzidas com paciência, já que há limites para o enfrentamento.

De acordo com Lula, a diplomacia impõe restrições sobre o que pode ser dito, ou seja, não se trata de falar tudo o que se pensa, e sim aquilo que é viável dizer. A fala ocorre em meio ao crescimento das tensões entre Brasil e EUA, depois que Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Além disso, a Casa Branca sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos.

Conduta de Lula

Até o momento, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump ainda não mantiveram contato direto, mesmo após a decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa sobre produtos brasileiros.

Durante o encerramento de um encontro nacional do PT, neste domingo, em Brasília, Lula afirmou que a postura firme do Brasil na defesa de sua soberania causa incômodo a líderes que se consideram dominantes no cenário internacional, embora não tenha citado nomes. O presidente também explicou que sua conduta nas relações exteriores se baseia na ideia de tratar todos os países com igualdade, sem se submeter a nações mais poderosas nem ser arrogante diante de países vizinhos. 

Lula afirmou que o governo está empenhado em apoiar as empresas brasileiras e proteger os trabalhadores do país. Segundo ele, o Brasil está aberto ao diálogo e pronto para negociar, ressaltando que propostas concretas já foram apresentadas anteriormente por Geraldo Alckmin e Mauro Vieira.

Nova liderança do PT

Desde a última sexta-feira (1º), integrantes do PT estiveram reunidos para debater os rumos do partido e aprovaram o documento que vai nortear a nova direção sob a liderança de Edinho Silva. Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho foi escolhido em julho para comandar pelos próximos quatro anos e tomou posse oficialmente neste domingo, em um ato que contou com a presença do presidente Lula.


Edinho foi eleito presidente do PT e teve a oficialização neste domingo (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A última aprovação do encontro defende a manutenção de alianças com outras siglas e destaca a necessidade de aprimorar a comunicação do governo, especialmente com públicos religiosos, como os evangélicos. O documento também sugere que o partido amplie o diálogo com setores da sociedade que não se identificam necessariamente com a esquerda, além de incentivar que a militância mantenha vínculos com comunidades católicas e aprofunde o relacionamento com lideranças evangélicas.

Espiões russos forjaram e-mails usados por Trump contra Hillary, segundo EUA

A divulgação de um anexo recentemente desclassificado lançou nova luz sobre antigos relatórios de inteligência russa de 2016, que analisavam supostos e-mails hackeados de cidadãos americanos. O material revela os esforços do procurador especial John Durham para comprovar a autenticidade de alguns desses e-mails — tentativa que acabou fracassando, já que os documentos foram considerados provavelmente forjados.

Falsas acusações foram refutadas através do anexo


Hillary Clinton (Foto: reprodução/AFP Brendan Smialowski/Getty Images Embed)


Negação e e-mails contendo informações duvidosas

O anexo demonstra que os principais e-mails usados como suposta prova — datados de 25 e 27 de julho de 2016 — são altamente duvidosos. Leonard Benardo, da Open Society Foundations (organização ligada a George Soros), negou ter escrito os e-mails. Ele disse nunca ter usado a linguagem contida nas mensagens e sequer conhecer a pessoa citada como “Julie” ou “Julia”.

Além disso, a equipe de Durham descobriu que os e-mails suspeitos pareciam ser composições feitas a partir de trechos reais extraídos de mensagens hackeadas de think tanks progressistas americanos, como a Open Society Foundations, a Carnegie Endowment e o Atlantic Council — todos alvos de espionagem russa.

Durham admitiu que, embora os agentes do FBI devessem ter sido mais cautelosos ao lidar com o dossiê Steele (financiado por democratas), a alegação central da chamada “inteligência do Plano Clinton” provavelmente tinha origem em desinformação russa.

Mesmo assim, o procurador usou seu relatório final e petições judiciais para insinuar que a campanha de Clinton teria fabricado a narrativa de conluio, embora não tenha conseguido apresentar provas disso. Duas pessoas foram acusadas por declarações falsas ligadas à investigação — ambas foram rapidamente absolvidas.

