A Seleção Brasileira já conhece o caminho que terá de trilhar na fase inicial da Copa do Mundo de 2026. Logo após o sorteio realizado nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, o técnico Carlo Ancelotti comentou a composição do Grupo C, que reunirá Brasil, Marrocos, Escócia e Haiti. Em tom realista, o treinador apontou a competitividade da chave e reforçou que a equipe precisará apresentar desempenho consistente desde a primeira partida para buscar a liderança do grupo.
O comandante italiano destacou que a estreia terá peso decisivo na trajetória brasileira. Ele citou a solidez defensiva de Marrocos, o futebol físico da Escócia e a disciplina tática do Haiti como fatores que exigem máxima concentração. Apesar das dificuldades, Ancelotti afirmou que o grupo está preparado para encarar o desafio e que o objetivo permanece inalterado: avançar às oitavas na primeira posição para tentar cruzamentos menos complexos na etapa eliminatória.
Expectativas altas e rivais bem avaliados
Ao comentar sobre Marrocos, adversário da primeira rodada, Ancelotti fez questão de exaltar o desempenho da seleção africana no último Mundial. Segundo ele, a manutenção da base de 2022 transformou a equipe em uma das mais competitivas do torneio. Além disso, o treinador ressaltou a experiência acumulada pelos marroquinos, que surpreenderam ao chegar às semifinais na Copa anterior. Para o técnico, trata-se do oponente mais perigoso da chave, exigindo atenção redobrada da Seleção.
A Escócia também foi descrita como um time “muito sólido”, com forte organização e jogadores experientes atuando em grandes centros europeus. Para Ancelotti, não haverá espaço para erros, já que cada ponto poderá fazer diferença na disputa pela liderança. Quanto ao Haiti, o técnico frisou que a equipe caribenha vem evoluindo e costuma impor alta intensidade, motivo suficiente para não ser subestimada. A palavra mais repetida pelo treinador foi “respeito”, reforçando a abordagem cautelosa em relação ao grupo.
Ancelotti ao lado do presidente da CBF (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Emilee Chinn – FIFA)
Lista quase definida e amistosos decisivos
Antes de divulgar a convocação final para o Mundial, Ancelotti ainda terá mais uma oportunidade de observar alguns atletas. Em março, a Seleção enfrentará Croácia e França em dois amistosos de peso. O técnico afirmou que a lista deste período já refletirá, em grande parte, os jogadores levados para a Copa, restando apenas ajustes conforme o desempenho nos campeonatos europeus e a condição física dos atletas.
O italiano ressaltou que pretende dar continuidade ao trabalho iniciado em 2024, mantendo uma base sólida e aproveitando o entrosamento desenvolvido ao longo dos últimos compromissos. Ele alertou, porém, que lesões ou mudanças de rendimento podem influenciar as escolhas finais. Ainda assim, Ancelotti afirmou estar muito próximo de definir os convocados e espera chegar ao Mundial com um grupo equilibrado entre juventude e experiência.
Ancelotti falou em coletiva após o sorteio dos grupos para Copa do Mundo (Vídeo: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)
Logística na Costa Leste e foco total na estreia
Apesar da preferência inicial da CBF pela Costa Oeste dos Estados Unidos, por questões de clima e deslocamento, os jogos do Grupo C serão disputados em Boston, Atlanta, Filadélfia, Miami e Nova York/Nova Jersey. Ancelotti minimizou possíveis dificuldades e declarou que atuar no período noturno tende a amenizar eventuais problemas climáticos. Para ele, o fator determinante será a preparação adequada para enfrentar Marrocos logo na estreia.
O técnico compartilhou ainda registros do sorteio nas redes sociais, incluindo uma foto ao lado do tenor Andrea Bocelli, que se apresentou durante o evento. A presença no palco reforçou o clima de celebração, mas o treinador não escondeu a seriedade com que encara a missão no Mundial.
O presidente da CBF, Samir Xaud, também comentou o sorteio e demonstrou otimismo. Segundo ele, o Brasil está bem encaminhado para repetir o desempenho da última Copa, quando conquistou o título. Xaud afirmou acreditar no trabalho conduzido pela comissão técnica e na capacidade da Seleção de impor seu futebol diante de qualquer adversário.