Tarifas dos EUA afetam mercados e derrubam bolsas globais

Os mercados globais encerraram o dia em queda depois que os Estados Unidos anunciaram novas tarifas sobre produtos importados de vários países. As taxas, determinadas pelo presidente Donald Trump, variam conforme o país e geraram respostas diferentes ao redor do mundo.

No Camboja, a notícia trouxe certo alívio em comparação à expectativa inicial. O governo local temia que o imposto fosse de 49%, mas o valor final foi de 19%. Autoridades afirmam que isso pode evitar uma crise mais grave no setor de vestuário e calçados. Trabalhadores do ramo reconhecem que terão de aumentar o ritmo de produção, mas esperam que as fábricas mantenham os postos de trabalho e ofereçam mais horas extras.

Na Austrália, a reação também foi positiva. O país conseguiu manter a tarifa no patamar mínimo, de 10%. Segundo o ministro do Comércio, o resultado foi fruto de negociações cuidadosas e discretas. O Reino Unido seguiu caminho semelhante e fechou acordo para pagar o mesmo percentual. Já a União Europeia, como bloco, terá de lidar com uma tarifa de 15%.

Aumento expressivo para alguns parceiros

Outros países receberam percentuais bem mais altos. A África do Sul, por exemplo, foi o mais impactado do continente africano, com tarifa de 30%. O presidente Cyril Ramaphosa disse que o governo continuará buscando alternativas diplomáticas para preservar seus interesses.


Trump eleva tarifas e pressiona países a negociar (Vídeo: Reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

Na Suíça, o imposto de 39% desagradou o setor industrial. Representantes da engenharia mecânica e elétrica afirmam que não há lógica na medida, já que o país não aplica tarifas aos produtos americanos. O governo local teme impacto especial na produção dos famosos relógios suíços.

Repercussão nos mercados e negociações em andamento

As bolsas europeias registraram o menor nível das últimas três semanas, e o mercado americano também fechou em baixa. No Brasil, o Ibovespa caiu cerca de 0,5%, enquanto o dólar recuou para R$ 5,54.

Enquanto isso, seguem as negociações entre Washington e Pequim. O prazo para um entendimento termina em 12 de agosto. A China reforça que disputas tarifárias não beneficiam nenhum lado e lembra que os Estados Unidos dependem de minerais raros produzidos em seu território, insumos essenciais para tecnologia, veículos e armamentos.

Trump diz estar “aberto a negociações” com Lula enquanto impõe tarifaço de 50% ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a repórteres no jardim da Casa Branca, nesta sexta-feira (1), que está aberto a negociações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele pode falar comigo quando quiser”, disse Trump, acrescentando ainda que ama o Brasil. A fala acontece no mesmo dia em que entrou em vigor o chamado “tarifaço” sobre produtos brasileiros, com alíquotas que chegam a 50%.

Interesses diplomáticos e possibilidade de diálogo

Trump respondeu a uma pergunta de uma repórter da TV Globo sobre um possível diálogo com Lula e aproveitou para criticar a condução atual do governo brasileiro. “As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”, afirmou o presidente norte-americano. A declaração foi interpretada como uma possível interferência nos assuntos internos do Brasil, embora o tom de abertura para o diálogo com o presidente Lula sugira uma tentativa de manter canais diplomáticos ativos.

Impactos globais e o “tarifaço” no Brasil

Também nesta sexta-feira, os Estados Unidos oficializaram a aplicação de tarifas adicionais que impactam diretamente a economia brasileira. Com o novo pacote, produtos brasileiros passaram a ser taxados em até 50% na entrada do mercado americano. A medida é parte de um movimento mais amplo do governo Trump, que aumentou tarifas de importação sobre mais de 60 países, sob o argumento de proteger a indústria nacional e reequilibrar a balança comercial.

No caso do Brasil, itens como café, carne e aço estão entre os mais afetados. Algumas exceções foram mantidas, como aeronaves, suco de laranja e fontes de energia, que ficaram isentos da sobretaxa. Ainda assim, o impacto sobre a economia brasileira deve ser significativo, especialmente no setor agroindustrial.

Reações brasileiras e cenário político

O governo brasileiro já encaminhou uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) e estuda medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial. Internamente, a notícia provocou protestos nas ruas e nas redes sociais, impulsionando manifestações digitais conhecidas como “vampetaço”, meme que se tornou viral feito em alusão à insatisfação com a postura americana. Analistas indicam que o Brasil precisará agir com firmeza, mas também com diplomacia, para evitar o agravamento das tensões bilaterais.


Manifestantes com máscaras de Trump e Bolsonaro protestam na rua 25 de Março contra o tarifaço dos EUA (Foto: reprodução/Nelson Almeida/AFP/Getty Images Embed)


Contradições

A fala de Trump, embora cordial em tom, ocorre em um momento de forte tensão econômica entre os dois países. O convite ao diálogo com Lula contrasta com a imposição de tarifas severas, e aparentemente arbitrárias, revelando uma diplomacia contraditória. Resta ao Brasil equilibrar firmeza e diplomacia para proteger seus interesses e buscar soluções multilaterais diante da nova política comercial dos Estados Unidos.

Rwan Cruz reforça Real Salt Lake e busca espaço na MLS

O atacante Rwan Cruz, que pertence ao Botafogo, foi oficialmente anunciado como novo reforço do Real Salt Lake, equipe que disputa a Major League Soccer (MLS), liga de futebol dos Estados Unidos. O jogador chega ao clube americano por empréstimo, visando ganhar mais minutos em campo e desenvolver seu potencial em uma nova liga.

Atacante do Botafogo chega por empréstimo ao clube americano

A transição de Rwan Cruz para o futebol norte-americano representa uma nova oportunidade na carreira do jovem atleta de 22 anos. Após passagens pelo próprio Botafogo e por empréstimos anteriores, como ao Vitória, o atacante busca consolidar sua trajetória profissional em um ambiente que tem atraído cada vez mais talentos brasileiros.


Jovem do botafogo vai para MLS jogar em salt (Foto: reprodução/Instagram/@rwancruz)

O Real Salt Lake, clube que recentemente anunciou a contratação de outros craques, tem investido em um projeto ambicioso e busca fortalece seu elenco com jogadores promissores. A chegada de Rwan Cruz se insere nesse contexto, com a expectativa de que ele possa contribuir com sua velocidade e capacidade de finalização.

O Botafogo, por sua vez, vê o empréstimo como uma forma de proporcionar ao jogador a experiência necessária para seu amadurecimento. A diretoria alvinegra espera que Rwan Cruz tenha um bom desempenho na MLS e retorne ao clube com mais bagagem e confiança para disputar posição no elenco principal.

A MLS tem se mostrado uma liga cada vez mais atrativa para jogadores brasileiros, oferecendo um calendário competitivo e uma estrutura de ponta. Muitos atletas que atuaram no Brasil encontraram nos Estados Unidos um ambiente propício para o desenvolvimento de suas carreiras, e Rwan Cruz espera seguir esse caminho.

Jogador alvinegro mira desenvolvimento em liga estrangeira

A expectativa agora é acompanhar de perto a adaptação do atacante ao novo clube e ao estilo de jogo da MLS. A torcida do Botafogo, em especial, ficará atenta ao desempenho de Rwan Cruz, na esperança de que ele possa retornar ao Glorioso mais experiente e pronto para corresponder às expectativas.


Rwan possando para foto em novo clube (Foto: reprodução/Instagram/@rwancruz)

O empréstimo tem duração estipulada, e ao final do período, o Botafogo avaliará a melhor estratégia para o futuro do jogador, que tem contrato com o clube carioca até o final de 2026. A experiência na MLS é vista como um passo importante para a evolução de Rwan Cruz como atleta profissional.